Sibipuruna

Sibipuruna

A Sibipiruna (Cenostigma pluviosum), uma das árvores mais icônicas e utilizadas no paisagismo brasileiro.

1. Estratificação Florestal (Estrato Vertical)

A Sibipiruna é classificada como uma espécie de estrato superior (dossel).
Porte: É uma árvore de grande porte, podendo atingir alturas impressionantes de 15 a 25 metros, e em condições ideais, até 30 metros.
Copa: Apresenta uma copa ampla, arredondada e muito densa, que se projeta acima da maioria das outras árvores.
Posicionamento: Seu tamanho e a forma de sua copa a posicionam claramente no dossel (ou dossel médio a alto) da floresta, onde recebe luz solar direta. Em praças e ruas, onde é muito comum, seu porte majestoso e copa ampla são uma demonstração clara de sua estratificação de dossel.

Resumo da Estratificação: É uma árvore de estrato superior (dossel alto).

2. Grupo Ecológico (Sucessional)

A Sibipiruna (Cenostigma pluviosum) é classificada como uma espécie secundária inicial ou, no máximo, secundária tardia.

Isso significa que:
Não é estritamente pioneira: Ela não é a primeira a chegar em clareiras muito recentes e expostas, como uma embaúba ou um capim.
É de crescimento rápido: Característica típica de espécies secundárias iniciais. Ela cresce rapidamente para ocupar o espaço na floresta.
Tolerância à luz: É uma espécie heliófita (exigente em luz). Precisa de sol pleno para se desenvolver bem, o que explica seu excelente desempenho em áreas abertas e urbanas.
Longevidade: Possui vida longa e madeira relativamente resistente, o que a distingue das pioneiras (de vida muito curta) e a aproxima das secundárias tardias. Esta é uma característica que pode variar conforme a literatura, mas o consenso é que ela se encaixa no início do processo sucessional secundário.

Resumo do Grupo Ecológico: É predominantemente uma espécie Secundária Inicial, heliófita e de crescimento rápido.

Resumo Completo

| Característica | Classificação para a Sibipiruna (Cenostigma pluviosum) |
| 😐 😐
| Nome Comum | Sibipiruna, Sibipiruna, Sebipiruna |
| Família | Fabaceae (Leguminosae – Caesalpinioideae) |
| Estratificação Florestal | Dossel Superior (Árvore de grande porte) |
| Grupo Ecológico (Sucessional) | Secundária Inicial (ou, para alguns, Secundária Tardia) |
| Exigência de Luz | Heliófita (Exigente em luz solar) |
| Ocorrência Natural | Mata Atlântica, principalmente na floresta estacional semidecidual e nas matas ciliares. É nativa do Brasil, encontrada desde a Bahia até o Paraná. |

Informações Adicionais Relevantes:

Uso Popular: É extremamente popular no paisagismo urbano, especialmente em São Paulo, onde é amplamente usada em calçadas e praças devido à sua beleza (floração amarela exuberante), crescimento rápido e copa ampla que fornece boa sombra.
Adaptação: É uma espécie muito rústica e adaptável, tolerante a diferentes tipos de solo, o que corrobora sua classificação como secundária inicial.
Dispersão: Seus frutos são vagens (típicas de leguminosas) e suas sementes são dispersas pelo vento (anemocoria) e, possivelmente, por animais.

Em resumo: A Sibipiruna é uma árvore de grande porte, do dossel da floresta, que se estabelece rapidamente em clareiras e áreas abertas (secundária inicial), necessitando de muita luz para se desenvolver. Suas características de crescimento rápido e rusticismo a tornaram uma das rainhas do paisagismo brasileiro.

Sapucainha

Sapucainha

A Sapucainha (Carpotroche brasiliensis) é uma espécie arbórea fascinante e importante dos ecossistemas brasileiros.

1. Estratificação Florestal (Estrato Vertical)

A Sapucainha é classificada como uma espécie do dossel médio ou sub-bosque alto, podendo, em alguns casos, atingir o dossel superior da floresta.

Porte: É uma árvore de médio a grande porte, geralmente atingindo alturas entre 15 e 25 metros.
Copa: Apresenta uma copa densa e arredondada, que se forma acima das árvores menores do sub-bosque, mas fica abaixo ou no mesmo nível das árvores gigantes (emergentes) da floresta.
Posicionamento: Sua altura característica a coloca na camada intermediária da floresta (dossel médio), onde recebe luz solar filtrada ou direta, dependendo da abertura da cobertura superior.

