Mamão Jacatiá

Mamão Jacatiá

O Mamão Jacatiá (Jacaratia spinosa) é uma árvore fascinante e singular, com características que misturam aspectos de pioneirismo e estratificação florestal.

Nome Científico:
Jacaratia spinosa
Família: Caricaceae (mesma família do mamão – Carica papaya).

Estratificação Florestal (Porte):
Médio a Alto (atinge de 10 a 20 metros de altura).
– Copa: Esparsa e aberta, com galhos longos e horizontais.
– Tronco: Cilíndrico e solitário, coberto por espinhos cônicos (especialmente em árvores jovens).
– Folhas: Compostas palmaticamente (em forma de mão), caducas na estação seca.

Grupo Ecológico (Sucessão):
Pioneira a Secundária Inicial
– Características:
– Crescimento extremamente rápido (um dos mais rápidos entre as árvores nativas).
– Típica de clareiras, bordas de matas e áreas perturbadas.
– Heliófila (exige sol pleno).
– Vida relativamente curta (em torno de 20-30 anos).

Funções Ecológicas:
1. Alimento estratégico para fauna: Seus frutos alongados e amarelos (semelhantes a mamões) são avidamente consumidos por mamíferos (quatis, macacos, morcegos) e aves (tucanos, jacus), que dispersam as sementes.
2. Regeneração rápida de clareiras: Coloniza áreas abertas com eficiência.
3. Ciclagem rápida de nutrientes: Folhas e frutos decompõem-se rapidamente.

Distribuição Geográfica:
– Ocorre na Mata Atlântica, Cerrado e Floresta Amazônica, em estados como SP, MG, RJ, PR, BA e AM.
– Prefere solos férteis e bem drenados.

Usos:
– Frutos comestíveis: Polpa macia e adocicada, consumida in natura ou em doces.
– Paisagismo: Aspecto escultural e exótico.
– Recuperação de áreas degradadas: Crescimento ultra-rápido fornece sombra e atrai fauna.

Curiosidades:
– É dióica: possui indivíduos machos e fêmeas (apenas as fêmeas produzem frutos).
– Os espinhos do tronco são uma defesa contra herbívoros e desaparecem com a idade.
– Seu nome popular “jacatiá” vem do tupi “iakati’a”, que significa “árvore de fruto com espinhos”.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Médio a Alto (10–20 m) |
| Sucessão | Pioneira a Secundária Inicial |
| Luz | Sol pleno (obrigatório) |
| Solo | Fértil e bem drenado (não tolera encharcamento) |
| Atração de fauna | Muito Alta (espécie-chave para frugívoros) |

Dica de Plantio:
– Espaçamento: 5–6 m entre mudas (copa aberta mas ampla).
– Crescimento ultra-rápido: Pode crescer 3-4 m/ano em boas condições.
– Frutos em 3-4 anos (após plantio da muda).

Limitações:
– Vida curta: Não é para projetos de longo prazo (100+ anos).
– Tronco espinhoso: Cuidado em áreas com circulação de pessoas.
– Não sombreia eficientemente: Copa muito aberta.

O Mamão Jacatiá é uma espécie dinamizadora – perfeita para dar um “start” rápido na recuperação de áreas e atrair fauna dispersora!

Leiteira-Esperta

Leiteira-Esperta

A Leiteira-Esperta (Tabernaemontana hystrix) é um arbusto ou arvoreta pouco conhecido, mas com características ecológicas interessantes.

Nome Científico:
Tabernaemontana hystrix
Família: Apocynaceae (mesma família da alamanda e do jasmim-manga).

Estratificação Florestal (Porte):
Arbustivo a Pequeno Porte (atinge de 2 a 6 metros de altura).
– Copa: Irregular e aberta.
– Tronco: Curto, com casca lisa e clara.
– Folhas: Simples, opostas, coriáceas e brilhantes.
– Característica marcante: Exsuda látex branco quando cortada (daí o nome “leiteira”).

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Inicial
– Características:
– Crescimento moderadamente rápido.
– Típica de bordas de matas e capoeiras.
– Tolerante a solos pobres e bem drenados.

