Bacias Sul
de Angra dos Reis

Bacias Sul de Angra dos Reis
Hidrografia
Amostragem de peixes
Taxonomia de peixes
Conservação
Comunidades
História
Geografia
Uso da Água
Uso do Solo
Principais ameaças
Literatura citada
Lotes considerados


HIDROGRAFIA

A hidrografia é relevante no desenvolvimento de projetos de conservação de bacias hidrográficas e para o planejamento dos recursos hídricos .
.

A bacia sul de Angra do Reis (fig. 1), faz limites ao norte e noroeste com a bacia do rio Paraíba do Sul, ao sul com as microbacias de Paraty e a Baía da Ilha Grande e leste com as bacias centro sul de Angra dos Reis. A bacia sul drena uma área de 739,4 km2 que representa 54,2% de toda a área drenada pelas microbacias de Angra dos Reis. A bacia sul se distribui por dos municípios paulistas: São José do Barreiro ocupando uma área de 331,9 km2 (44,9%) e Cunha com uma área de 49,6 km2 e dois municípios fluminenses: Paraty ocupando uma área de 218,4 km2 (29,5%) e Angra dos Reis com 139,5 km2 (18,9%).

Figura 1 – Bacia sul de Angra do Reis e seus limites: Bacias Centro Sul de Angra, Baía da Ilha Grande, Microbacias de Paraty e Bacia do Paraíba do Sul.

A bacia sul de Angra dos Reis é formada por uma única bacia, a bacia do rio Mambucaba (Fig. 2). A bacia do rio Mambucaba é uma bacia do Tipo A, “bacias de média extensão” que apresentam área variando entre 67 e 730km²; suas nascentes estão localizadas no planalto a uma altitude superior a 1.500m, no estado de São Paulo e, por isto, os rios que cortam os dois estados são considerados de domínio federal.

Figura 2 – Bacia do rio Mambucaba

Na bacia do rio do Mambucaba a Regional Perequê da SAAE administra o subsistema Itapicu – Perequê, com captação é feita na barragem de Itapicu, com vazão de 85 l/s, que abastece as localidades de Perequê e Mambucaba e o subsistema Morro da Boa Vista, com captação na barragem Boa Vista, com vazão de 3,5 l/s, que abastecem o Morro da Boa Vista (Consorcio Fator, s/d).

A bacia sul tem 534,8 km2 (72,3%) protegidos pelo PN Serra da Bocaina, 0,04 Km2 (0,005%) protegidos pela RPPN Pousada Campos da Bocaina e 1,1 km2 (0,2%) protegidos pela RPPN Caburé, ou seja possui 535,9 km2 (72,5%) de sua área de drenagem em áreas de proteção integral (Tabela 1).

Rio Mambucaba – O rio Mambucaba nasce a uma altitude de 1.815 metros fora do PN Serra da Bocaina. Em seu percurso de 68,6 km até desembocar entre a Vila Histórica e a Vila Residencial de Mambucaba ele entra, sai e margeia o Parque Nacional. Desde a nascente percorre 2,2 km fora do Parque, em seguida 2,1 km no seu interior e sai novamente da área do Parque nos seus 1,9 km seguintes quando adentra ao Parque novamente percorrendo 6,8 km. A partir deste ponto e nos próximos 1,9 km ele vai servir de limite para Parque, e nova seguir seu curso no interior do mesmo por mais 18,1 km quando sai definitivamente da área de proteção integral. Daí vai percorrer seus 20,1 km finais até depositar suas águas na Baía da Ilha Grande. Seus principais afluentes são pela margem esquerda: córregos Floresta e da Ponte Alta, rio Bonito, ribeirão do Jardim, rios do Gavião e dos Sete Espetos, córregos da Memória, Maitaca e do Forno, rios Santo Antônio, Cachoeira da Cruz e do Funil, córrego Cachoeirinha, rios Itapetinga ou Itapetininga e da Água Branca, córrego do Pati, rio Itapicu, córrego do Alemão e rio Perequê. Pela margem direita: córregos Mambucabinha e do Pinheirinho, ribeirão do Boqueirão e da Prata, córregos da Fazenda Sertão, da Barra Branca, do Moinho de Cima, ribeirão do Veado, rio do Guaripu, córregos do Esguicho e do Buraco da Taquara e rio da Conceição.

Figura 3 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do rio Mambucaba

Córrego Mambucabinha – O córrego mambucabinha é um afluente da margem direita do rio Mambucaba, com toda sua bacia dentro do PN Serra da Bocaina, em São José do Barreiro no estado de São Paulo. Com, 25 km, que nasce na elevação 1.874 metros e tem sua foz fica na elevação 1.546 metros. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 54,2% e média de 13,5% (fig. 4).

Figura 4 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego Mambucabinha

Córrego Floresta – O córrego Floresta é um afluente da margem esquerda do rio Mambucaba, que tem toda sua bacia fora do Parque Nacional Serra da Bocaina, em São José do Barreiro no estado de São Paulo. Com 3,9 km, que nasce na elevação 1.805 metros e tem sua foz fica na elevação 1.523 metros. Na elevação 1.542 metros está situada a cachoeira do Paredão. Em sua bacia está localizada RPP Pousada Campos da Bocaina. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 13,6% e média de 2,8% (fig. 5).

Figura 5 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego Floresta

Córrego do Pinheirinho – O córrego Pinheirinho é um afluente da margem direita do rio Mambucaba, que tem toda sua bacia dentro da área de proteção integral, em São José do Barreiro no estado de São Paulo. Com 2,8 km, que nasce na elevação 1.718 metros e tem sua foz na elevação 1.493 metros. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 26,1% e média de 3,6% (fig. 6).

