Cajá Mirim

Cajá Mirim


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O Cajá Mirim (também chamado de Cajá-pequeno ou Cajá-verdadeiro) é uma árvore frutífera nativa do Brasil, muito valorizada por seus frutos saborosos.

Nome Científico:
Spondias mombin
(Sinônimos: Spondias lutea, Spondias aurantiaca)
Família: Anacardiaceae (mesma família da caju, manga e umbu).

Estratificação Florestal (Porte):
Médio (atinge de 8 a 15 metros de altura).
– Copa: Aberta, irregular e decídua (perde folhas na estação seca).
– Tronco: Curto, com casca grossa e fissurada.
– Folhas: Compostas, com folíolos verde-claros e serrilhados.

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Inicial
– Características:
– Crescimento rápido (pode frutificar em 3–4 anos).
– Tolerante a solos pobres e secos.
– Pioneira em capoeiras e bordas de matas.

Funções Ecológicas:
1. Frutífera-chave para fauna: Seus frutos amarelos são avidamente consumidos por aves (sabiás, periquitos, tucanos), morcegos e mamíferos (quatis, macacos), dispersando sementes.
2. Florada melífera: Flores pequenas e brancas atraem abelhas e outros polinizadores.
3. Recuperação de áreas degradadas: Coloniza rapidamente clareiras.

Distribuição Geográfica:
– Ocorre na Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado, em estados como PA, BA, MG, SP e PR.
– Adapta-se a climas tropicais e subtropicais.

Usos:
– Frutos comestíveis: Polpa ácida e aromática, consumida in natura ou em sucos, sorvetes, geleias e drinks (ex.: cajá caipira).
– Madeira: Leve e macia, usada para caixotaria e lenha.
– Paisagismo: ornamental por sua florada e frutificação vistosas.

Curiosidades:
– Seu nome popular “cajá” vem do tupi “aka’yá”, que significa “fruto de espinho” (referência ao caroço espinhoso).
– É confundida com o cajá-manga (*Spondias dulcis*), que é maior e menos ácido.
– Os frutos são ricos em vitamina C, ferro e antioxidantes.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Médio (8–15 m) |
| Sucessão | Secundária Inicial |
| Luz | Sol pleno |
| Solo | Bem drenado (tolerante a solos pobres e ácidos) |
| Atração de fauna | Muito Alta (espécie-chave para frugívoros) |

Dica de Plantio:
– Espaçamento: 5–6 m entre mudas (copa aberta).
– Crescimento rápido: Frutificação em 3–4 anos.
– Tolerante à seca após estabelecida.

Limitações:
– Folhas decíduas: Produz muita matéria orgânica no chão (pode ser vantagem para solos).
– Frutos perecíveis: Devem ser processados rapidamente após a colheita.

O Cajá Mirim é uma espécie versátil – perfeita para pomares domésticos, sistemas agroflorestais e recuperação de áreas! 🌿🥭

Braúna Sangue de Burro

Braúna Sangue de Burro

O nome Braúna Sangue de Burro refere-se a uma árvore impressionante e rara da Mata Atlântica, conhecida por sua madeira de altíssima qualidade e características distintas.

Nome Científico:
Melanoxylon brauna
(Sinônimos: Machaerium villosum, Melanoxylon brauna var. pubescens)
Família: Fabaceae (subfamília Faboideae – mesma família do pau-brasil e do jacarandá).

Estratificação Florestal (Porte):
Alto a Emergente (atinge de 20 a 30 metros de altura).
– Copa: Aberta e estratificada, com galhos robustos.
– Tronco: Reto e cilíndrico, com casca cinzenta e fissurada.
– Característica marcante: A madeira recém-cortada exala um líquido vermelho (como sangue) que escorre do tronco – daí o nome Sangue de Burro.

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Tardia a Climácica
– Características:
– Crescimento muito lento (leva décadas para atingir porte adulto).
– Típica de matas primárias bem preservadas da Mata Atlântica.
– Exigente em solos férteis, profundos e bem drenados.

