Cássia Siamea

Cássia Siamea

A Cássia Siamea (Senna siamea), também conhecida como Cássia-da-Índia ou Cássia-amarela, é uma espécie exótica amplamente utilizada no Brasil, mas que requer cuidados devido ao seu potencial invasor. Seguem as informações técnicas:

Nome Científico:
Senna siamea
(Sinônimos: Cassia siamea, Cassia florida)
Família: Fabaceae (subfamília Caesalpinioideae).

Estratificação Florestal (Porte):
Médio (atinge de 8 a 12 metros de altura, raramente até 15 m).
– Copa: Densa, arredondada e perene (em climas tropicais) ou semidecídua (em regiões com estação seca).
– Tronco: Curto, com casca cinzenta e fissurada.
– Folhas: Compostas, com 5–10 pares de folíolos grandes, coriáceos e verde-escuros.

Grupo Ecológico (Sucessão):
Pioneira (em seu habitat natural)
– Características:
– Crescimento muito rápido (atinge 4–5 m em 2 anos).
– Tolerante a solos pobres, secos e compactados.
– Heliófila (exige sol pleno).

Funções Ecológicas (no Brasil):
1. Fixação de nitrogênio: Como leguminosa, melhora a fertilidade do solo.
2. Sombra e quebra-vento: Usada em sistemas agroflorestais e cercas-vivas.
3. Florada melífera: Flores amarelas atraem abelhas (produção de néctar).

Origem e Distribuição:
– Nativa do Sudeste Asiático (Tailândia, Índia, Myanmar).
– Introduzida no Brasil para arborização urbana, recuperação de áreas e apicultura.
– Adapta-se a climas tropicais e subtropicais.

Riscos e Limitações:
– Potencial invasor: Dispersa sementes agressivamente e compete com espécies nativas.
– Allelopatia: Libera substâncias que inibem o crescimento de outras plantas.
– Toxicidade: Folhas e vagens são tóxicas para animais (especialmente ruminantes).

Usos Controlados:
– Apicultura: Fonte de néctar para abelhas (mel de qualidade).
– Lenha e carvão: Madeira de alta densidade e poder calorífico.
– Recuperação de solos degradados: Em áreas muito impactadas, com monitoramento.

Resumo para Plantio (com cautela!):
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Médio (8–12 m) |
| Sucessão | Pioneira |
| Luz | Sol pleno |
| Solo | Tolerante a solos pobres e secos |
| Atração de fauna | Moderada (abelhas, mas não é consumida por fauna nativa) |

Recomendações Críticas:
1. Evite plantio em áreas próximas a fragmentos nativos (risco de invasão).
2. Prefira espécies nacionais com funções similares, como:
– Cássia ferrugínea (Senna multijuga)
– Canafístula (Cassia ferruginea)
– Sibipiruna (Senna multijuga var. lindleyana)
3. Controle a dispersão: Remova vagens antes da maturação.

Curiosidades:
– É usada na medicina tradicional tailandesa para tratar ansiedade e infecções.
– Sua madeira é durável e resistente a cupins, usada na construção civil na Ásia.
– No Brasil, é comum no Nordeste como sombra para cafezais e pastagens.

A Cássia Siamea é uma espécie de uso controverso – deve ser manejada com responsabilidade para evitar impactos negativos aos ecossistemas locais!

Cassia Ferruginea

Cassia Ferruginea

Esta foto é da Internet

A Cássia Ferrugínea (Senna multijuga), também conhecida como Pau-de-Besouro ou Cássia-Brasileira, é uma espécie pioneira de grande importância ecológica.

Nome Científico:
Senna multijuga
(Sinônimos: Cassia ferruginea, Cassia multijuga)
Família: Fabaceae (subfamília Caesalpinioideae).

Estratificação Florestal (Porte):
Médio (atinge de 8 a 15 metros de altura).
– Copa: Aberta, irregular e decidual (perde folhas na estação seca).
– Tronco: Curto, com casca cinzenta e lisa quando jovem, tornando-se fissurada com a idade.
– Folhas: Compostas, com 10–20 pares de folíolos cada, de cor verde-brilhante.