Resumo da Estratificação: É uma árvore de estrato superior (dossel), mais especificamente ocupando o dossel médio.

2. Grupo Ecológico (Sucessional)

A Carpotroche brasiliensis é classicamente enquadrada como uma espécie secundária tardia ou clímax.

Isso significa que:

Não é pioneira: Ela não é uma das primeiras árvores a colonizar uma área aberta e desmatada. Pioneiras (como embaúbas e ingás) crescem rápido, precisam de sol pleno e têm vida curta.
É tolerante à sombra: Suas plântulas (mudas) são capazes de se estabelecer e sobreviver com pouca luz no sombreado do sub-bosque da floresta. Elas ficam “esperando” sua oportunidade.
Crescimento mais lento: Cresce a uma velocidade moderada, investindo em madeira mais densa e duradoura.
Depende de floresta estabelecida: Prospera melhor em ambientes florestais já em estágios médio a avançado de regeneração, onde a umidade, a temperatura e a proteção do dossel estão mais estáveis.
Longevidade: É uma espécie de vida longa, uma característica típica de espécies climáx.

Resumo Completo

| Característica | Classificação para a Sapucainha (Carpotroche brasiliensis) |
| : | : |
| Nome Comum | Sapucainha, Sapucainha-vermelha, Pau-de-óleo |
| Família | Achariaceae (antiga Flacourtiaceae) |
| Estratificação Florestal | Dossel Médio (podendo ser ocasionalmente emergente) |
| Grupo Ecológico (Sucessional) | Secundária Tardia ou Clímax |
| Exigência de Luz | Tolerante à Sombra (ciófita) na fase juvenil |
| Ocorrência | Mata Atlântica (de Pernambuco ao Rio Grande do Sul), principalmente na Floresta Ombrófila Densa. |

Informações Adicionais Relevantes:

Frutos e Dispersão: Seus frutos são cápsulas lenhosas muito características, que se abrem liberando sementes envoltas em uma polpa oleosa e avermelhada. Essas sementes são dispersas principalmente por mamíferos, como morcegos e possivelmente primatas, que são atraídos pela polpa.
Importância Ecológica: Por ser uma espécie de dossel e que produz frutos atrativos, é uma importante fonte de alimento para a fauna, contribuindo para a manutenção da biodiversidade.
Status de Conservação: É considerada uma espécie vulnerável, devido à histórica fragmentação e destruição do seu habitat, a Mata Atlântica.

Em resumo, a Sapucainha é uma árvore de porte médio-grande que ocupa o dossel das florestas maduras da Mata Atlântica, sendo uma espécie típica de estágios avançados de regeneração florestal, crucial para a estrutura e o funcionamento do ecossistema.

Sanandu

Sanandu

O Sanandu (Erythrina velutina), também conhecido como Mulungu ou Bico-de-papagaio, é uma espécie de grande valor ecológico e medicinal.

Nome Científico:
Erythrina velutina
Família: Fabaceae (subfamília Faboideae).

Estratificação Florestal (Porte):
Médio (atinge de 8 a 12 metros de altura).
– Copa: Aberta, irregular e decidual (perde folhas na estação seca).
– Tronco: Curto, com casca cinzenta e espinhos (especialmente em árvores jovens).
– Folhas: Compostas, com três folíolos aveludados (face inferior pubescente).

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Inicial
– Características:
– Crescimento rápido (atinge 3–4 m em 2 anos).
– Tolerante a solos pobres, secos e salinos.
– Heliófila (exige sol pleno).
– Vida relativamente curta (15–25 anos).

Funções Ecológicas:
1. Fixação de nitrogênio: Como leguminosa, enriquece o solo com nódulos radiculares.
2. Polinização por aves: Suas flores vermelhas e nectaríferas atraem beija-flores e periquitos.
3. Recuperação de áreas degradadas: Pioneira em solos erosionados e margens de rios.

Distribuição Geográfica:
– Ocorre na Caatinga, Cerrado e restingas, do Nordeste ao Sudeste (BA, CE, PE, MG, SP).
– Adaptada a climas semiáridos e tropicais.

