Os Perciformes Bleeker, 1863
As características gerais que permitem o reconhecimento de peixes Perciformes são ilustradas acima.
Os peixes da ordem Perciformes formam um grupo com problemas taxonômicos na alocação de seus integrantes. A ordem engloba mais de 10.000 espécies distribuídas em 62 famílias (Eschmeyer & Fong, 2019), habitando especialmente ambiente marinho, com algumas formas em estuários e água doce, como a perca austral, que adentra os rios na Patagônia Argentina e Chilena.
É de longe o mais especioso grupo de vertebrados, contendo perto da metade de todos os peixes ósseos viventes. São Perciformes os robalos, que adentram os estuários e rios, e ainda uma grande variedade de peixes marinhos que ocorrem no litoral da América do Sul, como as comercialmente valorizadas garoupas (Serranidae), dentões (Lutjanidae) e ainda as carapebas (Gerreidae), que beliscam nossos pés nas praias de baía. Os Perciformes ocorrem nas regiões tropicais, subtropicais e temperadas do planeta.
Nos últimos anos algumas famílias de Perciformes foram removidas da ordem, e alocadas em outros grupos, como aconteceu com o grupo das pescadas (família Sciaenidae) por exemplo. Enquanto os estudos taxonômicos para resolver este diversificado grupo procedem, adotamos a proposição de integrantes nesta ordem conforme Nelson et al., 2016.
Os Perciformes incluem muitas espécies que formam cardumes numerosos, vivendo ativamente a meia água e profundidade.
Todos os Perciformes da costa brasileira estão agrupados na sub-ordem Percoidei. A outra sub-ordem, Notothenioidei, inclui peixes de águas frias, que vivem na América do Sul apenas na região austral e ainda na Antártida.
Os Perciformes na Mata Atlântica de tabuleiros estão limitados a família Centropomidae, cujos filhotes se criam em águas estuarinas
