João Cabral de Melo Neto

João Cabral de Melo Neto (1920-1999)


POEMAS PUBLICADOS

BIOGRAFIA

João Cabral de Melo Neto nasceu na cidade de Recife – PE, no dia 09 de janeiro de 1920, na rua da Jaqueira (depois Leonardo Cavalcanti), segundo filho de Luiz Antônio Cabral de Melo e de Carmem Carneiro-Leão Cabral de Melo. Primo, pelo lado paterno, de Manuel Bandeira e, pelo lado materno, de Gilberto Freyre. Passa a infância em engenhos de açúcar. Primeiro no Poço do Aleixo, em São Lourenço da Mata, e depois nos engenhos Pacoval e Dois Irmãos, no município de Moreno.

Em 1930, com a mudança da família para Recife, inicia o curso primário no Colégio Marista. João Cabral era um amante do futebol, tendo sido campeão juvenil pelo Santa Cruz Futebol Clube em 1935.

Foi na Associação Comercial de Pernambuco, em 1937, que obteve seu primeiro emprego, tendo depois trabalhado no Departamento de Estatística do Estado. Já com 18 anos, começa a freqüentar a roda literária do Café Lafayette, que se reúne em volta de Willy Lewin e do pintor Vicente do Rego Monteiro, que regressara de Paris por causa da guerra.

Em 1940 viaja com a família para o Rio de Janeiro, onde conhece Murilo Mendes. Esse o apresenta a Carlos Drummond de Andrade e ao círculo de intelectuais que se reunia no consultório de Jorge de Lima. No ano seguinte, participa do Congresso de Poesia do Recife, ocasião em que apresenta suas Considerações sobre o poeta dormindo.

1942 marca a publicação de seu primeiro livro, Pedra do Sono. Em novembro viaja, por terra, para o Rio de Janeiro. Convocado para servir à Força Expedicionária Brasileira (FEB), é dispensado por motivo de saúde. Mas permanece no Rio, sendo aprovado em concurso e nomeado Assistente de Seleção do DASP (Departamento de Administração do Serviço Público). Freqüenta, então, os intelectuais que se reuniam no Café Amarelinho e Café Vermelhinho, no Centro do Rio de Janeiro. Publica Os três mal-amados na Revista do Brasil.

O engenheiro é publicado em 1945, em edição custeada por Augusto Frederico Schmidt. Faz concurso para a carreira diplomática, para a qual é nomeado em dezembro. Começa a trabalhar em 1946, no Departamento Cultural do Itamaraty, depois no Departamento Político e, posteriormente, na comissão de Organismos Internacionais. Em fevereiro, casa-se com Stella Maria Barbosa de Oliveira, no Rio de Janeiro. Em dezembro, nasce seu primeiro filho, Rodrigo.

É removido, em 1947, para o Consulado Geral em Barcelona, como vice-cônsul. Adquire uma pequena tipografia artesanal, com a qual publica livros de poetas brasileiros e espanhóis. Nessa prensa manual imprime Psicologia da composição. Nos dois anos seguintes ganha dois filhos: Inês e Luiz, respectivamente. Residindo na Catalunha, escreve seu ensaio sobre Joan Miró, cujo estúdio freqüenta. Miró faz publicar o ensaio com texto em português, com suas primeiras gravuras em madeira.

Removido para o Consulado Geral em Londres, em 1950, publica O cão sem plumas. Dois anos depois retorna ao Brasil para responder por inquérito onde é acusado de subversão. Escreve o livro O rio, em 1953, com o qual recebe o Prêmio José de Anchieta do IV Centenário de São Paulo (em 1954). É colocado em disponibilidade pelo Itamaraty, sem rendimentos, enquanto responde ao inquérito, período em que trabalha como secretário de redação do Jornal A Vanguarda, dirigido por Joel Silveira. Arquivado o inquérito policial, a pedido do promotor público, vai para Pernambuco com a família. Lá, é recebido em sessão solene pela Câmara Municipal do Recife.

Em 1954 é convidado a participar do Congresso Internacional de Escritores, em São Paulo. Participa também do Congresso Brasileiro de Poesia, reunido na mesma época. A Editora Orfeu publica seus Poemas Reunidos. Reintegrado à carreira diplomática pelo Supremo Tribunal Federal, passa a trabalhar no Departamento Cultural do Itamaraty.

Duas alegrias em 1955: o nascimento de sua filha Isabel e o recebimento do Prêmio Olavo Bilac da Academia Brasileira de Letras. A Editora José Olympio publica, em 1956, Duas águas, volume que reúne seus livros anteriores e os inéditos: Morte e vida severina, Paisagens com figuras e Uma faca só lâmina. Removido para Barcelona, como cônsul adjunto, vai com a missão de fazer pesquisas históricas no Arquivo das Índias de Sevilha, onde passa a residir.

Em 1958 é removido para o Consulado Geral em Marselha. Recebe o prêmio de melhor autor no Festival de Teatro do Estudante, realizado no Recife. Publica em Lisboa seu livro Quaderna, em 1960. É removido para Madri, como primeiro secretário da embaixada. Publica, em Madri, Dois parlamentos.