Grupo Ecológico (Sucessão):
Pioneira
– Características:
– Crescimento muito rápido (até 3 m/ano em condições ideais).
– Tolerante a solos pobres, degradados e compactados.
– Heliófila (exige sol pleno).

Funções Ecológicas:
1. Fixação de nitrogênio: Como leguminosa, possui nódulos radiculares que enriquecem o solo.
2. Recuperação de áreas degradadas: Coloniza rapidamente clareiras e pastagens abandonadas.
3. Alimento para fauna: Suas flores amarelas atraem abelhas, e suas vagens são consumidas por aves.

Distribuição Geográfica:
– Ocorre na Mata Atlântica, Cerrado e Amazônia, em estados como SP, MG, RJ, PR, BA e PA.
– Adapta-se a climas tropicais e subtropicais.

Usos:
– Recuperação de áreas degradadas: Ideal para controle de erosão e nucleação de regeneração natural.
– Paisagismo: Florada amarela vistosa (entre primavera e verão).
– Adubação verde: Folhagem rica em nitrogênio para enriquecimento do solo.

Curiosidades:
– Seu nome popular “Pau-de-Besouro” vem da atração de besouros polinizadores por suas flores.
– As folhas são ferrugíneas (com pelos curtos e avermelhados na face inferior).
– É confundida com outras cassias (ex.: Senna spectabilis), mas difere pelo número maior de folíolos.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Médio (8–15 m) |
| Sucessão | Pioneira |
| Luz | Sol pleno |
| Solo | Tolerante a solos pobres, ácidos e secos |
| Atração de fauna | Moderada (abelhas e aves frugívoras) |

Dica de Plantio:
– Espaçamento: 3–4 m entre mudas (crescimento rápido forma dossel em 2–3 anos).
– Ideal para iniciar reflorestamentos: Protege espécies mais sensíveis nos primeiros anos.
– Não recomendada para arborização urbana (vagens e folhas podem sujar calçadas).

A Cássia Ferrugínea é uma “engenheira ecológica” – fundamental para dar início à sucessão florestal em áreas devastadas!

Capixingui

Capixingui

O Capixingui (Croton floribundus) é uma espécie pioneira e crucial para a recuperação de áreas degradadas. Seguem as informações técnicas:

Nome Científico:
Croton floribundus
Família: Euphorbiaceae (mesma família da seringueira e da mamona).

Estratificação Florestal (Porte):
Médio (atinge de 8 a 16 metros de altura).
– Copa: Aberta, irregular e decidual (perde folhas na estação seca).
– Tronco: Curto, com casca cinzenta e fissurada.
– Folhas: Simples, alternas, com face inferior prateada devido a pelos estrelados.

Grupo Ecológico (Sucessão):
Pioneira
– Características:
– Crescimento muito rápido (até 3 m/ano em condições ideais).
– Tolerante a solos pobres, degradados e expostos.
– Heliófila (exige sol pleno).

Funções Ecológicas:
1. Colonizadora de áreas degradadas: Uma das primeiras espécies a surgir em clareiras e pastagens abandonadas.
2. Melhoria do solo: Sua folhagem abundante fornece matéria orgânica e protege o solo contra erosão.
3. Alimento para fauna: Suas sementes são consumidas por aves (como sabiás e periquitos).

Distribuição Geográfica:
– Ocorre no Cerrado, Mata Atlântica e Campos Rupestres, em estados como SP, MG, PR, SC e RS.
– Adapta-se a climas tropicais e subtropicais.

Usos:
– Recuperação de áreas degradadas: Ideal para controle de erosão e nucleação de regeneração natural.
– Lenha e carvão: Madeira de baixa densidade, mas de combustão rápida.
– Medicinal: Sua seiva é usada na tradição popular para tratar feridas.

Curiosidades:
– Seu nome popular “capixingui” vem do tupi “kapi’xingui”, que significa “casca que desprende” (referência à casca que descama).
– É confundida com o sangue-de-dragão (Croton urucurana), mas difere pela folha prateada na face inferior.
– Produz flores em cachos (inflorescências terminais) que atraem abelhas.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Médio (8–16 m) |
| Sucessão | Pioneira |
| Luz | Sol pleno |
| Solo | Tolerante a solos pobres, ácidos e secos |
| Atração de fauna | Moderada (aves e insetos polinizadores) |

Dica de Plantio:
– Espaçamento: 3–4 m entre mudas (crescimento rápido forma dossel em 2–3 anos).
– Ideal para iniciar reflorestamentos: Protege espécies mais sensíveis nos primeiros anos.
– Não plantar perto de culturas (pode ser competitiva por luz e espaço).

