Terramicina

Alternanthera brasiliana


Nome científico: Alternanthera brasiliana (L.) O. Kunt.
Família: Amaranthaceae.
Nomes populares: anador, melhoral, acônito-do-mato, caaponga, cabeça-branca, carrapichinho, carrapichinho-do-mato, ervanço, infalível, nateira, penicilina, perpétua, perpétua-do-brasil, perpétua-do-mato, quebra-panela, sempre-viva, terramicina.
Sinônimos botânicos: Achyranthes bettzickiana (Regel) Standl., Achyranthes brasiliana (L.) Standl., Achyranthes capituliflora Betero, Achyranthes geniculata Pavon ex Moq., Achyranthes ramosissima Stand., Alternanthera dentata (Moench) Stuchlik ex R.E. Fries, Alternanthera jacquinii (SCHRADER) Alain, Gomphrena brasiliana L., Gomphrena brasiliensis (L.) Lam., Mogiphanes ramosissima Mart., Mogiphanes brasiliensis Mart., Mogiphanes straminea Mart., Telanthera bettzickiana Regel, Telanthera brasiliana Moq., Telanthera capituliflora Moq., Telanthera ramosissima Moq.
Nota: tem botânico que não considera a Alternanthera dentata (e seus sinônimos botânicos) como a mesma espécie. A cor mais arroxeada e as tépalas mais curtas que as brácteas, são as principais diferenças.
Propriedades medicinais:
folhas: analgésicas, depurativa, diurética, digestiva;
flores: béquicas.
Nota: em vitro apresentou atividade anti-tumoral.
Indicações: bexiga, fígado, hemorróidas, dores.
Nas Guianas as folhas são usadas como adstringente e antidiarréica e a planta inteira em maceração para prisão de ventre.
Parte utilizada: folhas.
Contra-indicações/cuidados: não encontrados na literatura consultada.
Modo de usar: infusão, decocção.
– infusão de uma colher de sobremesa de flores em um litro de água. Tomar 3 a 4 xícaras de chá ao dia: béquica.
– infusão de uma colher de sopa (rasa) de folhas picadas em uma xícara de água.
1.


Na medicina popular, Alternanthera brasiliana é amplamente utilizada no tratamento de diversas patologias, sendo comprovadas a ação antiinflamatória, analgésica e ainda a atividade antiviral – inibidora do vírus da herpes simples. É utilizada no tratamento de inflamações, dores e processos infecciosos (BROCHADO et al., 2003; MACEDO et al., 2004).
Outros idiomas: brazilian joyweed, calico plant, marie-claire, purple joyweed, ruby leaf (Inglês); marguerite à feuilles rouges (Francês);
Folhas: As folhas de A. brasiliana são simples, peninérvias, opostas cruzadas, membranáceas e levemente pilosas em ambas as faces. O limbo é ovallancelado, de margem inteira levemente ondulada, base atenuada, ápice agudo e levemente acuminado. Nos exemplares cultivados observam-se folhas com diversos padrões de coloração verde e púrpura. Em sua maioria demonstram a face adaxial verde e a abaxial púrpura, enquanto outras são totalmente púrpura.As dimensões das folhas maduras, no desenvolvimento vegetativo pleno da planta, variou de 9,5 a 16,0 cm de comprimento por 3,5 a 6,8 cm de largura.
Flores: Apresenta flores brancas ou amareladas, dispostas em inflorescências do tipo glomérulo, compostas por flores hermafroditas, actinomorfas e monocíclicas2.