Usos:
– Medicinal: Casca e folhas usadas como calmante natural (ansiedade, insônia) na medicina tradicional.
– Recuperação de solos: Ideal para áreas secas e degradadas.
– Paisagismo: Floração vermelha espetacular (entre agosto e outubro).

Curiosidades:
– Seu nome popular “sanandu” vem do tupi “sanã’du”, que significa “árvore de espinhos”.
– As sementes são tóxicas se ingeridas cruas (causam paralisia), mas perdem toxicidade quando cozidas.
– É tolerante à salinidade (sobrevive near regiões litorâneas).

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Médio (8–12 m) |
| Sucessão | Secundária Inicial |
| Luz | Sol pleno |
| Solo | Tolerante a solos pobres, secos e salinos |
| Atração de fauna | Alta (beija-flores e aves nectarívoras) |

Dica de Plantio:
– Espaçamento: 4–5 m entre mudas (copa aberta).
– Crescimento rápido: Floresce em 2–3 anos.
– Ideal para regiões secas (não requer irrigação após estabelecida).

Cuidados:
– Evitar plantar near pastagens (sementes tóxicas para o gado).
– Podas de formação para evitar galhos quebradiços.

O Sanandu é um guardião da resistência – une beleza, medicina e ecologia em biomas áridos!

Saboneteiro

Saboneteiro

O Saboneteiro (Sapindus saponaria) é uma árvore de grande utilidade ecológica e econômica.

Nome Científico:
Sapindus saponaria
Família: Sapindaceae (mesma família do guaraná e do pitombo).

Estratificação Florestal (Porte):
Médio a Alto (atinge de 10 a 20 metros de altura).
– Copa: Arredondada, densa e perene.
– Tronco: Reto, com casca cinzenta e fissurada.
– Folhas: Compostas, com folíolos lanceolados e verde-escuros.

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Tardia a Climácica
– Características:
– Crescimento moderado a lento.
– Típica de matas maduras e estáveis.
– Tolerante a solos pobres e secos, mas prefere solos bem drenados.

Funções Ecológicas:
1. Frutífera para fauna: Seus frutos (drupas amarelas) são consumidos por aves (sabiás, jacus) e mamíferos (morcegos, quatis), que dispersam sementes.
2. Florada melífera: Flores brancas atraem abelhas e outros polinizadores.
3. Estabilidade do solo: Raízes profundas ajudam na prevenção da erosão.

Distribuição Geográfica:
– Ocorre no Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica e Amazônia, em estados como MG, GO, BA, SP e PR.
– Adapta-se a climas tropicais e subtropicais.

Usos:
– Frutos como sabão: Contêm saponina (espuma natural), usada para lavar roupas e como inseticida.
– Madeira: Resistente, usada em construção civil e mobiliário.
– Recuperação de áreas degradadas: Tolerante a solos pobres.

Curiosidades:
– Seu nome popular “saboneteiro” vem da saponina presente nos frutos, que produz espuma ao ser agitada na água.
– Os frutos são tóxicos para humanos se ingeridos, mas seguros para uso externo.
– É também conhecida como “pau-de-sabão” ou “sabão-de-soldado”.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Médio a Alto (10–20 m) |
| Sucessão | Secundária Tardia/Climácica |
| Luz | Sol pleno |
| Solo | Bem drenado (tolerante a solos pobres e ácidos) |
| Atração de fauna | Alta (aves e mamíferos frugívoros) |

Dica de Plantio:
– Espaçamento: 5–6 m entre mudas (copa ampla).
– Crescimento lento: Exige paciência, mas é muito resiliente quando adulta.
– Tolerante à seca após estabelecida.

Cuidados:
– Evitar plantar near animais domésticos (frutos tóxicos para gado e cavalos).
– Não consumir frutos (causam irritação gastrointestinal).

O Saboneteiro é uma espécie multifuncional – une utilidade, ecologia e resistência!

Pau Jacaré

Pau Jacaré

O Pau Jacaré (Piptadenia gonoacantha) é uma espécie pioneira muito utilizada em reflorestamentos, conhecida por sua casca característica.

Nome Científico:
Piptadenia gonoacantha
Família: Fabaceae (subfamília Mimosoideae).