Figura 6 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego Pinheirinho

Córrego da Ponte Alta – O córrego da Ponte Alta é um afluente da margem esquerda do rio Mambucaba, que tem seus contribuintes da margem direita de do Parque Nacional e os contribuintes da margem esquerda fora da área de proteção. Toda sua bacia fica em São José do Barreiro no estado de São Paulo. Com 5,3 km, nasce na elevação 1.660 metros e sua foz fica na elevação 1.434 metros, logo abaixo da cachoeira de Santo Isidro, localizada no rio Mambucaba. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 19,2% e média de 4,2% (fig. 7).

Figura 7 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego da Ponte Alta

Ribeirão do Boqueirão – O ribeirão do Boqueirão é um afluente da margem direita do rio Mambucaba, que tem toda sua bacia dentro da área de proteção integral, em São José do Barreiro no estado de São Paulo. Com 5,8 km, que nasce na elevação 1.873 metros e tem sua foz na elevação 1.328 metros. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 44,3% e média de 12,8% (fig. 8).

Figura 8 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do ribeirão do Boqueirão

Córrego Taquaral – O córrego Taquaral é o principal afluente na margem esquerda do Ribeirão Boqueirão, com 2,8 Km. As nascentes do córrego Taquaral estão na elevação 1.935 metros e sua foz, no ribeirão Boqueirão está na elevação 1.541 metros. Em sua descida rumo ao Boqueirão tem uma inclinação máxima de 44,3% e média de 12,8% (fig. 8a)

Figura 8a – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego Taquaral

Córrego das Posses – O córrego das posses é um afluente da margem direita do rio Mambucaba, que tem toda sua bacia dentro da área de proteção integral, em São José do Barreiro no estado de São Paulo. Com 1,9 km, que nasce na elevação 1.568 metros e tem sua foz na elevação 1.279 metros. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 2,8% e média de 1,3% (fig. 9).

Figura 9 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego das Posses

Ribeirão da Prata – O ribeirão da Prata é um afluente da margem direita do rio Mambucaba, que tem toda sua bacia dentro da área de proteção integral, em São José do Barreiro no estado de São Paulo. Com 4,7 km, que nasce na elevação 1.732 metros e tem sua foz na elevação 1.194 metros. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 34,7% e média de 12,5% (fig. 10).

Figura 10 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do ribeirão da Prata

Rio Bonito – O rio Bonito é um afluente da margem esquerda do rio Mambucaba, que tem toda sua bacia fora do Parque Nacional Serra da Bocaina, em São José do Barreiro no estado de São Paulo. Com 11,9 km, que nasce na elevação 1.545 metros e tem sua foz fica na elevação 1.147 metros. Em sua bacia está localizada RPP Caburé. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 43,5% e média de 6,4% (fig. 11).

Figura 11 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do rio Bonito

Ribeirão Cavalhada – O ribeirão Cavalhada é o principal afluente na margem esquerda do rio Bonito, com 4,4 Km. Suas nascentes estão na elevação 1.537 metros e sua foz, no rio Bonito está na elevação 1.174 metros. Em sua descida rumo a foz tem uma inclinação máxima de 13,7% e média de 3,8% (fig. 11a)

Figura 11a – Imagem de satélite com o percurso e perfil do ribeirão Cavalhada

Ribeirão do Jardim – O ribeirão do Jardim é um afluente da margem esquerda do rio Mambucaba, que tem toda sua bacia fora do Parque Nacional Serra da Bocaina, em São José do Barreiro no estado de São Paulo. Com 6,3 km, que nasce na elevação 1.574 metros e tem sua foz fica na elevação 1.106 metros. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 34,4% e média de 10,7% (fig. 12).

Figura 12 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do ribeirão do Jardim

Rio do Gavião – O rio do Gavião é um afluente da margem esquerda do rio Mambucaba, que tem toda sua bacia fora do Parque Nacional Serra da Bocaina, em São José do Barreiro no estado de São Paulo. Com 9,9 km, que nasce na elevação 1.409 metros e tem sua foz fica na elevação 971 metros. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 36,4% e média de 7,9% (fig. 13).

Figura 13 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do rio do Gavião

Córrego Alto da Serra – O córrego Alto da Serra é o principal afluente na margem direta do rio Gavião, com 1,8 Km de extensão. Suas nascentes estão na elevação 1.308 metros e sua foz, no rio Gavião está na elevação 1.150 metros. Em sua descida rumo a foz tem uma inclinação máxima de 15,3% e média de 4,1% (fig. 13a)

Figura 13a – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego Alto da Serra

Córrego da Fazenda Sertão – O córrego da Fazenda Sertão é um afluente da margem direita do rio Mambucaba, que tem toda sua bacia dentro da área de proteção integral, em São José do Barreiro no estado de São Paulo. Com 4,0 km, que nasce na elevação 1.440 metros e tem sua foz na elevação 975 metros. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 72,5% e média de 12,5% (fig. 14).

Figura 14 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego da Fazenda Sertão

Rio dos Sete Espetos – O rio dos Sete Espetos é um afluente da margem esquerda do rio Mambucaba, que tem toda sua bacia fora do Parque Nacional Serra da Bocaina, em São José do Barreiro no estado de São Paulo. Com 15,7 km, que nasce na elevação 1.495 metros e tem sua foz fica na elevação 827 metros. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 39,3% e média de 9,2% (fig. 15).

Figura 15 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do rio dos Sete Espetos

Córrego do Pinheirinho – O Córrego do Pinheirinho é o principal afluente na margem esquerda do rio dos Sete Espetos, com 6,0 Km de extensão. Suas nascentes estão na elevação 1.466 metros e sua foz, no rio Gavião está na elevação 1.113 metros. Em sua descida rumo a foz tem uma inclinação máxima de 20,9% e média de 4,3% (fig. 15a)

Figura 15a – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego do Pinheirinho

Córrego da Barra Branca – O córrego da Barra Branca é um afluente da margem direita do rio Mambucaba, que tem toda sua bacia dentro da área de proteção integral, em São José do Barreiro no estado de São Paulo. Com 2,5 km, que nasce na elevação 1.262 metros e tem sua foz na elevação 760 metros. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 48,7% e média de 15,8% (fig. 16).

