Bacias Centro Norte
de Angra dos Reis

Bacias Centro Norte de Angra dos Reis
Hidrografia
Amostragem de peixes
Taxonomia de peixes
Conservação
Comunidades
História
Geografia
Uso da água
Uso do Solo
Principais ameaças
Literatura citada
Lotes considerados


HIDROGRAFIA

A água é fundamental para a sobrevivência do planeta, a evolução dos seres vivos sempre foi dependente da água.
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As bacias centro norte de Angra do Reis, banham uma área de aproximadamente 82 Km2. Seus limites são: ao norte com Bacias Extremo Norte de Angra dos Reis, ao leste com a baía da ilha grande, ao sul com as Bacias Centrais de Angra dos Reis e a oeste com a bacia do rio Paraíba do Sul (fig. 1).

Figura 1 – Bacias Centro-norte de Angra dos Reis e seus limites.

As bacias centro norte de Angra dos Reis são formadas de norte para o sul pelas microbacias do Camorim e do Contorno e pela bacia do rio do (Tabela 1). Todos os cursos de água das duas microbacias (Camorim e Tanguá) são Tipo C, “bacias muito pequenas”, que apresentam área inferior a 12km². A bacia do Meio é uma bacia do Tipo B, “bacias de pequena extensão” que apresentam área entre 12 a 70km². As demais são bacias (Francisco & Carvalho, 2004)

Microbacias do Camorim (6)
As microbacias do Camorim ( fig. 2) são formada por oito pequenos córregos costeiros que são do norte para o sul: Córrego da Verolme I (3,1 km); Córrego da Verolme II (3,0) km; Rio Camorim (3,0 km); Córrego Praia do Camorim (0,8 km); Córrego Praia do Camorim Pequeno (2,1 km); Córrego Ponta da Cidade (0,5 km); Córrego Praia do Sal-Gema (0,6 km) e Córrego Praia do Jardim (1,3 km).

Figura 2 – Microbacias do Camorim

Nas microbacias do Camorim (fig. 2) a Regional Jacuecanga da SAAE administra o subsistema Praia do Machado, com captação em barragem de acumulação no rio Vitinho com vazão de 4,5 l/s, que abastece a localidade de Praia do Machado, parte alta. O subsistema Lambicada que dispõe de duas captações tipo barragem de acumulação, Lambicada 1 e 2, cada uma capta 12 l/s água do manancial do rio Lambicada e atendem a localidade de mesmo nome. O subsistema Camorim Grande, dividido em três captações nomeadas de Camorim Grande B1, B2 e B3, sendo que em todas elas a água é aduzida em barragem de acumulação. A captação Camorim Grande B1 é feita com vazão de 12,8 l/s que abastece a localidade de Morro da Jaqueira. A captação Camorim Grande B2 é feita com vazão de 13,4 l/s, que abastece a localidade de Camorim Grande. A captação Camorima Grande B3 é feita com vazão de 26,5 l/s, que abastece a localidade de Camorim Grande, área baixa. E o subsistema Camorim Pequeno, com captação ema barragem de acumulação no rio Camorim Pequeno com vazão de 16,90 l/s, que abastece a localidade de Camorim Pequeno (Consorcio Fator, s/d).

Córrego da Verolme I – O Córrego Verolme I tem um comprimento de 3,1 km, com sua nascente a 73 metros de altitude. Com seus 2,6 km finais totalmente retificado, percorre a parte povoada de Jacuecanga até desagua na baía da Ilha Grande. Possui uma inclinação média de 3,9% e máxima de 68,4% (fig 3).

Figura 3 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do Córrego da Verolme I

Córrego da Verolme II – O Córrego Verolme II tem um comprimento de 3,1 km, com sua nascente a 432 metros de altitude. Após cruzar a BR-101 segue no limite norte da parte povoada de Jacuecanga, até desaguar na baía da Ilha Grande. Desce com uma inclinação média de 7,7% e máxima de 62,4% (fig 4).

Figura 4 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do Córrego da Verolme II

Rio Camorim – O Rio Camorim tem um comprimento de 3,0 km, com sua nascente a 434 metros de altitude. Grande parte de seu curso final segue ao norte da localidade de Camorim, até desaguar na baía da Ilha Grande. Desce com uma inclinação média de 10,7% e máxima de 65,2% (fig 5).

Figura 5 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do rio Camorim

Rio Camorim Pequeno – O Rio Camorim Pequeno tem um comprimento de 2,3 km, com sua nascente a 540 metros de altitude. Seu curso final cruza o bairro de Camorim Pequeno, chegando a praia do mesmo nome para desaguar na baía da Ilha Grande. Ele desce com uma inclinação média de 25,6% e máxima de 86,1% (fig 6).