Estratificação Florestal (Porte):
Médio a Alto (atinge de 12 a 20 metros de altura).
– Copa: Aberta, irregular e decidual (perde folhas no inverno).
– Tronco: Reto, com casca cinzenta e fissurada, formando placas que lembram escamas de jacaré (daí o nome popular).
– Folhas: Bipinadas, com folíolos pequenos e verde-claros.

Grupo Ecológico (Sucessão):
Pioneira
– Características:
– Crescimento muito rápido (até 3-4 m/ano em condições ideais).
– Tolerante a solos pobres, degradados e compactados.
– Heliófila (exige sol pleno).
– Vida relativamente curta (20-30 anos).

Funções Ecológicas:
1. Fixação de nitrogênio: Como leguminosa, possui nódulos radiculares que enriquecem o solo.
2. Recuperação de áreas degradadas: Coloniza rapidamente clareiras e pastagens abandonadas.
3. Alimento para fauna: Suas flores brancas atraem abelhas, e suas vagens são consumidas por aves.

Distribuição Geográfica:
– Ocorre na Mata Atlântica e Cerrado, em estados como SP, MG, RJ, PR e MS.
– Adapta-se a climas tropicais e subtropicais.

Usos:
– Recuperação de áreas degradadas: Ideal para controle de erosão e nucleação de regeneração natural.
– Madeira: Utilizada para lenha, carvão e postes.
– Adubação verde: Folhagem rica em nitrogênio para enriquecimento do solo.

Curiosidades:
– Seu nome popular “Pau Jacaré” vem da casca fissurada e escamosa, que lembra a pele de um jacaré.
– É tolerante ao fogo (rebrota após queimadas).
– As vagens são deiscentes (abrem-se naturalmente para liberar as sementes).

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Médio a Alto (12–20 m) |
| Sucessão | Pioneira |
| Luz | Sol pleno |
| Solo | Tolerante a solos pobres, ácidos e secos |
| Atração de fauna | Moderada (abelhas e aves frugívoras) |

Dica de Plantio:
– Espaçamento: 4–5 m entre mudas (crescimento rápido forma dossel em 2–3 anos).
– Ideal para iniciar reflorestamentos: Protege espécies mais sensíveis nos primeiros anos.
– Tolerante a solos degradados e à seca.

Vantagens:
– Crescimento ultra-rápido.
– Melhora a fertilidade do solo (fixadora de nitrogênio).
– Tolerante a condições adversas (solo pobre, seca, fogo).

O Pau Jacaré é uma “espécie nurse” – fundamental para dar início à sucessão florestal em áreas devastadas!

Pau Cigarra

Pau Cigarra


Esta foto é da Internet

O Pau Cigarra (Senna multijuga) é uma espécie pioneira de grande importância para a recuperação de áreas degradadas.

Nome Científico:
Senna multijuga
Família: Fabaceae (subfamília Caesalpinioideae).

Estratificação Florestal (Porte):
Médio (atinge de 8 a 15 metros de altura).
– Copa: Aberta, irregular e decidual (perde folhas na estação seca).
– Tronco: Curto, com casca cinzenta e lisa quando jovem, tornando-se fissurada com a idade.
– Folhas: Compostas, com 10–20 pares de folíolos cada, de cor verde-brilhante.

Grupo Ecológico (Sucessão):
Pioneira
– Características:
– Crescimento muito rápido (até 3 m/ano em condições ideais).
– Tolerante a solos pobres, degradados e compactados.
– Heliófila (exige sol pleno).
– Vida relativamente curta (15-25 anos).

Funções Ecológicas:
1. Fixação de nitrogênio: Como leguminosa, possui nódulos radiculares que enriquecem o solo.
2. Recuperação de áreas degradadas: Coloniza rapidamente clareiras e pastagens abandonadas.
3. Alimento para fauna: Suas flores amarelas atraem abelhas, e suas vagens são consumidas por aves.

Distribuição Geográfica:
– Ocorre na Mata Atlântica, Cerrado e Amazônia, em estados como SP, MG, RJ, PR, BA e PA.
– Adapta-se a climas tropicais e subtropicais.