Figura 16 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego da Barra Branca

Rio da Onça – O rio da Onça é um afluente da margem esquerda do rio Mambucaba, que tem toda sua bacia fora do Parque Nacional Serra da Bocaina, em São José do Barreiro no estado de São Paulo. Com 17,0 km, que nasce na elevação 1.550 metros e tem sua foz fica na elevação 762 metros. A cachoeira do Jacu Pintado está localizada a 9,5 km da foz na altitude de 1.137 metros. Seus afluentes principais pela margem direita são os córregos de Gavião de Penacho e da Roseira, e pela margem direita são os córregos da Caverna e dos Mineiros. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 44,8% e média de 6,0% (fig. 17).

Figura 17 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do rio da Onça

Córrego de Gavião de Penacho – O córrego de Gavião de Penacho é um dos principais afluentes na margem direita do rio da Onça, com 4,4 Km de extensão. Suas nascentes estão na elevação 1.465 metros e sua foz, no rio da Onça está na elevação 1.296 metros. Em sua descida rumo a foz tem uma inclinação máxima de 45,1% e média de 11,0% (fig. 17a).

Figura 17a – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego de Gavião de Penacho.

Córrego da Roseira – O córrego da Roseira é um dos principais afluentes na margem direita do rio da Onça, com 6,0 Km de extensão. Suas nascentes estão na elevação 1.478 metros e sua foz, no rio da Onça está na elevação 1.057 metros. Em sua descida rumo a foz tem uma inclinação máxima de 41,0% e média de 7,7% (fig. 17b)

Figura 17b – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego da Roseira

Córrego da Caverna – O córrego da Caverna é o principal afluente na margem esquerda do rio da Onça, com 3,6 Km de extensão. Suas nascentes estão na elevação 1.343 metros e sua foz, no rio da Onça está na elevação 930 metros. Em sua descida rumo a foz tem uma inclinação máxima de 68,1% e média de 18,2% (fig. 17c)

Figura 17c – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego da Caverna

Córrego dos Mineiros – O córrego dos Mineiros é o principal afluente na margem direita do rio da Onça, com 5,2 Km de extensão. Suas nascentes estão na elevação 1.486 metros e sua foz, no rio Gavião está na elevação 857 metros. Seus dois principais afluentes são o córrego Santa Clara e o córrego da Cachoeira, ambos na margem esquerda do córrego dos Mineiros. Em sua descida rumo a foz tem uma inclinação máxima de 50,5% e média de 11,0% (fig. 17d).

Figura 17d – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego dos Mineiros

Córrego Santa Clara – O córrego Santa Clara é um dos afluentes na margem esquerda do córrego dos Mineiros, com 3,0 Km de extensão. Suas nascentes estão na elevação 1.443 metros e sua foz, no córrego dos Mineiros está na elevação 947 metros. Em sua descida rumo a foz tem uma inclinação máxima de 35,6% e média de 9,8% (fig. 17d1).

Figura 17d1 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego Santa Clara

Córrego da Cachoeira – O córrego da Cachoeira é um dos afluentes na margem esquerda do córrego dos Mineiros, com 1,9 Km de extensão. Suas nascentes estão na elevação 1.286 metros e sua foz, no córrego dos Mineiros está na elevação 943 metros. Em sua descida rumo a foz tem uma inclinação máxima de 56,8% e média de 11,3% (fig. 17d2).

Figura 17d2 – Imagem de satélite com o percurso e perfil da córrego da Cachoeira

Córrego do Moinho de Cima – O córrego do Moinho de Cima é um afluente da margem direita do rio Mambucaba, que tem toda sua bacia dentro da área de proteção integral, em São José do Barreiro no estado de São Paulo. Com 6,9 km, que nasce na elevação 1.528 metros e tem sua foz na elevação 718 metros. Seu afluente na margem direita é o córrego do Moinho. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 74,7% e média de 19,7% (fig. 18).

Figura 18 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego do Moinho de Cima

Córrego do Moinho – O córrego do Moinho é um afluente na margem direita do córrego do Moinho de Cima, com 2,4 Km de extensão. Suas nascentes estão na elevação 1.195 metros e sua foz, no córrego do Moinho de Cima está na elevação 872 metros. Em sua descida rumo a foz tem uma inclinação máxima de 49,6% e média de 12,2% (fig. 18a).

Figura 18a – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego do Moinho

Ribeirão do Veado – O ribeirão do Veado é um afluente da margem direita do rio Mambucaba, que tem toda sua bacia dentro da área de proteção integral, em São José do Barreiro no estado de São Paulo. Com 21,5 km ele nasce na elevação 1.454 metros e tem sua foz na elevação 692 metros. Próximo a sua foz está a cachoeira do veado em uma elevação de 912 metros. Seus afluentes principais, todos na margem direita são os córregos do Alto do Segredo, Pau do Mel, do Toco, do Palmital e ribeirão do Palmital Pequeno. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 74,7% e média de 19,7% (fig. 19).

Figura 19 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do ribeirão do Veado

Córrego do Alto do Segredo – O córrego do Alto do Segredo é um afluente na margem direita do ribeirão do Veado, com 6,5 Km de extensão. Suas nascentes estão na elevação 1.692 metros e sua foz, no ribeirão do Veado está na elevação 1.179 metros. Em sua descida rumo a foz tem uma inclinação máxima de 37,4% e média de 7,5% (fig. 19a).

Figura 19a – Imagem de satélite com o percurso e perfil do Alto do Segredo

Córrego Pau do Mel – O córrego Pau do Mel é um afluente na margem direita do ribeirão do Veado, com 3,3 Km de extensão. Suas nascentes estão na elevação 1.662 metros e sua foz, no ribeirão do Veado está na elevação 1.161 metros. Seu principal afluente na margem direita é o Córrego do Morcego. Em sua descida rumo a foz tem uma inclinação máxima de 46,2% e média de 10,6% (fig. 19b).

