Graciliano Ramos

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Graciliano Ramos (1892-1953)
Nascido a 27 de Outubro de 1892, no povoado Quebrangulo, no Estado de Alagoas, desde cedo tornou-se um sertanejo de uma peça só, uma única formação literária. Aos 13 anos inicia a sua formação, no colégio do Professor Agnelo, em Maceió, publicando já os seus primeiros sonetos.

Mais tarde muda-se para o Rio de Janeiro, fazendo uma curta passagem por Palmeira dos Índios onde trabalha na revisão de vários jornais e na publicação de artigos. Em 1915 regressa a Palmeira do Índios, onde casa e estabelece-se como comerciante.

A partir de 1927, é eleito perfeito, altura em que faz-se notar pela elegância da linguagem com que descreve as acções municipais. Graciliano é considerado integrante do movimento de 30, que escapa à superficialidade do academicismo para denunciar e criticar o sistema vigente, sendo por isso categorizado como um comunista.

Passa dois anos na cadeia como preso político comunista, mas é posto em liberdade em 1937, depois de obter da Revista Académica o Prêmio Lima Barreto.

O tempo que passou na prisão foi o suficiente para tomar notas do que viria a ser a obra mais notável no género escrito em língua portuguesa e o mais sério depoimento sobre a realidade brasileira relacionada com o comunismo: Memórias do Cárcere, obra publicada no ano da sua morte, em 1953

Faleceu em 20 de março de 1953, internado numa casa de saúde em Botafogo e sepultado no cemitério de São João Batista no Rio de Janeiro.

Bibliografia

1933
– Caetés – romance
1934
– São Bernardo – romance
1936
– Angústia – romance
1938
– Vidas Secas – romance
1939
– A Terra dos Meninos Pelados – conto infanto-juvenil
1942
– Brandão entre o Mar e o Amor – romance
1944
– História de Alexandre – contos
1945
– Infância – memórias
1945
– Dois Dedos – contos
1946
– Histórias Incompletas –
1947
– Insônia – contos
1951
– Sete Histórias Verdadeiras – contos
1953
– Memórias do Cárcere – memórias
1954
– Viagem – relato
1962
– Viventes de Alagoas – crónicas
– Linhas Tortas – crónicas
– Alexandre e outros heróis – crónicas
– Cartas – correspondência íntima
– O Estribo de Prata – conto infanto-juvenil


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