Usos:
– Recuperação de áreas degradadas: Ideal para controle de erosão e nucleação de regeneração natural.
– Adubação verde: Folhagem rica em nitrogênio para enriquecimento do solo.
– Paisagismo: Florada amarela vistosa (entre primavera e verão).

Curiosidades:
– Seu nome popular “Pau Cigarra” vem do fato de suas vagens secas produzirem um som de chocalho ao balançar no vento, reminiscente do canto das cigarras.
– As folhas são ferrugíneas (com pelos curtos e avermelhados na face inferior).
– É confundida com outras cassias (ex.: Senna spectabilis), mas difere pelo número maior de folíolos.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Médio (8–15 m) |
| Sucessão | Pioneira |
| Luz | Sol pleno |
| Solo | Tolerante a solos pobres, ácidos e secos |
| Atração de fauna | Moderada (abelhas e aves frugívoras) |

Dica de Plantio:
– Espaçamento: 3–4 m entre mudas (crescimento rápido forma dossel em 2–3 anos).
– Ideal para iniciar reflorestamentos: Protege espécies mais sensíveis nos primeiros anos.
– Não recomendada para arborização urbana (vagens e folhas podem sujar calçadas).

Vantagens:
– Crescimento ultra-rápido.
– Melhora a fertilidade do solo (fixadora de nitrogênio).
– Tolerante a solos degradados.

O Pau Cigarra é uma “engenheira ecológica” – fundamental para dar início à sucessão florestal em áreas devastadas!

Pau Brasil

Pau Brasil

O Pau-Brasil (Paubrasilia echinata) é uma árvore histórica e simbólica do Brasil, com importância cultural e ecológica única.

Nome Científico:
Paubrasilia echinata
(Sinônimos antigos: Caesalpinia echinata, Guilandina echinata)
Família: Fabaceae (subfamília Caesalpinioideae).

Estratificação Florestal (Porte):
Médio (atinge de 8 a 15 metros de altura, raramente até 20 m).
– Copa: Aberta, irregular e arredondada.
– Tronco: Reto, com casca cinzenta e acúleos (espinhos), especialmente em árvores jovens.
– Madeira: Núcleo alaranjado a vermelho-sangue (cor que deu nome ao país).

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Tardia
– Características:
– Crescimento lento (leva 20-30 anos para atingir porte adulto).
– Típica de matas maduras e estáveis da Mata Atlântica.
– Exigente em luz (heliófila) e solos bem drenados.

Funções Ecológicas:
1. Fixação de nitrogênio: Como leguminosa, enriquece o solo.
2. Alimento para fauna: Flores amarelas atraem abelhas, e frutos (vagens) são dispersos pelo vento.
3. Indicadora de conservação: Sua presença sugere Mata Atlântica preservada.

Distribuição Geográfica:
– Endêmica da Mata Atlântica, originalmente do RN ao RJ, mas hoje restrita a poucos fragmentos na BA e ES.
– Prefere solos férteis e bem drenados de tabuleiros costeiros.

Status de Conservação:
– Ameaçada de extinção (classificada como Em Perigo pelo IUCN e pelo Brasil).
– Símbolo nacional (Lei nº 6.607/1978).

Usos Históricos e Atuais:
– Histórico: Madeira usada para extração de corante vermelho (brasilina) e fabricação de arcos de violino.
– Atual: Reflorestamento simbólico e conservacionista.
– Paisagismo: Florada amarela perfumada e valor histórico.

Curiosidades:
– Seu nome “echinata” vem do latim “equinatus” (espinhoso), referindo-se aos acúleos no tronco.
– A exploração predatória no período colonial quase levou à extinção da espécie.
– Floresce entre setembro e outubro (coincidindo com o Dia da Árvore e a Primavera).

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Médio (8–15 m) |
| Sucessão | Secundária Tardia |
| Luz | Sol pleno (exige muita luz) |
| Solo | Fértil, profundo e bem drenado |
| Atração de fauna | Moderada (abelhas e dispersão por vento) |

Desafios no Plantio:
– Crescimento muito lento (exige paciência e projetos de longo prazo).
– Dificuldade de obtenção de sementes (espécie rara e protegida).
– Suscetível a fungos e pragas em ambientes inadequados.

Recomendações para Reflorestamento:
1. Plantio em fragmentos conservados de Mata Atlântica.
2. Consorciar com espécies pioneiras (como embaúbas) para proteção inicial.
3. Uso prioritário em projetos educativos e simbólicos.