Funções Ecológicas:
1. Alimento para fauna: Seus frutos (folículos pares) liberam sementes com arilo alaranjado, consumidas por aves (sabiás, sanhaços) e formigas.
2. Florada especializada: Flores brancas e perfumadas, polinizadas por mariposas e besouros.
3. Recuperação de áreas degradadas: Coloniza clareiras rapidamente.

Distribuição Geográfica:
– Ocorre na Mata Atlântica e Cerrado, em estados como SP, RJ, MG e BA.
– Prefere climas tropicais e subtropicais.

Usos:
– Paisagismo: ornamental por suas flores perfumadas e folhagem brilhante.
– Recuperação de áreas degradadas: Indicada para solos pobres.
– Medicinal: O látex é usado na tradição popular para tratar verrugas e inflamações (uso cauteloso, pois é tóxico).

Curiosidades:
– Seu nome popular “esperta” refere-se ao crescimento rápido e capacidade de rebrotar após cortes.
– O látex contém alcaloides com propriedades inseticidas e medicinais.
– É confundida com outras “leiteiras” (ex.: Sapium glandulatum), mas difere pelas flores e frutos.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Arbustivo a Pequeno (2–6 m) |
| Sucessão | Secundária Inicial |
| Luz | Sol pleno a meia-sombra |
| Solo | Bem drenado (tolerante a solos pobres e ácidos) |
| Atração de fauna | Moderada (aves dispersoras e polinizadores noturnos) |

Dica de Plantio:
– Espaçamento: 2–3 m entre mudas (forma moitas densas).
– Crescimento rápido: Floresce em 2–3 anos.
– Tolerante a podas (pode ser manejada como cerca-viva).

Cuidados:
– Látex tóxico: Evitar contato com mucosas ou ingestão por crianças e animais.
– Não plantar perto de pastagens (tóxico para gado).

A Leiteira-Esperta é uma espécie resiliente – ideal para projetos de restauração ecológica e paisagismo funcional!

Jatobá

Jatobá

O Jatobá (Hymenaea courbaril) é uma das árvores mais icônicas e ecologicamente importantes das florestas tropicais das Américas.

Nome Científico:
Hymenaea courbaril
Família: Fabaceae (subfamília Detarioideae).

Estratificação Florestal (Porte):
Alto a Emergente (atinge de 20 a 30 metros de altura, podendo chegar a 40 m).
– Copa: Amplamente arredondada, densa e perene.
– Tronco: Reto, cilíndrico, com casca grossa, fissurada e cinzenta.
– Raízes: Sistêmicas e profundas.

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Tardia a Climácica
– Características:
– Crescimento lento (leva décadas para atingir porte adulto).
– Típica de matas maduras e estáveis (exigente em luz e solos profundos).
– Tolerante a secas moderadas.

Funções Ecológicas:
1. Frutífera-chave para fauna: Seus frutos (legumes lenhosos) com polpa farinácea são consumidos por mamíferos (antas, veados, macacos), aves (araras, jabutis) e répteis, dispersando sementes.
2. Fixação de nitrogênio: Como leguminosa, enriquece o solo.
3. Abrigo e sombra: Copa ampla protege a fauna e regula o microclima.

Distribuição Geográfica:
– Ocorre na Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga, do México ao Argentina.
– No Brasil, é encontrada em quase todos os estados.

Usos:
– Madeira de lei: Uma das mais duras e resistentes do Brasil (densidade ≈ 0,8–0,9 g/cm³), usada em pisos, móveis e construção civil.
– Resina (jatobá): Usada na medicina tradicional como anti-inflamatório e energético.
– Polpa dos frutos: Comestível e nutritiva (fonte de ferro e fibras).

Curiosidades:
– Seu nome popular “jatobá” vem do tupi “yata’wa”, que significa “fruto duro”.
– A resina fossilizada do jatobá deu origem ao âmbar, usado em joalheria.
– Os frutos levham até 1 ano para amadurecer e podem pesar até 1 kg.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Alto a Emergente (20–30 m) |
| Sucessão | Secundária Tardia/Climácica |
| Luz | Sol pleno (exige muita luz quando adulta) |
| Solo | Profundo, bem drenado (tolerante a solos pobres) |
| Atração de fauna | Muito Alta (espécie-chave para frugívoros de grande porte) |

Desafios no Plantio:
– Crescimento muito lento (leva 10–15 anos para frutificar).
– Sementes de germinação difícil (exigem escarificação ou imersão em água).
– Espaçamento amplo (mínimo 10 m entre mudas devido à copa gigante).