Figura 6 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do rio Camorim Pequeno

Microbacias do Contorno (7)

As microbacias do Contorno (fig. 7) são formadas por 19 pequenos córregos costeiros que são do norte para o sul: Córrego Praia da Chácara (2,1 km); Córrego da Rodoviária (2,1 km); Rio do Choro (2,5 km); Córrego do Colégio Naval (1,3 km); Córrego do Colégio Naval II (0,8 km); Córrego do Bonfim (1,3 km); Córrego Praia Grande (0,7 km); Córrego da Vila Velha I (0,9 km); Córrego da Vila Velha II (0,8 km); Córrego Praia do Tanguá (0,7 km); Rio Tanguá (1,9 km); Córrego da Ribeira (0,9 km); Córrego do Retiro (1,5 km); Córrego Praia do Retiro I (0,8 km); Córrego Praia do Retiro II (0,7 km); Córrego Praia do Retiro III (0,8 km); Córrego Praia do Retiro IV (0,9 km); Córrego Praia do Retiro V (1,0 km); Córrego Enseada (0,9 km).

Figura 7 – Microbacias do Contorno

Nas microbacias do Contorno (fig. 7) a Regional Centro da SAAE administra o subistema Sapinhatuba, com captação de água é realizada em mananciais superficiais de abastecimento localizados em três pontos distintos denominados Pedrão, Toca do Morcego e Barragem Salvador. Todas em barragem de acumulação e abastecem a localidade de Sapinhatuba. A captação Pedrão possui vazão de 8 l/s, a captação Morcego possui vazão de 6,7 l/s e a captação Salvador com vazão captada de 9,2 l/s. O subsistema Centro composto por três captações por meio de barragem nos rios Bolão, Júlia e Abel, todos afluentes do rio do Choro. A captação no rio Bolão possui vazão de 8,30 l/s que abastece a localidade de Santo Antônio. A captação no rio Julia possui vazão de 20 l/s e água que abastecem a parte alta da localidade de Morro da Caixa. O subsistema Bonfim a captação é feita em barragem de acumulação no rio Bonfim com vazão captada de 4,3 l/s, abastecem a localidade de Bonfim. O subsistema Vila Velha com captação em barragem de acumulação com uma vazão de 3,80 l/s, que abastecem a localidade de Vila Velha. O subsistema Ponta do Cantador, a captação é feita em barragem de acumulação no rio Ponta do Cantador com uma vazão de 3,2 l/s, que abastece a localidade de Ponta do Cantador. Já a Regional Japuíba da SAAE administra o subsistema Retiro em que a captação é feita na barragem de acumulação no córrego Retiro com vazão de 2,13 l/s, que abastece a localidade de Retiro (Consorcio Fator, s/d).

Córrego Praia da Chácara
Córrego da Rodoviária
Rio do Choro
Córregos do Colégio Naval
Córrego do Bonfim
Córrego da Praia Grande
Córrego da Vila Velha
Córrego Ponta do Contador
Rio Tanguá
Rio do Retiro
Córregos do Retiro

Bacia do Meio (8)

A bacia do Meio (fig. 13) é formada pela bacia do rio do Meio propriamente dita, acrescido dos córrego costeiros ao sul deste: Córrego do Belém (3,9 km); Córrego da Gamboa (1,0 km) e Córrego dos Ubás (0,4 km).

Figura 13 – Bacia do Meio

Nas bacias do Meio (fig. 13) a Regional Japuíba operada pelo SAAE e parcialmente pelo CEDAE administram o subistema Subsistema Japuíba com captação na barragem de acumulação Banqueta com vazão de 152 l/s, sendo distribuída para as localidades de Morro do Abel, Centro, Morro da Cruz, Parque das Palmeiras e Morro da Glória. O subsistema Areal com captação na barragem de acumulação no Rio Areal com vazão de 17,8 l/s, que abastecem as localidades de Bairro Morada do Areal e Areal. O subsistema Cabo Severino com captação na barragem de acumulação Banqueta com vazão de 24,8 l/s, que abastecem as localidades de Gamboa e Grande Japuíba. O subsistema Campo Belo com captação por barragem de acumulação Banqueta com vazão de 37,6 l/s, que abastece a localidade de Campo Belo. O subsistema Belém com captação é do tipo barragem de acumulação que alimentam com 5% ao bairro Parque Belém e os outros 95% para abastecer o bairro Banqueta (Consorcio Fator, s/d).

Rio do Meio – O rio do Meio tem um comprimento de 4,6 km, com sua nascente a 376 metros de altitude, dentro do Parque Estadual Cunhambebe. Desce com forte inclinação, tornando-se quase planos nos 3 km finais que percorre em área densamente povoada, até desaguar na área de mangue da Japuíba, na baía da Ilha Grande. Ele desce com uma inclinação média de 2,3% e máxima de 26,6% (fig. 14).

Figura 14 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do rio do Meio.

