Alecrim de Campina

Alecrim de Campina

O nome popular Alecrim de Campina ou Alecrim do Campo é comumente atribuído a Holocalyx balansae em várias regiões do Brasil, especialmente no Centro-Oeste e Sudeste. Esta espécie é botanicamente mais relevante que Baccharis dracunculifolia quando se fala em árvores de porte médio a alto.

Nome Científico:
Holocalyx balansae
Família: Fabaceae (subfamília Faboideae – mesma família do ipê e do jatobá).

Estratificação Florestal (Porte):
Médio a Alto (atinge de 15 a 25 metros de altura).
– Copa: Aberta, arredondada e decídua (perde folhas na seca).
– Tronco: Reto, cilíndrico, com casca cinzenta e fissurada.
– Folhas: Compostas, com folíolos pequenos e aromáticos (odor que lembra alecrim).

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Inicial a Secundária Tardia
– Características:
– Crescimento moderadamente rápido.
– Tolerante a solos pobres e secos (típica do Cerrado e Matas Secas).
– Heliófila (exige sol pleno para se desenvolver).

Funções Ecológicas:
1. Fixação de nitrogênio: Possui nódulos radiculares que enriquecem o solo (típico de Fabaceae).
2. Madeira de lei: Muito densa e durável, usada em mourões, dormentes e construção civil.
3. Alimento para fauna: Frutos (vagens) são consumidos por mamíferos e aves.

Distribuição Geográfica:
– Ocorre no Cerrado, Mata Atlântica Seca e Chaco, em estados como MS, MT, GO, MG, SP e PR.
– Adaptada a climas tropicais com estação seca bem definida.

Usos:
– Madeira: Uma das mais duras do Brasil (densidade ≈ 1,1 g/cm³), resistente ao cupim e à umidade.
– Recuperação de áreas degradadas: Indicada para solos pobres e erosivos.
– Lenha e carvão: Alto poder calorífico.

Curiosidades:
– Seu nome popular vem do aroma das folhas quando esmagadas (lembra alecrim).
– É conhecida como Alecrim do Cerrado” ou Alecrim Preto” (devido à cor da madeira).
– A madeira é tão densa que não flutua na água.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Médio a Alto (15–25 m) |
| Sucessão | Secundária Inicial/Tardia |
| Luz | Sol pleno |
| Solo | Tolerante a solos pobres, ácidos e secos |
| Atração de fauna | Moderada (aves e mamíferos que consomem sementes) |

Cuidados no Plantio:
– Espaçamento amplo (5–6 m entre mudas) devido ao porte adulto.
– Crescimento lento inicial, mas acelera após estabelecimento.
– Não tolera encharcamento (solo deve ser bem drenado).

Por que a confusão com Baccharis dracunculifolia?
Baccharis dracunculifolia é um arbusto de porte pequeno, também chamado de “alecrim do campo” em algumas regiões, mas é mais associado à produção de própolis.
Holocalyx balansae é uma árvore de grande porte, cujo nome popular é mais utilizado no contexto madeireiro e de reflorestamento.

Conclusão: Para projetos de reflorestamento, Holocalyx balansae é a espécie mais indicada quando se busca uma árvore de porte alto com madeira nobre e tolerância a solos pobres.

Abiu Verde

Abiu-Verde

Abiu Verde é comumente atribuído à espécie Pouteria caimito var. verde (uma variação de cor do fruto do abiu-comum), mas também pode referir-se a outras espécies do gênero Pouteria. A mais aceita é:

Nome Científico:
Pouteria caimito (var. verde ou seleção natural de frutos verdes)
Família: Sapotaceae (mesma família do abiu-amarelo, quixabeira e mangaba).

Estratificação Florestal (Porte):
Médio a Alto (atinge de 10 a 20 metros de altura).
– Copa: Densa, arredondada e perene (folhas coriáceas com face inferior dourada).
– Tronco: Reto, com casca fissurada e látex branco leitoso (típico das Sapotaceae).