Dica de Plantio:
– Plantio em áreas permanentes (não tolera transplante quando adulto).
– Consorciar com espécies pioneiras (como ingás) para proteção inicial.

O Jatobá é um monumento da floresta – símbolo de força, longevidade e riqueza ecológica!

Imbiruçu Grande

Imbiruçu Grande

O Imbiruçu Grande (Pseudobombax longiflorum) é uma árvore espetacular, conhecida por suas flores grandes e vistosas.

Nome Científico:
Pseudobombax longiflorum
Família: Malvaceae (antes Bombacaceae).

Estratificação Florestal (Porte):
Alto a Emergente (atinge de 15 a 25 metros de altura).
– Copa: Aberta, irregular e decidual (perde folhas na estação seca).
– Tronco: Cilíndrico e inchado na base (armazena água), com casca cinzenta e lisa.
– Folhas: Palmaticompuestas (folíolos em forma de mão), caducas.

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Inicial
– Características:
– Crescimento rápido.
– Tolerante a solos pobres, secos e pedregosos.
– Heliófila (exige sol pleno).

Funções Ecológicas:
1. Polinização especializada: Suas flores grandes e brancas (com estames longos) são polinizadas por morcegos nectarívoros e mariposas.
2. Alimento para fauna: Frutos (cápsulas) liberam sementes com paina, dispersas pelo vento.
3. Armazenamento de água: Tronco basal inchado ajuda a resistir a secas.

Distribuição Geográfica:
– Ocorre no Cerrado, Caatinga e Pantanal, em estados como MT, MS, GO, BA e MG.
– Típica de ambientes sazonalmente secos.

Usos:
– Paisagismo: Muito ornamental devido à floração espetacular (flores de até 15 cm).
– Recuperação de áreas degradadas: Tolerante a solos pobres e secos.
– Arborização urbana: Em regiões com clima adequado (cuidado com raízes superficiais).

Curiosidades:
– Seu nome popular “imbiruçu” vem do tupi “mbi’ru usu”, que significa “casca grossa”.
– As flores abrem à noite e duram apenas 24 horas, murchando ao amanhecer.
– É parente do paineira (Ceiba speciosa), mas difere pelas flores mais longas e habitat mais seco.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Alto a Emergente (15–25 m) |
| Sucessão | Secundária Inicial |
| Luz | Sol pleno |
| Solo | Bem drenado (tolerante a solos pobres, pedregosos e secos) |
| Atração de fauna | Alta (morcegos, mariposas e aves que usam paina para ninhos) |

Dica de Plantio:
– Espaçamento: 6–8 m entre mudas (copa ampla e raízes superficiais).
– Evitar solos encharcados (apodrece a raiz).
– Floresce em 4–6 anos (após plantio da muda).

Cuidados:
– Não plantar perto de edificações (raízes superficiais podem levantar calçadas).
– Proteger de ventos fortes (copa aberta é vulnerável a quebras).

O Imbiruçu Grande é um gigante resiliente do Cerrado – une beleza, adaptação e ecologia! 🌵🦇

Guaquica

Guaquica

A Guaquica (Myrciaria guaquiea) é uma frutífera nativa pouco conhecida, mas com potencial ecológico e alimentar. Seguem as informações técnicas:

Nome Científico:
Myrciaria guaquiea
Família: Myrtaceae (mesma família da jabuticaba, goiaba e grumixama).

Estratificação Florestal (Porte):
Pequeno a Médio (atinge de 4 a 10 metros de altura).
– Copa: Arredondada, densa e perene.
– Tronco: Curto, com casca lisa e clara que descama em placas finas.
– Folhas: Simples, opostas, coriáceas e verde-escuras.

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Inicial
– Características:
– Crescimento moderadamente rápido.
– Típica de bordas de matas e capoeiras.
– Tolerante a solos pobres e bem drenados.