Rio Japuíba da Banqueta – O rio Japuíba da Banqueta é o principal contribuinte do rio do Meio, percorre 11,7 km, desde sua nascente a 1476 metros de altitude, dentro do Parque Estadual Cunhambebe, até encontrar o rio do Meio. Ele desce com uma inclinação média de 18,0% e máxima de 85,0% (fig. 15).

Figura 15 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do rio Japuíba da Banqueta

Rio Cabo Severino – O rio Cabo Severino é o principal contribuinte da rio Japuíba da Banqueta. Nasce também no PE Cunhambebe, em uma altitude de 1440 metros, percorrendo 8,9 km até sua foz no rio Japuíba da Banqueta. Ele desce com uma inclinação média de 6,5% e máxima de 36,6% (fig. 16).

Figura 16 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do rio Cabo Severino.

Córrego do Belém – O Córrego do Belém tem sua nascente a 434 metros de altitude, dentro do PE Cunhambebe. Apenas seus 200 metros iniciais estão nos limites do Parque Estadual, sua metade inicial, de seus 4 km, ainda corre em área relativamente conservada. A metade final foi retificada seguindo o limite sul do loteamento Parque Belém. Após cruzar a BR-101 desagua na baía da Ilha Grande junto a um pequeno manguezal. Desce com uma inclinação média de 4,9% e máxima de 37,9% (fig. 17).

Figura 17 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego do Belém.


AMOSTRAGEM DE PEIXES


Registros em Coleções – As bacias centro norte de Angra dos Reis já foram amostradas para peixes de riachos, de acordo com os registros em coleções, em 10 pontos, com o tombamento de 149 lotes (fig. 19 e Tabela 2). Estas amostragens foram realizadas nos anos de 1942 (32), 1944 (10), 1945 (53), 1988 (2), 2003 (6), 2008 (14), 2014 (9), 2019 (10) e sem informação de data de coleta(13). Estas amostragens estão representadas por década no Gráfico 1.

Gráfico 1 – Amostragens nas bacias centro norte de Angra dos Reis por década.

Os índices de amostragens foram calculados considerando os pontos de amostragens e os lotes coletados por cada 100 Km2 de bacia de forma a padronizá-los. A bacia do Rio do Meio é a única com índices de pontos de amostragem e de lotes coletados, superior à média das bacias centro norte. As microbacias do Camorim (sem nenhum pontos amostrado) e as microbacias do Contorno apresentam os dois índices muito abaixo do índice médio (Tabela 2).

A distribuição dos pontos de amostragens estão indicados na figura 18.

Figura 18 – Bacias Centro norte das microbacias de Angra dos Reis – Peixinho amarelo indicando os pontos de amostragens


TAXONOMIA DOS PEIXES


Composição taxonômica – A Tabela 3 indica a composição taxonômicas da bacia centro norte. Foram amostrados até o momento 27 espécies, pertencentes a 16 subfamílias de 17 famílias, agrupadas em onze ordens de peixes de riacho.

Sete lotes estão depositados em coleções, mais ainda carecem de identificação específica (Tabela 4).

A predominância foi dos Siluriformes com 33% das espécies, seguidos dos Characiformes com 19% (Tabela 5).


CONSERVAÇÃO

Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”
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Artigo 225 da Constituição Federal de 1988

As Bacias Centro Norte de Angra dos Reis com uma área de 81,8 km2 possui 25,1 km2 de seu trecho superior, protegidos pela unidade de conservação integral – Parque Estadual de Cunhambebe e 7,005 km2 de seu trecho inferior, protegidos pela unidade de ação sustentável – Área de Proteção Ambiental dos Tamoios. O PE de Cunhambebe protege 3,2 km2 (18%) das microbacias do Camorim, 0,7 km2 (4%) das microbacias do Contorno e 17,6 km2 (39%) da bacia do rio do Meio. Por outro lado a APA de Tamoios protege 2,323 km2 (13,43%) das microbacias do Camorim, 1,815 km2 (9,60%) das microbacias do Contorno e 2,877 (6,29%) da bacia do rio do Meio. As microbacias do Contorno recebem uma proteção adicional de suas cabeceiras pelo Parque Natural Municipal da Mata Atlântica, criado em 2017 e que protege uma área aproximada de 1,1 km2 (59%) destas microbacias.