O Capixingui é uma “enfermeira do solo” – fundamental para dar início à sucessão florestal em áreas devastadas!

Canela Branca

Canela Branca

A Canela Branca (Ocotea acutifolia) é uma espécie importante da família Lauraceae, típica de matas úmidas.

Nome Científico:
Ocotea acutifolia
Família: Lauraceae (mesma família do louro, canela-sassafrás e abacate).

Estratificação Florestal (Porte):
Médio a Alto (atinge de 12 a 20 metros de altura).
– Copa: Densa, piramidal a arredondada, com folhagem perene.
– Tronco: Reto, cilíndrico, com casca cinzenta e fissurada.
– Folhas: Alternas, simples, coriáceas e com ponta aguda (“acutifolia” = folha pontiaguda).

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Tardia a Climácica
– Características:
– Crescimento lento.
– Típica de matas maduras e úmidas (exigente em sombra e umidade).
– Sensível a geadas e solos mal drenados.

Funções Ecológicas:
1. Alimento para fauna: Seus frutos (drupas) são consumidos por aves (sabiás, jacus) e mamíferos (quatis, gambás), que dispersam sementes.
2. Regulador microclimático: Copa densa mantém umidade e temperatura estáveis no sub-bosque.
3. Indicadora de conservação: Sua presença sugere mata bem preservada.

Distribuição Geográfica:
– Ocorre na Mata Atlântica (SP, RJ, PR, SC, RS) e matas de araucária.
– Prefere solos férteis, úmidos e bem drenados de encostas e vales.

Usos:
– Madeira: De alta qualidade, usada em móveis, instrumentos musicais e construção civil.
– Restauração de matas maduras: Prioritária em projetos de conservação.
– Óleos essenciais: Folhas e cascas aromáticas (característica das Lauraceae).

Curiosidades:
– Seu nome popular “Canela Branca” refere-se à casca clara do tronco, que contrasta com outras canelas de casca escura.
– É confundida com outras espécies de Ocotea (ex.: Ocotea odorifera – canela-sassafrás), mas difere na forma das folhas e habitat.
– Produz frutos atrativos para a fauna, com uma base cupular (típica de Lauraceae).

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Médio a Alto (12–20 m) |
| Sucessão | Secundária Tardia/Climácica |
| Luz | Meia-sombra a sol pleno (quando adulta) |
| Solo | Fértil, úmido e bem drenado (rico em matéria orgânica) |
| Atração de fauna | Alta (aves e mamíferos frugívoros) |

Dica de Plantio:
– Plantar sob a sombra de espécies pioneiras (como ingás ou embaúbas) nos primeiros anos.
– Espaçamento: 5–6 m entre mudas (copa ampla na idade adulta).
– Crescimento lento: Exige paciência, mas é muito resiliente quando estabelecida.

A Canela Branca é uma espécie estruturante de matas maduras – essencial para projetos de restauração ecológica de longo prazo!

Camboatá Mirim

Camboatá Mirim
Cupania vernalis

O nome “Camboatá” é aplicado a várias espécies em diferentes regiões do Brasil, mas a mais comum e botanicamente referenciada é a Cupania vernalis (também chamada de Camboatá-vermelho ou Camboatá-branco). O Viveiro identificou Camboatá Mirim como Cupania vernalis

Nome Científico:
Cupania vernalis
Família: Sapindaceae (mesma família do guaraná e do pitombo).

Estratificação Florestal (Porte):
Médio (atinge de 8 a 15 metros de altura).
Copa: Arredondada, densa e perene.
Tronco: Curto, com casca fissurada e acinzentada.
Folhas: Compostas, com folíolos serrilhados e verde-escuros.

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Inicial
Características:
Crescimento moderadamente rápido.
Tolerante a solos pobres e bem drenados.
Pioneira em bordas de matas e capoeiras.