EXEMPLAR PLANTADO NO CÓRREGO:
Foto em


Fontes:
1http://www.plantamed.com.br
2https://www.tudosobreplantas.com.br


Trapoeraba

Commelina erecta


Nome Científico: Commelina erecta
Nomes Populares: Trapoeraba, Andaca, Santa-luzia
Família: Commelinaceae
Categoria: Folhagens, Forrações à Meia Sombra, Forrações ao Sol Pleno, Plantas Daninhas
Origem: América Central, América do Norte, América do Sul
Altura: 0.3 a 0.4 metros
Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
A trapoeraba é uma herbácea florífera originária dos trópicos, mas que possui grande capacidade de adaptação e hoje em dia pode-se vê-la em climas subtropicais e temperados. Ela apresenta folhas lanceoladas ou lineares, glabras, verdes, macias e de margens arroxeadas, onduladas e com cílios brancos. As hastes são eretas a ascendentes, com cerca de 40 cm de altura e facilmente enraizam quando os nós tocam o solo. As flores são axilares e apresentam duas pétalas azuis, grandes e vistosas e uma terceira pequena, branca e discreta. A floração ocorre na primavera e no verão.
É uma planta muito rústica, mas que não tolera períodos muito secos. Adequada para a formação de maciços e renques junto a muros, sendo excelente para cobrir o solo em torno do tronco das árvores, como forração de meia-sombra. Pode ser plantada em vasos e jardineiras também1.


Trapoeraba. Se não pode com ela, coma-a
Aos poucos ela vai tomando seu jardim, sua horta, seus canteiros. Rasteja tateando paredes para se encostar ereta, se aloja numa sombra e pela manhã de sol tenta te cativar com lindas florezinhas azuis. Na lavoura a tática não funciona e a danada ou daninha é combatida ferozmente com herbicidas de guerra. Nem assim esmorece, afinal tem bainhas que lhe protege os brotos, tem sementes subterrâneas em flores modificadas e rizomas que se arrastam protegidos abaixo da superfície, mecanismos para garantir sobrevivências nas adversidades. Por isto é chamada de praga e das mais difíceis de se eliminar.
No jardim, se você descuida ela toma tudo. Mas quem tem boca não dorme no ponto, pois embora suas folhas não sejam tão apetecíveis como beldroegas e carurus, na panela é uma surpresa agradável. Ela amacia rapidamente com um leve refogar e libera um aroma bom que lembra o de ora-pro-nobis e outras folhas verdes boas de comer. A textura é bem macia, quase cremosa – no arroz, crua na salada, ou simplesmente assustada no azeite quente com cebola e alho. Depois de cozidas, as folhas podem virar bolinhos, fritadas, suflês ou ingrediente para pães e tortas.

A planta: originária da América Central, a Commelina erecta L. pode ser chamada também de capoeraba, andaca, santa-luzia ou erva-de-santa luzia. Outra variedade de trapoeraba, só que com flores brancas, a Tradescantia fluminensis também é comestível. Talos jovens, folhas, flores e até raízes são comestíveis. Na tese do biólogo Valdely Kinupp, Plantas alimentícias não convencionais da região metropolitana de Porto Alegre – RS, há um tópico falando da planta, histórico de uso na cozinha e de suas potencialidades como planta forrageira e alimento para suínos, aves, coelhos, porquinhos-da-índia, capivaras e outros animais de cativeiro ou domesticados como nós, seres bem humanos2.

Commelina erecta


EXEMPLAR PLANTADO NO CÓRREGO:
Foto em


Fontes:https://www.jardineiro.net/
2https://come-se.blogspot.com


Calêndula

Calendula officinalis


Nome popular: Calêndula
Nome científico: Calendula officinalis L
Exigência por fertilidade:
Ciclo de vida:
Estrato:
Boa produtora de biomassa:
Alimento humano:
Atração de fauna e polinizadores:
Forrageira:
Potencial madeireiro:
Potencial Medicinal:
Potencial de renda e mercado:
Ocorrência predominante/ bioma indicado:


