Limoeiro

Citrus limon


Nome Científico: Citrus limon
Nomes Populares: Limão, Lima-ácida, Limão-eureka, Limão-feminello, Limão-gênova, Limão-lisboa, Limão-monochelo, Limão-verdadeiro, Limão-verde, Limoeiro
Família: Rutaceae
Categoria: Árvores Frutíferas, Medicinal
Origem: Ásia
Altura: 3.0 a 3.6 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
O limão é o fruto do limoeiro, uma pequena árvore frutífera e muito produtiva. É de fato a fruta mais conhecida no mundo, utilizada há centenas de anos, com inúmeras propriedades. Confunde-se muitas vezes com a lima-ácida, conhecida como limão-tahiti e limão-galego (Citrus latifolia), mas que por questões práticas estão reunidas neste artigo com as devidas ressalvas. Os limoeiros não atingem mais de 6 metros de altura, são muito ramificados, de caule e ramos castanho-claros, recobertos de espinhos longos e pontiagudos, com copa aberta e arredondada. Suas folhas são elípticas a lanceoladas, verdes e coriáceas, dispostas alternadas. As inflorescências surgem em cachos e são compostas de flores axilares, alvas ou róseas, muito perfumadas e atrativas para as abelhas.

Os limões-verdadeiros são em geral amarelos, de formato oblongo com saliências nas extremidades e apresentam casca espessa. Já as limas-ácidas são frutas de formato arredondado, de casca fina, lisa ou rugosa, e coloração verde ou laranja. Ambas as frutas apresentam polpa translúcida, sabor ácido e aplicações semelhantes, tanto na culinária como na medicina. Os limões e as limas-ácidas são frutas ricas em vitamina C, utilizadas desde as grandes navegações para combater e prevenir o escorbuto. Seu sumo tem ampla utilização na culinária, no tempero de frutos do mar, aves e suínos, além de servir para o preparo de sucos, refrigerantes, doces e drinques, entre estes a popular caipirinha. Da casca extraem-se essências aromáticas usadas na indústria de perfumes, farmacêutica, de produtos de limpeza e higiene pessoal e no preparo de licores1.


Limão (Citrus limonium)
Foram os árabes que levaram o limão para a Europa, de onde ele se propagou para o mundo inteiro. Com vitaminas (A, B1, C) e sais minerais, a fruta é sempre lembrada em casos de gripes e resfriados, mas tem várias outras aplicações terapêuticas. Quando a casca ou o suco entram em contato com a pele, porém, é preciso lavar bem, com sabonete. Se antes da lavagem a parte afetada for exposta ao sol, ocorrerão manchas e queimaduras, provocadas pelas substâncias fotossensibilizantes do limão.

Provavelmente, o limão é a fruta mais conhecida e usada no mundo. São tantas suas aplicações na vida doméstica que fica difícil enumerá-las. Tudo nele é aproveitável. Com seu suco preparam-se refrigerantes, sorvetes, molhos e aperitivos, bem como remédios, xaropes e produtos de limpeza. Da casca retira-se uma essência aromática usada em perfumaria e no preparo de licores e sabões. enfim, muitas são as utilidades deste cítrico fácil de achar durante o ano todo, nas suas diversas variedades. Em geral, todos os tipos de limão têm aspecto semelhante, embora mudem no tamanho e na textura da casca, que pode ser lisa ou enrugada. Quanto à cor, variam do verde-escuro ao amarelo-claro, exceto uma das espécies, que se assemelha a uma mexerica.

O limão é uma excelente fonte de vitamina C, muito importante para combater as infecções, pois aumenta a resistência do organismo. contém ainda vitamina A e vitaminas do complexo B, além de sais minerais, como cálcio, fósforo e ferro. O suco de limão é um ótimo tônico e bactericida, mas não deve ser tomado puro, pois pode prejudicar o estômago devido à sua acidez.