Funções Ecológicas:
Frutífera para fauna: Seus frutos cápsulas (vermelhos quando maduros) são consumidos por aves (sabiás, sanhaços, tucanos) e mamíferos, dispersando sementes.
Florada melífera: Flores pequenas e cremes atraem abelhas.
Recuperação de áreas degradadas: Tolerante a solos compactados.

Distribuição Geográfica:
Ocorre na Mata Atlântica e Cerrado, em estados como RS, SC, PR, SP, MG e GO.
Adapta-se a climas subtropicais e tropicais.

Usos:
Madeira: Moderadamente densa, usada para cabos de ferramentas, lenha e carvão.
Paisagismo: ornamental por sua folhagem densa e frutos vermelhos.
Recuperação de áreas degradadas: Indicada para solos pobres.

Curiosidades:
Seu nome popular “camboatá” vem do tupi “kamba’watá”, que significa “árvore de casca rugosa”.
É confundida com outras espécies de Sapindaceae, como Matayba elaeagnoides (também chamada de camboatá).

Os frutos são cápsulas trilobadas que se abrem expondo sementes pretas.

Resumo para Plantio:
Característica Detalhe
Porte Médio (8–15 m)
Sucessão Secundária Inicial
Luz Sol pleno a meia-sombra
Solo Bem drenado (tolerante a solos pobres e ácidos)
Atração de fauna Alta (aves frugívoras)
Dica de Plantio:
Espaçamento: 4–5 m entre mudas.

Crescimento rápido: Pode ser usada como “sombra” para espécies mais lentas.
Tolerante a geadas leves (comum no Sul do Brasil).

Outras espécies chamadas “Camboatá”:
Camboatá-vermelho (Cupania oblongifolia) – Mata Atlântica.
Camboatá-amarelo (Cascaria sylvestris) – Salvadoraceae.
Camboatá-de-espinho (Sorocea bonplandii) – Moraceae.

O Camboatá é uma espécie resiliente – ideal para reflorestamento heterogêneo e atração de fauna!

Camboatá

Camboatá
Cupania oblongifoli


Cupania-vernalis

O Viveiro identificou Camboatá como Cupania oblongifolia, conhecida também como Camboatá-vermelho ou Camboatá-pimenta:

Nome Científico:
Cupania oblongifolia
Família: Sapindaceae (mesma família do guaraná, do pitombo e do Camboatá-mirim).

Estratificação Florestal (Porte):
Médio (atinge de 10 a 18 metros de altura).
– Copa: Aberta, arredondada e densa.
– Tronco: Reto, com casca cinzenta e fissurada (mais lisa que C. vernalis).
– Folhas: Compostas, com folíolos oblongos (alongados) e coriáceos.

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Inicial a Secundária Tardia
– Características:
– Crescimento moderado.
– Típica de matas secundárias e bordas de florestas úmidas.
– Prefere solos férteis e úmidos, mas bem drenados.

Funções Ecológicas:
1. Frutífera para fauna: Seus frutos cápsulas vermelhas são consumidos por aves (sabiás, jacus, arapongas) e mamíferos, dispersando sementes.
2. Florada melífera: Flores pequenas e cremes atraem abelhas.
3. Sombra e proteção do solo: Copa densa reduz a erosão.

Distribuição Geográfica:
– Ocorre na Mata Atlântica e Cerrado, em estados como SP, RJ, MG, PR e SC.
– Prefere matas ciliares e encostas úmidas.

Usos:
– Madeira: Moderadamente densa, usada para mobiliário rural e lenha.
– Paisagismo: ornamental por seus frutos vermelhos vistosos.
– Recuperação de áreas degradadas: Indicada para matas ciliares.

Curiosidades:
– Seu nome popular “camboatá-pimenta” vem do aroma picante das folhas quando esmagadas.
– Difere de Cupania vernalis pelos folíolos oblongos (alongados) e habitat mais úmido.
– Os frutos são cápsulas deiscentes que se abrem em três valvas, expondo sementes pretas.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Médio (10–18 m) |
| Sucessão | Secundária Inicial/Tardia |
| Luz | Meia-sombra a sol pleno |
| Solo | Úmido, fértil e bem drenado (evitar encharcamento) |
| Atração de fauna | Alta (aves frugívoras) |

Dica de Plantio:
– Espaçamento: 5–6 m entre mudas (copa ampla).
– Plantar em matas ciliares ou encostas úmidas.
– Sensível a geadas (evitar regiões muito frias).