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Tardia
– Características:
– Crescimento moderado a lento.
– Típica de matas maduras e estáveis (exigente em solos férteis e umidade).
– Sensível a geadas e solos encharcados.

Funções Ecológicas:
1. Frutífera estratégica para fauna: Seus frutos verdes (mesmo maduros) são consumidos por aves (tucanos, sabiás), mamíferos (morcegos, macacos) e répteis, dispersando sementes.
2. Madeira de lei: Usada em marcenaria e construção.
3. Regulador microclimático: Copa densa mantém umidade no sub-bosque.

Distribuição Geográfica:
– Originária da Amazônia, mas cultivada em várias regiões do Brasil (inclusive na Mata Atlântica).
– Prefere climas tropicais úmidos e solos férteis e bem drenados.

Usos:
– Frutos comestíveis: Polpa doce, gelatinosa e de cor branco-leitosa, consumida in natura.
– Recuperação de matas maduras: Indicada para enriquecimento de fragmentos florestais.
– Paisagismo: Copa ornamental e frutos vistosos.

Curiosidades:
– A variedade “verde” difere do abiu-comum (amarelo) apenas na cor da casca do fruto (que permanece verde mesmo quando maduro).
– O látex da casca é usado popularmente para tratar feridas e infecções cutâneas.
– Seu nome genérico (Pouteria) vem do francês “poutière” (referência à madeira dura).

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Médio a Alto (10–20 m) |
| Sucessão | Secundária Tardia |
| Luz | Sol pleno (quando adulta), mas exige sombra inicial |
| Solo | Fértil, profundo e bem drenado (rico em matéria orgânica) |
| Atração de fauna | Alta (aves e mamíferos frugívoros) |

Dica de Plantio:
– Plantar sob sombra de espécies pioneiras (como ingás ou embaúbas) nos primeiros 2–3 anos.
– Espaçamento: 5–6 m entre mudas (copa ampla).
– Irrigação regular na fase juvenil (não tolera secas prolongadas).

O Abiu Verde é uma excelente opção para pomares diversificados e reflorestamento comestível!

Abiu do Mato

Abiu do Mato

Abiu do Mato pode se referir a mais de uma espécie, mas a mais comum e reconhecida é a Chrysophyllum gonocarpum (também chamada de Abiu-piloso ou Guatambu-amarelo). Seguem as informações técnicas:

Nome Científico:
Chrysophyllum gonocarpum
(Sinônimos: Chrysophyllum monopyrenum, Chrysophyllum australe)
Família: Sapotaceae (mesma família do abiu-comum e do quixabeira).

Estratificação Florestal (Porte):
Médio a Alto (atinge de 12 a 20 metros de altura).
– Copa: Arredondada, densa e perene (folhas simples com face inferior dourada ou pilosa).
– Tronco: Reto, com casca fissurada e látex branco leitoso (típico da família Sapotaceae).

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Tardia a Climácica
– Características:
– Crescimento lento.
– Típica de interior de matas maduras (exigente em sombra e umidade).
– Sensível a geadas e solos compactados.

Funções Ecológicas:
1. Frutífera-chave para fauna: Seus frutos amarelos e comestíveis são consumidos por aves (tucanos, sabiás), mamíferos (macacos, quatis) e répteis (lagartos), dispersando sementes.
2. Madeira de lei: Densidade média, usada em marcenaria e construção civil.
3. Regulador microclimático: Copa densa mantém umidade no sub-bosque.

Distribuição Geográfica:
– Ocorre na Mata Atlântica e Cerrado, em estados como SP, PR, SC, RS, MG e MS.
– Prefere solos férteis, úmidos e bem drenados (evita encharcamento).

Usos:
– Frutos comestíveis: Polpa doce e gelatinosa (consumida in natura ou em geleias).
– Recuperação de matas maduras: Prioritária em projetos de enriquecimento florestal.
– Madeira: Para móveis e instrumentos musicais.