COMUNIDADES

As palavras têm significados: algumas delas, porém guardam sensações. A palavra “comunidade” é uma dessas. Ela sugere uma coisa boa. O que quer que “comunidade” signifique, é bom “ter uma comunidade”, “estar numa comunidade”. Se alguém se afasta do caminho certo, frequentemente explicamos sua conduta dizendo que “anda em má companhia”. Se alguém se sente miserável, sofre muito e se vê persistentemente privado de uma vida digna, logo acusamos a sociedade – o modo como está organizada e como funciona. As companhias ou a sociedade podem ser más, não a comunidade. Comunidade, sentimos, é sempre uma coisa boa.
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BAUMAN, 2003, p. 36

A fragilidade dos valores e dos princípios, que orientam a relação ser humano e natureza, se intensifica e essa deterioração se observa no desrespeito aos direitos dos povos originais e populações excluídas e discriminadas por uma sociedade culturalmente hegemônica. (Morales, et. al., 2019). Entender a forma de vida e os anseios das comunidades locais é um caminho imprescindível para a conservação dos espaços de vida destas pessoas.
A revalorização das terras com a implantação da BR-101, fez surgir ações de reintegração de posse daqueles que se diziam proprietários. Para fazer frente a este processo que ameaçava toda a população de Japuíba, em 1981 foi formalizada a primeira associação de moradores do município, a AMJA – Associação de Moradores de Japuíba e Adjacências. “Um dos momentos marcantes de Japuíba foi a tomada dos tratores da Companhia Barbará, que estavam prontos para passar sobre as casas, o conflito se acentuara e a justiça lenta facilitava a intimidação sobre os moradores.” A partir das lutas travadas no bairro de Japuíba que o movimento popular no município incentivou o surgimento de outras associações de moradores e de entidades como a SAPE (Sociedade Angrense de Proteção Ambiental) (Braga, s/d).
A ocupação das bacias centro norte se distribui em cinquenta localidades. São elas: Caieira, Gamboa do Belém, Parque Belém, Praia da Ribeira, Banqueta, Nova Angra, Japuíba, Aeroporto, Areal, Campo Belo, Enseada, Encruzo da Enseada,- Ponta do Sapê, Morro da Cruz, Morro da Glória II, Retiro, Ponta da Ribeira, Tanguá, Vila Velha, Praia Grande, Bonfim, Colégio Naval, Morro do Abel, Centro, Morro da Carioca, Morro do Bulé, Morro do Santo Antônio, Morro da Fortaleza, Morro do Carmo, Morro da Caixa D’Água, Praia do Anil, Morro do Perez, Morro do Tatu, Morro da Glória, Balneário, Parque das Palmeiras, Sapinhatuba I, Praia da Chácara, Monte Castelo, Praia do Jardim, Sapinhatuba III, Marinas, Mombaça, Camorim Pequeno, Camorim, Verolme, Lambicada, Village, BNH e Morro do Moreno (fig. 19).

Figura 19 – Localidades das bacias centrais norte de Angra dos Reis


HISTÓRIA

O Brasil foi “inventado” a partir das dores de suas mulheres e é importante não esquecermos esta história para podermos olhar de frente para nosso passado e aprendermos com ele. O Brasil precisa se reconciliar com sua história; aceitar que foi “construído” sobre um cemitério.
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Daniel Munduruku