Funções Ecológicas:
1. Frutífera para fauna: Seus frutos pequenos e roxos são consumidos por aves (sabiás, sanhaços) e morcegos, dispersando sementes.
2. Florada melífera: Flores brancas e perfumadas atraem abelhas nativas.
3. Recuperação de áreas degradadas: Coloniza rapidamente clareiras.

Distribuição Geográfica:
– Ocorre na Mata Atlântica e Cerrado, em estados como SP, MG, RJ e ES.
– Prefere climas tropicais e subtropicais.

Usos:
– Frutos comestíveis: Polpa doce e ácida, consumida in natura ou em sucos e geleias.
– Paisagismo: ornamental por sua folhagem densa e frutificação atrativa.
– Recuperação de áreas degradadas: Indicada para solos pobres.

Curiosidades:
– Seu nome popular “guaquica” vem do tupi “wa’kika”, que significa “fruto de casca fina”.
– É parente próxima da jabuticaba (Plinia cauliflora), mas com frutos menores e de crescimento em ramos (não no tronco).
– Os frutos amadurecem no verão e são ricos em antioxidantes.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Pequeno a Médio (4–10 m) |
| Sucessão | Secundária Inicial |
| Luz | Sol pleno a meia-sombra |
| Solo | Bem drenado (tolerante a solos pobres e ácidos) |
| Atração de fauna | Alta (aves e morcegos frugívoros) |

Dica de Plantio:
– Espaçamento: 3–4 m entre mudas (copa compacta).
– Crescimento rápido: Frutifica em 3–4 anos.
– Tolerante a podas (pode ser manejada como arbusto).

Vantagens:
– Adaptada a climas subtropical e tropical.
– Pouco exigente em solos (cresce até em terrenos pedregosos).
– Frutos atraem fauna dispersora.

A Guaquica é uma espécie versátil e resiliente – ideal para pomares domésticos, reflorestamento e atração de fauna!

Guamirim

Guamirim

O Guamirim (Myrcia splendens) é uma árvore ou arbusto muito comum e importante na regeneração de florestas.

Nome Científico:
Myrcia splendens
(Sinônimos: Myrcia fallax, Aulomyrcia splendens)
Família: Myrtaceae (mesma família da jabuticaba, goiaba e eucalipto).

Estratificação Florestal (Porte):
Pequeno a Médio (atinge de 3 a 8 metros de altura, raramente até 12 m).
– Copa: Arredondada, densa e perene.
– Tronco: Curto, multifacetado ou tortuoso, com casca lisa e clara que descama em placas.
– Folhas: Simples, opostas, coriáceas e brilhantes (daí o nome splendens).

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Inicial
– Características:
– Crescimento rápido.
– Pioneira em capoeiras e bordas de matas.
– Tolerante a solos pobres e bem drenados.

Funções Ecológicas:
1. Frutífera-chave para fauna: Seus frutos pequenos e roxos são avidamente consumidos por aves (sabiás, sanhaços, tangarás) e morcegos, dispersando sementes.
2. Florada melífera: Flores brancas e perfumadas atraem abelhas nativas.
3. Recuperação de áreas degradadas: Coloniza rapidamente clareiras.

Distribuição Geográfica:
– Ocorre na Mata Atlântica, Cerrado e Amazônia, em estados como SP, RJ, MG, PR, SC e RS.
– Adapta-se a climas tropicais e subtropicais.

Usos:
– Recuperação de áreas degradadas: Ideal para nucleação de regeneração natural.
– Paisagismo: ornamental por sua folhagem brilhante e frutificação atrativa para aves.
– Melífera: Produz néctar para abelhas.

Curiosidades:
– Seu nome popular “guamirim” vem do tupi “wá’mirim”, que significa “fruto pequeno”.
– É confundida com outras espécies de Myrcia (ex.: Myrcia guianensis), mas difere pelas folhas muito brilhantes.
– Os frutos são comestíveis e saborosos, mas pouco explorados comercialmente.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Pequeno a Médio (3–8 m) |
| Sucessão | Secundária Inicial |
| Luz | Sol pleno a meia-sombra |
| Solo | Bem drenado (tolerante a solos pobres e ácidos) |
| Atração de fauna | Muito Alta (espécie-chave para aves frugívoras) |

Dica de Plantio:
– Espaçamento: 3–4 m entre mudas (forma moitas densas).
– Crescimento rápido: Frutifica em 2–3 anos.
– Ideal para cercas-vivas e corredores ecológicos.