As variedades de limão mais conhecidas são:
– limão-galego – pequeno e suculento, de casca fina, cor verde-clara ou amarelo-clara.
– limão-siciliano – grande, de casca enrugada e grossa, menos suculento
e mais ácido que o galego
– limão-cravo – parecido com uma mexerica, tem casca e suco avermelhados e sabor bem forte
– limão-taiti – de tamanho médio, casca verde e lisa, muito suculento e pouco ácido.

Se o limão ainda está verde, guarde em lugar fresco, seco e arejado. Depois de maduro, conserve na geladeira, na gaveta própria para frutas e legumes. Um limão já cortado durará mais tempo se for guardado na geladeira, num pires coberto com uma xícara

DICAS CULINÁRIAS:
– para dar um gosto especial aos bolos, basta acrescentar raspa de casca de limão.
– o limão é o melhor tempero para ostras.
– para acompanhar legumes cozidos, peixes e assados, experimente o seguinte creme: misture 5 colheres (sopa) de suco de limão, 1 lata de creme de leite, um pouco de sal e pimenta-do-reino
– as bebidas alcoólicas, os refrescos e os chás ficam excelentes quando são temperados com umas gotas de limão
– para conservar a metade de um limão que ainda não foi usada, coloque num pires com água, com a parte cortada para baixo, e leve à geladeira.
– um pouco de suco de limão acrescido à água de cozimento dos frutos do mar deixa as carnes mais brancas e firmes.
– se for usar apenas algumas gotas de suco de limão, não desperdice a fruta toda. Faça um buraquinho com um palito e esprema a quantidade desejada. Depois volte a guardar o limão na geladeira.
– para conservar o limão por mais tempo, guarde em um vidro bem fechado.
– para obter mais suco do limão, bata a fruta com um martelinho antes de cortar.
– após ter espremido um limão para usar seu suco, embrulhe a casca em papel de alumínio e congele. Use em receitas que pedem casca de limão.
– quando for usar a casca de limão ralada, tome cuidado para não ralar junto a parte branca, porque ela amarga a receita.
– para que o doce de casca de limão fique bem verde, ferva em tacho de cobre.

CURIOSIDADES:
– para o tratamento da acne, faça uma pasta de suco de limão e açúcar e aplique sobre o rosto. A mesma pasta também serve para eliminar o excesso de oleosidade da pele.
– antes de fazer as unhas, amacie as cutículas endurecidas com um pouco de suco de limão.
– elimine a caspa e a oleosidade do couro cabeludo, massageando-o com suco de limão
– aproveite o bagaço do limão para eliminar o cheiro de peixe dos talheres e panelas. é só esfregar.
– use o bagaço do limão para clarear e amaciar as mãos. Coloque um pouquinho de açúcar na mão e esfregue o limão.
– melhore seu hálito fazendo gargarejos com 1 copo de água morna e o suco de 1/2 limão
– na Índia, a mulher escolhia o futuro marido fazendo-lhe uma estranha declaração de amor: atirava-lhe um limão.
– a Itália é o maior produtor de limão do mundo
– o limão-galego foi o primeiro cítrico introduzido na Europa.
– o maior limão conhecido pesava 2,83 kg.
– foi Colombo quem trouxe o limão para a América.
– se o móvel de madeira manchou com tinta de caneta, lave imediatamente com água fria e depois esfregue com suco de limão.
– para limpar os objetos de prata, esfregue com cinza de cigarro misturada com suco de limão.
– se num tecido lavável aparecer uma mancha de ferrugem, elimine-a da seguinte maneira: esfregue com limão e sal e coloque a peça no sol até secar. Depois, lave normalmente com água e sabão.
– nunca use limão na pele quando for expor-se ao sol.

Partes utilizadas: Folha e fruto

Propriedades medicinais do limão
O limão ácida por excelência – é o rei dos temperos e o campão dos remédios. De gosto acre, de aroma agradabilíssimo e de efeito benéfico para o organismo, tem o limão a mais ampla aplicação na cozinha e na medicina.
Ajuda a tratar de: Afecções estomacais, aftas, feridas, gripes, microvarizes, resfriados, ressecamento da pele e da cutícula, tosses, unhas fracas e descascadas.
– Bom digestivo.