Figura 19b – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego Pau do Mel

Córrego do Morcego – O córrego do Morcego é um afluente na margem direita do córrego Pau do Mel, com 2,7 Km de extensão. Suas nascentes estão na elevação 1.537 metros e sua foz, no córrego Pau do Mel está na elevação 1.192 metros. Em sua descida rumo a foz tem uma inclinação máxima de 35,1% e média de 9,6% (fig. 19b1).

Figura 19b1 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego do Morcego

Córrego do Toco – O córrego do Toco é um afluente na margem direita do ribeirão do Veado, com 7,9 Km de extensão. Suas nascentes estão na elevação 1.700 metros e sua foz, no ribeirão do Veado está na elevação 1.091 metros. Em sua descida rumo a foz tem uma inclinação máxima de 69,3% e média de 14,4% (fig. 19c).

Figura 19c – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego do Toco

Ribeirão do Palmital – O ribeirão do Palmital é um afluente na margem direita do ribeirão do Veado, com 10,8 Km de extensão. Suas nascentes estão na elevação 1.744 metros e sua foz, no ribeirão do Veado está na elevação 1.091 metros. Seu principal afluente na margem direita é o córrego do Papagaio. Em sua descida rumo a foz tem uma inclinação máxima de 38,2% e média de 10,5% (fig. 19d).

Figura 19d – Imagem de satélite com o percurso e perfil do ribeirão do Palmital

Córrego do Papagaio – O córrego do Papagaio é um afluente na margem direita do ribeirão do Palmital, com 3,7 Km de extensão. Suas nascentes estão na elevação 1.440 metros e sua foz, no ribeirão do Palmital está na elevação 1.154 metros. Em sua descida rumo a foz tem uma inclinação máxima de 63,7% e média de 12,7% (fig. 19d1).

Figura 19d1 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego do Papagaio

Ribeirão do Palmital Pequeno – O ribeirão do Palmital Pequeno é um afluente na margem direita do ribeirão do Veado, com 5,2 Km de extensão. Suas nascentes estão na elevação 1.418 metros e sua foz, no ribeirão do Veado está na elevação 1.084 metros. Em sua descida rumo a foz tem uma inclinação máxima de 38,9% e média de 7,5% (fig. 19e).

Figura 19e – Imagem de satélite com o percurso e perfil do ribeirão do Palmital Pequeno

Córrego da Memória – O córrego da Memória é um afluente da margem esquerda do rio Mambucaba, que tem toda sua bacia fora do Parque Nacional Serra da Bocaina, fazendo divisa entre São José do Barreiro no estado de São Paulo e Angra dos Reis no Rio de Janeiro. Com 7,8 km, que nasce na elevação 1.204 metros e tem sua foz na elevação 626 metros. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 57,0% e média de 14,2% (fig. 20).

Figura 20 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego da Memória

Rio do Guaripu – O rio do Guaripu é um afluente da margem direita do rio Mambucaba, que tem toda sua bacia fora do Parque Nacional Serra da Bocaina, fazendo divisa entre Cunha no estado de São Paulo e Paraty no Rio de Janeiro. Com 21,9 km, ele nasce na elevação 1.486 metros e tem sua foz na elevação 473 metros. A Cachoeira Guaripu em seu trecho final fica na elevação de 602 metros. Seus afluentes principais estão dois na margem esquerda: Córrego do Poço Grande e Ribeirão das Pedras e dois na margem direita: Rio do Limoeiro e Ribeirão da Agrota Grande. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 67,6% e média de 7,8% (fig. 21).

Figura 21 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do rio do Guaripu

Córrego do Poço Grande – O córrego do Poço Grande, afluente na margem esquerda do rio Guaripu, está totalmente situado no município de Cunha em São Paulo. Com 7,4 km, ele nasce na elevação 1.343 metros e tem sua foz na elevação 1.206 metros. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 44,5% e média de 9,8% (fig. 21a).

Figura 21a – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego do Poço Grande

Rio do Limoeiro – O rio do Limoeiro, afluente na margem direita do rio Guaripu, está totalmente situado no município de Paraty em Rio de Janeiro. Com 4,6 km, ele nasce na elevação 1.399 metros e tem sua foz na elevação 1.057 metros. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 70,9% e média de 14,8% (fig. 21b).

Figura 21b – Imagem de satélite com o percurso e perfil do rio do Limoeiro

Ribeirão das Pedras – O ribeirão das Pedras, afluente na margem esquerda do rio Guaripu, está totalmente situado no município de Cunha em São Paulo. Com 5,8 km, ele nasce na elevação 1.377 metros e tem sua foz na elevação 1.055 metros. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 66,9% e média de 8,3% (fig. 21c).

Figura 21c – Imagem de satélite com o percurso e perfil do ribeirão das Pedras

Ribeirão da Agrota Grande – ribeirão da Agrota Grande, afluente na margem direita do rio Guaripu, está totalmente situado no município de Paraty em Rio de Janeiro. Com 8,8 km, ele nasce na elevação 1.161 metros e tem sua foz na elevação 664 metros. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 49,4% e média de 12,3% (fig. 21d).

Figura 21d – Imagem de satélite com o percurso e perfil do ribeirão da Agrota Grande

Córrego Maitaca – O córrego Maitaca, afluente da margem esquerda do rio Mambucaba, está totalmente dentro do PN Serra da Bocaina e no município de Angra dos Reis no Rio de Janeiro. Com 2,8 km, ele nasce na elevação 1.060 metros e tem sua foz na elevação 465 metros. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 83,9% e média de 30,0% (fig. 22).