Como quase todas as obras sobre a história dos povos americanos, os autores começam pela Europa. Honório Lima que publicou em 1889 seu livro ” também começa pela Europa, o que aliás ele ressalta no subtítulo da obra. Desta forma são muito pouco ainda as informações Noticia Historica e Geografhica de Angra dos Reis que nos permitam entender a participação dos povos originais na formação histórica e geográfica dos locais. Ele identifica a formação de Angra dos Reis com a ocupação portuguesa. “Os aborígenes que habitavam esse continente e ilhas adjacentes, eram da tribo dos Goyanás, índios bravios e belicosos que tinham por limites – à Leste, os Tamoyos e a Oeste os Carijós” (Lima, 1889 pág. 52).
Esta definição de Honório Lima de que os Goyanás eram “índios bravios e belicosos” parece estar apoiada nas descrições de Hans Staden: Na Serra habita uma raça de gente selvagem que se chama Wayganna. Estes não tem habitações fixa como os outros que moram diante e por detrás da Serra, e quando apanham algum inimigo o devoram” (Staden, 1900 pág 123). Ela difere muito das descrições do Tratado Descritivo do Brasil: “não são os guaianases maliciosos, nem refalsados, antes simples e bem acondicionados, e facílimos de crer em qualquer coisa. É gente de pouco trabalho, muito molar, não usam entre si lavoura, vivem de caça que matam e peixe que tomam nos rios, e das frutas silvestres que o mato dá; são grandes flecheiros e inimigos de carne humana. Não matam aos que cativam, mas aceitam-nos por seus escravos” (Sousa, 1987 pag. 115). Reis (1979) menciona sobre esta diferença: “Tais circunstâncias levaram o Prof. Plínio Airosa a afirmar, concordando com a presunção de Capistrano de Abreu, que esses informes de Staden devem referir-se, logicamente, aos chamados Maramomis, que seriam descritos, no mesmo século, em 1599, por Pedro Rodrigues: “um gentio, mui fero e bravio, a que chamam Maramomis, que viviam em uma serra que está sobre o Rio de Janeiro e São Vicente”.
Já fica dito como os tamoios são fronteiros de outro gentio, que se chamam os guaianases, os quais tem sua demarcação ao longo da costa por Angra dos Reis, e daí até o rio de Cananéia, onde ficam vizinhando com outra casta de gentios, que se chama os carijós. Estes guaianases tem continuamente guerra com os tamoios, de uma banda, e com os carijós da outra. (Sousa, 1987 pag. 115)
Na primeira metade do século XVI os Maromimis, pelo que se depreende de várias informações existentes, encontravam-se nas encostas da Serra do Mar, entre São Sebastião e Angra dos Reis, e no Vale do Paraíba, onde eram hostilizados pelas incursões dos Tamoios (Tupinambás) dominadores da correspondente faixa atlântica. Após a expulsão dos franceses do Rio de Janeiro, os Tamoios internaram-se na região vale-paraibana e foram, ao que parece, dizimando com rapidez os Maromimins (ou Guarumirins) aí existentes, que se refugiaram em aldeias de beira-mar, principalmente entre Paraty e Ilha Grande (130), e nos sertões além da Serra de ltapeti, até onde foram caçados pelos Tupinambás (Reis, 1979 pág. 34-35).
A imagem provável dos Guaianazes-Guarulhos-Miramumis precabraleos, é de vasto grupo distribuído pelo litoral, por uma e outra aba• da cordilheira marítima e da Mantiqueira, estendendo-se para o Norte até o rio Jequitinhonha, talvez; as incursões de Tupinambás, Tupiniquins, Goitacazes, Aimorés, produziram largos rombos sem destruir a trama. (Abreu, 1930 pág.33).
Para Teodoro Sampaio os Goyanases eram também Guaranis: “Mas, o facto de se entenderem os Guayanãs (Goyanases) com os Carijós leva-nos a filiar as duas nações no mesmo grupo, o guarany. O Quayanã, portanto, seria um dialecto do Carijó, ou melhor do Guarany” (Sampaio, 1897). Sobre esta afirmação Prezia (1990) esclarece: “Estabeleceram-se pois duas correntes ou tradições, como classificou Monteiro (1992: 127): a tradição histórica, liderada por Capistrano de Abreu e posteriormente apoiada por Sampaio e Washington Luiz, que apontava este grupo, como sendo não tupi, aparentado aos Guarulho-Maromomi; e a tradição insistente, chamada também de tradição paulista, liderada por Afonso de Freitas e Plínio Ayrosa, com muitos seguidores, baseava-se em textos de Soares de Sousa, Rocha Pita e Madre de Deus, afirmando serem os Guaianá os antigos moradores de Piratininga, possuindo língua e cultura tupi”


GEOGRAFIA

Independente das mediações impostas pelas relações sociais, estabelece-se um “elo efetivo entre a pessoa e o lugar ou ambiente-físico”. É preciso reconhecer que o espaço, sendo a morada do home, estabelece com ele seus laços.
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Castro, 1992

