Curso de Pós Graduação

Curso de Biogeografia e Conservação de Fauna Aquática

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O Bem Viver- Uma nova visão de mundo é possível

Vamos partir em busca de uma nova mudança de paradigmas.

Vejamos alguns antecedentes.

Na América Latina, o tema estrutural é a desigualdade, a grande pedra no caminho que é um obstáculo ao nosso desenvolvimento. Somos a região mais desigual do mundo. Os ODS chegam com uma agenda integradora com uma perspectiva universal unindo os pilares econômicos, sociais e ambientais” Alicia Bárcena (Secretária-executiva da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe -Cepal) http://temameioambiente.com.br/nova-abordagem-no-combate-a-fome/

A inovação e os gigantescos avanços tecnológicos não vem sendo capazes de eliminar os dois problemas mais crônicos da sociedade humana: A fome e a pobreza extrema.

A Conservação ambiental passa pelo necessidade de eliminação da fome e da pobreza extrema. Será que existem possibilidades de solução destes problemas dentro dos paradigmas sociais e políticos da sociedade atual? Será necessário pensar em quebras de paradigmas para um solução definitiva destas questões?

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debora

 

O que é o mundo sem as utopias?

“A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.”
– Fernando Birri, citado por Eduardo Galeano in ‘Las palabras andantes?’ de Eduardo Galeano. publicado por Siglo XXI, 1994.

A quebra de paradigmas começa quando a mudança acontece em nós mesmos...

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Uma nova visão de mundo. É possível?

Uma nova visão de mundo nos remete a uma ideia de utopia. Do intangível ao tangível. Vamos fazer uma viagem aos valores das culturas tradicionais, a um conjunto humano natural e cultural que une antigo, novo, paisagem tudo em sintonia. A concepção dos povos indígenas sejam eles povos caiçaras do nosso litoral ou povos andinos dos altiplanos é o viver em harmonia com a natureza. Através da vida em comunidade, resgatamos o pertencimento, o ser a natureza, recuperamos a lógica da cooperação. Através das experiências e práticas advindas de uma sociedade com uma ampla memória, como as comunidades indígenas, repensamos nosso jeito de vida através do Bem Viver. O Bem Viver tem relação com uma harmonia comum, dos seres humanos não apenas entre si, mas com o mundo natural. Não se trata de uma visão romântica ou utópica. Posta em prática pressupõe uma participação popular maior na tomada de decisão. Enxergar caminhos possíveis capazes de reduzir a pobreza, empoderar as pessoas e gerar bem estar. É trazer igualdade entre as pessoas. Resgatar a vida em comunidade é Bem Viver. É pensar no todo.

Leiam a crônica completa:

O que é o Bem viver?

Agora pergunto a vocês:

Como trazer o Bem viver a pesquisa científica?

É possível? Quais os caminhos e possibilidades?

Aguardo considerações!

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dani

Como trazer o Bem viver a pesquisa científica? É possível? Quais os caminhos e possibilidades?

No sentido de incentivar pesquisas científicas, seria possível através de diálogos extracurriculares do professor com os alunos, tornando o assunto do Bem Viver entrelaçado no processo de formação acadêmica e profissional dos estudantes, visto como algo real e tangível. Bem como realização de campanhas de sensibilizações nas universidades e faculdades, tratando deste assunto, e como pode ser incorporado em projetos acadêmicos como TCCs, Iniciações Científicas e Projetos de Extensão.

Pesquisas científicas podem ser feitas baseadas no Bem Viver através de estudos de caso, entrevistas com a sociedade em relação a condições de vida, situação atual econômico-financeira e política, revisão de literatura com infomações anteriores, entre outras formas.

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Luisa Soares

Como trazer o Bem viver a pesquisa científica?

Uma solução seria tornar o bem viver uma prática obrigatória nos editais de pesquisa, para que seja um dos alicerces das atividades que serão desenvolvidas.