Vantagens:
– Resistente a pragas e doenças.
– Tolerante a podas (pode ser mantida como arbusto).
– Frutos o ano todo em regiões sem estação seca pronunciada.

O Guamirim é uma espécie multifuncional – perfeita para atrair fauna, recuperar áreas e embelezar paisagens!

Gonçalo Alves

Gonçalo Alves


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O Gonçalo Alves (Astronium fraxinifolium) é uma das madeiras mais duras e valiosas do Brasil, com grande importância ecológica.

Nome Científico:
Astronium fraxinifolium
Família: Anacardiaceae (mesma família do cajueiro, da manga e do aroeira).

Estratificação Florestal (Porte):
Alto (atinge de 20 a 30 metros de altura).
– Copa: Aberta, irregular e decidual (perde folhas na estação seca).
– Tronco: Reto, cilíndrico, com casca fissurada e cinzenta, que se descama em placas.
– Folhas: Compostas, com folíolos serrilhados (semelhantes às do freixo, daí o nome fraxinifolium).

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Tardia a Climácica
– Características:
– Crescimento lento (exige paciência no plantio).
– Típica de matas maduras e estáveis do Cerrado e Mata Atlântica.
– Tolerante a solos pobres e secos, mas prefere solos bem drenados.

Funções Ecológicas:
1. Madeira de lei: Uma das mais duras e densas do Brasil (densidade ≈ 0,9–1,1 g/cm³), resistente a cupins e umidade.
2. Alimento para fauna: Seus frutos (drupas aladas) são dispersos pelo vento e consumidos por aves.
3. Tolerante ao fogo: Casca grossa ajuda a resistir a queimadas naturais no Cerrado.

Distribuição Geográfica:
– Ocorre no Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica, em estados como MG, GO, MT, BA e SP.
– Prefere climas tropicais com estação seca bem definida.

Usos:
– Madeira nobre: Usada em pisos, móveis de luxo, instrumentos musicais e construção civil.
– Recuperação de áreas degradadas: Indicada para solos pobres e secos.
– Paisagismo: Copa ornamental, mas exige espaço.

Curiosidades:
– Seu nome popular homenageia Gonçalo Álves, personagem do folclore mineiro.
– A madeira exibe veios escuros e claros intercalados, dando um aspecto decorativo único.
– É decídua: perde todas as folhas no inverno (adaptação à seca).

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Alto (20–30 m) |
| Sucessão | Secundária Tardia/Climácica |
| Luz | Sol pleno |
| Solo | Bem drenado (tolerante a solos pobres e ácidos) |
| Atração de fauna | Moderada (dispersão por vento, poucos frutos para fauna) |

Desafios no Plantio:
– Crescimento muito lento (leva 15–20 anos para atingir porte comercial).
– Dificuldade de obtenção de sementes (espécie ameaçada por exploração madeireira).
– Não tolera encharcamento (solo deve ser bem drenado).

Status de Conservação:
– Ameaçada devido à exploração madeireira predatória.
– Incluída na lista de espécies prioritárias para conservação no Cerrado.

O Gonçalo Alves é um símbolo de resistência dos biomas brasileiros – prioridade em projetos de manejo sustentável e restauração!

Cereja de Joinville

Cereja de Joinville

A Cereja de Joinville (Eugenia candolleana) é uma árvore frutífera rara e ameaçada da Mata Atlântica.

Nome Científico:
Eugenia candolleana
(Sinônimos: Eugenia neocandolleana, Myrciaria candolleana)
Família: Myrtaceae (mesma família da jabuticaba, goiaba e grumixama).

Estratificação Florestal (Porte):
Pequeno a Médio (atinge de 5 a 10 metros de altura).
– Copa: Arredondada, densa e perene (folhagem verde-escura e brilhante).
– Tronco: Curto, com casca lisa e clara que descama em placas finas.
– Folhas: Simples, opostas, coriáceas e com ponta aguda.