Funções Ecológicas:
1. Madeira de lei: Uma das mais densas e duráveis do Brasil (densidade ≈ 1,1 g/cm³), resistente a cupins e umidade.
2. Abrigo para fauna: Copa ampla oferece refúgio para aves e mamíferos.
3. Fixação de nitrogênio: Como leguminosa, enriquece o solo.

Distribuição Geográfica:
– Endêmica da Mata Atlântica, ocorrendo em SP, RJ, MG, ES e BA.
– Prefere encostas úmidas e solos férteis de matas de altitude.

Usos:
– Madeira nobre: Usada em móveis de luxo, instrumentos musicais, construção civil e dormentes.
– Recuperação de matas maduras: Prioritária em projetos de restauração ecológica.
– Histórico: No passado, foi intensamente explorada para fabricação de dormentes ferroviários.

Curiosidades:
– Seu nome popular Sangue de Burro vem do líquido vermelho que escorre do tronco quando cortado (devido a taninos e compostos fenólicos).
– É confundida com outras braúnas (como Schizolobium parahyba – guapuruvu), mas difere pela madeira extremamente densa.
– Está ameaçada de extinção devido à exploração histórica e desmatamento.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Alto a Emergente (20–30 m) |
| Sucessão | Secundária Tardia/Climácica |
| Luz | Sol pleno (exige muita luz quando adulta) |
| Solo | Fértil, profundo e bem drenado (preferencialmente argiloso) |
| Atração de fauna | Moderada (abrigo para fauna, mas não é frutífera) |

Desafios no Plantio:
– Crescimento extremamente lento (leva 20+ anos para atingir porte comercial).
– Dificuldade de obtenção de sementes (espécie rara e ameaçada).
– Exige áreas protegidas (não tolera perturbações).

Status de Conservação:
– Listada como ameaçada no Livro Vermelho da Flora Brasileira (MMA).
– Sua exploração é proibida por lei (Lei 9.605/98).

A Braúna Sangue de Burro é um símbolo de resistência da Mata Atlântica – prioridade absoluta em projetos de conservação!

Biribá

Biribá

O Biribá é uma frutífera nativa da Amazônia e Mata Atlântica, muito valorizada por seus frutos saborosos.

Nome Científico:
Annona mucosa (sinônimo: Rollinia mucosa)
Família: Annonaceae (mesma família da graviola, da ata e do araticum).

Estratificação Florestal (Porte):
Médio (atinge de 8 a 15 metros de altura).
– Copa: Arredondada, aberta e irregular.
– Tronco: Curto, com casca lisa e clara.
– Folhas: Simples, alternas e pubescentes (com pelos curtos).

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Inicial
– Características:
– Crescimento rápido (pode frutificar em 3–4 anos).
– Típica de bordas de matas e capoeiras.
– Prefere solos férteis e úmidos, mas bem drenados.

Funções Ecológicas:
1. Frutífera-chave para fauna: Seus frutos grandes (até 1,5 kg) são consumidos por mamíferos (morcegos, macacos), aves (tucanos, jacus) e répteis, que dispersam sementes.
2. Florada especializada: Flores polinizadas por besouros (cantharofilia).
3. Sombra e abrigo: Copa aberta protege o solo e a fauna.

Distribuição Geográfica:
– Ocorre na Amazônia e Mata Atlântica (PA, AM, BA, MG, SP, PR).
– Prefere climas quentes e úmidos, sem geadas.

Usos:
– Frutos comestíveis: Polpa branca, doce e ácida, consumida in natura ou em sucos, sorvetes e doces.
– Paisagismo: Copa ornamental e frutos vistosos.
– Recuperação de áreas degradadas: Crescimento rápido e atração de fauna.

Curiosidades:
– Seu nome popular “biribá” vem do tupi “ybirá-ibá”, que significa “fruto de casca áspera”.
– Os frutos maduros são extremamente perecíveis (duram apenas 2–3 dias após a colheita).
– É também chamada de “Fruta-da-Condessa” ou “Biribá-de-Pernambuco”.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Médio (8–15 m) |
| Sucessão | Secundária Inicial |
| Luz | Sol pleno a meia-sombra |
| Solo | Fértil, úmido e bem drenado (rico em matéria orgânica) |
| Atração de fauna | Muito Alta (mamíferos, aves e répteis) |

Dica de Plantio:
– Espaçamento: 5–6 m entre mudas (copa aberta).
– Irrigação regular na fase juvenil (não tolera secas prolongadas).
– Frutos em 3–4 anos (após plantio da muda).