Utilidades Medicinais:
Acne – Evitar alimentos gordurosos e doces. Usar suco de limão com água, sem açúcar, várias vezes ao dia.
Amigdalite – Gargarejar várias vezes ao dia com água morna, suco de limão e um pouco de sal.
Asma – Tostar no forno um limão. Espremer e misturar o suco com mel. Tomar de hora em hora uma colher de chá.
Enjôo – Cheirar limão.
Estomatite – Bochechar com água e limão. Tomar duas ou três vezes ao dia um copo de água com meio limão.
Faringite – Proceder como indicado em amigdalite.
Febre – Cortar três limões médios em fatias finas. Pôr em 500 ml de água e levar ao fogo. Deixar ferver até que a água reduzida a um terço. Tomar 1/2 xícara de chá de hora em hora até que a febre baixe.
Feridas – Aplicar no local suco de limão com sal.
Gastrenterite – Tomar o limão bem diluído em água, sem açúcar, duas ou três vezes por dia, longe das refeições.
Gripe – Proceder como indicado em asma, ou tomar suco puro de limão três vezes por dia.
Soluço – Deglutir o conteúdo de uma colher de sopa com suco de limão.


Três tipos de limões e suas características:



Limão Galego
Nome científico: Citrus aurantifolia
Família: Rutacea
Nome comum: limão galego, galego, limão, limoeiro galego
Origem: Ásia
Descrição e característica da planta: o limão galego e o limão Taiti são agrupados como limas ácidas na classificação botânica. O limoeiro galego é uma árvore de pequeno porte, folhas de tamanho médio, ramos com muitos espinhos curtos e afiados. Tanto as folhas quanto os frutos têm um aroma suave e agradável, típico desse limão. As flores são brancas, têm os dois sexos na mesma flor (hermafroditas), compatíveis e produzidas em pequenos agrupamentos ou isoladas. Os frutos são arredondados, casca fina, suco ácido, de cor esverdeada, coloração da casca verde-clara, quando novos, e verde-amarelada a amarela, quando maduros, e contêm sementes pequenas. As condições climáticas favoráveis são: temperatura amena a quente, solos férteis, boa drenagem e boa disponibilidade de água durante o ano. Não tolera geada e solos encharcados. A propagação é feita por enxertia em porta-enxerto de plantas cítricas.
Produção e produtividade: as plantas, sem o vírus da tristeza dos citros, apresentam-se vigorosas e altamente produtivas. No entanto, quando um inseto, conhecido como pulgão, transmite o vírus, que causa doença conhecida como tristeza dos citros, a planta perde o vigor, as folhas ficam pequenas, amareladas, os ramos secam a partir do ponteiro, os frutos não crescem e produzem pouco suco. Em pouco tempo, ela entra em declínio e torna-se antieconômica. Como é uma doença causada por vírus, não existe um método curativo para a doença. Entre as várias tentativas para vencer essa moléstia, a técnica que apresentou boa proteção foi a premunização. A premunização consiste na inoculação preventiva de estirpe fraco, do mesmo vírus que não causa danos às plantas, e que protege contra a ação de estirpe forte. Hoje, o limão galego não tem tanta importância como no passado, porque outros limões, como o limão Taiti, suprem o mercado, embora não tenha o mesmo aroma e sabor.
Utilidade: o limão galego é usado principalmente no preparo da limonada, da caipirinha, dos temperos de carnes diversas, sucos, sorvetes, bolos e doces.