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Tardia
– Características:
– Crescimento lento.
– Típica de interior de matas preservadas (exigente em sombra e umidade).
– Sensível a geadas e solos encharcados.

Funções Ecológicas:
1. Frutífera-chave para fauna: Seus frutos vermelhos são avidamente consumidos por aves (sabiás, sanhaços, tucanos) e mamíferos (morcegos, macacos), dispersando sementes.
2. Florada melífera: Flores brancas e perfumadas atraem abelhas nativas.
3. Indicadora de mata madura: Sua presença sugere ambiente conservado.

Distribuição Geográfica:
– Endêmica da Mata Atlântica, ocorrendo originalmente em SC, PR e SP (região de Joinville, daí o nome popular).
– Prefere solos férteis, úmidos e bem drenados de encostas e vales.

Status de Conservação:
– Ameaçada de extinção (categoria vulnerável) devido ao desmatamento e fragmentação de habitats.
– Prioridade em projetos de restauração ecológica.

Usos:
– Frutos comestíveis: Sabor doce-ácido, consumidos in natura ou em geleias.
– Paisagismo: ornamental por sua folhagem densa e frutos vermelhos vistosos.
– Restauração de matas maduras: Indicada para enriquecimento de fragmentos.

Curiosidades:
– Seu nome popular homenageia a cidade de Joinville (SC), onde era abundante no passado.
– Os frutos amadurecem no verão e são muito perecíveis (duram apenas 1–2 dias após a colheita).
– É parente próxima da grumixama (Eugenia brasiliensis), mas com frutos menores e mais ácidos.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Pequeno a Médio (5–10 m) |
| Sucessão | Secundária Tardia |
| Luz | Meia-sombra a sol pleno (quando adulta) |
| Solo | Fértil, úmido e bem drenado (rico em matéria orgânica) |
| Atração de fauna | Muito Alta (espécie-chave para frugívoros) |

Dica de Plantio:
– Plantar sob a sombra de espécies pioneiras (como ingás ou embaúbas) nos primeiros anos.
– Espaçamento: 4–5 m entre mudas (copa compacta).
– Irrigação regular na fase juvenil (não tolera secas prolongadas).

A Cereja de Joinville é uma jóia ameaçada da Mata Atlântica – prioridade em projetos de conservação e pomares de frutas nativas!

Cedro

Cedro

O Cedro (Cedrela fissilis) é uma das espécies madeireiras mais valiosas e ameaçadas do Brasil.

Nome Científico:
Cedrela fissilis
Família: Meliaceae (mesma família do mogno e da cinamomo).

Estratificação Florestal (Porte):
Alto a Emergente (atinge de 20 a 35 metros de altura).
– Copa: Aberta, estratificada e decídua (perde folhas no inverno).
– Tronco: Reto, cilíndrico, com casca fissurada e cinzenta.
– Raízes: Sistêmicas profundas.

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Tardia a Climácica
– Características:
– Crescimento moderadamente rápido (para uma espécie tardia).
– Típica de matas maduras e estáveis (exigente em luz e solos férteis).
– Sensível a geadas e solos encharcados.

Funções Ecológicas:
1. Madeira de lei: Uma das mais valiosas do Brasil (leve, durável e aromática).
2. Alimento para fauna: Suas cápsulas lenhosas liberam sementes aladas, dispersas pelo vento.
3. Estrutura de dossel: Copa emergente fornece abrigo para fauna de alto estrato.

Distribuição Geográfica:
– Ocorre na Mata Atlântica, Cerrado e Amazônia, em estados como SP, MG, PR, SC, PA e AM.
– Prefere solos férteis e bem drenados de encostas e várzeas altas.

Ameaças e Status:
– Criticamente ameaçada por exploração madeireira predatória e desmatamento.
– Listada no Anexo II da CITES (comércio internacional controlado).
– Regeneração natural difícil devido à extração seletiva e fragmentação.

Usos Sustentáveis:
– Reflorestamento comercial: Em projetos de manejo certificado (ex.: FSC).
– Restauração de matas ciliares: Prioritária em áreas de preservação.
– Arborização urbana: Em parques grandes (exige espaço).