Em 1961 é nomeado chefe de gabinete do ministro da Agricultura, Romero Cabral da Costa, e passa a residir em Brasília. Com o fim do governo Jânio Quadros, poucos meses depois, é removido outra vez para a embaixada em Madri. A Editora do Autor, de Rubem Braga e Fernando Sabino, publica Terceira feira, livro que reúne Quaderna, Dois parlamentos, ainda inéditos no Brasil, e um novo livro: Serial.

Com a mudança do consulado brasileiro de Cádiz para Sevilha, João Cabral muda-se para essa cidade, onde reside pela segunda vez. Continuando seu vai-e-vem pelo mundo, em 1964 é removido como conselheiro para a Delegação do Brasil junto às Nações Unidas, em Genebra. Nesse ano nasce seu quinto filho, João.

Como ministro conselheiro, em 1966, muda-se para Berna. O Teatro da Universidade Católica de São Paulo produz o auto Morte e Vida Severina, com música de Chico Buarque de Holanda, primeiro encenado em várias cidades brasileiras e depois no Festival de Nancy, no Théatre des Nations, em Paris e, posteriormente, em Lisboa, Coimbra e Porto. Em Nancy recebe o prêmio de Melhor Autor Vivo do Festival. Publica A educação pela pedra, que recebe os prêmios Jabuti; da União de Escritores de São Paulo; Luisa Cláudio de Souza, do Pen Club; e o prêmio do Instituto Nacional do Livro. É designado pelo Itamaraty para representar o Brasil na Bienal de Knock-le-Zontew, na Bélgica.

1967 marca sua volta a Barcelona, como cônsul geral. No ano seguinte é publicada a primeira edição de Poesias completas. É eleito, em 15 de agosto de 1968, para a Academia Brasileira de Letras na vaga de Assis Chateaubriand. É recebido em sessão solene pela Assembléia Legislativa de Pernambuco como membro do Conselho Deliberativo da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (SBAT).

Toma posse na Academia em 06 de maio de 1969, na cadeira número 6, sendo recebido por José Américo de Almeida. A Companhia Paulo Autran encena Morte e vida severina em diversas cidades do Brasil. É removido para a embaixada de Assunção, no Paraguai, como ministro conselheiro. Torna-se membro da Hispania Society of America e recebe a comenda da Ordem de Mérito Pernambucano.

Após três anos em Assunção, é nomeado embaixador em Dacar, no Senegal, cargo que exerce cumulativamente com o de embaixador da Mauritânia, no Mali e na Giné-Conakry.

Em 1974 é agraciado com a Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco. No ano seguinte publica Museu de Tudo, que recebe o Grande Prêmio de Crítica da Associação Paulista de Críticos de Arte. É agraciado com a Medalha de Humanidades do Nordeste.

Em 1976 é condecorado Grande Oficial da Ordem do Mérito do Senegal e, em 1979. como Grande Oficial da Ordem do Leão do Senegal. É nomeado embaixador em Quito, Equador e publica A escola das facas.

A convite do governador de Pernambuco, vai a Recife (em 1980) para fazer o discurso inaugural da Ordem do Mérito de Guararapes, sendo condecorado com a Grã- Cruz da Ordem. Ali é inaugurada uma exposição bibliográfica de sua obra, no Palácio do Governo de Pernambuco, organizada por Zila Mamede. Recebe a Comenda do Mérito Aeronáutico e a Grã-Cruz do Equador.

No ano seguinte vai para Honduras, como embaixador. Publica a antologia Poesia crítica.

Em 1982 é agraciado com o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Vai para a cidade do Porto, em Portugal, como cônsul geral. Recebe o Prêmio Golfinho de Ouro do Estado do Rio de Janeiro. Publica Auto do frade, escrito em Tegucigalpa.

Ganha o Prêmio Moinho Recife, em 1984 e, no ano seguinte, publica os poemas de Agrestes. Nesse livro há uma sessão dedicada à morte (“A indesejada das gentes”). Em 1986 é agraciado com o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Pernambuco. Sua esposa, Stella Maria, falece no Rio de Janeiro. João Cabral reassume o Consulado Geral no Porto. Casa-se em segundas núpcias com a poeta Marly de Oliveira.

Em 1987 publica Crime na Calle Relator, poemas narrativos. Recebe o prêmio da União Brasileira de Escritores. É removido para o Rio de Janeiro.

Em Recife, no ano de 1988, lança sua antologia Poemas pernambucanos. Publica, também, o segundo volume de poesias completas: Museu de tudo e depois. Recebe o Prêmio da Bienal Nestlé de Literatura pelo conjunto da obra, e o Prêmio Lily de Carvalho da ABCL, Rio de Janeiro.

Aposenta-se como embaixador em 1990 e publica Sevilha andando. É eleito para a Academia Pernambucana de Letras, da qual havia recebido, anos antes, a medalha Carneiro Vilela. Recebe os seguintes prêmios: Criadores de Cultura da Prefeitura do Recife, Luis de Camões (concedido conjuntamente pelos governos de Portugal e do Brasil), em Lisboa. É condecorado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Judiciário e do Trabalho. A Faculdade Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro publica Primeiros Poemas.