Figura 22 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego Maitaca

Córrego do Forno – O córrego do Forno é um afluente da margem esquerda do rio Mambucaba, está totalmente dentro do PN Serra da Bocaina e no município de Angra dos Reis no Rio de Janeiro. Com 2,9 km, ele nasce na elevação 1.025 metros e tem sua foz na elevação 215 metros, a jusante da cachoeira da Camisa. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 79,8% e média de 32,6% (fig. 23).

Figura 23 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego do Forno

Córrego do Esguicho – O córrego do Esguicho é um afluente da margem direita do rio Mambucaba, cuja bacia fica totalmente dentro do PN Serra da Bocaina e no município de Paraty no Rio de Janeiro. Com 5,3 km, ele nasce na elevação 1.099 metros e tem sua foz na elevação 186 metros. Próxima a foz, na elevação 441 metros está localizada a cachoeira do Esguicho. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 97,3% e média de 22,8% (fig. 24).

Figura 24 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego do Esguicho

Córrego do Buraco da Taquara – O córrego do Buraco da Taquara é um afluente da margem direita do rio Mambucaba, cuja bacia fica totalmente dentro do PN Serra da Bocaina e no município de Paraty no Rio de Janeiro. Com 5,5 km, ele nasce na elevação 1.209 metros e tem sua foz na elevação 121 metros. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 78,8% e média de 24,4% (fig. 25).

Figura 25 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego do Buraco da Taquara

Rio Santo Antônio – O rio Santo Antônio é um afluente da margem esquerda do rio Mambucaba, cuja bacia fica totalmente dentro do PN Serra da Bocaina e no município de Angra dos Reis no Rio de Janeiro. Com 9,1 km, ele nasce na elevação 1.277 metros e tem sua foz na elevação 93 metros. Seu principal afluente na margem direita é córrego da Toca, que desagua logo abaixo da cachoeira Santo Antônio, localizada na elevação 384 metros. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 71,5% e média de 16,9% (fig. 26).

Figura 26 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do rio Santo Antônio

Córrego da Toca – O córrego da Toca é um afluente da margem direita do rio Santo Antônio que desagua logo abaixo da Cachoeira Santo Antônio. Sua nascente está na elevação de 1.124 metros e sua foz no rio Santo Antônio está na elevação de 368 metros. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 74,8% e média de 21,1% (fig. 26a).

Figura 26a – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego da Toca

Rio Cachoeira da Cruz – O rio Cachoeira da Cruz é um afluente da margem esquerda do rio Mambucaba, cuja bacia fica totalmente dentro do PN Serra da Bocaina e no município de Angra dos Reis no Rio de Janeiro. Com 4,1 km, ele nasce na elevação 982 metros e tem sua foz na elevação 46 metros. Próximo a sua foz está localizada a cachoeira do Sertão de Mambucaba, localizada na elevação 73 metros. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 75,7% e média de 25,0% (fig. 27).

Figura 27 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do rio Cachoeira da Cruz

Rio do Funil – O rio do Funil é um afluente da margem direita do rio Mambucaba, cuja bacia fica totalmente dentro do PN Serra da Bocaina e no município de Paraty no Rio de Janeiro. Com 38,6 km, ele nasce na elevação 1.549 metros e tem sua foz na elevação 21 metros. Seus principais afluentes na margem esquerda são os córregos Velho e Braço Norte. A 8 km da foz está localizada a cachoeira Tombo do Funil na elevação de 972 metros. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 67,4% e média de 6,8% (fig. 28).

Figura 28 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do rio do Funil

Córrego Velho – O córrego Velho é um afluente da margem esquerda do rio do Funil. Com 5,0 km, ele nasce na elevação 1.395 metros e tem sua foz na elevação 1.102 metros. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 57,1% e média de 14,7% (fig. 28a).

Figura 28a – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego Velho

Córrego Braço Norte – O córrego Braço Norte é um afluente da margem esquerda do rio do Funil. Com 5,4 km, ele nasce na elevação 1.581 metros e tem sua foz na elevação 1.100 metros. Seu principal afluente na margem esquerda é o Córrego Guaritaca. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 47,0% e média de 7,8% (fig. 28b).

Figura 28b – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego Braço Norte

Córrego Guaritaca – O córrego Guaritaca é um afluente da margem esquerda do córrego Braço Norte. Com 2,3 km, ele nasce na elevação 1.406 metros e tem sua foz na elevação 1.243 metros. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 54,3% e média de 13,8% (fig. 28b1).

Figura 28b1 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego Guaritaca

Córrego Cachoeirinha – O córrego Cachoeirinha é um afluente da margem esquerda do rio Mambucaba, com sus bacia totalmente protegida pelo PN Serra da Bocaina e inteiramente no município de Angra dos Reis no Rio de Janeiro. Com 4,7 km, ele nasce na elevação 1.057 metros e tem sua foz na elevação 12 metros. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 34,4% e média de 9,4% (fig. 29).

Figura 29 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego Cachoeirinha

Rio Itapetinga ou Itapetininga – O rio Itapetinga ou Itapetininga é um afluente da margem esquerda do rio Mambucaba, com sus bacia parcialmente protegida pelo PN Serra da Bocaina e se localiza inteiramente no município de Angra dos Reis no Rio de Janeiro. Com 11,1 km de extensão, seus 3,5 km finais estão localizados fora da área de proteção integral. Nascendo na elevação 1.172 metros vai desaguar no rio Mambucaba na elevação de 7 metros. Seu principal afluente na margem direita é o Rio da Cachoeira Grande. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 34,4% e média de 9,4% (fig. 30).

Figura 30 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do rio Itapetinga ou Itapetininga

Rio da Cachoeira Grande – O rio da Cachoeira Grande é um afluente da margem direita do rio Itapetinga. Com 8,1 km de extensão, nasce na elevação 1.198 metros vai desaguar no rio Itapetinga na elevação de 126 metros. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 82,0% e média de 17,8% (fig. 30a).