Limão-siciliano
Nome científico: Citrus limon
Família: Rutacea
Nome comum: limão-verdadeiro, limão-siciliano
Origem: Sudeste da Ásia
Descrição e característica da planta: A planta é perene, de porte pequeno a médio, com 3 a 6 metros de altura e ramos dotados de espinhos. As folhas novas apresentam cor avermelhada e depois passam para verde-clara. Elas são lisas, brilhantes, aromáticas, de 6 a 11 centímetros de comprimento e com extremidade afilada. As pétalas das flores são brancas na parte superior e púrpura na inferior, enquanto que os botões florais são avermelhados. Os frutos são ovais, grandes, o comprimento varia de 7 a 12 centímetros, aromáticos, dotados de um mamilo no ápice, a casca é mais ou menos grossa e amarela, quando maduros. A sua polpa é suculenta, firme, suavemente ácida e não se altera mesmo fora da geladeira. As condições favoráveis ao bom desenvolvimento da planta e à frutificação são: temperatura amena, boa distribuição de água durante o ano, solos não encharcados, boa fertilidade e ricos em matéria orgânica. A propagação pode ser feita por sementes e por enxertia. A enxertia é a mais usada e recomendada, por que mantém todas as características da planta matriz que forneceu o material, o que não ocorre quando se utilizam as sementes.
Produção e produtividade: Os maiores produtores mundiais de limão-siciliano são: a Argentina, a Espanha, os Estados Unidos e a Itália. O Brasil produz e exporta o fruto, mas é bem menos do que aqueles países. No município de Botucatu está instalada a Companhia Agrícola Botucatu, uma das maiores propriedades produtoras mundiais desse limão.
Utilidade: Os frutos são destinados ao mercado de fruta fresca, mas grande parte vai para o processamento de suco, extração de óleo e essências contidos na sua casca. O óleo é usado na indústria de bebidas de refrigerantes, na fabricação de cosméticos, essências aromáticas e na culinária. Uma tonelada de frutos pode render 5 quilos de óleo de cor amarela e apresenta inconfundível e agradável aroma de limões frescos. Os constituintes químicos dos frutos são: ácidos orgânicos, bioflavonóides, pectinas, vitaminas A, B1, B2, C e sais minerais (potássio, fósforo, ferro, cálcio, sódio, magnésio, enxofre e cloro). Os frutos, as folhas e outras partes da plantas são indicados na medicina natural.



Limão-Taiti
Nome científico: Citrus aurantifolia variedade taiti
Família: Rutacea
Nome comum: limão-taiti, limão tahiti, limão-verde
Origem: desconhecida, porque é um híbrido. A origem do Citrus é a Ásia
Descrição e característica da planta: a planta tem um rápido crescimento, pode chegar a 4 metros de altura, a copa é arredondada e bem enfolhada. As folhas são de tamanho médio e com formato elíptico. Os botões florais e as pétalas são brancos e produzidos nas extremidades dos ramos, em grupos de dois a vinte. Os frutos têm tamanho médio, formato arredondado, lisos, polpa com muito suco, não muito ácido e são colhidas ainda verdes para consumo e comercialização. Os frutos não têm sementes, porque tanto o pólen como as células do óvulo degeneram durante a multiplicação celular na fecundação. O limoeiro-taiti floresce e frutifica ao longo do ano, mas tem maior produção de janeiro a junho e menor oferta de julho a dezembro. A diferença no preço é muito grande entre essas épocas mencionadas e pode chegar de 5 a 10 vezes mais na entressafra. Para se conseguir melhor preço pelos frutos, o produtor deve eliminar os frutinhos na época de alta produção e adotar manejo adequado na irrigação e na adubação, e assim conseguir alta produção na entressafra. Nos ramos, nota-se a presença de espinhos curtos. O limoeiro se desenvolve e frutifica bem em condições de clima ameno a quente, solos profundos e bem drenados, portanto as mesmas condições para produção de laranjas. A propagação mais indicada é por enxertia. O limoeiro-taiti é do mesmo grupo do limão-galego. A partir da década de 1970, e houve uma grande expansão no seu cultivo e comercialização, porque uma doença causada por um vírus, conhecida como “tristeza dos citros”, tornou antieconômica à cultura do limoeiro-galego.
Produção e produtividade: o limoeiro-taiti é plantado em praticamente todos os estados brasileiros e também nos países da América do Sul, Central, México e nos Estados Unidos, no estado da Flórida. .O Brasil e o México são os maiores produtores desse limão, suprindo mais de 70% do mercado mundial (Fonte IBRAF – Instituto Brasileiro de Frutas). No Brasil, o estado de São Paulo lidera a produção e os estados do Rio de Janeiro e da Bahia são destaques.
Utilidade: o limão-taiti é usado na culinária para temperar peixes, frutos do mar, aves, carne de embutidos e saladas; na confecção de bolos, doces, pudins, compotas, balas, cremes, recheios, suspiros, sucos, sorvetes e também no preparo da famosa caipirinha. Essa fruta é rica em vitamina C e outras vitaminas e sais minerais. O seu suco é indicado para evitar escurecimento de muitas frutas cortadas e de verduras2.