Outros prêmios: Pedro Nava (1991) pelo livro Sevilha andando; Casa das Américas, concedido pelo Estado de São Paulo (1992); e também nesse ano o Neustadt International Prize for Literature, da Universidade de Oklahoma. Viaja a Sevilha para representar o presidente da República nas comemorações do dia 7 de Setembro, que tiveram lugar na Exposição do IV Centenário da Descoberta da América. No Pavilhão do Brasil, foi distribuída sua antologia Poemas sevilhanos, em edição especial. No Rio de Janeiro, na Casa da Espanha, recebe do embaixador espanhol a Grã-Cruz da Ordem de Isabel, a Católica.

Em 1993 recebe o Prêmio Jabuti, instituído pela Câmara Brasileira do Livro.

João Cabral era atormentado por uma dor de cabeça que não o deixava de forma alguma. Ao saber, anos atrás, que sofria de uma doença degenerativa incurável, que faria sua visão desaparecer aos poucos, o poeta anunciou que ia parar de escrever. Já em 1990, com a finalidade de ajudá-lo a vencer os males físicos e a depressão, Marly, sua segunda esposa, passa a escrever alguns textos tidos como de autoria do biografado. Conforme declarações de amigos, escreveu o discurso de agradecimento feito pelo autor ao receber o Prêmio Luis de Camões, considerado o mais importante prêmio concedido a escritores da língua portuguesa, entre outros. Foi a forma encontrada para tentar tirá-lo do estado depressivo em que se encontrava. Como não admirava a música, o autor foi perdendo também a vontade de falar (“Não tenho muito o que dizer”, argumentava). Era, sem dúvida, o nosso mais forte concorrente ao prêmio Nobel, com diversas indicações dos mais variados segmentos de nossa sociedade.

Transcrevemos abaixo o discurso proferido por Arnaldo Niskier, presidente da Academia Brasileira de Letras, por ocasião da morte do poeta, em 09-10-99:

” ADEUS A JOÃO CABRAL

“Severino retirante,
deixe agora que lhe diga:
eu não sei bem a resposta
da pergunta que fazia,
se não vale mais saltar
fora da ponte e da vida;
nem conheço essa resposta,
se quer mesmo que lhe diga;
é difícil defender,
só com palavras, a vida,
ainda mais quando ela é
esta que vê, Severina;
mas se responder não pude
à pergunta que fazia,
ela, a vida, a respondeu
com sua presença viva.”

Vida que foi para João Cabral uma bonita e ao mesmo tempo sofrida obra de engenharia poética, como demonstrou no seu inesquecível Morte e Vida Severina.

Aqui está o poeta João Cabral de Melo Neto, presente pela última vez na Academia Brasileira de Letras, de que foi, por 30 anos, uma das figuras fundamentais. Aos 79 anos, apaga-se a voz de significação universal, com a singularidade do seu verso, tantas vezes lembrado para a glória do Prêmio Nobel de Literatura.

A nossa dor, que é também a da sua companheira Marly de Oliveira e dos seus filhos e demais parentes, não apaga da nossa memória a convicção de que foi ele um dos maiores poetas brasileiros de todos os tempos – o poeta da razão – que jamais esqueceu, mesmo nos 40 anos de vida diplomática, as suas raízes pernambucanas. O homem que soube desenhar em versos cálidos a saga do retirante nordestino, quando ainda não havia passado dos 35 anos de idade.

João Cabral, o poeta João, que não se conformava em perfumar a flor, é o mesmo que escreveu aos 22 anos o livro Pedra do Sono, para depois nos brindar, entre outros, com O engenheiro, O cão sem plumas, Poesias completas, A educação pela pedra e o antológico Morte e Vida Severina, com versões no teatro e na mídia eletrônica.

Fecham-se os olhos cansados do poeta João e não conseguimos realizar o sonho que agora desvendo: ver o América Futebol Clube voltar aos seus dias de glória. Nem o daqui do Rio, nem aquele que era a sua verdadeira paixão: o América do Recife.

Quando preparava com ele a Cabraliana, que foi o seu primeiro audiolivro, ouvi fantásticas histórias da vida diplomática, especialmente dos tempos de Portugal, Espanha e Marrocos, além de nele reconhecer um orgulho especial pela família, parente que foi de grandes escritores brasileiros, como Gilberto Freyre, Manuel Bandeira, Mauro Mota e Antônio de Moraes e Silva, o famoso Moraes do Dicionário de Língua Portuguesa. Parece que era herdeiro, no seu jeito tão humilde e cativante, de uma genética literária originalíssima.

É compreensível a nossa consternação. Enquanto a saúde permitiu, honrou esta casa com a sua assiduidade e o seu sentimento da mais pura cordialidade. Sofrendo agora com o seu silêncio, curvamo-nos diante do grande poeta, para afirmar que a Academia sempre o terá presente, com a saudade e a admiração de todos os seus confrades.

Descanse em paz, poeta João. A sua presença jamais deixará de estar conosco. Teremos o consolo da sua poesia imortal.”