Figura 30a – Imagem de satélite com o percurso e perfil do rio da Cachoeira Grande

Rio da Água Branca – O rio da Água Branca é um afluente da margem esquerda do rio Mambucaba, com sua bacia parcialmente protegida pelo PN Serra da Bocaina. Está inteiramente no município de Angra dos Reis no Rio de Janeiro. Com 11,0 km de extensão, seus 1,9 km finais estão localizados fora da área de proteção integral. Nascendo na Pedra do Frade, na elevação 1.421 metros, vai desaguar no rio Mambucaba na elevação de 6 metros. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 70,7% e média de 17,9% (fig. 31).

Figura 31 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do rio da Água Branca

Córrego do Pati – O córrego do Pati é um afluente da margem esquerda do rio Mambucaba, com sua bacia parcialmente protegida pelo PN Serra da Bocaina. Está inteiramente no município de Angra dos Reis no Rio de Janeiro. Com 5,7 km de extensão, seus 1,5 km finais estão localizados fora da área de proteção integral. Nascendo na elevação 1.120 metros, vai desaguar no rio Mambucaba na elevação de 2 metros. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 32,2% e média de 5,7% (fig. 32).

Figura 32 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego do Pati

Rio Itapicu – O rio Itapicu é um afluente da margem esquerda do rio Mambucaba, com sua bacia parcialmente protegida pelo PN Serra da Bocaina. Está inteiramente no município de Angra dos Reis no Rio de Janeiro. Com 2,8 km de extensão, apenas seus 800 metros iniciais estão localizados na área de proteção integral. Nascendo na elevação 490 metros, vai desaguar no rio Mambucaba na elevação de 2 metros. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 32,2% e média de 5,7% (fig. 33).

Figura 33 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do rio Itapicu

Rio da Conceição – O rio da Conceição é um afluente da margem direita do rio Mambucaba, com sua bacia parcialmente protegida pelo PN Serra da Bocaina. Está inteiramente no município de Paraty no Rio de Janeiro. Com 14,6 km de extensão, apenas seus 3,8 km iniciais estão localizados na área de proteção integral. Nascendo na elevação 1.139 metros, vai desaguar no rio Mambucaba na elevação de 1 metro. A Cachoeira Chapéu do Sol oi Joelão fica aproximadamente no meio de seu curso, em uma altitude de 17 metros.Em sua descida tem uma inclinação máxima de 66,9% e média de 12,1% (fig. 34).

Figura 34 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do rio da Conceição

Córrego do Alemão – O córrego do Alemão é um afluente da margem direita do rio Mambucaba, com sua bacia parcialmente protegida pelo PN Serra da Bocaina. Está inteiramente no município de Paraty no Rio de Janeiro. Com 5,9 km de extensão, apenas seus 2,0 km iniciais estão localizados na área de proteção integral. Nascendo na elevação 575 metros, vai desaguar no rio Mambucaba na elevação de 1 metro. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 56,9% e média de 13,6% (fig. 35).

Figura 35 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do córrego do Alemão

Rio Perequê – O rio Perequê é um afluente da margem esquerda do rio Mambucaba, com sua bacia parcialmente protegida pelo PN Serra da Bocaina. Está inteiramente no município de Angra dos Reis no Rio de Janeiro. Com 9,3 km de extensão, nasce na elevação de 601 metros, vai desaguar no rio Mambucaba na elevação de 1 metro. Seus 2,5 km finais margeia áreas densamente habitadas. Em sua descida tem uma inclinação máxima de 31,4% e média de 3,9% (fig. 36).

Figura 36 – Imagem de satélite com o percurso e perfil do rio Perequê


AMOSTRAGEM DE PEIXES


Registros em Coleções – Amostragens – As bacias centro sul de Angra dos Reis já foram amostradas para peixes de riachos, de acordo com os registros em coleções, em 13 pontos, com o tombamento de 81 lotes (fig. 17 e Tabela 2). Estes lotes foram amostrados nos anos de 1942 (32), 1944 (10), 1945 (53), 1988 (2), 2003 (6), 2008 (14), 2014 (9), 2019 (10) e sem informação de data de coleta(13). Estas amostragens estão representadas por década no Gráfico 1.

Índice de amostragens – Os índices foram calculados considerando os pontos de amostragens e os lotes por cada 100 Km2 de bacia. Por ser formada por uma única bacia os índices de amostragens não foram comparados entre bacias (Tabela 2).

Distribuição da amostragem – É possível observar pela figura 37 a elevada concentração dos pontos dos pontos de amostragem no terço inferior da bacia.


TAXONOMIA DOS PEIXES


Composição taxonômica – A Tabela 3 indica a composição taxonômicas da bacia sul das microbacias de Angra dos Reis. Foram amostrados até o momento 24 espécies, pertencentes a 15 sub-famílias de 13 famílias, agrupadas em oito ordens de peixes de riacho. (Tabela 3).

A predominância foi dos Siluriformes com 37,5% das espécies, seguidos os Characiformes com 25%. Os Siluriformes na bacia sul estão distribuídos em quatro famílias: Trichomycteridae, Callichthyidae, Loricariidae e Heptapteridae. Os Characiformes em duas famílias: Crenuchidae e Characidae. (Tabela 4)


CONSERVAÇÃO

A conservação dos recursos naturais é o problema fundamental. Se não o resolvermos, ficará difícil resolver todos os demais.
.
Teddy Roosevelt

A Bacia Sul de Angra dos Reis (Rio Mambucaba) tem uma área de bacia de 740,1 km2 sendo que 534,0 Km2 (72%) de seu trecho superior está protegido pela unidade de conservação integral – Parque Nacional Serra da Bocaina e 0,420 km2 (0,06%) de seu trecho inferior estão protegidos pela unidade de ação sustentável – Área de Proteção Ambiental dos Tamoios


COMUNIDADES

O que há de melhor no homem somente desabrocha quando se envolve em uma comunidade.
.
Albert Einstein

Não se tem informação da presença de grupso identificados como comunidade tradicional, seja indígena, caiçara ou quilombola na região das bacias sul de Angra (Araújo, 2018). Não consta também o registro de assentamentos agrícolasa nesta área (INCRA, 2021). As comunidades existentes são o resultado da convivência e vizinhança por ocupação de espaços de vida próximo.