Limitações:
– Sensível a geadas (indicada apenas para regiões tropicais e subtropicais).
– Frutos frágeis: Dificuldade de transporte e comercialização.

O Biribá é uma espécie multifuncional – perfeita para pomares domésticos, agroflorestas e recuperação de áreas!

Baru

Baru

O Baru é uma espécie icônica do Cerrado, com grande valor ecológico, alimentar e econômico.

Nome Científico:
Dipteryx alata
Família: Fabaceae (subfamília Faboideae – mesma família do pau-brasil e do jatobá).

Estratificação Florestal (Porte):
Alto (atinge de 15 a 25 metros de altura, com copa ampla e aberta).
– Copa: Irregular e estratificada, com galhos grossos.
– Tronco: Reto e cilíndrico, com casca fissurada e cinzenta.
– Raízes: Profundas e pivotantes (adaptadas a solos secos).

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Tardia a Climácica
– Características:
– Crescimento lento (leva 10–15 anos para frutificar).
– Típica de Cerrado maduro e estável (exigente em luz e solos profundos).
– Tolerante a secas prolongadas e queimadas (casca grossa e resistente).

Funções Ecológicas:
1. Frutos para fauna: Suas amêndoas (castanhas) são consumidas por mamíferos (queixadas, antas, macacos), aves (araras, papagaios) e roedores, que dispersam sementes.
2. Fixação de nitrogênio: Como leguminosa, enriquece solos pobres do Cerrado.
3. Abrigo e sombra: Copa ampla protege a fauna e regula o microclima.

Distribuição Geográfica:
– Endêmica do Cerrado (MG, GO, MS, MT, BA, TO).
– Ocorre em solos bem drenados, preferencialmente em veredas e encostas.

Usos:
– Alimentício: As amêndoas são nutritivas (proteínas, antioxidantes) e consumidas torradas ou em farinhas.
– Madeira: Densa e durável, usada em construção civil e móveis.
– Recuperação de Cerrado: Prioritária em projetos de restauração ecológica.

Curiosidades:
– Seu nome popular “baru” vem do tupi “mbaru”, que significa “casca grossa”.
– A árvore é decídua (perde folhas na seca) e floresce entre agosto e outubro.
– Os frutos são drupas aladas (que facilitam a dispersão pelo vento) com uma castanha comestível no interior.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Alto (15–25 m) |
| Sucessão | Secundária Tardia/Climácica |
| Luz | Sol pleno |
| Solo | Bem drenado, profundo e ácido (típico do Cerrado) |
| Atração de fauna | Muito Alta (espécie-chave para frugívoros e dispersores) |

Dica de Plantio:
– Plantio direto em áreas de Cerrado (não tolera encharcamento).
– Espaçamento: 8–10 m entre mudas (copa muito ampla na idade adulta).
– Crescimento lento: Requer paciência, mas é extremamente resiliente.

Importância Socioeconômica:
– A coleta de castanhas de baru gera renda para comunidades extrativistas.
– É considerada um superalimento pela alta concentração de nutrientes.

O Baru é um símbolo do Cerrado – une conservação, alimentação e sustentabilidade!

Bacupari

Bacupari

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O nome Bacupari é aplicado a várias espécies de diferentes gêneros, mas a mais comum e botanicamente referenciada é a Garcinia gardneriana (também chamada de Bacupari-do-Cerrado ou Bacupari-verdadeiro).

Nome Científico:
Garcinia gardneriana
(Sinônimos: Rheedia gardneriana, Garcinia brasiliensis)
Família: Clusiaceae (mesma família do mangostão).

Estratificação Florestal (Porte):
Médio (atinge de 6 a 12 metros de altura).
– Copa: Conical a arredondada, densa e perene.
– Tronco: Curto, com casca lisa e acinzentada, exsudando látex amarelo quando cortada.
– Folhas: Coriáceas, brilhantes e opostas.