BIBLIOGRAFIA

OBRAS DO AUTOR

POESIA

– Pedra do sono. Recife: Edição do autor, 1942 (tiragem especial em papel Drexler).
– Os três mal-amados. Rio de Janeiro: Revista do Brasil, 1943.
– O engenheiro. Rio de Janeiro: Amigos da Poesia, 1945.
– Psicologia da composição com a fábula de Anfion e Antiode. Barcelona: O livro inconsútil, 1947.
– O cão sem plumas. Barcelona:0 livro inconsútil, 1950. 2a. ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1984 (com Fotografias de Maureen Bisilliat).
– O rio ou Relação da viagem que faz o Capibaribe de sua nascente à cidade do Recife. São Paulo: Edição da Comissão do IV Centenário de São Paulo, 1954.
– Dois parlamentos. Madri: Edição do autor, 1960.
– Quaderna. Lisboa: Guimarães Editores, 1960.
– A educação pela pedra. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1966.
– Museu de tudo. Rio de Janeiro: Editora José Olympio· 1975.
– A escola das facas. Rio de Janeiro: Editora José Olympio, 1980.
– Auto do frade. Rio de Janeiro: Editora José Olympio, 1984; 2a. edição, Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira 1984 (da 2a. edição foi feita uma tiragem de 100 exemplares em papel vergê).
– Agrestes. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1985 (tiragem especial em papel vergê).
– Crime na Calle Relator. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1987
– Primeiros poemas. Rio de Janeiro: Edição da Faculdade de Letras da UFRJ, 1990.
– Sevilha andando. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1990

POEMAS REUNIDOS

– Poemas reunidos. Rio de Janeiro: Edição de Orfeu, 1954.
– Duas águas Rio de Janeiro: Editora José Olympio. 1956 (tiragem especial em papel Westerprin).
– Terceira feira. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1961.
– Poesias completas. Rio de Janeiro: Editora Sabiá, 1968; 4a. edição, Rio de Janeiro: Editora José Olympio, 1986.
– Poesia completa. Lisboa: Imprensa Nacional/Casa da Moeda, 1986.
– Museu de tudo e depois (Poesia Completa II). Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1988.

ANTOLOGIAS

– Poemas escolhidos. Seleção de Alexandre O’Neil. Lisboa: Portugália Editora, 1963.
– Antologia poética. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1965; 8a. edição, Rio de Janeiro: Editora José Olympio, 1991.
– Morte e vida severina. São Paulo: Teatro da Universidade Católica, 1965.
– Morte e vida severina e outros poemas em voz alta. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1966; 6a. edição, Rio de Janeiro: Editora José Olympio, 1974 (inclui O rio, Morte e vida severina e Dois parlamentos ); 34a. edição, Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1994 (inclui O rio, Morte e vida severina, Dois parlamentos Auto do frade).
– Morte e vida severina. Rio de Janeiro: Editora Sabiá 1969.
– O melhor da poesia brasileira (Drummond, Cabral, Bandeira, Vinicius). Rio de Janeiro: Editora José Olympio, 1979.
– João Cabral de Melo Neto. Seleção de José Fulaneti de Nadal. São Paulo: Abril Educação, 1982.
– Poesia crítica. Rio de Janeiro: Editora José Olympio, 1982.
– Morte e vida severina. Litografias de Liliane Dardot. Recife: Grandes Moinhos do Brasil S/A, 1984.
– Morte e vida severina e outros poemas em voz alta. Recife: Moinho Recife, 1984 (fora do comércio).
– Os melhores poemas de João Cabral de Melo Neto. Seleção de Antonio Carlos Secchin. São Paulo: Global Editora, 1985.
– Poemas pernambucanos. Centro Cultural José Mariano. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira 1988 (edição especial fora do comércio).
– Poemas sevilhanos. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1992 (edição especial fora do comércio).

PROSA

– Considerações sobre o poeta dormindo. Recife: Renovação 1941.
– Joan Miró. Barcelona: Editions de l’Oc, 1950 (com gravuras originais de Miró).
– Joan Miró. Rio de Janeiro: Cadernos de Cultura do MEC, 1952.
– O Arquivo das Índias e o Brasil [pesquisa histórica]. Rio de Janeiro: Ministério das Relações Exteriores, 1966.
– Poesia e composição. Coimbra: Fenda Edições, 1982.

TRADUÇÕES

PARA O ALEMÃO

– Der Hund ohne Federn. Tradução de Willy Keller. Stuttgart: Rot, 1964.
– Ausgewählte Gedichte. Tradução de Curt Meyer-Clason. Frankfurt: Suhrkamp Verlag, 1968.
– Der Hund ohne Federn. Gedichte. Tradução de Curt Meyer-Clason. Hamburgo e Dusseldorf: Classen Verlag, 1970.
– Poesiealbum. Tradução de Curt Meyer-Clason. Berlim: Verlag Neues Leben, 1975.
– Tod und Leben des Severino. Tradução de Curt Meyer-Clason. Wuppertal: Peter Hammer Verlag, 1975.
– Tod und Leben des Severino. Tradução de Curt Meyer-Clason, St. Gallen/Wuppertal: Edition diá, 1985.
– Tod und Leben des Severino. Tradução de Curt Meyer-Clason. Munique/Zurìque: Piper, 1988.
– Der Weg des Monchs. Tradução de Curt Meyer-Clason. St. Gallen/Colônia: Edition diá, 1988.
– Erziehung durch den Stein. Tradução de Curt Meyer-Clason. Frankfurt am Main: Suhrkamp Verlag, 1989.
– Der Fluss (Das Triptychon des Capibaribe). Tradução de Curt Meyer-Clason. St Gallen: Edition diá, 1993.