O território do Município de Angra dos Reis é desigual. Do mesmo modo que nele encontram-se serras altíssimas tais como as do Mar, Frade, Cracoatinga, Três Orelas e outras, também existe imensas várzeas como sejam: as de Bracuí, Frade, Ariró, Japuíba, Jurumirim, Itapicú, Jacuacanga e outras, cortadas por límpidos regatos ou caudalosos rios (Lima, 1889 pag. 63).
Honório Lima (1889) descreve a orografia da região das microbacias do Contorno da seguinte forma:
“O território da cidade de Angra e arredores, é uma verdadeira península e somente por isso não tem serras importantes. O morro mais alto é o do Camorim Pequeno tem apenas 580 metros acima do nível do mar. Além desse, tem o de Santo Antônio, na encosta da cidade, o qual divide as terras pertencentes aos Religiosos Franciscanos, com a Fazenda do Retiro, de nossa propriedade, com 460 metros acima do nível do mar. D’esse morro ramificam-se outros de somenos importância assim denominados: Bomfim, São Bento, Carmo, Fortaleza, Olaria, Jardim, Chácara, Vila-Velha, Bulé, Limas, Praia-Grande, Tapéra, Itáçussê e Tangoá.” E arremata sobre as águas: “Cortada por inúmeros regatos e cachoeiras, não tem um só rio de importância. Para compensar, em todos os cantos, encontra-se água potável, a mais pura que desejar-se pode. São dignas de menção as cachoeiras seguintes: a da Carioca, celebre pela excelente água que fornece ao respectivo chafariz. A de São Bernardino, que fornece aos chafarizes da Saudade e ao Marquez do Herval,. A da Olaria, do Cramos, do Soldado e a de São Bento, todas no perímetro da Cidade. A do Bomfim, Tapéra, Jardim, Camorim, Tangoá, Villa-Velha e outras inferiores, existentes nos seus arrabaldes.” (Lima, 1889 pág 134-135).
A carta do IBGE (1974) apresenta subdivisões para a Ponta Leste: Ponta do Leste, Ponta do Pasto (onde está localizado o píer da Petrobrás) e Ponta do Leme, onde foi construído o Forte do Leme e Ponta Leste. Em Ponta Leste foi erguido o Forte do Leme, em princípios do século XX, como parte de um plano de transformar a região da Ilha Grande em um porto militar do Brasil, que não deu certo. A construção do Forte do Leme, em Ponta Leste, o
prolongamento da Estrada de Ferro a Itacurussá e a Angra dos Reis, a construção da Escola de Grumetes (Escola Naval) na região e a transferência da sede do Arsenal da Marinha faziam parte deste plano (de Lima, 2008).
Esta definição de Honório Lima de que os Goyanás eram “índios bravios e belicosos” parece estar apoiada nas descrições de Hans Staden: Na Serra habita uma raça de gente selvagem que se chama Wayganna. Estes não tem habitações fixa como os outros que moram diante e por detrás da Serra, e quando apanham algum inimigo o devoram” (Staden, 1900 pág 123). Ela difere muito das descrições do Tratado Descritivo do Brasil: “não são os guaianases maliciosos, nem refalsados, antes simples e bem acondicionados, e facílimos de crer em qualquer coisa. É gente de pouco trabalho, muito molar, não usam entre si lavoura, vivem de caça que matam e peixe que tomam nos rios, e das frutas silvestres que o mato dá; são grandes flecheiros e inimigos de carne humana. Não matam aos que cativam, mas aceitam-nos por seus escravos” (Sousa, 1987 pag. 115). Reis (1979) menciona sobre esta diferença: “Tais circunstâncias levaram o Prof. Plínio Airosa a afirmar, concordando com a presunção de Capistrano de Abreu, que esses informes de Staden devem referir-se, logicamente, aos chamados Maramomis», que seriam descritos, no mesmo século, em 1599, por Pedro Rodrigues: um gentio, mui fero e bravio, a que chamam Maramomis», que viviam em uma serra que está sobre o Rio de Janeiro e São Vicente”.
Já fica dito como os tamoios são fronteiros de outro gentio, que se chamam os guaianases, os quais tem sua demarcação ao longo da costa por Angra dos Reis, e daí até o rio de Cananéia, onde ficam vizinhando com outra casta de gentios, que se chama os carijós. Estes guaianases tem continuamente guerra com os tamoios, de uma banda, e com os carijós da outra. (Sousa, 1987 pag. 115)
Na primeira metade do século XVI os Maromimis, pelo que se depreende de várias informações existentes, encontravam-se nas encostas da Serra do Mar, entre São Sebastião e Angra dos Reis, e no Vale do Paraíba, onde eram hostilizados pelas incursões dos Tamoios (Tupinambás) dominadores da correspondente faixa atlântica. Após a expulsão dos franceses do Rio de Janeiro, os Tamoios internaram-se na região vale-paraibana e foram, ao que parece, dizimando com rapidez os Maromimins (ou Guarumirins) aí existentes, que se refugiaram em aldeias de beira-mar, principalmente entre Paraty e Ilha Grande (130), e nos sertões além da Serra de ltapeti, até onde foram caçados pelos Tupinambás (Reis, 1979 pág. 34-35).
A imagem provável dos Guaianazes-Guarulhos-Miramumis precabraleos, é de vasto grupo distribuído pelo litoral, por uma e outra aba• da cordilheira marítima e da Mantiqueira, estendendo-se para o Norte até o rio Jequitinhonha, talvez; as incursões de Tupinambás, Tupiniquins, Goitacazes, Aimorés, produziram largos rombos sem destruir a trama. (Abreu, 1930 pág.33).
Para Teodoro Sampaio os Goyanases eram também Guaranis: “Mas, o facto de se entenderem os Guayanãs (Goyanases) com os Carijós leva-nos a filiar as duas nações no mesmo grupo, o guarany. O Quayanã, portanto, seria um dialecto do Carijó, ou melhor do Guarany” (Sampaio, 1897). Sobre esta afirmação Prezia (1990) esclarece: “Estabeleceram-se pois duas correntes ou tradições, como classificou Monteiro (1992: 127): a tradição histórica, liderada por Capistrano de Abreu e posteriormente apoiada por Sampaio e Washington Luiz, que apontava este grupo, como sendo não tupi, aparentado aos Guarulho-Maromomi; e a tradição insistente, chamada também de tradição paulista, liderada por Afonso de Freitas e Plínio Ayrosa, com muitos seguidores, baseava-se em textos de Soares de Sousa, Rocha Pita e Madre de Deus, afirmando serem os Guaianá os antigos moradores de Piratininga, possuindo língua e cultura tupi”