O Pau-Brasil é muito mais que uma árvore: é um símbolo vivo da resistência da Mata Atlântica e da necessidade de conservação!

Pau Formiga

Pau Formiga

O Pau Formiga (Triplaris americana) é uma árvore fascinante e de grande importância ecológica, conhecida por sua relação simbiótica com formigas.

Nome Científico:
Triplaris americana
Família: Polygonaceae.

Estratificação Florestal (Porte):
Alto (atinge de 15 a 25 metros de altura).
– Copa: Aberta e columnar (forma cilíndrica alongada).
– Tronco: Reto, cilíndrico, com casca lisa e cinzenta.
– Galhos: Ocos, abrigando colônias de formigas (simbiose obrigatória).

Grupo Ecológico (Sucessão):
Pioneira
– Características:
– Crescimento extremamente rápido (até 4 m/ano em condições ideais).
– Típica de áreas alagadas e margens de rios (matas ciliares).
– Heliófila (exige sol pleno).
– Vida relativamente curta (30-50 anos).

Funções Ecológicas:
1. Simbiosis com formigas: Os galhos ocos abrigam formigas do gênero Pseudomyrmex, que defendem a árvore de herbívoros em troca de abrigo e néctar.
2. Estabilização de margens: Raízes tabulares ajudam a conter erosão em rios e lagos.
3. Alimento para fauna: Frutos alados são dispersos pelo vento, e flores atraem abelhas.

Distribuição Geográfica:
– Ocorre na Amazônia, Mata Atlântica e Pantanal, em estados como PA, AM, MT, MS e SP.
– Prefere solos úmidos e áreas periodicamente alagadas (matas ciliares).

Usos:
– Recuperação de áreas alagadas: Ideal para matas ciliares degradadas.
– Madeira leve: Usada para caixotaria e brinquedos (evitar uso interno devido a formigas).
– Paisagismo: Floração vistosa (flores vermelhas ou roxas).

Curiosidades:
– É dióica: possui indivíduos machos e fêmeas (apenas as fêmeas produzem frutos).
– As formigas residentes picam agressivamente quando a árvore é ameaçada (daí o nome “pau formiga”).
– Os frutos são alados e dispersos pelo vento (anemocoria).

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Alto (15–25 m) |
| Sucessão | Pioneira |
| Luz | Sol pleno (obrigatório) |
| Solo | Úmido a encharcado (solos de várzea ou margens de rios) |
| Atração de fauna | Formigas (simbiose), abelhas (flores) |

Dica de Plantio:
– Plantio apenas em áreas úmidas (não tolera seca).
– Espaçamento: 6–8 m entre mudas (copa columnar mas alta).
– Crescimento ultra-rápido: Pode atingir 10 m em 3 anos.

Cuidados:
– Não plantar near residências ou áreas de circulação (formigas picam agressivamente).
– Evitar uso madeireiro (galhos ocos abrigam formigas).

O Pau Formiga é um exemplo espetacular de mutualismo – fundamental para a recuperação de matas ciliares!

Oiti

Oiti

O Oiti (Licania tomentosa) é uma árvore amplamente usada na arborização urbana do Nordeste e Sudeste do Brasil.

Nome Científico:
Licania tomentosa
Família: Chrysobalanaceae.

Estratificação Florestal (Porte):
Médio a Alto (atinge de 10 a 20 metros de altura).
– Copa: Densa, arredondada e perene (uma das mais fechadas entre as espécies urbanas).
– Tronco: Curto e robusto, com casca cinzenta e fissurada.
– Folhas: Simples, alternas, coríáceas e tomentosas (com pelinhos curtos na face inferior).

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Tardia
– Características:
– Crescimento lento (leva anos para atingir porte adulto).
– Típica de matas maduras da Mata Atlântica e restingas.
– Tolerante a solos pobres e secos, mas prefere solos profundos.

Funções Ecológicas:
1. Sombra densa: Copa fechada oferece abrigo para fauna e reduz temperatura do solo.
2. Frutífera para fauna: Seus frutos oblongos e amarelos são consumidos por aves (sabiás, jacus) e morcegos.
3. Resistência urbana: Tolerante à poluição, compactação do solo e podas.

