NADA ESPECIAL – Vivendo Zen
Viver o zen não é nada de especial: é apenas a vida como tal. O zen é a vida em si, nada mais. Quando buscamos no zen (ou em qualquer caminho espiritual) a realização de nossas fantasias, separamo-nos da terra e do céu, dos nossos seres amados, de nosso coração, pois tais fantasias nos colocam num isolamento temporário. A realidade, no entanto, se insinua de mil maneiras, e a nossa vida se torna uma correria desenfreada, um desespero mudo, melodramas confusos. Distraídos e obcecados, lutando por algo especial, buscamos outro lugar e outro tempo: não o aqui, nem o agora e tampouco o isto – tudo, menos a vida comum, esse… nada de especial.
Em Nada de especial, Charlotte Joko observa: “As coisas são sempre o que são”. Esse pensamento não é um conselho de desespero, mas um convite ao contentamento. Vivendo a partir do que somos, saímos de uma vida centrada em nós para uma vida centrada na realidade. Abandonando os pensamentos mágicos, despertando para a mágica do momento atual, damo-nos conta da graça do nada de especial… o zen vivido.
As reflexões de Joko Beck sobre tópicos como luta, sacrifício, separação e vínculos, mudança, conscientização, liberdade e deslumbramento revelam de que maneira a verdadeira espiritualidade não implica uma vida reclusa, separada, mas um mergulhar nas vivências diárias – os sentimentos, os relacionamentos, o trabalho – com consciência, honestidade e integridade. Dotada de uma perspicácia e de um discernimento hoje célebres, esta consagrada mestra ocidental contemporânea apresenta novas dimensões para a simplificação de nosso viver. Com isso Charlotte Joko revela como quando nada é especial tudo pode sê-lo.
Nada de especial fala do atemporal e do perene, com metáforas simples e claras para as coisas comuns e os incidentes do dia-a-dia, iluminando com maravilhoso bom senso a nossa vida.
Sumário
I. Luta
Rodamoinhos e águas paradas
O casulo da dor
Sísifo e o fardo da vida
Respondendo as pressões
A base de apoio
II.Sacrifício
Sacrifícios e vítimas
A promessa que nunca é comprida
Justiça
Perdão
A fala que ninguém deseja ouvir
O olho do furcão
III. Separação e Vínculos
Pode alguma coisa nos ferir?
Problema sujeito-objeto
Integração
Os tomateiros rivais
Não julgar
IV. Mudanças
Preparo do terreno
Experiências e vivências
O divã de gelo
Derretendo os cubos de gelo
O castelo e o fosso
V. Percepção consciente
O paradoxo da percepção consciente
Recobrando o juízo
Atenção significa atenção
Falsas generalizações
Ouvindo o corpo
VI. Liberdade
Os seis estágios da prática
Curiosidade e obsessão
Transformação
O homem natural
VII. Deslumbramento
A queda
O som de um pombo e uma voz crítica
Contentamento
Caos e deslumbramento
VIII. Nada Especial
Do drama ou não-drama
Mente simples
Dorothy e a porta trancada
Peregrinar no deserto
A prática de dar