Microglanis pataxo

Microglanis pataxo Sarmento-Soares, Martins-Pinheiro, Aranda & Chamon 2006

Algumas características da espécie Microglanis pataxo estão indicadas na figura acima.

Peixes Microglanis possuem a cabeça larga e achatada. Faixa dentígera do pré-maxilar em arco, sem prolongamento na extremidade.

Os bagrinhos Microglanis pataxo tem a cabeça comparativamente larga, largura entre 68 a 74% no comprimento da cabeça; nadadeira peitoral com extremidade óssea, com 13 a 16 serrilhas antrorsas recurvadas para fora, pequenas, menores que a largura do espinho no bordo anterior e com 8 a 10 serrilhas retrorsas grandes, maiores que a largura do espinho, no bordo posterior, recurvadas para dentro, na direção do corpo.

Os pequenos e coloridos Microglanis habitam riachos costeiros com águas rasas, de profundidade entre 1 a 1.5 metro. Esses peixes são encontrados no terço médio dos rios, em correnteza moderada, águas claras ou escuras cor de chá mate e leito de cascalho e areia. São peixes demersais e exploram o substrato em busca de larvas e pupas de insetos aquáticos, que lhes servem de alimento.

Microglanis pataxo foi descrita para os rios do extremo sul da Bahia. Quem chamou a atenção quanto a existência desta espécie foi Zabellê, liderança e pajé indígena da aldeia Pataxó Tibá, próximo a vila de Cumuruxatiba.

A capacidade de observação dela quanto aos peixes que vivem no rio do Peixe Grande, um riacho litorâneo onde fica a aldeia, nos levaram a localizar este pequeno bagrinho e nomeá-lo em justa homenagem ao povo Pataxó.

Microglanis pataxo ocorre no norte do Espírito Santo e extremo sul da Bahia. A distinção em relação a congênere Microglanis minutus é difícil, e não se tem segurança quanto a separação desta segunda espécie, descrita posteriormente para o rio Barra Seca, no Espírito Santo.

A espécie Microglanis pataxo é uma das duas representante do gênero Microglanis da família Pseudopimelodidae nas regiões dos tabuleiros.