PARA O ESPANHOL

– Seis poemas de “Serial”. Tradução de Angel Crespo. Madri: Separata da Revista de Cultura Brazileña, 1962.
– Poemas sobre España de João Cabral de Melo Neto. Tradução de Angel Crespo e Pilar Gómez Bedate. Madri:Separata de Cuadernos Hispanoamericanos, 1964.
– Muerte y vida severina.Tradução de Angel Crespo e Gabino-Alejandro Carriedo. Madri: Primer Acto, 1966.
– Muerte y vida severina.Tradução de Angel Crespo e Gabino-Alejandro Carriedo. Lima: Instituto Nacional de Arte Dramatico, 1969.
– Antología poética. Seleção e tradução de Margarita Russotto. Caracas: Fundarte. 1979.
– Poemas. Tradução de Carlos Germán Belli. Lima: Centro de Estudos Brasileños, 1979.
– Dos parlamentos. Tradução de Gabino-Alejandro Carriedo, Madri: Poesia, 1980.
– La educación por la piedra.Tradução de Pablo del Barco. Madri: Edicion Visor, 1982.
– Muerte y vida severina. Auto del fraile. Tradução de Santiago Kovadloff. Buenos Aires: Edición Legasa, 1988.
– Antología poética. Tradução de Angel Crespo. Barcelona: Editorial Lumen, 1990.

PARA O ITALIANO

– Morte e vita severina (inclui Il cane senza plume e Il fiume). Torino: Giulio Einaudi Editore, 1973.
– Museo di tutto. Tradução de Adelina Aletti. Milão: Libri Scheiwiller, 1990

PARA 0 INGLÊS

– The Complete Poems of Elizabeth Bishop. Nova York: Farrar, Strauss & Giroux, 1969.
– Two parliaments and Poems. Tradução de Richard Spock. In Brazilian Painting and Poetry. Rio de Janeiro:Spala Editora, 1979.
– A Knife all Blade. Tradução de Kerry Shawn Keys. Pennsylvania: Pine Press, 1980.

PARA 0 HOLANDÊS

– Gedichen. Tradução de August Willlemsen. Leiden, Uitgeverij de Lantarn, 1981.

PARA O FRANCÊS

– Joan Miró. Tradução de Henri Moreu. Barcelona: Editions de l’Oc, 1950.

PREFÁCIOS

– Collor, Fernando, e Lafer, Celso. Prefácios a Poemas sevilhanos. Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira, 1992.
– Lewin, Willy. Prefácio a Pedra do sono, Recife: Edição do Autor, 1942.
– Lopes, Oscar. Prefácio a Poesia completa. Lisboa: Editora da Imprensa Nacional/Casa da Moeda,1986.
– Maranhão, Gustavo de Albuquerque. Prefácio a Poemas pernambucanos. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira,1988.
– Oliveira, Marly de. Prefácio a Museu de tudo e depois (Poesia completa II). Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1988.
– Rodrigues, José Honório. Prefácio a O Brasil no Arquivo das Índias de Sevilha. Rio de Janeiro: Ministério das Relações Exteriores, 1966.
– Secchin, Antonio Carlos. Prefácio a Os melhores poemas de João Cabral de Melo Neto. São Paulo: Global Editora, 1985.
– ___________. Prefácio a Primeiros poemas. Rio de Janeiro: Faculdade de Letras da UFRJ, 1990.
– Torres, Alexandre Pinheiro. Prefácio a Poemas escolhidos. Lisboa: Portugália Editora, 1963.