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Tardia
– Características:
– Crescimento lento.
– Típica de matas maduras e estáveis (exigente em sombra e umidade).
– Sensível a geadas e solos encharcados.

Funções Ecológicas:
1. Frutífera-chave para fauna: Seus frutos amarelos são consumidos por aves (sabiás, tucanos), mamíferos (macacos, quatis) e répteis, dispersando sementes.
2. Florada melífera: Flores cremes atraem abelhas nativas.
3. Regulador microclimático: Copa densa mantém umidade no sub-bosque.

Distribuição Geográfica:
– Ocorre na Mata Atlântica, Cerrado e Amazônia, em estados como SP, MG, PR, SC, BA e PA.
– Prefere solos férteis, úmidos e bem drenados.

Usos:
– Frutos comestíveis: Polpa branca, doce e ácida, consumida in natura ou em sucos e geleias.
– Madeira: Pesada e durável, usada em marcenaria.
– Medicinal: Casca e folhas usadas contra inflamações e infecções na medicina tradicional.

Curiosidades:
– Seu nome popular bacupari vem do tupi ywá kupari, que significa fruto de casca amarga.
– O látex amarelo da casca é usado popularmente para cicatrização de feridas.
– É parente do mangostão-asiático (Garcinia mangostana), mas seus frutos são menores.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Médio (6–12 m) |
| Sucessão | Secundária Tardia |
| Luz | Meia-sombra a sol pleno (quando adulta) |
| Solo | Fértil, úmido e bem drenado (rico em matéria orgânica) |
| Atração de fauna | Muito Alta (espécie-chave para frugívoros) |

Dica de Plantio:
– Plantar sob a sombra de espécies pioneiras (como ingás ou embaúbas) nos primeiros anos.
– Espaçamento: 4–5 m entre mudas (copa densa na idade adulta).
– Crescimento lento: Frutificação inicia entre 6–10 anos.

Outras espécies chamadas Bacupari:
– Bacupari-do-Mato (Rheedia brasiliensis) – Mata Atlântica.
– Bacupari-Mirim (Garcinia magnifolia) – Amazônia.
– Bacupari-Anão (Salacia crassifolia) – Cerrado.

O Bacupari é uma joia das matas brasileiras – ideal para projetos de restauração ecológica e pomares nativos!

Araticum Miúdo

Araticum Miúdo

O nome Araticum Miúdo geralmente se refere a uma espécie de Annonaceae de pequeno porte, mas é importante notar que nomes populares variam regionalmente. A espécie mais comumente associada a esse nome é a Annona coriacea (também chamada de Araticum-de-vaqueiro ou Araticum-do-campo).

Nome Científico:
Annona coriacea
Família: Annonaceae (mesma família da graviola e do araticum-do-cerrado).

Estratificação Florestal (Porte):
Pequeno (atinge de 2 a 5 metros de altura, raramente até 6 m).
– Copa: Irregular e aberta, com ramos retorcidos.
– Tronco: Curto e tortuoso, com casca áspera e fissurada.
– Folhas: Coriáceas, rígidas e brilhantes.

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Inicial
– Características:
– Crescimento lento.
– Tolerante a solos pobres, ácidos e secos (típica do Cerrado e Caatinga).
– Adaptada a regimes de fogo (rebrotamento após queimadas).

Funções Ecológicas:
1. Frutífera estratégica para fauna: Seus frutos pequenos (5–8 cm) são consumidos por mamíferos (gambás, veados), aves (seriemas, periquitos) e répteis (lagartos), dispersando sementes.
2. Florada especializada: Flores polinizadas por besouros (cantharofilia).
3. Resistência à seca: Raízes profundas para acesso à água no subsolo.

Distribuição Geográfica:
– Ocorre no Cerrado, Caatinga e Campos Rupestres (MG, BA, GO, MT, PI).
– Típica de solos arenosos, pedregosos e pobres em nutrientes.

Usos:
– Frutos comestíveis: Polpa branca, doce e aromática, consumida in natura.
– Medicinal: Cascas e folhas usadas na tradição popular para tratar inflamações e infecções.
– Forrageira: Folhas e frutos são consumidos por animais silvestres e gado.