EXEMPLAR PLANTADO NO CÓRREGO:
Foto em


Fontes:
1https://www.jardineiro.net/
2http://www.frutas.radar-rs.com.br


Laranjeira

Citrus sinensis


Nome científico: Citrus sinensis
Nomes populares: Laranja, laranja-doce; laranja-de-umbigo; laranja-pêra; laranja-baia; laranja-valência; laranja-natal
Família: Rutaceae
Características gerais: Citrus sinensis L Osb. é a espécie da laranja da qual o Brasil é o maior produtor do mundo e também o maior exportador de suco da fruta, o qual chega a quase todos os países. O consumo interno é basicamente de fruta fresca de laranja, embora tenha aumentado o consumo de suco. A laranja Pera e outros tipos parecidos, como a Natal e a Valência, respondem pela maior parte do consumo de fruta ao natural. Como há mais de mil variedades de laranja, pode-se ver que há um potencial de utilização muito grande de outras variedades. As variedades citadas, Pera, Natal e Valência, pertencem a um grupo de laranjas doces chamadas comuns, sendo os demais tipos de baixa acidez (limas), as de umbigo e as sanguíneas, ricas em licopeno, estas pouco produzidas no Brasil. Outras variedades utilizadas como fruta fresca são, entre as de baixa acidez, a Lima, Piralima e Limas Tardia e Sorocaba, e entre as de umbigo, a Baianinha e vários tipos de Baía. Inclusive algumas de umbigo são importadas da Espanha. Todas as de umbigo não têm sementes, o que é uma vantagem para o seu consumo como fruta fresca, além de sua qualidade. Muitas das citadas variedades foram obtidas nos centros de pesquisa brasileiros, responsáveis pelo sucesso da cultura de citros no País.
Usos: as laranjas doces do tipo comum são as mais utilizadas para se fazer suco, enquanto as do tipo de umbigo e de baixa acidez são mais consumidas ao natural. Há laranjas doces para consumo durante todo o ano, pelo uso de algumas variedades que têm épocas de colheita diferentes, iniciando pelas de baixa acidez, seguidas pelas de umbigo e terminando com as comuns, sendo esse um fator de importância das laranjas, ao lado de seu valor nutricional. Além da época usual de produção, é comum ocorrer outras produções fora da época normal.
Cuidados após a colheita: as laranjas não amadurecem após a colheita, portanto devem ser colhidas com um mínimo de qualidade, o que ocorre em uma faixa ou período em cada região e de acordo com cada variedade. Os melhores períodos para consumo de laranjas de baixa acidez são de março a maio, para as precoces, e até de agosto a setembro, para as tardias dentro desse grupo; para as de umbigo, a faixa vai de abril a junho, com algumas variedades mais tardias podendo ser consumidas com qualidade até setembro-outubro; as comuns têm um grande período de produção, o qual pode ir de abril a dezembro, devido ao clima e variedades plantadas; usualmente, no meio de cada período, a qualidade é melhor. As épocas citadas podem variar para diferentes climas. A qualidade da fruta pode ser afetada por algum problema, como má nutrição, colheita antecipada ou retardada. A espessura da casca não deve ser exagerada, nem muito fina, pois o miolo oco indica desequilíbrio nutricional, o que afeta sua qualidade. A laranja Pera tem maior oferta entre agosto e outubro; e a temporã até janeiro, quando a Valência é vendida também com seu nome, ou seja, Pera, pela sua maior aceitação. A laranja Lima é mais ofertada entre abril e outubro, com diversas variedades. Fora da faixa de produção, algumas variedades podem apresentar polpa com pouco suco ou até secas.1