USO DA ÁGUA

Esse conhecimento a gente passa para as filhas. Quando eu eduquei as minhas, sempre tinha um dia da semana em que saíamos sempre muito cedo, de manhã, sem falar nada. Íamos em silêncio à beira da água cantar para ela, louvar à agua, como forma de agradecimento à pureza e nossas relações..
Maria Alice Campos Freire, do Conselho Internacional das Treze Avós Indígenas

A CEDAE (Companhia Estadual de Água e Esgoto do Rio de Janeiro) atua em dois sistemas de abastecimento de água, Cabo Severino e Japuíba. Ambos são sistemas de tratamento simplificado, composto por uma barragem, um reservatório e uma estação de bombeamento, que atualmente atende aos bairros do Centro, somente na parte baixa, como: Marinas, Balneário, Parque das Palmeiras e uma pequena parte do bairro Japuíba. As captações são realizadas na zona serrana do município, nos rios Cabo Severino e Japuíba.
O abastecimento municipal de água é realizado por inúmeras captações em pequenas bacias hidrográficas, o que acarreta, durante o período de estiagem, a retirada de todo volume de água, deixando seco o leito do rio à jusante da captação. O elevado número de unidades de captação dificulta a gestão dos sistemas, aumentando os custos de tratamento, operação, manutenção e monitoramento. (DRZ Geotecnologia e Consultoria, 2014).


USO DO SOLO

Um grupo só se desenraiza pelo impulso irresistível de uma crise de morte, de miséria ou fome, ou em consequência de medidas políticas.
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Brunhes

Nas bacias centro norte está localizada a sede urbana do município com seu centro histórico. A floresta secundária em estágio médio e avançado de regeneração estão associadas às porções mais elevadas e íngremes do relevo onde encontra-se o Parque Estadual Cunhambebe, a APA da Bacia Hidrográfica do Rio Japuíba e o Parque Natural Municipal da Mata Atlântica. As formações pioneiras concentram-se na área da APA Tamoios (INEA, 2018).
Com a implantação dos estaleiros da Verolme, usinas nucleares Angra I e II, do terminal da Baía da Ilha Grande da Petrobrás e a valorização das terras devido à expansão urbana e à especulação imobiliária, parte da população de baixa renda acabou sendo expulsa do local que habitava e passou a ocupar áreas próximas aos manguezais e áreas de encosta (Souza, 2003).
A ocupação de Japuíba se deu de forma irregular e acelerada no final dos anos 70, período da instalação de vários projetos no município. As áreas de manguezais e de Mata Atlântica foram invadidas pela população de baixa renda que passou a construir seus barracos numa área sem nenhuma infraestrutura. (Braga, s/d)
Nestas localidades as pessoas se instalam em construções bastante desiguais que vão dos resorts turísticos a habitações precárias, caracterizadas pela ausência de título de propriedade, urbanização fora dos padrões vigentes – refletido por vias de circulação estreitas e de alinhamento irregular, lotes de tamanhos e formas desiguais e construções não regularizadas por órgãos públicos; ou precariedade de serviços públicos essenciais, tais quais energia elétrica, coleta de lixo e redes de água e esgoto. Na área das bacias centro norte de Angra dos Reis, há 31 áreas identificadas como de alto ou muito alto risco a movimentos de massas e enchentes e nestas áreas há 6.066 moradias, onde residem 24.264 habitantes, os quais estão sujeitos a riscos classificados como deslizamento planar, corrida de detritos, rolamento de blocos, rastejo e escorregamento planar (INEA, 2018).
As áreas de pastagens estão concentradas nas porções baixas, com destaque para o vale do rio Cabo Severino, enquanto áreas antrópicas localizam-se, principalmente, nas proximidades da costa e no vale do rio Japuíba da Banqueta (INEA, 2018).


PRINCIPAIS AMEAÇAS

É razoável supor que mesmo nas UCs de Proteção Integral, dada a notória fragilidade dos órgãos responsáveis por sua fiscalização, que a caça, a coleta, e outras formas de impacto às espécies-chave para o ambiente florestal também ocorram em escala significativa.
Raeder, 2011

