Crotalária


Crotalaria spectabilis


Nome popular: Crotalária
Nome científico: Crotalaria sp.
Exigência por fertilidade: média
Ciclo de vida: anual
Estrato: emergente
Boa produtora de biomassa: sim
Alimento humano: não
Atração de fauna e polinizadores: sim
Forrageira: não
Potencial madeireiro: não
Potencial Medicinal: sim
Potencial de renda e mercado: sim
Ocorrência predominante/ bioma indicado: Cerrado/Caatinga


Crotalaria é um gênero botânico pertencente à família Fabaceae. Possui cerca de 300 espécies descritas, com a ressalva de que nem todas pertencem realmente ao gênero.
Algumas espécies do gênero: Muitos arbustos desse gênero, comum na Região Nordeste do Brasil, são chamados de xiquexique (xique-xique) e chocalho. Hoehne atribui tais nomes às características do fruto, que é um legume quasi vesiculoso, de casca membranácea rija, em que as sementes, depois de maduras, se soltam e chocalham, produzindo um rumor de guizo de cascavel, inclusive daí a escolha do nome do gênero Crotalaria a Crotalus. Ainda segundo esse autor, as referências à toxidez das crotalárias do Brasil são mais raras do que na América do Norte e África, onde são mais comuns nos pastos. Nos pastos e capoeiras brasileiras, foram identificadas cerca de 35 espécies, perigosas porque o gado as procura com avidez por serem boas forrageiras. Entre as mais perigosas do gênero, estão a C. sagittalis L. e a C. nubica Beneth.

A Crotalaria retusa L. possui folhas amargas com ação eméticaː em algumas regiões da América Central e Guianas, são empregadas na culinária como uma espécie de couve e, na medicina popular, contra cólicas”, “catarros sanguíneos”, moléstias da pele etc.

Diversas espécies, inclusive brasileiras, tais como: C. spectabilis; C. mucronata; C. incana e uma espécie Índica, como a C. juncea já foram descritas em clínica veterinária ou estudos experimentais como tóxicas. Algumas espécies, como a espécie indiana Crotalaria madurensis Var. kurnoolica, exibem um amplo espectro de atividade antimicrobiana em micro-organismos patogênicos humanos, tendo sido testadas em 6 espécies de bactérias (gram positivas e negativas) e duas linhagens de fungos. A Crotalaria juncea costuma ser utilizada para adubação verde, controle de nematódeos e controle de Aedes aegypti, pois atrai libélulas, que costumam se alimentar dos adultos e das larvas de A. aegypti.1


Crotalária-juncea é uma leguminosa anual de primavera-verão, de crescimento muito rápido e vigoroso.
É a espécie que produz a maior quantidade de biomassa no menor tempo e, consequentemente, fornece nitrogênio em maior quantidade. Além disso, protege o solo contra os efeitos da erosão, tem um bom controle de ervas daninhas e é má hospedeira de nematoides do gênero Meloidogyne.
É muito utilizada na implantação e renovação de canaviais. Seu uso é recomendado para situações que necessitem de grande produção de biomassa em pouco tempo, de 3 a 4 meses.2
A Crotalária Juncea cresce de 60 centímetros a no máximo 1 metro de altura. Se bem cuidada, ela floresce em até 90 dias. O manejo deve ser feito justamente nessa fase de florescimento, quando o adubo verde apresenta o máximo acumulado de nutrientes. Esse é o momento em que normalmente o mosquito da dengue já é mandado para bem longe de casa. Em algumas cidades do país como em Sorriso, no Mato Grosso, sementes de Crotalária estão sendo plantadas pela cidade, que num único mês de pleno verão, com chuvas intensas, não registrou nenhum caso de dengue depois que as sementes foram espalhadas pelo município. Na cidade de Dracena, no interior de São Paulo, sementes de Crotalária foram distribuídas aos moradores para que plantem em suas casas, na tentativa de diminuir os casos de dengue no município.
Origem: Índia e Ásia Tropical
Nome científico: crotalaria junceae
Ciclo vegetativo: Anual (210 a 240 dias)
Fertilidade do solo: Média a alta (solos bem drenados)
Forma de crescimento: Ereto, subarbustivo
Utilização: Tóxica aos animais pode ser usada para adubação verde, produção de fibras e controle de mosquito da dengue
Altura: Até 1 metro Precipitação pluviométrica: Acima de 800 mm
Tolerância a seca: Alta
Tolerância ao frio: Média
Tolerância ao encharcamento: Baixo
Profundidade de plantio: 2 a 3 cm.3


Crotalária-breviflora
A Crotalária-breviflora é a espécie recomendada para entrelinhas de culturas perenes como o café, devido ao seu porte baixo e hábito não trepador. É má hospedeira de nematoides e ajuda no controle de ervas daninhas. Por combater nematoides dos tipos Meloidogyne e Pratylenchus, até mesmo em áreas de infestação mista. Os produtores de hortaliças também podem optar por este tipo de Crotalária. Já na cultura de grãos, seu uso é bastante recomendado consorciado com milho de segunda safra.


