Paraíba do Sul (329)

Tipo de Habitat Principal
Rios costeiros tropicais e subtropicais

Principais corpos d’água
Rio Paraíba do Sul, Rio Paraitinga, Rio Paraibuna Rio Pomba, Rio Muriaé, Lagoa Feia

Países
Brasil

Limites
Esta ecorregião inclui a bacia de drenagem do Rio Paraíba do Sul e seus afluentes. Limita-se ao oeste pela Serra da Mantiqueira, a divisão entre a bacia da Paraíba do Sul e as bacias do São Francisco e do Alto Paraná.

Drenagens: fluindo para oceano Atlântico

Principais rios ou outras massas de água

Topografia
A Paraíba do Sul drena o fissura Taubaté-Resende da Serra do Mar e o sistema Serra da Mantiqueira, que forma uma das mais antigas divisões de drenagem do Planalto Brasileiro (Martin et al. 1996; Modenesi-Gauttieri 2000; Dillenburg & Hesp 2009). A bacia da Paraíba é caracterizada por alto relevo com escarpas cristalinas íngremes e maciços alcalinos que sobem até 2600 m.

Habitats de água doce
O Rio Paraíba do Sul começa na confluência dos rios Paraitinga e Paraibuna e flui 1120 km a noroeste até o Oceano Atlântico. Seus afluentes da margem esquerda e direita drenam da Serra da Mantiqueira e da Serra do Mar, respectivamente. A descarga da Paraíba é de 874 m3/s e a carga de sedimentos é de 10,9 x 106 t/ano (Dillenburg & Hesp 2009). Sua parte média superior e parte costeira são navegáveis, mas estas são limitadas por corredeiras e cachoeiras ao redor de São Fidélis. Historicamente, durante a água alta, a Paraíba do Sul fluiu para Lagoa Feia, um grande complexo de lagos ao sul da foz do rio.

Habitats terrestres
Várias ecorregiões terrestres abrangem a bacia da Paraíba do Sul, incluindo florestas interiores da Bahia nas bacias de Paraibuna, Pomba e Muriaé; Mata atlântica do Alto Paraná que faz fronteira com grande parte do caule principal; e florestas costeiras da Serra do Mar ao longo da borda sul. As florestas interiores da Bahia compreendem florestas semidecíduas predominantemente sazonais. As matas atlânticas do Alto Paraná também são florestas semidecíduas que formam uma transição entre as florestas costeiras da Serra do Mar e o cerrado mais para o interior. As florestas costeiras da Serra do Mar cobrem uma faixa de matas úmidas atlânticas ao longo da serra do Mar. Bolsões de florestas de restinga alinham a costa em solos arenosos pobres em nutrientes (WWF 2001).

Descrição de peixes endêmicos:
Apesar da menor riqueza de espécies, o endemismo é relativamente alto na ecorregião Paraíba do Sul, que tem aproximadamente 40% de endemismo ao nível da espécie. Setenta e oito por cento dos trichomíncterides são endêmicos, todos dentro do gênero Trichomycterus. Há também um gênero endêmico, Oligobrycon. Este é representado por O. microstomus e é o único characideo endêmico na ecorregião.

Outros peixes notáveis
Trichomycterus caipora é uma espécie recém-descrita da Lagoa Feia e Rio Macabu.

Justificação para delineamento
A ecorregião de Paraíba do Sul está dentro dos rios litorâneos do Sudeste do Brasil, como delineado por Ringuelet (1975).

Nível de exploração taxonômica
Boa

Referências
Buckup, P. A., Menezes, N. A. and Ghazzi, M. S. (2007) Catálogo das espécies de peixes de água doce do Brasil Museo Nacional : Rio de Janeiro

Dillenburg, S. and Hesp, P. (2009). “Geology and Geomorphology of Holocene Coastal Barriers of Brazil” Berlin, Germany: Springer-Verlag.

Hijmans, R. J., S. Cameron and Parra., J. (2004) \WorldClim, Version 1.4 (release 3). A square kilometer resolution database of global terrestrial surface climate\ “<"[http://www.worldclim.org]">” (16 July 2009)

Köppen, W. (1936). “Das geographische System der Klimate” Köppen W. and R. Geiger (Ed.) Handbuch der. Klimatologie ( (Vol. 1, pp. 1–44 ) Berlin, Germany: Gebrüder Borntröger.

Lundberg, J. G., Marshall, L. G., Guerrero, J., et al. (1998). “The stage for Neotropical fish diversification: a history of tropical South American rivers” L. R. Malarbarba, R. E. Reis, R. P. Vari, Z. M. Lucena, C. A. S. Lucena and (eds) (Ed.) Phylogeny and classification of Neotropical fishes ( pp. 13-48 ) Porto Alegre: Edipuers.

Menezes, N. A.,Weitzman, S. H.,Oyakawa, O. T.,Lima, F. C. T.,Castro, R. M. C.;Weitzman, M. J. (2007). “Peixes de Água doce da Matya Atlântica: Lista preliminar das espécies e comentários sobre conservação de peixes de água doce neotropicais” São Paulo: Museu de Zoologia – Universidade de São Paulo.

Martin, L., Suguio, K., Flexor, J.-M., et al. (1996). “Coastal Quaternary Formations of the Southern Part of the State of Espírito Santo (Brasil)” Anais da Academia Brasileira de Ciências 68 (3) pp. 389-404.

Modenesi-Gauttieri, M. C. (2000). “Hillslope deposits and the quarternary evolution of the Altos Campos – Serra da Matniqueira, from Campost do Jordão to the Itatiaia MassifI” Revista Brasileira de Geociências 30 (3) pp. 508-515.

Reis, R. E., Kullander, S. O. and Ferraris, C. J., Jr. (2003) Check List of the Freshwater Fishes of South and Central America Edipucrs : Porto Alegre, RS

Ringuelet, R. A. (1975). “Zoogeografía y ecología de los peces de aguas continentales de la Argentina y consideraciones sobre las áreas ictiológicas de América del Sur” Ecosur 2 (1) pp. 1-122.

Serra, J. P., Fde Carvalho, F. R. and Langeani, F. (2007). “Ichthyofauna of the rio Itatinga in the Parque das Neblinas, Bertioga, São Paulo State: composition and bigeography” Biota Neotropical [online version] 7 (1) pp. http://www.biotaneotropica.org.br/v7n1/pt/abstract?article+bn01707012007.

World Wildlife Fund (WWF) (2001) \Terrestrial Ecoregions of the World\ “<"http://www.worldwildlife.org/wildworld/profiles/terrestrial_nt.html">”


Fonte: http://www.feow.org/

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