Curiosidades:
– Seu nome popular “abiu” vem do tupi “a’wi-u”, que significa “fruto com cabelo” (referência à película que recobre o fruto).
– É confundida com o abiu-comum (Pouteria caimito), mas difere no habitat (mato nativo vs. cultivo).
– O látex da casca é usado na medicina tradicional para tratar feridas.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Médio a Alto (12–20 m) |
| Sucessão | Secundária Tardia/Climácica |
| Luz | Meia-sombra a sol pleno (quando adulta) |
| Solo | Fértil, úmido e bem drenado (rico em matéria orgânica) |
| Atração de fauna | Muito Alta (espécie-chave para frugívoros) |

Dica de Plantio:
– Plantar sob a sombra de espécies pioneiras (como ingás ou embaúbas) nos primeiros anos.
– Espaçamento: 5–6 m entre mudas (copa ampla na idade adulta).
– Lento estabelecimento: Exige paciência, mas é muito resiliente quando adulta.

O Abiu do Mato é uma joia das matas maduras – ideal para projetos de restauração ecológica de longo prazo!

Tarumã

Tarumã

O Tarumã é uma árvore nativa com grande valor ecológico, especialmente em áreas úmidas. Seguem as informações técnicas:

Nome Científico:
Vitex montevidensis
(Sinônimos: Vitex megapotamica, Vitex taruma)
Família: Lamiaceae (antes Verbenaceae).

Estratificação Florestal (Porte):
Médio a Alto (atinge de 10 a 20 metros de altura).
– Copa: Arredondada, densa e ampla.
– Tronco: Reto, com casca fissurada e cinzenta.
– Folhas: Palmadas (em forma de mão), com 5 folíolos, aromáticas quando esmagadas.

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Tardia
– Características:
– Crescimento moderado.
– Tolerante a solos úmidos e encharcados (common em beiras de rios, várzeas e brejos).
– Prefere luz plena, mas aceita meia-sombra.

Funções Ecológicas:
1. Estabilização de margens: Raízes profundas evitam erosão em barrancos de rios.
2. Frutos para fauna: Seus drupes arroxeados são consumidos por aves (sabiás, jacus), peixes (durante cheias) e mamíferos, promovendo dispersão hidrocórica.
3. Florada melífera: Flores azul-arroxeadas atraem abelhas e polinizadores.

Distribuição Geográfica:
– Ocorre na Mata Atlântica, Cerrado e Pampa, em estados como SP, PR, RS, SC e MG.
– Comum em matas ciliares, várzeas e encostas úmidas.

Usos:
– Madeira: Dura e resistente à umidade, usada em obras externas (postes, mourões).
– Recuperação de áreas alagadas: Ideal para APPs (Áreas de Preservação Permanente) úmidas.
– Paisagismo: Florada vistosa e copa densa.

Curiosidades:
– Seu nome “Tarumã” vem do tupi “tara’uma”, que significa “fruto de vinho” (referência aos frutos fermentados usados por indígenas).
– É confundido com o Tarumã-branco (Vitex megapotamica) e Tarumã-preto (Vitex mollis), variando na cor dos frutos e tamanho das folhas.
– As folhas são usadas na medicina popular para compressas anti-inflamatórias.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Médio a Alto (10–20 m) |
| Sucessão | Secundária Tardia |
| Luz | Sol pleno a meia-sombra |
| Solo | Úmido a encharcado (solos aluviais, argilosos) |
| Atração de fauna | Muito Alta (aves, peixes e mamíferos) |

Dica de Plantio:
– Plantar em margens de rios, lagos ou áreas alagadiças (dentro da APP).
– Espaçamento: 5–6 m entre mudas (copa ampla).
– Tolerante a inundações prolongadas.

O Tarumã é um guardião das águas – essencial para proteção de rios e biodiversidade!