Curiosidades:
– Seu nome popular miúdo refere-se ao tamanho reduzido dos frutos (menores que os de outros araticuns).
– É também chamada de Araticum-de-boi ou Araticum-de-vaqueiro no sertão.
– Os frutos têm sementes grandes em relação ao tamanho da polpa.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Pequeno (2–5 m) |
| Sucessão | Secundária Inicial |
| Luz | Sol pleno |
| Solo | Arenoso, ácido e bem drenado (tolerante à seca extrema) |
| Atração de fauna | Alta (mamíferos, aves e répteis) |

Dica de Plantio:
– Ideal para áreas secas e degradadas (Cerrado e Caatinga).
– Espaçamento: 4–5 m entre mudas.
– Crescimento lento: Frutificação inicia entre 4–6 anos.

Diferenciação de outras espécies:
Annona crassiflora (Araticum-do-Cerrado): Frutos maiores (até 2 kg) e porte mais alto (até 8 m).
Annona coriacea (Araticum Miúdo): Frutos pequenos (100–200 g) e porte arbustivo.

O Araticum Miúdo é uma espécie resiliente do sertão, crucial para a fauna e a recuperação de áreas secas!

Araticum Cagão

Araticum Cagão

O nome Araticum Cagão é um dos muitos nomes populares para uma espécie de Annonaceae nativa do Brasil, mas é importante destacar que nomes populares variam muito regionalmente. A espécie mais comumente associada a esse nome é o Araticum-do-Cerrado (Annona crassiflora).

Nome Científico:
Annona crassiflora
Família: Annonaceae (mesma família da graviola e da ata).

Estratificação Florestal (Porte):
Pequeno a Médio (atinge de 4 a 8 metros de altura).
– Copa: Irregular e aberta, com ramos retorcidos.
– Tronco: Curto e muitas vezes tortuoso, com casca áspera e fissurada.
– Folhas: Coriáceas, rígidas e pubescentes.

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Inicial
– Características:
– Crescimento lento.
– Tolerante a solos pobres, ácidos e bem drenados (típica do Cerrado).
– Adaptada a regimes de fogo (casca grossa e capacidade de rebrotar).

Funções Ecológicas:
1. Frutífera-chave para fauna: Seus frutos grandes (até 2 kg) são consumidos por mamíferos (quatis, gambás, veados), aves (seriemas, emas) e répteis, que dispersam sementes.
2. Florada especializada: Flores polinizadas por besouros (cantharofilia).
3. Resistência ao fogo: Sobrevive a queimadas devido à casca grossa e raízes profundas.

Distribuição Geográfica:
– Ocorre predominantemente no Cerrado (MG, GO, MT, MS, BA) e no Pantanal.
– Típica de solos arenosos e pobres em nutrientes.

Usos:
– Frutos comestíveis: Polpa branca, doce e aromática, consumida in natura ou em sucos, sorvetes e geleias.
– Madeira: Pesada e durável, usada para postes e lenha.
– Medicinal: Cascas e folhas usadas na tradição popular para tratar diarréias e inflamações.

Curiosidades:
– Seu nome popular cagão vem do efeito laxativo do consumo excessivo dos frutos.
– É também chamada de Marolo (em MG) ou Araticum-do-Cerrado.
– Os frutos são extremamente aromáticos e saborosos, muito valorizados na culinária regional.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Pequeno a Médio (4–8 m) |
| Sucessão | Secundária Inicial |
| Luz | Sol pleno |
| Solo | Arenoso, ácido e bem drenado (tolerante à seca) |
| Atração de fauna | Muito Alta (mamíferos, aves e répteis) |

Dica de Plantio:
– Plantio direto em solos de Cerrado (não tolera encharcamento).
– Espaçamento: 5–6 m entre mudas (copa aberta).
– Crescimento lento: Frutificação inicia entre 5–8 anos.

Por que o nome Araticum Cagão?
O nome popular é uma referência humorística ao efeito laxativo do consumo excessivo dos frutos, devido à alta concentração de fibras e compostos bioativos. É importante consumir com moderação!