LITERATURA CITADA


  1. Abreu, J.C. 1930 [1917] Os Guaianases de Piratininga. Capítulos de História Colonial & Os caminhos antigos e o povoamento do Brasil. 5. ed., Ed. UnB, Brasília. (Col. Bibl. Básica Brasileira, v. 2). Disponível em https://www.revistas.usp.br/revmae/article/download/109537/108019/196586. Acessado em 2/1/2022
  2. Braga, J. L. R. s/d. O processo de ocupação do bairro de Japuíba, Angra dos Reis – RJ disponível em http://observatoriogeograficoamericalatina.org.mx/egal9/Geografiasocioeconomica/Geografiaurbana/05.pdf. Acessado em 2/1/2022.
  3. Brunhes, 1969. J. Geografia humana. 3. ed. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura.
  4. Consorcio Fator. s/d. Estudos técnicos e planejamento para a universalização do abastecimento de água e esgotamento sanitário – Município de Angra dos Reis. Disponível em http://www.rj.gov.br/consultapublica/documentos/Grupo_4_-_Planos_Municipais_de_Saneamento/Planejamento_Universalizacao_-_Angra_dos_Reis.pdf. Acessado em 18/01/2022
  5. Castro, I.C. 1992. O mito da Necessidade. Rio de Janeiro, Bertrand.
  6. DRZ Geotecnologia e Consultoria. 2014. Plano Municipal de Saneamento Básico nas modalidades água, esgoto e drenagem urbana. Produto 9 – Versão Preliminardo PMSB. Disponível em https://www.angra.rj.gov.br/downloads/SMA/Produto%209%20-%20Vers%C3%A3o%20Preliminar%20do%20PMSB%20-%20com%20minuta%20de%20lei%20(Reparado).pdf Acessado em 14/01/2022.
  7. de Lima, L. P. 2008. Contribuição para a arqueologia histórica em Angra dos Reis: As fortificações em Ponta Leste – um estudo de caso. Dissertação apresentada ao programa de pós-graduação em arqueologia, do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo, para obtenção do título de mestre em arqueologia.
  8. Francisco, C. N.; Carvalho, C. N. 2004. Disponibilidade hídrica – da visão global às pequenas bacias hidrográficas: o caso de Angra dos Reis, no Estado do Rio de Janeiro. Revista de Geociências – Ano 3, n.3. Niterói: Instituto de Geociência.
  9. INEA. 2018. Relatório do Mapeamento do Uso e Cobertura do Solo (RD03), elaborado pela Empresa Profill Engenharia e Ambiente S.A., no âmbito dos trabalhos de Elaboração do Plano de Recursos Hídricos da Região Hidrográfica da Baía da Ilha Grande (PRH-BIG), pertencente à Região Hidrográfica I do Estado do Rio de Janeiro. Disponível em https://cbhmacae.eco.br/plano_de_bacia/rd-03-relatorio-do-mapeamento-do-uso-e-cobertura-do-solo/ Acessado em 23/12/2021.
  10. Lima, H. 1889. Noticia historica e geographica de Angra dos Reis : precedida de um bosquejo historico das descobertas da America e do Brazil. Nictheroy : Typ. Irm. de Nossa Senhora da Conceição do Corpo Policial. 166 p. Disponível em https://www2.senado.leg.br/bdsf/item/id/242443. Acessado em 2/1/2022.
  11. Morales, A. G.; Flores, C. L.; Foradori, M. L; Martins, V. C. 2019. Comunidades originarias y medio ambiente en Argentina y Brasil: derechos, cosmovisiones y relatos. in Povos originários e comunidades tradicionais: trabalhos de pesquisa e de extensão universitária – volume 3 [recurso eletrônico] / Nelson Russo de Moraes et al (Orgs.) — Porto Alegre, RS. Disponível em https://www.editorafi.org/501povos. Acessado em 2/1/2022.
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  14. Reis, P. P. dos. 1979. O indígena do vale do Paraíba: apontamentos •históricos para o estudo dos indígenas do vale do Paraíba paulista e regiões circunvizinhas. São Paulo: Governo do Estado, 1979. Coleção paulística; v. 16. Disponível em http://etnolinguistica.wdfiles.com/local–files/biblio%3Areis-1979-indigena/Reis_1979_OIndigenaDoValeDoParaiba.pdf. Acessado em 2/1/2022.
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  17. Souza, P.A.V. Os impactos dos grandes empreendimentos na estrutura demográfica de Angra dos Reis (RJ) 1940-2000. Revista geo-paisagem (on line). Ano 2, nº 3, 2003. Janeiro/Junho de 2003. Disponível em gebig.org/biblioteca/os-impactos-dos-grandes-empreendimentos-na-estrutura-demografica-de-angra-dos-reis-4/. Acessado em 2/1/2022.
  18. Staden, H. 1900. Hans Staden suas viagens e captivero entre os selvagens do Brasil. Tradução da primeira edição original, Com anotações explicativas. São Paulo. TVP. da Casa Eclectica. Rua Direita, 6. Dispon[ivel em http://www.etnolinguistica.org/biblio:staden-1900-viagens. Acessado em 2/1/2022.

LOTES CONSIDERADOS


Foram considerados os seguintes lotes de coleções (tabela 6a e 6b):
Tabela 6a Lotes das microbacias do Contorno

Tabela 6b Lotes da bacia do rio do Meio (Japuíba)

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