Tornar obrigatório parece uma atitude radical, porém, acredito que seja alternativa mais viável, no sentido de trazer retorno rápido, do que somente ser uma possibilidade. Como bem vimos, o tempo é muito curto e as mudanças climáticas e ambientais estão em ritmo acelerado e não podemos ficar somente na teoria, tornar o bem viver uma prática nas atividades de pesquisa, com certeza será um horizonte próximo para que consigamos ter um diálogo mais efetivo com a população e consequentemente conseguir por em prática o que os povos indígenas vem nos ensinando há anos, o bem viver é um  modo de vida que envolve as pessoas, a natureza e a economia de forma harmônica, deixando de lado capitalismo e dando alternativas de uma melhor interação homem x natureza.

É possível? Quais os caminhos e possibilidades?

A partir do momento que definirmos o bem viver como uma metodologia, conseguiremos abordar de forma mais efetiva em nossas pesquisas. Um bom ponto de partida é sempre tentar incluir a população em nossas pesquisas de forma mais prática, sempre destacando as ações que podemos tomar para tornar a convivência com a natureza algo mais natural e benéfico. Por exemplo, se uma determinada área de estudo enfrenta problemas de desmatamento e/ou caça, uma alternativa seria envolver a população, os órgão ambientais e a esfera política, para juntos debaterem a melhor solução para contornar esse problema, aproximando as universidades, na atuação prática dos projetos de pesquisa desenvolvidos, com certeza as melhores alternativas viáveis serão executadas. Desenvolver estratégias sustentáveis que protejam a identidade cultural das comunidades tradicionais do entorno, sempre presando pela relação harmônica entre a comunidade local e a comunidade acadêmica, bem como com a população de um modo geral.

É possível produzir e conviver com a natureza, mas para isso sempre devemos primeiro compreender a dinâmica do lugar e sempre envolver a população com ações simples e efetivas, que tragam retorno positivo para elas e para a natureza.

 

 

É possível? Quais os caminhos e possibilidades?

Exatamente Débora!

Muitas pesquisas acadêmicas podem abraçar a sociedade em sua essência.

Vou citar um exemplo que conheci da época da graduação.

A UFRJ foi nos anos 1970 instalada na Ilha do Fundão, na baía de Guanabara. Nos anos de ditadura era um lugar ideal para "isolar" os estudantes em caso de manifestações. Antes, haviam vários campi espalhados pela cidade- estre o centro e a zona sul do Rio.

Muito bem. As margens da baía de Guanabara fica a comunidade da Maré, nome dado pelas moradias originalmente em forma de palafitas sobre as águas da baía.

A parceria entre universidade e comunidade rendeu um convívio amplo, de cidadania e pluralidade.

Uma delas é a escola mirim de vela- onde os jovens da comunidade aprendem a velejar.

Que outras universidades possam também abraçar as comunidades onde se inserem.

Excelente ideia Juliana!

A temática do Bem Viver ser objeto do tema de editais de pesquisa científica. Boa!

A nossa academia é ainda muito conservadora. A pluralidade de ideias só traz vantagens.

Em certos países o diálogo sobre o Bem Viver é tão natural que no Equador existe até um canal de televisão dedicado a discussões deste tema.

Acompanhem as entrevistas em:

 

Um pouco mais do Bem Viver- A concepção de uma nova visão de mundo começa a se desenhar também por aqui.

Olá meninas!

O mundo precisa de mudanças marcantes, para valer! Queremos quebrar paradigmas!

Segue o link para baixar o  livro sobre o Bem Viver, disponível em:

Acosta_Bem Viver

Eu tenho a versão impressa. Mas é sempre bom ter a mão em PDF.

Leiam! Sintam! É um livro transformador.

Boa leitura!

 

https://elefanteeditora.com.br/mais-do-que-conceitos-ou-teorias-o-bem-viver-sintetiza-vivencias/