Diferenças para Cupania vernalis:
| Característica | Cupania oblongifolia | Cupania vernalis |
|-|–||
| Folhas | Folíolos oblongos | Folíolos ovais a elípticos |
| Habitat | Matas úmidas e ciliares | Cerrado e matas secas |
| Porte | Até 18 m | Até 15 m |
| Tolerância a seca| Baixa | Alta |

A Cupania oblongifolia é uma espécie-chave para reflorestamento de áreas úmidas e atração de fauna!

Cajá Mirim

Cajá Mirim


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O Cajá Mirim (também chamado de Cajá-pequeno ou Cajá-verdadeiro) é uma árvore frutífera nativa do Brasil, muito valorizada por seus frutos saborosos.

Nome Científico:
Spondias mombin
(Sinônimos: Spondias lutea, Spondias aurantiaca)
Família: Anacardiaceae (mesma família da caju, manga e umbu).

Estratificação Florestal (Porte):
Médio (atinge de 8 a 15 metros de altura).
– Copa: Aberta, irregular e decídua (perde folhas na estação seca).
– Tronco: Curto, com casca grossa e fissurada.
– Folhas: Compostas, com folíolos verde-claros e serrilhados.

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Inicial
– Características:
– Crescimento rápido (pode frutificar em 3–4 anos).
– Tolerante a solos pobres e secos.
– Pioneira em capoeiras e bordas de matas.

Funções Ecológicas:
1. Frutífera-chave para fauna: Seus frutos amarelos são avidamente consumidos por aves (sabiás, periquitos, tucanos), morcegos e mamíferos (quatis, macacos), dispersando sementes.
2. Florada melífera: Flores pequenas e brancas atraem abelhas e outros polinizadores.
3. Recuperação de áreas degradadas: Coloniza rapidamente clareiras.

Distribuição Geográfica:
– Ocorre na Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado, em estados como PA, BA, MG, SP e PR.
– Adapta-se a climas tropicais e subtropicais.

Usos:
– Frutos comestíveis: Polpa ácida e aromática, consumida in natura ou em sucos, sorvetes, geleias e drinks (ex.: cajá caipira).
– Madeira: Leve e macia, usada para caixotaria e lenha.
– Paisagismo: ornamental por sua florada e frutificação vistosas.

Curiosidades:
– Seu nome popular “cajá” vem do tupi “aka’yá”, que significa “fruto de espinho” (referência ao caroço espinhoso).
– É confundida com o cajá-manga (*Spondias dulcis*), que é maior e menos ácido.
– Os frutos são ricos em vitamina C, ferro e antioxidantes.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Médio (8–15 m) |
| Sucessão | Secundária Inicial |
| Luz | Sol pleno |
| Solo | Bem drenado (tolerante a solos pobres e ácidos) |
| Atração de fauna | Muito Alta (espécie-chave para frugívoros) |

Dica de Plantio:
– Espaçamento: 5–6 m entre mudas (copa aberta).
– Crescimento rápido: Frutificação em 3–4 anos.
– Tolerante à seca após estabelecida.

Limitações:
– Folhas decíduas: Produz muita matéria orgânica no chão (pode ser vantagem para solos).
– Frutos perecíveis: Devem ser processados rapidamente após a colheita.

O Cajá Mirim é uma espécie versátil – perfeita para pomares domésticos, sistemas agroflorestais e recuperação de áreas! 🌿🥭

Braúna Sangue de Burro

Braúna Sangue de Burro

O nome Braúna Sangue de Burro refere-se a uma árvore impressionante e rara da Mata Atlântica, conhecida por sua madeira de altíssima qualidade e características distintas.

Nome Científico:
Melanoxylon brauna
(Sinônimos: Machaerium villosum, Melanoxylon brauna var. pubescens)
Família: Fabaceae (subfamília Faboideae – mesma família do pau-brasil e do jacarandá).