Curiosidades:
– Seu nome popular vem do aroma da madeira, similar ao cedro-verdadeiro (gênero Cedrus).
– A broca-do-cedro (Hypsipyla grandella) é sua principal praga, atacando brotações jovens.
– É uma das espécies mais replicadas em reflorestamentos de alto valor econômico.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Alto a Emergente (20–35 m) |
| Sucessão | Secundária Tardia/Climácica |
| Luz | Sol pleno (exige muita luz quando adulta) |
| Solo | Fértil, profundo e bem drenado |
| Atração de fauna | Moderada (sementes dispersas pelo vento) |

Desafios no Plantio:
– Proteção contra a broca-do-cedro: Requer manejo integrado (ex.: consórcio com outras espécies).
– Espaçamento amplo: Mínimo 8 m entre mudas (copa grande na idade adulta).
– Crescimento lento inicial: Acelera após 5–7 anos.

Alternativas Conscientes:
– Em projetos de restauração, priorize o uso de sementes de matrizes locais para manter a diversidade genética.
– Consorcie com espécies de rápido crescimento (como ingás) para proteção inicial contra brocas.

O Cedro é um gigante das florestas brasileiras – símbolo de resistência e valor ecológico e econômico!

Castanha do Maranhão

Castanha do Maranhão


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A Castanha-do-Maranhão (Pachira glabra) é uma árvore ornamental e frutífera, muitas vezes confundida com a Pachira aquatica (castanha-da-Guiné).

Nome Científico:
Pachira glabra
Família: Malvaceae (antes classificada em Bombacaceae).

Estratificação Florestal (Porte):
Médio (atinge de 8 a 15 metros de altura).
– Copa: Arredondada, densa e perene.
– Tronco: Característico tronco dilatado (inchado na base, armazenando água).
– Folhas: Palmaticompuestas (folíolos em forma de mão), brilhantes e verde-escuras.

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Inicial
– Características:
– Crescimento moderadamente rápido.
– Tolerante a solos úmidos, mas não encharcados (diferente de P. aquatica).
– Heliófila a meia-sombra.

Funções Ecológicas:
1. Frutífera para fauna: Seus frutos (cápsulas lenhosas) contêm sementes comestíveis consumidas por mamíferos (roedores, morcegos) e aves.
2. Florada especializada: Flores grandes e vistosas (com estames longos) são polinizadas por morcegos e mariposas.
3. Armazenamento de água: Tronco basal inchado ajuda a resistir a secas curtas.

Distribuição Geográfica:
– Nativa do Brasil: Ocorre naturalmente no Maranhão, Piauí, Ceará e Bahia, principalmente em matas ciliares e restingas.
– Adaptada a climas tropicais e subtropicais.

Usos:
– Paisagismo: Muito usada em arborização urbana por sua copa ornamental e flores exóticas.
– Frutos comestíveis: Sementes são consumidas torradas ou cozidas (sabor similar ao amendoim).
– Tolerante a ambientes urbanos: Resiste à poluição e solos compactados.

Curiosidades:
– É confundida com a Pachira aquatica (castanha-da-Guiné), mas difere por:
– Frutos sem sulcos (superfície lisa, enquanto P. aquatica tem frutos rugosos).
– Tolerância menor a encharcamento.
– Seu nome popular vem da aparência de suas sementes, que lembram castanhas.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Médio (8–15 m) |
| Sucessão | Secundária Inicial |
| Luz | Sol pleno a meia-sombra |
| Solo | Bem drenado (úmido, mas não encharcado) |
| Atração de fauna | Moderada a alta (polinizadores noturnos e frugívoros) |

Dica de Plantio:
– Espaçamento: 5–6 m entre mudas (copa ampla).
– Evitar solos argilosos pesados (prefere solos arenosos ou francos).
– Frutos em 4–6 anos (após plantio da muda).

Cuidados:
– Não confundir com Pachira aquatica (que é mais aquática e invasora em alguns contextos).
– Podas de formação para evitar quebra de galhos em ventos fortes.

A Castanha-do-Maranhão é uma espécie versátil e ornamental, ideal para projetos paisagísticos e arborização urbana!