Yoka Daishi (665-713)
Yongjia Xuanjue (Yung-chia Hsuan-chueh, Yoka Genkaku)
Referências
Por Deshimaru
Por Kapleau
Livro
Textos
Linhagem
Referências3
Zheng Daoge (Cheng Tao Ko, Sho Doka) foi traduzido como a Canção de Liberação por Yasuda Joshu roshi e Anzan Hoshin sensei, Tesouro de Luminosidade: Ensinos dos Mestres Soto Zen, Arquivos WWZC.
Ele aparece em Eihei Gen zenji goroku 3.
A vida de Yoka Daishi1
Por Taisen Deshimaru
Yoka nasceu em 665, na aldeia de Yoka, de onde vem o seu nome. Tornou-se monge com a idade de vinte anos e deixou sua casa com o objetivo de estudar o budismo em todas as suas formas, bem como os pensamentos de Lao-Tzu e Confúcio. Mas os estudos não o satisfaziam e a dúvida persistia. Um de seus amigos sugeriu que se apresentasse ao Mestre Eno (Houei-Neng, em chinês), o sexto patriarca, no monte Sokei, para compreender a verdadeira essência da filosofia do budismo.
Depois de uma longa viagem, Yoka chegou ao templo do monte Sokei e apresentou-se ao patriarca com roupa de viajante. Ele deu três voltas ao redor do Mestre e ficou de pé, sem saudá-lo.
Eno: “O monge deve personificar exatamente os 3.000 preceitos, as 8.000 ações e os 3.000 comportamentos. O que o senhor me diz de tudo isso?”
Yoka: “Eu não tenho tempo a perder; o problema da vida e da morte é muito importante. Nossa vida é efémera. impermanente (mulo) e sempre em mutação.”
Eno: “Por que o senhor não realiza o princípio do ‘não-nascimento’ para resolver o problema da impermanéncia da vida?”
Yoka: “Quando se realiza o ‘não-nascimento’, e se compreende o aqui e agora, abruptamente (ton), nada mais resta.”
Eno:“É isso,é isso.”
Todos os que estavam assistindo a esse mondo ficaram surpresos e impressionados.
Yoka fez as saudações de despedida ao Mestre Eno. Este lhe disse: “Mas o senhor vai-se embora muito rápido!”
Yoka: “Como se pode ter rapidez, se o movimento não existe na origem?”
Eno: “Se tudo é movimento ou não-movimento, isto é um problema de consciência.”
Yoka: “Obrigado; compreendi o que significa o ‘não-nascimento’.”
Eno: “Não existe significação mesmo no não-nascimento’.”
Yoka: “Se não existe significação, também não existe ninguém para compreender”.
Eno: “Compreender também não tem significação.”
Eno deu o shiho (a transmissão) a Yoka, que permaneceu ainda uma noite junto dele; por isso, escreveu-se de Yoka que ele foi o “monge que ficou só uma noite”, o que significa que teve o satori numa única noite. No dia seguinte, ele se despediu de seu Mestre e se instalou numa cidade de Honko, pois não queria causar incómodo aos grandes discípulos de Eno: Seigen, que fundou o Soto Zen, e Nengaku, que deu origem ao Zen Rinzai. Em Honko, ele teve numerosos e eminentes discípulos, mas sua linhagem não continuou até os nossos dias.
Seu livro, o Shodoka, nos ilumina ainda hoje e nos esclarece mais que a religião tradicional.
Yoka morreu em 17 de outubro de 713, na postura zazen. Dizem que seu corpo foi embalsamado nessa postura. Depois de sua morte, o imperador lhe deu o nome de Muso, “O Incomparável”, Daíshi, “Grande Mestre”. O Shodoka, por seu frescor e sua força, contém a essência de todos os sutras e do Zen. Eu o prefiro aos outros textos tradicionais.
Por Philip Kapleau2
Yoka Gengaku (Ch., Yung-chia; ?-712): importante mestre Zen do período T’ang e discípulo do sexto Patriarca. Seu Shodoka (Canto da Iluminação) é um escrito popular Zen.
Livro
Shodoka – O canto do sartori imediato
Textos
Shodoka – O canto do sartori imediato
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Fontes:
- “Shodoka – O canto do satori imediato” de Yoka Daïshi (Tradução de Taizen Deshimaru)
- “Os três pilares do Zen” de Philip Kapleau
- “Ensinos do Mestre Zen Anzan Roshi”(texto compilado pelo Ven. Jinmyo Fleming ino e traduzido ao Português por Claudio Miklos.