Tarumã Branco

Tarumã Branco

Tarumã Branco (Vitex megapotamica), uma árvore nativa com grande valor ecológico e adaptação a solos úmidos:

Nome Científico:
Vitex megapotamica
(Sinônimos: Vitex montevidensis, Vitex taruma)
Família: Lamiaceae (antes classificada em Verbenaceae).

Estratificação Florestal (Porte):
Médio a Alto (atinge de 12 a 20 metros de altura).
– Copa: Arredondada, densa e ampla.
– Tronco: Reto, com casca fissurada e cinzenta.
– Folhas: Palmadas (em formato de mão), com 5 folíolos, aromáticas quando esmagadas.

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Tardia
– Características:
– Crescimento moderado (não é tão lento quanto espécies climácicas).
– Tolerante a solos úmidos e encharcados (common em beiras de rios e várzeas).
– Prefere luz plena, mas aceita meia-sombra.

Funções Ecológicas:
1. Estabilização de margens: Raízes profundas evitam erosão em barrancos de rios.
2. Frutos para fauna: Seus drupes arroxeados são avidamente consumidos por aves (sabiás, jacus) e peixes (durante cheias), promovendo dispersão hidrocórica.
3. Florada melífera: Flores azul-arroxeadas atraem abelhas e outros polinizadores.

Distribuição Geográfica:
– Ocorre na Mata Atlântica, Cerrado e Pampa, em estados como SP, PR, RS, SC e MG.
– Comum em matas ciliares, várzeas e encostas úmidas.

Usos:
– Madeira: Dura e resistente à umidade, usada em obras externas (postes, mourões).
– Recuperação de áreas alagadas: Ideal para APPs (Áreas de Preservação Permanente) úmidas.
– Paisagismo: Florada vistosa e copa densa.

Curiosidades:
– Seu nome popular “Tarumã” vem do tupi “tara’uma”, que significa “fruto de vinho” (referência aos frutos fermentados usados por indígenas).
– É confundido com o Tarumã-preto (Vitex mollis), que tem frutos menores e mais escuros.
– As folhas são usadas na medicina popular para compressas anti-inflamatórias.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Médio a Alto (12–20 m) |
| Sucessão | Secundária Tardia |
| Luz | Sol pleno a meia-sombra |
| Solo | Úmido a encharcado (solos aluviais, argilosos) |
| Atração de fauna | Muito Alta (aves, peixes e mamíferos) |

Dica de Plantio:
– Plantar em margens de rios, lagos ou áreas alagadiças (dentro da APP).
– Espaçamento: 5–6 m entre mudas (copa ampla).
– Tolerante a inundações prolongadas.

O Tarumã Branco é um guardião das águas – essencial para proteção de rios e biodiversidade!

Saboneteira

Saboneteira

Saboneteira ou Saboeiro é uma árvore nativa com grande valor ecológico e utilitário. Seguem as informações técnicas:

Nome Científico:
Sapindus saponaria
Família: Sapindaceae (mesma família do guaraná e do pitombo).

Estratificação Florestal (Porte):
Médio a Alto (atinge de 10 a 20 metros de altura).
– Copa: Arredondada, ampla e densa.
– Tronco: Reto, com casca cinzenta e fissurada.

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Tardia a Climácica
– Características:
– Crescimento moderado a lento.
– Típica de matas maduras e estáveis (exigente em luz e solos profundos).
– Tolerante a secas moderadas.

Funções Ecológicas:
1. Frutos para fauna: Suas drupas são consumidas por aves (sabiás, jacus) e mamíferos, que dispersam sementes.
2. Madeira resistente: Usada em construção civil e móveis.
3. Espécie-chave: Mantém a estrutura do dossel florestal.

Distribuição Geográfica:
– Ocorre no Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica e Amazônia, em estados como BA, MG, SP, GO e MT.
– Adapta-se a climas tropicais e subtropicais.

Usos Tradicionais:
– Frutos como sabão: Polpa dos frutos contém saponina (espuma natural), usada para lavar roupas e como inseticida.
– Medicinal: Casca e frutos usados contra eczema e reumatismo (uso popular).
– Recuperação de áreas degradadas: Raiz profunda melhora a infiltração de água.