Na área das bacias sul de Angra segundo censo do IBGE de 2010 estão localizados cinco aglomerados subnormais a saber (fig.38): Campo da Gringa, Parque Mambucaba, Parque Perequê, Vila Operária e Vila Residencial.

Figura 38 – Localidades das bacias sul de Angra dos Reis


HISTÓRIA

A história tem por objeto narrar metodicamente os fatos notáveis sucedidos nas sociedades humanas civilizadas procurando deduzir metodicamente tanto quanto possível as relações que os ligam..
Benevides, 1912

O registro escrito mais antigo sobre Mambucaba é de 1557, em que se relata a presença aí de uma tribo de Tamoios (Staden, 1900). O significado original do nome de Mambucaba está relacionado a passagem ou abertura (Bragança Júnior, 1992). Seria uma alusão ao fato de que subindo o rio se alcançava uma das trilhas usadas pelos índios para ultrapassar a Serra do Mar e chegar ao planalto. Seus primeiros colonizadores, teriam sido Francisco Silvestre e Lucas Geraldes que recebem uma sesmaria de meia légua a partir de cada margem do Rio Mambucaba (São Paulo, 1921).
Em fins do século XVI, uma das atividades produtivas desenvolvidas era a lavoura da cana-de-açúcar e de alimentos, além da pesca da baleia praticada na foz do rio Mambucaba (Machado, s.d.).
Em 1 de fevereiro de 1803 foi criada a paróquia de Mambucaba, que de fato só é implantada em 1808. Anos mais tarde, na margem esquerda do rio Mambucaba foi criado um povoado que se transformou em importante empório comercial. Seu porto torna-se caminho para os produtos agrícolas de Campos Novos, Cunha e outras regiões da Província de São Paulo (Lima, 1972), aproveitando-se do caminho que atravessava a Serra da Bocaina em direção a Areias (Machado, s/d). Além desse, surgiram outros embarcadouros como os de Jurumirim, Ariró, Ribeira, Mambucaba, Bracuí e Frade (Lamego, 1964). Em fins do século XVIII, com a expansão cafeeira, o pólo dinâmico da atividade econômica deslocou-se de Parati para Angra, não só em função vantagens do porto localizado na vila de Angra, mais profundo e livre de assoreamento; mas também, pela existência destes pequenos embarcadouros naturais, caso de Jurumirim, Bracuí, Ariró, Frade e Mambucaba, fixados na Baía da Ilha Grande, todos com caminhos ligando aos produtores de café dos planaltos da Serra (Capaz, 1996).
Em Mambucaba, em 1856, o percentual de africanos foi de 45,4%, o maior dos encontrados para as freguesias (Vasconcellos, 2006). Em 1889, a aguardente continuava a ser fabricada, com quatro engenhos, produzindo em torno de 600 pipas anuais (Lima, 1972)
Vinculado à queda do escoamento do café, a partir de 1870, “em Angra dos Reis, os casarões assobradados que tinham depósitos de café na parte térrea, foram sendo abandonados e começaram a ruir”. Destino semelhante tiveram as estradas que conduziam as produções até o litoral, como as de Ariró, de Mambucaba e de Parati (Capaz, 1996).


GEOGRAFIA

Os geógrafos procederam bastante por analogia, sobretudo em relação às ciências naturais. Aí aparecem duas fontes de erros grandes. Inicialmente não se pode transpor, e sobretudo de forma mecânica, o que se passa no mundo do físico ao que se passa na história. Em seguida, a analogia muitas vezes leva a examinar os objetos do exterior, o que só permite apreender seu aspecto ou sua forma, quando é o conteúdo que em verdade nos permite identificar, individualizar e definir.
Santos, 2002

A Baixada do rio Mambucaba está entre as mais importantes planícies fluviomarinhas do litoral sul fluminense e por esta razão está sujeito às inundações sazonais relacionadas aos eventos extremos de chuvas. Cabe ressaltar que durante os períodos chuvosos mais intensos, as inundações podem atingir o Parque Mambucaba. As características geométricas, do sistema de drenagem e do relevo contribui para isso (Freitas & Vaz, 2018).
A população de Mambucaba em 19070 não chegava a mil habitantes, a maioria dedicados a atividades rurais. Com a implantação da BR-101 (Rodovia Rio-Santos) e a construção e operação das usinas nucleares a população saltou para mais de 17 mil, conforme o senso de 2010. A construção da Vila operária e da Vila Residencial, foram realizadas para abrigar construtores e operadores das usinas nucleares.


USO DA ÁGUA

Considerando que o acesso à água potável é necessidade de primeira ordem, afetando de modo imediato à vida humana para dessedentação, justifica-se a preocupação em garantir o acesso a essa utilidade pública.
Álisson Melo, 2012

Em elaboração


USO DO SOLO
Em Angra dos Reis, o Plano Diretor Urbanístico foi instituído através da Lei Municipal de n° 1754, de 21 de dezembro de 2006.