Nome científico: Calendula officinalis L.
Família: Compositae
Nomes populares: Malmequer, maravilha-dos-jardins, maravilha, bonina.
Sinonímia: Calendula aurantiaca Kotschy ex Boiss.
Partes usadas: Flor, folha, caule.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.)
: Calendulina, ácidos (málico, salicílico), mucilagem, resinas, óleo essencial, carotenoides, flavonoides, taninos, saponinas, cumarinas, colesterina, silício, alantoína, pró-vitamina B.
Propriedade terapêutica: Emenagoga, anti-inflamatória, antiemética, antisséptica local, cicatrizante, antifúngica, antialérgica, analgésica, vasodilatadora e tonificante da pele.
Indicação terapêutica: Tratamento da acne, queimaduras, alergias, picada de abelhas, vespas e mosquitos. É muito usada em produtos cosméticos e no combate ao tabagismo.
Nome em outros idiomas: Inglês: flower-heads of Marigold; Espanhol: calêndula, flamenquilla; Italiano: capolini di calendula.
Descrição: Planta herbácea anual, de 30 a 50 cm de altura, caule ereto, ramoso e pubescente. Apresenta folhas simples, grossas, inteiras, pilosas quando jovens e lisas quando adultas. As folhas apresentam bordos lisos ou levemente dentados, as inferiores são oblongas e as superiores, espatuladas, de cor verde-clara ou verde-oliva quando novas; são alternas e sésseis quando jovens e pecioladas quando adultas.
As flores estão reunidas em capítulos: as centrais são hermafroditas e masculinas e as periféricas, femininas, que produzem os frutos (sementes).
As inflorescências podem alcançar até 5 cm de diâmetro, podendo ser simples ou duplas, de coloração que varia do amarelo ao alaranjado; possuem odor forte e característico.
Os frutos (sementes) são do tipo aquênio indeiscente, curvados em arco (os exteriores) ou arredondados (os interiores). A raiz é fasciculada, amarelo-clara.
É planta rústica, pouco exigente em solo, mas desenvolve-se bem em solos profundos, drenados e com bom teor de matéria orgânica. Prefere clima temperado frio, não tolerando temperaturas elevadas. É exigente quanto a insolação.
A colheita pode ser feita 3 a 4 meses após o plantio, depois da plena abertura dos capítulos. Quando as flores se destinam à armazenagem, devem ser bem secas à sombra ou em estufas à temperatura de até 35º C durante um período de aproximadamente 48 h.
Uso popular e medicinal:
Em uso interno, possui ação emenagoga (facilita a menstruação), anti-inflamatória e antiemética. Em uso externo é antisséptica local, cicatrizante, antifúngica, antialérgica, analgésica, vasodilatadora e tonificante da pele.
Considerada eficaz no tratamento da acne, queimaduras, alergias, picada de abelhas, vespas e mosquitos. É muito usada em produtos cosméticos e no combate ao tabagismo.
Preparo e dosagem:
Chá por infusão (uso interno). Usam-se 5 colheres (sopa) de flores frescas picadas ou 2 colheres (sopa) de flores secas para 1 litro de água. Toma-se uma xícara de chá morno 3 vezes ao dia.
Chá por infusão (uso externo). Usam-se 10 colheres (sopa) de flores frescas ou 4 a 6 colheres (sopa) de flores secas para 1 litro de água. Aplica-se sobre o local afetado na forma de compressas e/ou banhos 3 vezes ao dia.
Combate ao tabagismo. Para deixar de fumar, usa-se essa infusão sob a forma de bochechos 3 vezes ao dia. Em poucos dias o tabaco adquire gosto desagradável.
Cataplasma. Amassam-se flores e folhas frescas, bem limpas, aplicando-as sobre as partes afetadas 3 vezes ao dia até a obtenção da cura.
Pomada. Aplica-se a pomada sobre o local afetado em camada fina 3 vezes ao dia. Ingredientes: 10 colheres (sopa) de vaselina sólida; 5 colheres (sopa) de flores de calêndula; 2 colheres (sopa) de cera de abelha. Modo de preparar: após lavar, secar e picar, a planta deve ser socada. Juntar a vaselina e fritar em fogo baixo, mexendo com colher de pau até a planta mudar de cor. Tirar do fogo e colocar a cera de abelha. Coar, continuar mexendo até a mistura esfriar e adquirir consistência de pomada. Conservar em geladeira, em recipiente limpo, seco, bem fechado e devidamente identificado1.



EXEMPLAR PLANTADO NO CÓRREGO:
Foto em


Fontes:
1https://www.ppmac.org