O Araticum Cagão é uma espécie símbolo do Cerrado – resistente, saborosa e ecologicamente crucial!

Araçá Amarelo

Araçá Amarelo

O nome Araçá Amarelo geralmente se refere ao Psidium cattleianum var. lucidum (ou às vezes a outras variedades de araçá com frutos amarelos). Seguem as informações técnicas:

Nome Científico:
Psidium cattleianum var. lucidum
(Sinônimos: Psidium littorale var. lucidum, Araçá-amarelo)
Família: Myrtaceae (mesma família da goiaba, jabuticaba e eucalipto).

Estratificação Florestal (Porte):
Pequeno a Médio (atinge de 3 a 8 metros de altura).
– Copa: Arredondada, densa e ramificada desde a base.
– Tronco: Curto, com casca lisa e descamante em placas finas.
– Folhas: Coriáceas, brilhantes e perenes.

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Inicial
– Características:
– Crescimento rápido.
– Tolerante a solos pobres e bem drenados.
– Pioneira em bordas de matas, capoeiras e áreas abertas.

Funções Ecológicas:
1. Frutífera-chave para fauna: Seus frutos amarelos são avidamente consumidos por aves (sabiás, sanhaços, tucanos), morcegos e mamíferos (quatis, gambás), dispersando sementes.
2. Flores melíferas: Atraem abelhas nativas e outros polinizadores.
3. Regeneração de áreas degradadas: Coloniza rapidamente clareiras.

Distribuição Geográfica:
– Ocorre na Mata Atlântica e Cerrado, em estados como SP, RJ, PR, SC e RS.
– Adapta-se a climas subtropicais e tropicais.

Usos:
– Frutos comestíveis: Sabor doce-ácido, consumidos in natura ou em sucos, geleias e sorvetes.
– Paisagismo: ornamental por sua florada branca e frutos amarelos vistosos.
– Recuperação de áreas degradadas: Ideal para iniciativas de reflorestamento.

Curiosidades:
– É uma variedade de araçá-vermelho (Psidium cattleianum), diferenciando-se pela cor dos frutos (amarelos
em vez de vermelhos).
– Seu nome popular araçá vem do tupi ara’sá, que significa fruto que tem olhos (referência à sépala persistente no ápice do fruto).
– Os frutos são ricos em vitamina C e antioxidantes.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Pequeno a Médio (3–8 m) |
| Sucessão | Secundária Inicial |
| Luz | Sol pleno a meia-sombra |
| Solo | Bem drenado (tolerante a solos pobres e ácidos) |
| Atração de fauna | Muito Alta (espécie-chave para frugívoros) |

Dica de Plantio:
– Espaçamento: 3–4 m entre mudas (forma moitas densas).
– Frutos em 2–3 anos (após plantio da muda).
– Pode ser podada para manter formato arbustivo.

O Araçá Amarelo é uma espécie versátil – perfeita para pomares domésticos, reflorestamento e atração de fauna!

Angelim morcego

Angelim morcego

O nome popular Angelim-morcego é de fato atribuído a mais de uma espécie em diferentes regiões do Brasil, e Andira anthelmintha (sinônimo: Andira fraxinifolia) é uma delas — uma árvore de importância medicinal e ecológica, mas bem diferente da Parkia pendula.

Nome Científico:
Andira anthelmintha (sinônimo: Andira fraxinifolia)
Família: Fabaceae (subfamília Faboideae).

Estratificação Florestal (Porte):
Médio (atinge de 8 a 15 metros de altura).
– Copa: Arredondada e densa.
– Tronco: Curto, com casca fissurada e cinzenta.
– Folhas: Compostas, com folíolos verde-escuros.

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Inicial a Secundária Tardia
– Características:
– Crescimento moderado.
– Tolerante a solos pobres e bem drenados.
– Ocorre em Cerrado, Caatinga e bordas de Mata Atlântica.

Funções Ecológicas:
1. Fixação de nitrogênio: Como leguminosa, melhora a fertilidade do solo.
2. Frutos para fauna: Suas drupas são consumidas por morcegos e aves, que dispersam sementes.
3. Florada melífera: Atrai abelhas e outros polinizadores.