LIVROS SOBRE O AUTOR

– Afonso, Antonio José Ferreira. João Cabral: uma teoria da luz. Braga: Faculdade de Filosofia,1993.
– Andrade, Eugênio de, et alii. O TUCA no Porto. Porto: Plano, 1966.
– Barbosa, João Alexandre. A imitação da forma. São Paulo: Livraria Duas Cidades, 1975.
– Bechara, Eli Nazareth. Cabral: dois momentos no tecer da manhã. São José do Rio Preto: Centro de Publicações, Ibilce, UNESP, 1991.
– Brasil, Assis. Manuel e João. Rio de Janeiro: lmago Editra, 1990.
– Cafezeiro, Alice F.L.A. A estrutura semântica em “Tecendo a Manhã”, de João Cabral de Melo Neto. Petrópolis: Editora Vozes. 1966.
– Camlong, André. Le vocabulaire poétique de João Cabral de Melo Neto. Toulouse: Cahier nº. 1, Centre d’Étude Lexicologique, Université de Toulouse, 1978.
– Carone, Modesto. A poética do silêncio. São Paulo: Editora Perspectiva, 1979.
– Ciampa, Antônio da Costa. A estória do Severino e a história da Severina. São Paulo: Editora Brasiliense 1987.
– Crespo, Angel e Gómez Bedate, Pilar. Realidad y forma en la poesia de Cabral de Melo. Madri: Revista de Cultura Brasileña, 1964.
– Escorel, Lauro. A pedra e o rio. São Paulo: Livraria Duas Cidades, 1973.
– Gledson, John A. Sleep, Poetry and João Cabral’s “false book”: a revaluation of Pedra do Sono. Liverpool: Separata do Bulletin of Hispanic Studies, University of Liverpool, 1978.
– Gonçalves, Aguinaldo. Transição e permanência. São Paulo: Iluminuras Produções Editoriais Ltda., 1989.
– Lima, Luís Costa. Lira e antilira. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1968.
– _______. O espaço da percepção. Petrópolis: Editora Vozes, 1968.
– Lobo, Danilo. O poema e o quadro. Rrasília: Thesaurus Editora, 1981.
– Lopes Filho, Napoleão. Interpretação silenciosa de dois poemas de João Cabral de Melo Neto. Lisboa: Ocidente, 1964.
– Mamede, Zila. Civil geometria [bibliografia crítica]. São Paulo: Livraria Nobel, EDUSP, 1987.
– Martelo, Rosa Maria. Estrutura e transposição. Porto: Fundação Eng. Antonio de Almeida. 1989.
– Mendes, Nancy Maria. Ironia, sátira, paródia e humor na poesia de João Cabral de Melo Neto. Belo Horizonte:Universidade Federal de Minas Gerais, 1980.
– Nadal, José Fulaneti de (seleção). João Cabral de Melo Neto. Notas e estudos de Samira Youssef Campedelli e Benjamin Abdala Jr. São Paulo: Abril Educação, 1982.
– Nunes, Benedito. João Cabral de Melo Neto. Petrópolis: Editora Vozes, 1971.
– Oliveira, Célia Terezinha Guidão da Veiga. O lexema seda num poema de João Cabral de Melo Neto. Petrópolis Editora Vozes, 1971.
– Oliveira, Marly de. O deserto jardim. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1990.
– Peixoto, Marta. Poesia com coisas. São Paulo: Editora Perspectiva, 1983.
– Pires Filho, Ormindo. A contestação em João Cabral de Melo Neto. Recife: Instituto Joaquim Nabuco, 1977.
– Prado, Antônio Lázaro de Almeida. Rosa tetrafoliar, uma leitura de “A educação pela pedra”. Assis: UNESP, Separata da Revista de Letras, 1976.
– Sampaio, Maria Lúcia Pinheiro. Os meios de expressão na obra de João Cabral de Melo Neto. São Paulo, Universidade de São Paulo, 1973.
– _________. A palavra na obra de João Cabral de Melo Neto. Assis: Separata da Revista de Letras, 1975.
– _________. Processos retóricos na obra de João Cabral de Melo Neto. São Paulo: HUCITEC, 1980.
– Secchin, Antonio Carlos. João Cabral: a poesia do menos. São Paulo: Livraria Duas Cidades, 1985.
– Senna, Marta de. João Cabral: tempo e memória. Rio de Janeiro: Antares, 1980.
– Soares, Angélica Maria Santos. O poema, construção às avessas. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1978.
– ______. The Rigors of Necessity. Oklahoma: World Literature Today, The University of Oklahoma, 1992.