Curiosidades:
– Seu nome popular vem da espuma natural produzida pelos frutos ao serem esfregados na água.
– É conhecida como “árvore-do-sabão” ou “sabão-de-soldado”.
– Os frutos são tóxicos para humanos se ingeridos in natura (causam irritação gastrointestinal).

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Médio a Alto (10–20 m) |
| Sucessão | Secundária Tardia/Climácica |
| Luz | Sol pleno |
| Solo | Bem drenado, profundo e fértil (tolerante a solos pobres) |
| Atração de fauna | Alta (aves e mamíferos frugívoros) |

Dica de Plantio:
– Espaçamento: 5–6 m entre mudas (copa ampla).
– Lenta estabelecimento: Requer paciência, mas é muito resiliente quando adulta.
– Evitar plantar perto de animais domésticos (frutos tóxicos para gado e cavalos).

A Saboneteira é uma espécie multifuncional – une utilidade, ecologia e beleza!

Pitomba da Bahia

Pitomba da Bahia

Pitomba da Bahia (Talisia esculenta), uma frutífera nativa saborosa e rústica:

Nome Científico:
Talisia esculenta
(Sinônimos: Talisia crassifolia, Talisia oliviformis)
Família: Sapindaceae (mesma família do guaraná e da pitomba-comum).

Estratificação Florestal (Porte):
Médio (atinge de 6 a 12 metros de altura).
– Copa: Arredondada, densa e perene (folhas compostas e brilhantes).
– Tronco: Curto, com casca fissurada e cinzenta.

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Inicial
– Características:
– Crescimento moderadamente rápido.
– Tolerante a solos pobres e secos (típica de tabuleiros costeiros e restingas).
– Pioneira em bordas de matas e áreas abertas.

Funções Ecológicas:
1. Frutífera estratégica para fauna: Seus frutos são consumidos por aves (sabiás, periquitos), morcegos e mamíferos (quatis, gambás), dispersando sementes.
2. Flores melíferas: Atraem abelhas nativas e vespas.
3. Sombra e proteção do solo: Copa densa reduz a erosão.

Distribuição Geográfica:
– Ocorre no Nordeste (BA, PE, AL) e Sudeste (MG, ES, RJ), principalmente na Mata Atlântica e restingas.
– Adapta-se a climas tropicais e solos arenosos ou argilosos.

Usos:
– Frutífera ornamental: Frutos redondos com polpa branca, doce e ácida (consumidos in natura).
– Recuperação de áreas degradadas: Tolerante a solos pobres e secos.
– Paisagismo: Copa densa e flores discretas.

Curiosidades:
– Seu nome popular “pitomba” vem do tupi “pi’tomba”, que significa “sopro” ou “estalo” (referência à casca do fruto que se abre facilmente).
– É confundida com a pitomba-comum (Eugenia luschnathiana), mas são de famílias diferentes.
– Os frutos são ricos em vitamina C e antioxidantes.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Médio (6–12 m) |
| Sucessão | Secundária Inicial |
| Luz | Sol pleno a meia-sombra |
| Solo | Tolerante a solos pobres, arenosos ou argilosos (bem drenados) |
| Atração de fauna | Alta (aves e mamíferos frugívoros) |

Dica de Plantio:
– Espaçamento: 4–5 m entre mudas (copa pode ser larga).
– Resistente à seca após estabelecida (ideal para regiões semiáridas).
– Frutos em 3–5 anos (após plantio da muda).

A Pitomba da Bahia é uma joia do Nordeste – perfeita para pomares domésticos e reflorestamento!

Palmito Jussara

Palmito Jussara

Palmito Jussara (Euterpe edulis), uma espécie emblemática e ameaçada da Mata Atlântica:

Nome Científico:
Euterpe edulis
Família: Arecaceae (família das palmeiras).

