BIOGRAFIA:
Drummond nasceu em Itabira, pequena cidade do estado de Minas Gerais em 31 de outubro de 1902. Seus pais se chamavam Carlos de Paula Andrade e Julieta Augusta Drummond de Andrade.
O pequeno garoto então ao descobrir o encanto pelas palavras começa realmente a usá-las. No seu primeio colégio, Grupo Escolar Coronel José Batista, seus textos começam a receber os elogios de professores.
Quando jovem, vai trabalhar como caixeiro na casa comercial Randolfo Martins da Costa e seu patrão oferecendo um corte de casimira foi tido como presente valioso para o rapaz que o usara nas reuniões que participava do Grêmio Dramático e Literário Artur Azevedo. E neste local recebe o convite para realizar conferências. Vejam só: um garoto de 13 anos ministrando palestras sobre literatura!
Aos 14 anos vai para um internato em Belo Horizonte. No colégio Arnaldo, da Congregação do Verbo Divino, não termina o segundo período escolar por motivos de doença que o obriga a voltar para Itabira. Para não perder o ano escolar começa a ter aulas particulares e aparecem muitas descobertas.
No ano seguinte, em 1918, já melhor de saúde, Drummond é matriculado num colégio interno – o Anchieta, da Companhia de Jesus, na cidade de Nova Friburgo, onde seu talento com a palavra fica cada vez mais evidente. Seu irmão Altivo, percebendo que o jovem precisa de incentivo, publica o poema em prosa “Onda” num jornal de Itabira, Maio.
A vida no internato não é nada fácil para o jovem de 17 anos, que nesta idade se desentende com seu professor de português. A consequência desse incidente é a sua expulsão do colégio no ano de 1919, onde era conhecido de “general” por sua maestria.
No ano de 1920, a família Drummond transfere-se para Belo Hoizonte e o jovem de 18 anos não precisa mais enfrentar aquela ordem que confisca tempo, que confisca vida. A ida para a capital mineira abre novas portas para o adolescente. Seus primeiros trabalhos começam a ser publicados no Diário de Minas, na seção “Sociais”, e ele se aproxima de escritores e políticos mineiros na Livraria Alves e no Café Estrela.
Dois anos depois, recebe um prêmio de 50 mil-réis pelo conto “Joaquim do Telhado” e publica seus trabalhos na capital federal, no Rio de Janeiro. Apesar destas realizações na área literária, Drummond, no ano seguinte, 1923, decide matricular-se na Escola de Odontologia e Farmácia de Belo Horizonte. O poeta, porém, jamais irá esquecer a profissão de farmacêutico.
Ainda estudante, em 1925, Carlos se casa com Dolores Dutra de Morais e, retorna a Itabira com a esposa e leciona geografia e português no Ginásio Sul-Americano. No ano seguinte, recebe convite para trabalhar no jornal Diário de Minas como redator e decide retornar a Belo Horizonte.
Em 1928, seu poema “No meio do caminho” é publicado em São Paulo, na Revista Antropofagia e se transforma num escândalo literário.
O ano de 1928 torna-se marcante para o poeta. Nasce sua filha Maria Julieta e o poeta vai trabalhar na Secretaria de Educação de Minas Gerais. Dessa data em diante, Drummond ocupa vários cargos ligados às áreas de Educação e de Cultura dos governos de Minas e federal, trabalha nos principais jornais de Minas e do Rio de Janeiro e vai publicando suas poesias. Em 1942, a Editora José Olympio edita Poesias e, durante 41 anos, até sua ida para a Editora Record em 1982, suas obras são publicadas com o selo da editora JO. A fama chega, e Drummond se torna um dos mais conhecidos autores brasileiros – seus textos são traduzidos e lidos em diferentes países, tanto que no metrô da cidade de Paris esteve exposto sua poesia “A vida é grande”.
No dia 5 de agosto de 1987 morre sua filha Julieta; 12 dias depois, a 17 de agosto, falece o poeta.
Drummond deixa crônicas, obras, contos, poesias e um exemplo de vida a ser seguido por todos nós, onde em palavras ficam os sentimentos pregados que o vento não leva e a vida sempre nos traz “…a cada instante de amor”.