ENSAIOS EM LIVROS SOBRE O AUTOR

– Almeida, José Américo de. Discurso de recepção de João Cabral de Melo Neto. Rio de Janeiro: Discursos acadêmicos, Academia Brasileira de Letras, 1969.
– Aslan, Odette e Meyer, Marlyse. Les voies de la création théatrale. Paris: Centre National de Recherches Scientifiques, 1970.
– Ávila, Afonso. O poeta e a consciência crítica. São Paulo: Summus Editorial, 1978.
– Barata, Manuel Sarmento. Canto melhor. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1969.
– Barbosa, João Alexandre. A metáfora crítica. São Paulo: Editora Perspectiva, 1974.
– ______. As ilusões da modernidade. São Paulo: Editora Perspectiva, 1986.
– Brito, Jomar Muniz de. Do modernismo à bossa nova. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1966.
– Campos, Augusto de. Poesia, antipoesia, antropofagia. São Paulo: Cortez & Moraes, 1978.
– Campos, Haroldo de. Metalinguagem. Petrópolis: Editora Vozes, 1967.
– ______. Verso reverso controverso. São Paulo: Editora Perspectiva, 1978.
– Carone, Modesto. Os pobres na literatura brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1983.
– Casado, José. Livro branco da crítica literária, Maceió: s.n., 1966.
– Castro, Sílvia. A revolução da palavra. Petrópolis: Editora Vozes, 1978.
– Ceribelli, Dirce Teresa. Poética e função metalingüística. São Paulo: PVS, 1974.
– Chamie, Mario. A linguagem virtual. São Paulo: Quiron, 1976.
– ______. Casa da época. São Paulo: Conselho Estadual das Artes, 1979.
– Coelho, Eduardo Prado. O reino flutuante. Lisboa: Editora 70, 1972.
– Coelho, Nelly Novaes. Língua e literatura. São Paulo: Faculdade de Filosofia, 1978.
– Crispim, Luiz Augusto. Por uma estética do real. João Pessoa: A União Editora, 1969.
– Ferrara, Lucrécia d’Alessio. O texto estranho. São Paulo: Editora Perspectiva, 1978.
– Ferreira, Nadia Paulo. Teoria de literatura. Petrópolis: Editora Vozes, 1971.
– Fonseca, José Paulo Moreira da. Dez fragmentos e um poema sobre a poesia de João Cabral. Rio de Janeiro:
Spala, 1979.
– Fortuna, Felipe. A escola da sedução. Porto Alegre: Editora Artes e Ofícios, 1991.
– Freixeiro, Fábio. Da razão à emoção I. São Paulo: Editora Nacional, 1968.
– ______. Da razão à emoção II. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1971.
– Garcia, Othon Moacir. A página branca e o deserto. Rio de Janeiro: Revista da Livro, 1957.
– Goldstein, Norma Seltzer, e Campedelli, Samira Youssef. Literatura brasileira. São Paulo: Editora Ática, 1976.
– Guerra, José Augusto. Testemunhas de crítica. Recife: Editora Universitária, 1974.
– Gullar, Ferreira. Cultura posta em questão. Rio de Janeiro: Editora Civilizaçãn Brasileira, 1965.
– ______. Vanguarda e subdesenvolvimento. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1969.
– ______. Augusto dos Anjos: toda a poesia. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1976.
– Hill, Telenia. Estudos de crítica e teoria literária. Rio de Janeiro: Editora Francisco Alves, 1989.
– ______. L’homme dans la modernité. Paris: Sorbonne, 1990.
– Holanda. Sergio Buarque de. Cobra de vidro. São Paulo: Editora Perspectiva. 1978.
– Houaiss, Antonio. Drummond mais seis poetas e um problema. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1976.
– Junqueira, Ivan. O encantador de serpentes. Rio de Janeiro: Editora Alhambra, 1987.
– Leite, Sebastião Uchoa. Participação da palavra poética. Petrópolis: Editora Vozes, 1966.
– ______. Crítica clandestina. Rio de Janeiro: Editora Taurus, 1986.
– Lima, Laurênio. Crônica de letras pernambucanas. Recife: Imprensa Universitária, 1965.
– Lima, Luís Costa. A metamorfose do silêncio. Rio de Janeiro: Editora Eldorado, 1974.
– ______. Dispersa demanda. Rio de Janeiro: Francisco Alves Editora, 1981.
– Lins, Álvaro. Os mortos de sobrecasaca. Rio de Janeiro: Ed. Civilização Brasileira, 1963.
– Lopes, Oscar. Ler e depois. Porto: Editora Inova, 1970.
– Mantero, Manuel. La poesia del “yo” al “nosotros”. Madri: Editora Guadanama, 1971,
– Mendes, Nancy Maria. Ensaios de semiótica. Belo Horizonte: Faculdade de Letras da UFMG, 1980.
– Merquior, José Guilherme. Razão do poema. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1965.
– ______. A astúcia da mímese. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1972.
– ______. As idéias e as formas. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1981.
– ______. Crítica. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1990.
– Moises, Carlos Felipe. Poesia e realidade. São Paulo: Editora Cultrix, 1977.
– Monteiro, lrma Chaves. A traição da linguagem. Rio de Janeiro: Pontifícia Universidade Católica/RJ, 1976.
– Moutinho, José Geraldo Nogueira. A procura do número. São Paulo: Conselho Estadual de Cultura, 1967.
– Nemésio, Vitorino. Conhecimento da poesia. Salvador: Livraria Progresso Editora, 1958·
– ______. Conhecimento da poesia. Lisboa: Verbo, 1970.
– Nist, John. The Modernist Movement in Brazil. Austin: University of Texas Press, 1967.
– Nunes, Benedito. O dorso do tigre. São Paulo: Editora Perspectiva, t969.
– ______. João Cabral de Melo Neto. Petrópolis: Editora Vozes, 1971
– Nunes, Cassiano. Breves estudos de literatura brasileira. São Paulo: Editora Saraiva, 1969.
– Pereira Couto, Alberto Novais. As diversas correntes do teatro moderno brasileiro. Coimbra, 1966.
– Picchio, Luciana Stegagno. Letteratura brasiliana. Milão: Sansoni Accademia, 1972.
– ______. La littérature brésilienne. Paris: Presses Universitaires de France, 1981.
– Pignatari, Décio. Contracomunicação. São Paulo: Editora Perspectiva, 1971
– Pires Filho, Ormindo. O social e outros ensaios. São Paulo: Quiron, 1976.
– Portela, Eduardo. Dimensões I. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1978.
– Ramos, Maria Luiza. Fenomenologia da obra literária. Rio de Janeiro: Editora Forense, 1969.
– Ricardo, Cassiano. O homem cordial e outros pequenos estudos brasileiros. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1959.
– Santa Cruz, Luís. A metapoética de João Cabral através de Joaquim Cardoso. Rio de Janeiro: Senhor, 1962.
– Santos, Vitto. Poesia e humanismo. Rio de Janeiro: Artenova, 1971.
– Saraiva, Arnaldo. Encontros des-encontros. Porto: Livraria Paisagem, 1973.
– Secchin, Antonio Carlos. Morte e vida cabralina. Rennes: Universidade de Rennes II, 1991.
– Silva, Amazildo Vasconcelos. Lírica modernista e percurso literário brasileiro. Rio de Janeiro: Editora Rio, 1978.
– SilvA Ramos, Pericles Eugênio de. O modernismo brasileiro. Rio de Janeiro: Livraria São José, 1959.
– Simões, João Gaspar. Crítica II. Lisboa: Delfos, 1961.
– ______. Literatura, literatura, literatura… Lisboa: Portugália Editora, 1964.
– Teles, Gilberto Mendonça. La poesia brasileña en la actualidad. Montevidéu: Editorial Letras, 1969.
– Torres, Alexandre Pinheiro. Programa para o concreto. Lisboa: Ulisseia Ltda., 1966.
– Tufano, Douglas. Estudos de literatura brasileira. São Paulo: Editora Moderna, 1975.
– Xavier, Raul. Romance e poesia do Norte. Rio de Janeiro, Categoria; Brasília, Instituto Nacional do Livro, 1980.
– Zagury, Eliane. A palavra e os ecos. Petrópolis: Editora Vozes, 1971.