Estratificação Florestal (Porte):
Médio (atinge de 8 a 15 metros de altura).
– Estipe: Tronco único, fino e liso (diâmetro de 10–15 cm), sem espinhos.
– Copa: Com folhas pinadas (penas) longas e arqueadas, formando um dossel superior em florestas.

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Tardia a Climácica
– Características:
– Crescimento lento (leva 8–12 anos para produzir palmito).
– Típica de interior de matas preservadas (exigente em sombra, umidade e solos férteis).
– Não rebrota após o corte (palmeira de estipe único).

Funções Ecológicas:
1. Alimento para fauna: Seus coquinhos são avidamente consumidos por aves (tucanos, jacus), mamíferos (quatis, macacos) e roedores, sendo keystone species para dispersão de sementes.
2. Estrutura de dossel: Suas folhas formam um “teto” na floresta, regulando a luz no sub-bosque.
3. Indicadora de mata madura: Sua presença sugere ambiente conservado.

Distribuição Geográfica:
– Endêmica da Mata Atlântica, ocorrendo de BA ao RS, principalmente em SP, PR e SC.
– Prefere solos férteis e úmidos, mas bem drenados (encostas e vales).

Ameaças e Status:
– Criticamente ameaçada devido à extração predatória do palmito.
– Listada no Livro Vermelho da Flora Brasileira (MMA).
– Corte ilegal é crime ambiental (Lei 9.605/98).

Usos Sustentáveis:
– Colheita de frutos: Produz polpa saborosa (similar ao açaí) para sucos e alimentos.
– Restauração florestal: Prioritária em projetos de recuperação de matas maduras.
– Ecoturismo: Atração em trilhas ecológicas.

Curiosidades:
– Seu nome “jussara” vem do tupi “yû’sara”, que significa “espinho na ponta” (referência à base foliar).
– Um único cacho pode produzir até 3.000 frutos.
– É monocárpica: morre após frutificar (ciclo de 8–15 anos).

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Médio (8–15 m) |
| Sucessão | Secundária Tardia/Climácica |
| Luz | Sombra a meia-sombra (exige proteção inicial) |
| Solo | Fértil, úmido e bem drenado (rico em matéria orgânica) |
| Atração de fauna | Altíssima (espécie-chave para frugívoros) |

Como Plantar:
1. Plantio sob sombra de espécies pioneiras (embaúbas, ingás).
2. Espaçamento: 4–5 m entre mudas (copa estreita).
3. Adubação orgânica (composto ou húmus) para acelerar crescimento.

A Jussara é um símbolo de resistência da Mata Atlântica – prioridade em conservação!

Paineira Rosa

Paineira Rosa

Paineira Rosa é uma árvore icônica no Brasil, conhecida por sua florada espetacular. Seguem as informações técnicas

Nome Científico:
Ceiba speciosa
(Sinônimos: Chorisia speciosa, Ceiba speciosa var. speciosa)
Família: Malvaceae (antes Bombacaceae).

Estratificação Florestal (Porte):
Alto (atinge 15 a 25 metros de altura, com copa ampla e irregular).
– Tronco: Verde-claro quando jovem, coberto por acúleos (espinhos) cônicos, que suavizam com a idade.
– Copa: Aberta e estratificada, com ramos horizontais.

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Inicial
– Características:
– Crescimento rápido (até 2–3 m/ano em condições ideais).
– Tolerante a solos pobres e secos, mas prefere solos bem drenados.
– Pioneira em clareiras e bordas de matas.

Funções Ecológicas:
1. Polinização: Flores nectaríferas atraem beija-flores, abelhas e morcegos.
2. Dispersão de sementes: Frutos liberam fibras algodoadas que carregam sementes pelo vento e são usadas por aves para ninhos.
3. Estabilização do solo: Raiz pivotante profunda melhora a infiltração de água.

Distribuição Geográfica:
– Nativa do Cerrado e Mata Atlântica, ocorrendo em SP, MG, PR, SC, RS.
– Amplamente cultivada como ornamental em cidades brasileiras.

