Astyanax fasciatus (Cuvier, 1819)
Foto: T.C.Pessali
Algumas características da espécie Astyanax fasciatus estão indicadas na figura acima.
No gênero Astyanax há a presença de alguns complexos (grupos de espécies que compartilham algumas características em comum). Nas drenagens fluviais da Mata Atlântica de tabuleiros existem representantes de três complexos de espécies.
O “complexo Astyanax fasciatus” caracterizado por possuir série de escamas da pré-dorsal regular; bordo do osso maxilar não alcançando o limite entre o osso infraorbital IO2 e o osso IO3; terceiro osso da série infra-orbital (IO3) não cobrindo o opérculo; mácula umeral verticalmente alongada; faixa longitudinal mediana no flanco larga, negra a prateada, com mácula do pedúnculo caudal estendendo-se pelos raios medianos da nadadeira caudal (F.R. Carvalho com. pessoal).
Origem da nadadeira dorsal igualmente distante do focinho e da nadadeira caudal e um ou mais dentes no osso maxilar, raramente três. Dentes da série interna do pré-maxilar com 5 ou mais cúspides e cúspide mediana central bem maior que as laterais; dentes do dentário decrescendo paulatinamente depois do quarto dente. Contagem de raios a mais numerosa dentre as espécies da região, com 22-27 raios ramificados na nadadeira anal.
Peixes Astyanax fasciatus em vida são piabas do rabo vermelho, com tonalidade avermelhada na base da cauda. Ocorrem na bacia do Jequitinhonha e há populações pelo extremo sul da Bahia, nas cabeceiras dos rios Itanhém e Buranhém.
Sobre esta e as demais espécies de Astyanax na mata atlântica de tabuleiro se fazem necessários maiores estudos, para compreensão de seus limites. A plasticidade trófica que estes peixes experimentam durante suas vidas associada as habilidades de explorar diversos ambientes tornam esses peixes dentre os mais comuns em riachos da floresta atlântica.
A espécie Astyanax fasciatus é uma das três espécies representante do gênero Astyanax da família Characidae nas regiões dos tabuleiros.