Estratificação Florestal (Porte):
Alto a Emergente (atinge de 20 a 30 metros de altura).
– Copa: Aberta e estratificada, com galhos robustos.
– Tronco: Reto e cilíndrico, com casca cinzenta e fissurada.
– Característica marcante: A madeira recém-cortada exala um líquido vermelho (como sangue) que escorre do tronco – daí o nome Sangue de Burro.

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Tardia a Climácica
– Características:
– Crescimento muito lento (leva décadas para atingir porte adulto).
– Típica de matas primárias bem preservadas da Mata Atlântica.
– Exigente em solos férteis, profundos e bem drenados.

Funções Ecológicas:
1. Madeira de lei: Uma das mais densas e duráveis do Brasil (densidade ≈ 1,1 g/cm³), resistente a cupins e umidade.
2. Abrigo para fauna: Copa ampla oferece refúgio para aves e mamíferos.
3. Fixação de nitrogênio: Como leguminosa, enriquece o solo.

Distribuição Geográfica:
– Endêmica da Mata Atlântica, ocorrendo em SP, RJ, MG, ES e BA.
– Prefere encostas úmidas e solos férteis de matas de altitude.

Usos:
– Madeira nobre: Usada em móveis de luxo, instrumentos musicais, construção civil e dormentes.
– Recuperação de matas maduras: Prioritária em projetos de restauração ecológica.
– Histórico: No passado, foi intensamente explorada para fabricação de dormentes ferroviários.

Curiosidades:
– Seu nome popular Sangue de Burro vem do líquido vermelho que escorre do tronco quando cortado (devido a taninos e compostos fenólicos).
– É confundida com outras braúnas (como Schizolobium parahyba – guapuruvu), mas difere pela madeira extremamente densa.
– Está ameaçada de extinção devido à exploração histórica e desmatamento.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Alto a Emergente (20–30 m) |
| Sucessão | Secundária Tardia/Climácica |
| Luz | Sol pleno (exige muita luz quando adulta) |
| Solo | Fértil, profundo e bem drenado (preferencialmente argiloso) |
| Atração de fauna | Moderada (abrigo para fauna, mas não é frutífera) |

Desafios no Plantio:
– Crescimento extremamente lento (leva 20+ anos para atingir porte comercial).
– Dificuldade de obtenção de sementes (espécie rara e ameaçada).
– Exige áreas protegidas (não tolera perturbações).

Status de Conservação:
– Listada como ameaçada no Livro Vermelho da Flora Brasileira (MMA).
– Sua exploração é proibida por lei (Lei 9.605/98).

A Braúna Sangue de Burro é um símbolo de resistência da Mata Atlântica – prioridade absoluta em projetos de conservação!

Biribá

Biribá

O Biribá é uma frutífera nativa da Amazônia e Mata Atlântica, muito valorizada por seus frutos saborosos.

Nome Científico:
Annona mucosa (sinônimo: Rollinia mucosa)
Família: Annonaceae (mesma família da graviola, da ata e do araticum).

Estratificação Florestal (Porte):
Médio (atinge de 8 a 15 metros de altura).
– Copa: Arredondada, aberta e irregular.
– Tronco: Curto, com casca lisa e clara.
– Folhas: Simples, alternas e pubescentes (com pelos curtos).

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Inicial
– Características:
– Crescimento rápido (pode frutificar em 3–4 anos).
– Típica de bordas de matas e capoeiras.
– Prefere solos férteis e úmidos, mas bem drenados.

Funções Ecológicas:
1. Frutífera-chave para fauna: Seus frutos grandes (até 1,5 kg) são consumidos por mamíferos (morcegos, macacos), aves (tucanos, jacus) e répteis, que dispersam sementes.
2. Florada especializada: Flores polinizadas por besouros (cantharofilia).
3. Sombra e abrigo: Copa aberta protege o solo e a fauna.

Distribuição Geográfica:
– Ocorre na Amazônia e Mata Atlântica (PA, AM, BA, MG, SP, PR).
– Prefere climas quentes e úmidos, sem geadas.