FILMES

– O curso do poeta. Produtores: Fernando Sabino e David Neves. Roteiro e direção de ]orge Laclette, 1973.
– Morte e vida severina: um filme documento. Direção de Zelito Vianna, 1976.
– O mundo espanhol de João Cabral de Melo Neto. Produção e direção de Carlos Henrique Maranhão,1979.
– Morte e vida severina. Direção de Walter Avancini. TV Globo, 1981.
– O ovo de galinha. Recitado por Ney Latorraca. TV Globo, 1980.

DISCOCRAFIA

– Poesias – Murilo Mendes e João Cabral de Melo Neto. Lp 010. Festa, Discos Ltda., 1956.
– O Teatro da Universidade Católica de São Paulo apresenta Morte e vida severina. P. 932.900 L., Nancy, 1966.
– Morte e vida severina – Música de Chico Buarque de Holanda, Car 4002, Caritas.
– João Cabral de Melo Neto por ele mesmo. IG 79.029. Festa, Serie de Lux. s/d.
– Poemas de João Cabral de Meto Neto. 2 discos. Som Livre, 1982.

ÓPERA

– Severino: Auto de Navidad – Música de Salvador Moreno.Ópera de Bellas Artes, México. 1966 (Apresentado antes no Teatro Lyceu de Barcelona).

Dados obtidos nos livros do autor, em “Obra Completa”, organizada por Marly de Oliveira com assistência do autor e em sites da Internet. Retrato de João Cabral por Percy Deane.

Extraído do Projeto Releitura

============================
============================
Nasceu no Recife, em 6 de janeiro de 1920, filho de Luiz Cabral de Melo e de Carmem Carneiro Leão Cabral de Melo, de antigas famílias de Pernambuco e Paraíba. Pelo lado paterno é quarto neto de Antônio de Moraes e Silva, o Moraes do Dicionário, e primo de Manuel Bandeira e Mauro Mota. Pelo lado materno é primo de Gilberto Freire e do historiador José Antônio Gonsalves de Melo.

Passou a infância nos engenhos “Poço do Aleixo”, município de São Lourenço da Mata, “Pacoval” e “Dois Irmãos”, município de Moreno.

Estudou no Recife com os Irmãos Maristas, primeiro no Colégio de Ponte d’Uchoa e depois no da Conde da Boa Vista. Não tem curso superior, mas considera equivalente a uma Faculdade o que aprendeu com Willy Lewin e depois com Joaquim Cardozo.

Trabalhou numa companhia de seguros, na Associação Comercial de Pernambuco, no Departamento de Estatística do Estado, e, no Rio, para onde veio em fins de 1942, foi nomeado por concurso Assistente de Seleção do DASP (1943) e diplomata (1945).

Estreou na literatura em 1942 com Pedra do Sono.

Em 1947 foi servir em Barcelona, depois em Londres, Sevilha, Marselha, Madri, Genebra, Berna, Assunção. Promovido a embaixador em 1976, foi nosso representante no Senegal até 1979, quando passou a representar o Brasil no Equador, onde ficou até 1981. Foi embaixador do Brasil em Honduras até 1984 e, em 1986, Cônsul Geral do Brasil na cidade do Porto (Portugal).

Casou-se no Rio em 1946 com Stella Maris Barbosa de Oliveira e tem cinco filhos. Além dos estágios no Rio, viveu em Brasília, durante o governo Jânio Quadros, como chefe de gabinete do Ministro da Agricultura.

Foi eleito por unanimidade para a Academia Brasileira de Letras em 1968, na vaga de Assis Chateaubriand.

Extraído do Jornal de Poesia

Deixe um comentário