Embora boa parte da baixada urbana do loteamento Parque Mambucaba tenha sido contemplada com um planejamento prévio de ocupação decorrente da aprovação na década de 70, o que difere bastante de outras planícies no município, observam-se conflitos de uso como a ocupação de áreas de preservação permanente, segundo o Código Florestal de 2012. Identificou-se também os locais que, em função da proximidade com o rio Mambucaba, apresentam sérios problemas de enchentes que causam consequências graves à população local como doenças e perda do patrimônio, constatando-se que cerca de 47,1% do loteamento encontra-se em área de risco. O crescimento populacional também influenciado pela implantação das Usinas Nucleares no distrito, pode ser agravado com a construção da nova unidade (Angra III), afetando ainda mais as demandas por saúde, trabalho, transporte, educação e atividades de cultura e lazer..
Stumbo Filho et.al., 2018

PRINCIPAIS AMEAÇAS

Não devemos deixar que uma floresta cheia de árvores nos engane, fazendo-nos acreditar que tudo ali está bem. Várias destas florestas são “mortas-vivas”, e embora imagens de satélites registrem-nas como florestas, elas estão vazias de grande parte da riqueza faunística valorizada pelo homem. Uma floresta vazia é uma floresta condenada.
Redford, 1992

Apesar da proteção integral de uma grande superfície da bacia do rio Mambucaba, precisa-se grande atenção para que esta área florestada não se torne uma floresta vazia no conceito de Redford (1992). O próprio Plano de Manejo aponta esta preocupação pela quantidade de atividades internas ao Parque e que se não forem devidamente avaliadas pode vir a quebrar as cadeias de interação biológica pelo desaparecimento de algumas espécies de seu ciclo de renovação. Este Plano de Manejo aponta ainda Mambucaba como sendo considerado como ponto mais críticos quanto à invasão de posseiros para moradia e para formação de posse.

Na bacia do rio Mambucaba, as ocupações encontram-se dispersas ao longo dos caminhos existentes dentro da área do Parque e, segundo informações da Prefeitura Municipal de Angra dos Reis, podem atingir cotas bastante elevadas.
Essas posses, em geral, possuem bananais sombreados e clareiras, onde são cultivados café, aipim e fruteiras diversas. Mais recentemente, alguns desses estabelecimentos estão sendo cultivados com palmito pupunha (Bactris gasipae). Percebe-se a presença tanto de posseiros antigos (anteriores à criação do Parque), quanto uma ocupação mais recente, tendo como forte pólo propagador, o eixo Perequê/Mambucaba.
Plano de Manejo do PNSB

Mambucaba é apontada pelo Plano de Manejo do PNSB como um dos locais de maior incidência atual quanto à extração e escoamento de palmito. O mesmo Plano alerta que:

É importante lembrar que a extração de palmito afeta diretamente algumas populações da fauna importantes na manutenção da teia alimentar no PNSB. O palmito é uma espécie mutualista-chave, cujos frutos em certas épocas fornecem a principal fonte de alimentação para espécies como tucanos e jacutingas, as quais por sua vez são os principais dispersores das sementes de outras espécies arbóreas. Assim, a eliminação do palmito de uma região pode resultar na perda da espécie, na perda de espécies da fauna, na interrupção da teia alimentar e eventual empobrecimento biológico do Parque como um todo.
Plano de Manejo do PNSB

LITERATURA CITADA


  1. Benevides, J.E.C.de S. 1912. Lições de história da civilização. Rio de Janeiro: Francisco Alves & C.
  2. Bragança Júnior, A. A. 1992. A morfologia sufixal indígena na formação de topônimos do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Faculdade de Letras.
  3. Capaz, Camil. Memórias de Angra dos Reis. Rio de Janeiro: edição do autor, 1996
  4. Consorcio Fator. s/d. Estudos técnicos e planejamento para a universalização do abastecimento de água e esgotamento sanitário – Município de Angra dos Reis. Disponível em http://www.rj.gov.br/consultapublica/documentos/Grupo_4_-_Planos_Municipais_de_Saneamento/Planejamento_Universalizacao_-_Angra_dos_Reis.pdf. Acessado em 18/01/2022
  5. Francisco, C. N.; Carvalho, C. N. 2004. Disponibilidade hídrica – da visão global às pequenas bacias hidrográficas: o caso de Angra dos Reis, no Estado do Rio de Janeiro. Revista de Geociências – Ano 3, n.3. Niterói: Instituto de Geociências.
  6. Freitas, F.; Vaz, R. 2018. A importância da geomorfologia na análise de risco ambiental: as inundações do bairro Parque Mambucaba, Angra dos Reis, RJ.
  7. Lamego, Alberto Ribeiro. O Homem e a Guanabara. 2 ed. Rio de Janeiro: IBGE,1964.
  8. Redford, Kent H. The Empty Forest. BioScience, v. 42, n. 6, p. 412-422, 1992 In: Valladares-Padua, Claudio & Bodmer, Richard (orgs.) Manejo e Conservação da vida silvestre no Brasil. Brasília: MCT, CNPq, p. 1-22, 1997.
  9. Santos, M. 2002. Por uma geografia nova. 6. ed. São Paulo: Edusp. 288 p.
  10. SÃO PAULO. 1921. Archivo do Estado de São Paulo. Sesmarias; documentos do Archivo do Estado de São Paulo (1602-1642). São Paulo: Typ. Piratininga, 1921, v. 1.
  11. Staden, H. 1900. Hans Staden suas viagens e captivero entre os selvagens do Brasil. Tradução da primeira edição original, Com anotações explicativas. São Paulo. TVP. da Casa Eclectica. Rua Direita, 6. Dispon[ivel em http://www.etnolinguistica.org/biblio:staden-1900-viagens. Acessado em 2/1/2022.
  12. Stumbo Filho, Luiz; Pereira, Eduardo; Richter, Monika. 2018. Análise da ocupação urbana e da percepção dos moradores frente à infraestrutura local no loteamento Parque Mambucaba em Angra dos Reis – RJ. Rev. Tamoios, São Gonçalo (RJ), ano 14, n. 1, págs. 140-157, jan-jun 2018.
  13. Vasconcellos, Marcia Cristina de. 2006. Nas bênçãos de Nossa Senhora do Rosário. Relações familiares entre escravos em Mambucaba, Angra dos Reis, 1830 a 1881. Niterói: 2001. Dissertação (Mestrado em História)-UFF.

LOTES CONSIDERADOS


Foram considerados os seguintes lotes de coleções:
Tabela 5 Lotes da bacia do rio Mambucaba

Print Friendly, PDF & Email