Crotalaria breviflora


Crotalária-juncea
A parceira oficial na reforma ou implantação de canaviais é a Crotalária-juncea. Seus resultados são apresentados em menor tempo e sua produção de biomassa é conferida em maior quantidade. Seus benefícios também podem ser notados no controle de nematoides do tipo Meloidogyne e na proteção do solo contra a erosão.


Crotalaria juncea


Crotalária-ochroleuca
Quando o assunto é rusticidade, a escolha pela Crotalária-ochroleuca é recomendada. Essa espécie também é empregada na sucessão de soja, com áreas em infestação mista por nematoides de cisto, galhas e lesões. A recuperação da capacidade produtiva do solo é outra vantagem reconhecida dessa Crotalária. Possui excelente fixação biológica de nitrogênio atmosférico e é ótima produtora de massa verde. Aparece como opção de adubo verde para culturas de hortaliças, grãos (no esquema “rotação entre as Crotalárias”), algodão, tabaco e cana-de- açúcar, além de culturas irrigadas.


Crotalaria ochroleuca


Crotalária-spectabilis
Por fim, a Crotalária-spectabilis é considerada a mais eficiente na redução de nematoides de galha, cisto e lesões radiculares em áreas de culturas anuais ou perenes. Possuí excelente fixação biológica de nitrogênio atmosférico e é ótima produtora de massa verde. Pode ser utilizada nas entrelinhas de culturas perenes sem prejudicar o trânsito de máquinas ou pessoas. Os cultivos de hortaliças, algodão, tabaco e cana-de- açúcar são os que, comumente utilizam tal espécie. Com esse guia em mãos, a Sementes Piraí espera esclarecer as dúvidas dos produtores. “Quando bem informado sobre a adubação verde e seus benefícios, o agricultor fica seguro para fazer a escolha acertada. Esse é um dos pilares da nossa empresa, informar para que os objetivos sejam atingidos com pleno sucesso. Dessa forma, acreditamos contribuir um pouco a mais com a transformação da agricultura convencional em sustentável”, declara Donizeti.4


Crotalaria spectabilis


EXEMPLAR PLANTADO NO CÓRREGO:
Foto em


Fonte:
1https://pt.wikipedia.org/wiki/Crotalaria
2https://pirai.com.br/produto/crotalaria-juncea/
3https://blog.plantei.com.br/uso-da-planta-crotalaria-no-combate-a-dengue/
4https://www.grupocultivar.com.br/noticias/qual-crotalaria-usar


Araruta

Maranta arundinacea


Nome popular: Araruta
Nome científico: Maranta arundinacea
Exigência por fertilidade: alta
Ciclo de vida: perene
Estrato: baixo
Boa produtora de biomassa: Não
Alimento humano: sim
Atração de fauna e polinizadores: não
Forrageira: sim
Potencial madeireiro: não
Potencial Medicinal: sim
Potencial de renda e mercado: sim
Ocorrência predominante/ bioma indicado: Cerrado


Maranta L. é um gênero botânico pertencente à família Marantaceae. Popularmente, os exemplares do gênero são conhecidos como urubá. É um gênero que apresenta aproximadamente 30 espécies herbáceas e perenes distribuídas por todos os habitat úmidos das regiões tropicais.

São plantas que podem alcançar até 50 cm de altura, de folhagem vistosa, com folhas grandes, oblongas, variegadas, manchadas segundo a espécie e variedade em tons verdes, vermelhos ou creme, de textura aterciopelada e brilhante, com nervuras muito evidenciadas. Possuem raízes tuberosas. Têm fases foliares de cor diferente, pecíolo longo, flores assimétricas aos pares (reflexo espelho), dísticas. O fruto apresenta sementes com arilo.

Etimologia: O nome científico deste gênero foi dado em homenagem ao botânico veneziano do século XVI Bartolomeo Maranti. O nome popular é provavelmente derivado da língua geral paulista.1.


Maranta arundinacea L.
OBS: Nome científico ACEITO por revisões: Phrynium variegatum
Nome(s) Popular(es): Araruta, agutingue-pé, araruta-caixulta, araruta comum, araruta-palmeira, embiri
Família: Marantaceae.

Introdução: A araruta ou maranta (Maranta arundinacea) é uma planta arbustiva originária da América tropical, cultivada há pelo menos 7000 anos. É uma erva cuja raiz tem fécula branca que é alimentícia. Considerada como um alimento de fácil digestão, a fécula da araruta é usada no preparo de mingaus, bolos e biscoitos. Por esta característica, é indicada para idosos, crianças pequenas e pessoas com debilidade física ou doentes em recuperação. Também pode se produzir papel com a araruta.

Segundo a sabedoria popular, a araruta tem vários usos medicinais sendo indicado para convalescença, febre, problemas pulmonares e urinários, dentre outros; mas é na culinária que o uso desta planta se destaca, recomendada para pessoas com restrições alimentares ao glúten (doença celíaca).