Citrus sinensis


Características da planta:Arvore de porte médio, podendo atingir até 8 m de altura, tronco com casca castanho-acinzentada, copa densa de formato arredondado. Folhas de textura firme e bordos arredondados, exala um aroma característico quando maceradas. Flores pequenas, de coloração branca, aromáticas e atrativas para abelhas.
Fruto: De formato e coloração variável de acordo com a variedade. Frequentemente com casca de coloração alaranjada, envolvendo uma polpa aquosa de coloração que pode variar de amarelo-clara a vermelha. Sementes arredondadas e achatadas, de coloração verde esbranquiçada. Frutificação ao longo do ano, concentrando-se de abril a setembro.
Cultivo: O plantio deve ser realizado no início da estação chuvosa. Prefere climas com temperatura entre 23 e 32° C. A resistência ao frio varia de acordo com a variedade. Não exigente quanto à composição do solo preferindo os profundos. Propaga-se por sementes e enxertia.

As laranjas, diz a lenda grega antiga, eram os verdadeiros pomos de ouro tão bem guardados pelo dragão de 100 cabeças no Jardim das Hespérides. Para obtê-los, no cumprimento de seu décimo primeiro trabalho, Hércules lutou incansavelmente. Essa lenda é, no mínimo uma comprovação da antiguidade dessa fruta – a laranja – na vida e na cultura dos homens. Como se não bastasse, segundo Pio Corrêa, o cultivo da laranjeira e o uso da laranja remontam a um período de mais de 2 mil anos antes de Cristo, conforme demonstram escritos encontrados na China.

Supõe-se que a laranja, assim como as demais frutas do gênero Citrus, seja originária do continente asiático, onde o homem aprendeu a cultivá-la e de onde partiu para conquistar o mundo.

Apesar de toda essa antiguidade e do conhecimento que os gregos tinham de sua existência, a introdução das laranjas, das limas, das cidras, dos limões, dos pomelos e das toranjas na Europa foi bastante tardia, não havendo relatos sobre este fato anteriores ao século XV. Alguns autores, no entanto, afirmam que os árabes já haviam introduzido algumas espécies de frutos cítricos nas penínsulas Ibérica e Itálica bem antes disso.

Parece que todas as muitas espécies e variedades de frutas do gênero Citrus existentes no mundo – apenas entre as laranjas, são cerca de 2 mil diferentes variedades, das quais menos de 100 são cultivadas em grande escala – originaram-se a partir de não mais do que 10 ou l 2 espécies selvagens cruzadas entre si, transforma- das, selecionadas, cruzadas novamente e melhoradas ao longo de séculos e séculos.

Em conseqüência de sua remota cultura, as formas selvagens das laranjas nunca foram encontradas ou se perderam no tempo.

Também em conseqüência dessa antiguidade e das inúmeras modificações genéticas por que passaram ao longo dos anos, as laranjas e os demais frutos cítricos foram nomeados e renomeados incontáveis vezes na tentativa de se estruturar uma classificação adequada, ao mesmo tempo, à ciência e ao comércio. Por isso, muitas vezes, no caso das laranjas, não se encontra consenso em relação à nomenclatura dada a esta ou àquela fruta, ainda mais ao se considerarem os seus nomes populares. E mais ainda porque, muitas vezes, uma mesma variedade pode apresentar diferenças de coloração e sabor, em virtude das condições do clima e de solo da região em que foi plantada.