Distribuição Geográfica:
– Ocorre na Mata Atlântica e restingas, do RN até o ES.
– Mais comum no Nordeste (BA, PE, AL).

Usos:
– Arborização urbana: Muito usada em calçadas e praças por sua copa densa e raízes não agressivas.
– Sombra para cafeeiros: Tradicional no Nordeste.
– Madeira: Pesada e durável, usada em construção civil.

Curiosidades:
– Seu nome popular “oiti” vem do tupi “ywati”.
– Os frutos são comestíveis (polpa farinácea e adocicada), mas pouco consumidos.
– É uma das espécies mais resistentes à salinidade do solo, comum em restingas.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Médio a Alto (10–20 m) |
| Sucessão | Secundária Tardia |
| Luz | Sol pleno |
| Solo | Tolerante a solos pobres, secos e salinos |
| Atração de fauna | Moderada (aves e morcegos frugívoros) |

Dica de Plantio (Urbano):
– Espaçamento: 6–8 m entre mudas (copa muito ampla).
– Crescimento lento: Exige paciência, mas é muito resiliente quando adulta.
– Tolerante a podas (aceita formação em copa baixa).

Limitações:
– Frutos podem sujar calçadas (quando maduros, caem e amolecem).
– Não é indicada para próximo de rede elétrica (porte alto).

O Oiti é um símbolo da arborização nordestina – combina beleza, resistência e funcionalidade!

Maria Preta

Maria Preta

A Maria Preta (Vitex polygama) é uma árvore de grande valor ecológico, especialmente em regiões secas.

Nome Científico:
Vitex polygama
Família: Lamiaceae (antes Verbenaceae).

Estratificação Florestal (Porte):
Médio (atinge de 8 a 15 metros de altura).
– Copa: Aberta, irregular e semidecídua (perde parcialmente as folhas na seca).
– Tronco: Reto ou tortuoso, com casca cinzenta e fissurada.
– Folhas: Compostas, digitadas (em forma de mão), com 3 a 5 folíolos ásperos e verde-acinzentados.

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Inicial
– Características:
– Crescimento moderadamente rápido.
– Tolerante a solos pobres, secos e pedregosos.
– Pioneira em áreas degradadas do Cerrado e Caatinga.
– Heliófila (exige sol pleno).

Funções Ecológicas:
1. Frutífera-chave para fauna: Seus frutos arroxeados são avidamente consumidos por aves (sabiás, jacus, arapongas) e mamíferos (morcegos, macacos), dispersando sementes.
2. Tolerância à seca: Raízes profundas acessam água no subsolo.
3. Florada melífera: Flores azul-arroxeadas atraem abelhas e outros polinizadores.

Distribuição Geográfica:
– Ocorre no Cerrado, Caatinga e Matas Secas, em estados como MG, BA, GO, MT e PI.
– Adaptada a climas tropicais com estação seca prolongada.

Usos:
– Recuperação de áreas degradadas: Ideal para solos pobres e erosivos.
– Madeira: Pesada e durável, usada para mourões e lenha.
– Paisagismo: Florada vistosa e resistência à seca.

Curiosidades:
– Seu nome popular “Maria Preta” é compartilhado com outras espécies (ex.: Diospyros lasiocalyx), mas Vitex polygama é a mais comum no Cerrado.
– As folhas são aromáticas quando esmagadas.
– É confundida com outras espécies de Vitex (ex.: Vitex megapotamica – tarumã), mas difere pelos folíolos menores e habitat mais seco.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Médio (8–15 m) |
| Sucessão | Secundária Inicial |
| Luz | Sol pleno |
| Solo | Bem drenado (tolerante a solos pobres, ácidos e secos) |
| Atração de fauna | Muito Alta (espécie-chave para frugívoros em áreas secas) |

Dica de Plantio:
– Espaçamento: 5–6 m entre mudas (copa aberta).
– Crescimento rápido: Frutifica em 3–4 anos.
– Ideal para regiões com seca prolongada.

Vantagens:
– Tolerante ao fogo (rebrota após queimadas).
– Não exige solos férteis.
– Frutos atraem fauna mesmo na estação seca.

A Maria Preta é uma guardiã da resistência – essencial para a recuperação de áreas secas e degradadas! 🌵🦜