Encontra-se em processo de extinção devido ao fato de a indústria alimentícia ter substituído o polvilho de araruta pelo de mandioca ou pela farinha de trigo ou milho, prejudicando, assim, o cultivo daquela planta. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Agrobiologia tem feito um trabalho de resgate da araruta em sua Fazendinha Agroecológica Km 47, onde as variedades são cultivadas organicamente.

Sinonímia
Maranta indica Tussac;
Maranta protracta Miq.;
Maranta ramosissima Wall;
Maranta sylvatica Roscoe ex Sm.;
Phrynium variegatum N.E. Br.

Etimologia: “Araruta” é oriundo do termo aruaque aru-aru, “farinha de farinha”. “Embiri” provém do tupi embira?i, “embira pequena”

Outros idiomas
: arrow-root (inglês), maranta arruruz (espanhol), dictame (francês), maranta (italiano), arrowrootpflanze (alemão).

Características: A araruta é uma planta herbácea perene rizomatosa, ou seja, que forma rizomas, comuns nas florestas tropicais.
Os rizomas são caules prostrados que crescem horizontalmente sob o solo e que emite raízes, folhas e ramos a partir de seus nós.
No caso da araruta, os rizomas são fusiformes, muito fibrosos e acumulam amido que formam as reservas para o desenvolvimento de uma nova planta.

As duas variedades mais encontradas são a comum e a creoula. A primeira produz rizomas que podem atingir até 30 centímetros. São claros e cobertos por uma escama muito fina que solta com facilidade.
Na variedade creoula, os rizomas crescem mais superficialmente e apresentam uma coloração escura e se não forem muito bem lavados para retirar toda a película, produzem uma fécula escura de baixa qualidade.
São plantas rústicas, muito resistentes e altamente micorrizadas.

A associação da araruta com os fungos micorrízicos é uma das explicações para a rusticidade e resistência desta planta. Os estudos de COELHO (2003) mostram que cerca de 80% das raízes da araruta são micorrizadas.

Porte: Herbácea rizomatosa de até 1 metro.
Folhas: Folhas pecioladas e com longas bainhas foliáceas, ovais-lanceoladas, acuminadas com limbo de 10-20cm de comprimento e 5 a 8cm de largura, pubescentes na página inferior.
Flores: As flores são brancas e pequenas, insignificantes. Nascem solitárias ou em panículas terminais.
Frutos: Seu fruto plano-convexo, primeiramente baciforme e depois seco.
Sementes: Contém sementes rugosas, de cor vermelho-pálida, com arilo amarelo.2


EXEMPLAR PLANTADO NO CÓRREGO:
Foto em


Fontes
1https://pt.wikipedia.org/wiki/Maranta
2: https://www.tudosobreplantas.com.br/asp/plantas/


Feijão-de-porco

Canavalia ensiformis


Nome Científico: Canavalia ensiformis
Nomes Populares:
Família: Fabaceae
O feijão-de-porco, Canavalia ensiformis, é uma planta tropical, da família Fabaceae, amplamente cultivada nos países tropicais como cobertura verde. Sua associação, em nódulos radiculares, com bactérias fixadoras de nitrogênio é natural, tendo sido demonstrado mesmo que, em certas regiões, a inoculação destas é indiferente. A semente é posta no solo junto com o cereal para poder erradicar as plantas e aproveitar a semente ainda antes do que a vegetação abundante da Canavalia impeça a maturação da maçaroca.
A planta, ereta, anual, desenvolve-se bem em solos ácidos. Suas folhas grandes fornecem boa cobertura. Além disso é comestível: suas folhas são usadas como verdura, e as sementes são cozidas como feijão comum, embora tenham que passar por tratamento prévio para eliminar as várias toxinas da planta. Entre estas estão uma proteína que interage com as células intestinais, diminuindo a absorção de alimentos, e um hemoaglutinante que é usado em laboratórios clínicos. A planta tem também um neurotóxico, mas que é destruído por ingestão. Do feijão-de-porco têm sido extraídos os princípios ativos que agem como inseticidas, herbicidas – a planta apresenta alelopatia – e fungicidas. Recentemente a Radiobrás anunciou a descoberta nessa planta de uma proteína semelhante à insulina1.


O feijão-de-porco é uma leguminosa com crescimento inicial e fechamento rápido, indicada no controle de plantas daninhas, principalmente a tiririca, além da função de adubo verde – fixa em média 80 kg/ha de nitrogênio no solo. Devido ao seu porte baixo e ao fato de não ser trepadora, recomenda-se cultivá-la nas entrelinhas de milho e culturas perenes, como citros, café e uva, entre dezembro e fevereiro. A leguminosa é indicada também para atrair ácaros das culturas da uva e mamão, ajudando no seu manejo. O feijão-de-porco é plantado ao longo da linha das culturas principais e hospeda o ácaro, que é controlado com defensivos, evitando a aplicação direta do acaricida nas plantas e nos frutos. O feijão-de-porco também é considerado um excelente produtor de biomassa2.


EXEMPLAR PLANTADO NO CÓRREGO:
Foto em


Fontes:
1https://pt.wikipedia.org/
2https://www.comprerural.com