Hoje em dia, grande parte das faixas tropical e subtropical do globo transformou-se num verdadeiro cinturão produtor de frutas cítricas, tornando a laranja uma das frutas mais cultivadas em todo o mundo.

No Brasil, a produção de laranjas desenvolveu-se muito a partir dos anos 60, quando uma geada sem precedentes destruiu grande parte dos laranjais da Flórida, nos Estados mundial de sucos cítricos, os Estados Unidos passaram a demandar importações, o que impulsionou países como o Brasil a investir nessa cultura. E deu certo.

Os produtores paulistas foram os primeiros a ter condições de entrar nesse mercado. Nos últimos 20 anos, com a instalação dos laranjais, foram bastante notáveis as mudanças ocorridas na paisagem das regiões produtoras do Estado de São Paulo, que se transformou no principal produtor do país.

Chamam a atenção as enormes extensões de terra repletas de laranjeiras, especialmente nas proximidades das estradas que interligam os municípios de Limeira, Bebedouro e Araraquara.

Ainda mais quando o perfume próprio das árvores em floração tomam e inebriam por completo o ar da região.

Além de São Paulo, vários outros Estados brasileiros também dispõem de considerável produção de laranjas e demais frutos cítricos, destacando-se Rio de Janeiro, Minas Gerais, Sergipe, Rio Grande do Sul, Paraná e Goiás. São vastos laranjais florindo e florescendo de acordo com os padrões mais elevados de qualidade e produtividade, de maneira a suprir totalmente as necessidades internas e a ocupar uma boa fatia do mercado internacional.

Essas laranjas de suco, também consumidas in natura, combinam deliciosamente com alguns pratos salgados. Apenas para citar uma das mais típicas refeições brasileiras, na feijoada a laranja, cortada em gomos ou em pedaços, é servida à vontade juntamente com feijão, arroz, carnes e couve, sendo indispensável para “cortar a gordura” e atenuar a pimenta.

As laranjas azedas são, também, bastante utilizadas na culinária de nível internacional no preparo de molhos para o cozimento e para o acompanhamento de carnes, aves e peixes, tais como o famoso canard aux oranges ou pato com laranja.

Por outro lado, a laranja-baía e a baianinha – espécies desenvolvidas no Brasil, mais precisa-mente na Bahia, hoje em produção em vários países do mundo – assim como as demais laranjas-de-umbigo, são mais adocicadas e melhores para o consumo in natura. Muito procurada nos mercados europeus, ali, a laranja-baía é considerada a laranja de mesa por excelência, pois sua consistência e firmeza a tornam fruta própria para o consumo elegante e sofisticado, com garfo e faca.

Abaixo do Equador, no entanto, as qualidades das várias laranjas costumam ser aproveitadas, sem tanta cerimônia, a qualquer hora do dia: no desjejum, na sobremesa, no lanche da tarde, pela noite e para repor as energias perdidas.

Sempre é boa hora para aproveitar o suco doce, refrescante e vitaminado de uma laranja. Brincadeira de criança é, no verão, no quintal da casa da avó, lambuzar-se para chupar aquela montanha de laranjas descascadas pacientemente pelo avô e, depois, tomar um bom banho de esguicho.

A laranja-lima ou serra-d’água, de menor expressão comercial, é também a mais difícil de ser encontrada. Pouco ácida, muito doce e saborosa, principalmente quando colhida de velhas laranjeiras cultivadas com todo o carinho em pomares especialmente bem tratados, é indicada para o suco dos bebês e para o consumo de todos aqueles que sofram com problemas digestivos.

Vale ainda destacar as laranjas apropriadas para a confecção dos deliciosos doces em calda, cristalizados, compotas, conservas, gelatinas, geleias, cremes, pudins, mousses, bom-bocados, bolos, biscoitos, tortas, coberturas, recheios e outros mais, que a doceira especialmente, a brasileira – inventou.

Em geral, para os doces, utilizam-se as qualidades de laranjas mais azedas, como a laranja-da-terra e a laranjinha-azeda, das quais se aproveitam tanto a polpa gomosa como a casca e, em alguns casos, apenas a casca, que é pacientemente retirada do fruto com uma lamina preparada para isso.