Distribuição Geográfica:
– Ocorre no Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica, em estados como BA, MG, GO, MT e SP.

Usos Tradicionais:
– Medicinal: Suas sementes são famosas pelo uso popular como vermífugo (contra verminoses).
– Madeira: Usada em mourões e construção rural.
– Recuperação de áreas degradadas: Adaptada a solos pobres.

Curiosidades:
– Seu nome popular Angelim-morcego vem da atração de morcegos frugívoros por seus frutos.
– É também chamada de Angelim-de-caroco ou Mata-barato.
– As sementes contêm alcaloides com propriedades antiparasitárias.

Por que a confusão com Parkia pendula?
– Parkia pendula é uma árvore gigante da Amazônia (até 40 m), polinizada por morcegos nectarívoros.
– Andira anthelmintha é uma árvore de porte médio (até 15 m) do Cerrado/Caatinga, cujos frutos são consumidos por morcegos frugívoros.

Conclusão: O nome Angelim-morcego pode referir-se a:
1. Parkia pendula (Amazônia, porte gigante, polinização por morcegos).
2. Andira anthelmintha (Cerrado/Mata Atlântica, porte médio, frutos consumidos por morcegos).

Anduaçu

Anduaçu

O nome Anduaçu ou Andá-açu é popularmente utilizado para se referir à Joannesia princeps, e não à Parkia pendula. Nomes populares podem variar muito regionalmente e é fácil haver confusão.

Nome Científico:
Joannesia princeps
Família: Euphorbiaceae (mesma família da seringueira e da mandioca).

Estratificação Florestal (Porte):
Alto (atinge de 20 a 30 metros de altura).
– Copa: Amplamente arredondada, densa e imponente.
– Tronco: Reto, cilíndrico, com casca cinzenta e fissurada.
– Folhas: Grandes, simples e brilhantes, com até 60 cm de comprimento.

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Tardia a Climácica
– Características:
– Crescimento moderadamente lento.
– Típica de matas maduras da Mata Atlântica e da Amazônia.
– Exigente em solos férteis e bem drenados.

Funções Ecológicas:
1. Frutos para fauna: Seus frutos grandes e lenhosos (cápsulas) são consumidos por mamíferos de grande porte (como antas e queixadas), que dispersam as sementes.
2. Madeira de lei: Pesada e resistente, usada em construção civil e marcenaria.
3. Sombra: Copa ampla fornece abrigo para a fauna.

Distribuição Geográfica:
– Ocorre na Mata Atlântica (BA, ES, RJ, MG) e Amazônia (PA, AM).
– Prefere solos profundos e férteis de encostas e vales.

Usos:
– Madeira: De alta qualidade, para móveis, vigas e assoalhos.
– Óleo das sementes: Já foi usado tradicionalmente para iluminação e como medicinal (uso cauteloso, pois é irritante).
– Paisagismo: Majestosa, mas exige espaço.

Curiosidades:
– Seu nome popular anduaçu vem do tupi andá-açu, que significa árvore grande ou fruto grande.
– Os frutos são cápsulas lenhosas e pesadas (até 1 kg cada), que se abrem espontaneamente quando maduros.
– É uma espécie ameaçada de extinção devido ao desmatamento e exploração madeireira.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Alto (20–30 m) |
| Sucessão | Secundária Tardia/Climácica |
| Luz | Sol pleno (exige muita luz quando adulta) |
| Solo | Fértil, profundo e bem drenado |
| Atração de fauna | Alta (mamíferos de grande porte) |

Desafios no Plantio:
– Crescimento lento (leva anos para estabelecer).
– Frutos pesados: Não recomendada para arborização urbana (risco de acidentes).
– Dificuldade de obtenção de sementes (espécie ameaçada).

Por que a confusão com Parkia pendula?
– Ambos os nomes populares (anduaçu) são usados para espécies diferentes em regiões distintas:
– Na Amazônia, anduaçu refere-se mais comumente a Parkia pendula.
– Na Mata Atlântica, anduaçu refere-se a Joannesia princeps.