Hoplosternum littorale

Hoplosternum littorale (Hancock, 1828)

Algumas características da espécie Hoplosternum littorale estão indicadas na figura acima.

São peixes de corpo lateralmente comprimido, com cabeça relativamente alta, correspondendo a aproximadamente 75% da largura entre os espinhos das nadadeiras peitorais. Boca pequena, erminal, projetada para frente, com um par de barbilhões no canto do lábio. Cintura peitoral com ossos coracóides ventralmente expostos. Nadadeira caudal bifurcada e pedúnculo caudal deprimido.

São capazes de se deslocar de um ambiente para outro, usando suas nadadeiras peitorais para mover-se como fazem os peixes Callichthys callichthys, da mesma família.

Também vivem em locais inundáveis e pantanosos, um biótopo também ocupado por Callichthys callichthys.

É possível que o caborja H. littorale tenha sido introduzido em bacias costeiras do Espírito Santo. Esta possibilidade é sugerida, pois não há amostragens antigas, datadas de mais de 40 anos. Existe a possibilidade de dispersão pelas drenagens costeiras capixabas, a partir dos estoques do rio São Francisco. É uma possibilidade que precisa ser averiguada com maior detalhe.

Na região central do Espírito Santo populações de H. littorale mostram-se adaptadas às condições diversas dos rios que compõe a bacia local, especialmente nos que sofrem com grande eutrofização humana (Caldeira et al 2007).

Apresenta hábitos alimentares predominantemente invertívoros, consumindo crustáceos, insetos e ainda fragmentos vegetais. Se ocultam durante o dia na vegetação paludosa, entrando em atividade no horário noturno. É possível que se trate de um complexo de espécies, mas é aqui considerada como uma entidade específica única, com ampla distribuição pelos rios sul americanos.

A espécie Hoplosternum littorale é a única representante do gênero Hoplosternum da família Callichthyidae nas regiões dos tabuleiros.


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