Na doceira, também, a essência da flor de laranjeira beleza perfumada e branca, tradicional símbolo de pureza constitui-se em importante especiaria aromatizante. Na doceira árabe, apenas para relembrar, praticamente todos os doces e caldas levam as delicadas essências de flores em sua composição.

Fruta gostosa, refrescante, alimentar, vitaminada, diurética, depurativa: o “elogio da laranja”, como diz Lúcia C. Santos, “já está feito pelo consumo formidável que ela vem alcançando no mundo”.2

Por Ellen Levy Finch (Elf)

A laranja é o fruto da laranjeira (Citrus × sinensis), uma árvore da família Rutaceae. É um fruto híbrido que teria surgido na Antiguidade a partir do cruzamento da cimboa com a tangerina.

O sabor da laranja varia do doce ao levemente ácido, mas na natureza existem também as laranjas extremamente ácidas, que pertencem a outra espécie, Citrus aurantium.

Frequentemente, esta fruta é descascada e comida ao natural, ou espremida para obter sumo. As pevides (pequenos caroços duros) são habitualmente removidas, embora possam ser usadas em algumas receitas. A casca exterior pode ser usada também em diversos pratos culinários, como ornamento, ou mesmo para dar algum sabor. O albedo, a camada branca interior da casca, de dimensão variável, raramente é utilizado, apesar de ter um sabor levemente doce. É recomendada para “quebrar” o sabor ácido da laranja na boca, após terminar de consumir o fruto.

A laranja doce foi trazida da China para a Europa no século XVI pelos portugueses. É por isso que as laranjas doces são denominadas “portuguesas” em vários países, especialmente nos Bálcãs (por exemplo, laranja em grego é portokali e portakal em turco), em romeno é portocala e portogallo com diferentes grafias nos vários dialectos italianos.3

EXEMPLAR PLANTADO NO CÓRREGO:
Foto em


Fontes:
1https://www.todafruta.com.br
2http://www.bibvirt.futuro.usp.br
3https://pt.wikipedia.org/wiki/


Jambo-vermelho

Syzygium malaccense


Nome científico: Syzygium malaccense
Nomes populares: jambo-vermelho, jambo-pera, jambo-do-pará, jambo-roxo, jambo-de-malaca, jambo-da-índia, malay appel, rose-apple, manzana malaca, jambu-mawar, jambu-merah.
Família botânica: Myrtaceae

Distribuição geográfica e habitat: originário da Polinésia, de onde se dispersou para as regiões tropicais da África e América. No Brasil é encontrado nos estados das regiões Norte, Nordeste e nas regiões quentes do Sudeste.
Características gerais: é uma arvore com 12 a 15 m de altura, com copa densa, de formato cônico-alongado, de crescimento rápido. Folhas: simples, coriáceas, oblongo-elípticas, com 20 a 30 cm de comprimento e 6 a 9 cm de largura, discolores, com a face superior verde-escura e brilhante e a face inferior verde-opaca. Flores: dispostas em inflorescências em racemos axilares, hermafroditas, com estames longos, numerosos e de cor vermelha. Frutos: são bagas obovoides ou piriformes com lobos do cálice persistentes, arroxeadas, com polpa carnosa, branca, suculenta, de aspecto esponjoso, aroma agradável e sabor adocicado. Frutifica com 5 a 6 anos (pé-franco) e 3 a 4 anos se propagado vegetativamente.

Clima e solo: adapta-se em locais de clima quente e úmido, com boa distribuição de chuvas. É tolerante a solos pobres.
Usos: é usado para consumo in natura e, por possuir floração abundante com flores delicadas, que cobrem toda a copa da árvore para depois caírem, pode ser usado como ornamental.1

EXEMPLAR PLANTADO NO CÓRREGO:
Foto em


Fontes:
1https://www.todafruta.com.br