Usos:
– Paisagismo: Florada rosa (ou branca) espetacular entre março e maio.
– Recuperação de áreas degradadas: Cresce rápido e tolera solos pobres.
– Fibra: O “algodão” dos frutos era usado para enchimento de almofadas.

Curiosidades:
– Seus espinhos são uma defesa contra herbívoros.
– A fibra dos frutos é hidrofóbica (repelente à água).
– Conhecida como “Árvore-de-lã” ou “Paineira-rosa”.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|-|
| Porte | Alto (15–25 m) |
| Sucessão | Secundária Inicial |
| Luz | Sol pleno |
| Solo | Bem drenado (evitar encharcamento) |
| Atração de fauna | Alta (beija-flores, abelhas, aves que usam fibras) |

Cuidados:
– Espaçamento: Mínimo 6 m de construções (copa larga).
– Evitar plantar sob fiação (porte alto).
– Mudas jovens são sensíveis a geadas.

A Paineira Rosa é um espetáculo da natureza – une beleza, ecologia e resistência!

Paineira com Espinho

Paineira com Espinho

Paineira com Espinho (Ceiba speciosa), uma árvore ornamental e ecologicamente valiosa:

Nome Científico:
Ceiba speciosa
(Sinônimos: Chorisia speciosa, Ceiba speciosa var. speciosa)
Família: Malvaceae (antes classificada em Bombacaceae).

Estratificação Florestal (Porte):
Alto (atinge de 15 a 25 metros de altura, podendo chegar a 30 m em condições ideais).
– Copa: Aberta, irregular e estratificada, com galhos horizontais.
– Tronco: Cilíndrico, coberto por acúleos cônicos (espinhos) verdes na juventude, que tornam-se cinza e mais suaves com a idade.
– Raiz: Profunda e pivotante (pouco agressiva para calçadas).

Grupo Ecológico (Sucessão):
Secundária Inicial
– Características:
– Crescimento rápido (até 2–3 m/ano em solos férteis).
– Tolerante a solos pobres e secos, mas prefere solos bem drenados.
– Pioneira em clareiras e bordas de florestas.

Funções Ecológicas:
1. Flores nectaríferas: Atraem beija-flores, morcegos nectarívoros e abelhas.
2. Frutos para fauna: Suas cápsulas liberam fibras algodoadas que carregam sementes, usadas por aves para ninhos.
3. Estabilidade do solo: Raiz profunda ajuda na infiltração de água.

Distribuição Geográfica:
– Nativa da Mata Atlântica e Cerrado, ocorrendo em SP, PR, SC, RS, MG e GO.
– Amplamente cultivada como ornamental em regiões tropicais e subtropicais no mundo.

Usos:
– Ornamental: Muito usada em paisagismo urbano por suas flores rosadas ou brancas com centro amarelo (março a maio).
– Recuperação de áreas degradadas: Cresce rápido e melhora o solo.
– Fibra: O “algodão” dos frutos era usado para enchimento de almofadas.

Curiosidades:
– Seus espinhos são uma adaptação contra herbívoros.
– A fibra de seus frutos é hidrofóbica (repelente à água) – usada como isolante térmico.
– Conhecida como “Árvore-de-lã” ou “Paineira-rosa”.

Resumo para Plantio:
| Característica | Detalhe |
|-|–|
| Porte | Alto (15–25 m) |
| Sucessão | Secundária Inicial |
| Luz | Sol pleno |
| Solo | Bem drenado (não tolera encharcamento) |
| Atração de fauna | Alta (beija-flores, abelhas, aves que usam fibras) |

Cuidados no Plantio:
– Espaçamento: mínimo 6 m de distância de edificações (copa larga).
– Evitar plantar em redes elétricas (porte alto).
– Mudas jovens são sensíveis a geadas.

A Paineira com Espinho é uma celebração da primavera – une beleza, ecologia e resistência!