Para o ser comum,
os outros sempre requerem tolerância.
Para os mestres,
não há tal idéia de tolerância,
porque não há essa noção de outros.
Ele abandonou todas as idéias de individualidade
e estendeu sua boa vontade,
sem causar danos em cada direção.
Nunca odiando, nunca resistindo, nunca contestando,ele está sempre simplesmente aprendendo e sendo.
Amar, odiar, ter expectativas:
tudo isso são vínculos.
vínculos impedem o desvelar do verdadeiro ser na pessoa.
Portanto, o ser integral não é ligado a nada
e pode se relacionar com qualquer um
que tenha uma atitude desapegada.
É por isso que sua existência
beneficia todas as coisas.
Vê-se então que aquilo que tem forma
é igual a algo amorfo,
e o que está vivo
é igual àquilo que jaz.
E esta é a verdade sutil,
não uma invenção religiosa,
mas apenas os que estão no caminho
compreenderão isso.
Chuang-Tzu, mestre Taoista.