Usos:
– Frutos comestíveis: Polpa branca, doce e ácida, consumida in natura ou em sucos, sorvetes e doces.
– Paisagismo: Copa ornamental e frutos vistosos.
– Recuperação de áreas degradadas: Crescimento rápido e atração de fauna.

Curiosidades:
– Seu nome popular “biribá” vem do tupi “ybirá-ibá”, que significa “fruto de casca áspera”.
– Os frutos maduros são extremamente perecíveis (duram apenas 2–3 dias após a colheita).
– É também chamada de “Fruta-da-Condessa” ou “Biribá-de-Pernambuco”.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Médio (8–15 m) |
| Sucessão | Secundária Inicial |
| Luz | Sol pleno a meia-sombra |
| Solo | Fértil, úmido e bem drenado (rico em matéria orgânica) |
| Atração de fauna | Muito Alta (mamíferos, aves e répteis) |

Dica de Plantio:
– Espaçamento: 5–6 m entre mudas (copa aberta).
– Irrigação regular na fase juvenil (não tolera secas prolongadas).
– Frutos em 3–4 anos (após plantio da muda).

Limitações:
– Sensível a geadas (indicada apenas para regiões tropicais e subtropicais).
– Frutos frágeis: Dificuldade de transporte e comercialização.

O Biribá é uma espécie multifuncional – perfeita para pomares domésticos, agroflorestas e recuperação de áreas!

Baru

Baru

O Baru é uma espécie icônica do Cerrado, com grande valor ecológico, alimentar e econômico.

Nome Científico:
Dipteryx alata
Família: Fabaceae (subfamília Faboideae – mesma família do pau-brasil e do jatobá).

Estratificação Florestal (Porte):
Alto (atinge de 15 a 25 metros de altura, com copa ampla e aberta).
– Copa: Irregular e estratificada, com galhos grossos.
– Tronco: Reto e cilíndrico, com casca fissurada e cinzenta.
– Raízes: Profundas e pivotantes (adaptadas a solos secos).

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Tardia a Climácica
– Características:
– Crescimento lento (leva 10–15 anos para frutificar).
– Típica de Cerrado maduro e estável (exigente em luz e solos profundos).
– Tolerante a secas prolongadas e queimadas (casca grossa e resistente).

Funções Ecológicas:
1. Frutos para fauna: Suas amêndoas (castanhas) são consumidas por mamíferos (queixadas, antas, macacos), aves (araras, papagaios) e roedores, que dispersam sementes.
2. Fixação de nitrogênio: Como leguminosa, enriquece solos pobres do Cerrado.
3. Abrigo e sombra: Copa ampla protege a fauna e regula o microclima.

Distribuição Geográfica:
– Endêmica do Cerrado (MG, GO, MS, MT, BA, TO).
– Ocorre em solos bem drenados, preferencialmente em veredas e encostas.

Usos:
– Alimentício: As amêndoas são nutritivas (proteínas, antioxidantes) e consumidas torradas ou em farinhas.
– Madeira: Densa e durável, usada em construção civil e móveis.
– Recuperação de Cerrado: Prioritária em projetos de restauração ecológica.

Curiosidades:
– Seu nome popular “baru” vem do tupi “mbaru”, que significa “casca grossa”.
– A árvore é decídua (perde folhas na seca) e floresce entre agosto e outubro.
– Os frutos são drupas aladas (que facilitam a dispersão pelo vento) com uma castanha comestível no interior.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Alto (15–25 m) |
| Sucessão | Secundária Tardia/Climácica |
| Luz | Sol pleno |
| Solo | Bem drenado, profundo e ácido (típico do Cerrado) |
| Atração de fauna | Muito Alta (espécie-chave para frugívoros e dispersores) |

Dica de Plantio:
– Plantio direto em áreas de Cerrado (não tolera encharcamento).
– Espaçamento: 8–10 m entre mudas (copa muito ampla na idade adulta).
– Crescimento lento: Requer paciência, mas é extremamente resiliente.

Importância Socioeconômica:
– A coleta de castanhas de baru gera renda para comunidades extrativistas.
– É considerada um superalimento pela alta concentração de nutrientes.

O Baru é um símbolo do Cerrado – une conservação, alimentação e sustentabilidade!