Boldo-da-terra

Plectranthus barbatus


Nome Científico: Plectranthus barbatus
Família: Lamiaceae
Nomes Populares: boldo-da-terra, boldo-de-jardim, tapete-de-oxalá, falso-boldo, boldo-brasileiro, alumã, boldo-peludo, boldo africano, boldo-do-reino e malva santa, indian coleus (inglês), boldo brasilero (espanhol), boldo de la índia (espanhol), coleus (espanhol).
Sinonímias: Coleus forskohlii
Origem: região Paleotropical (da África à Índia)
A espécie é utilizada como planta ornamental nas regiões tropicais e subtropicais e como planta medicinal, sendo uma importante fonte de forskolina, um diterpeno com forte atividade biológica e usos farmacológicos.
Descrição: Plectranthus barbatus é uma planta perene tropical filogeneticamente muito próxima das espécies típicas de coleus, muito utilizada na medicina tradicional Hindu, das regiões tropicais da África, da China e do Brasil e com considerável interesse comercial e científico. A Plectranthus barbatus, assim como outras espécies do gênero Plectranthus já são utilizadas no sistema de saúde do sudeste africano e tanto lá, como no Brasil, muitos dos usos envolvem infusões e decocções preparadas a partir das folhas da planta. A espécie faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (Renisus, 2015), constituída de espécies vegetais com potencial de avançar nas etapas da cadeia produtiva e de gerar produtos de interesse do Ministério da Saúde do Brasil.
É uma planta perene que atinge de 1 a 2 metros de altura, formando um arbusto (microfanerófito) de hábito arredondado.
As folhas são aveludadas, simples, opostas, cruzadas, relativamente grandes, com margem serrilhada e nervuras perinérveas, ovaladas de ápice agudo e base atenuada, atingindo de 5 a 8 cm de comprimento, pecíolos com média de 2,5 cm.
Produz flores azuladas, agrupadas numa inflorescência do tipo racemo (cacho) que se desenvolve ao longo de uma ráquis aprumado com cerca de 25 cm de comprimento.
A área de distribuição natural de Plectranthus barbatus estende-se desde a África tropical pela Península Arábica até à Índia.
Fitoquímica: As tisanas feitas com Plectranthus barbatus contém ácido rosmarínico e flavonóides glicuronídeos e diterpenoides. Os constituintes químicos de Plectranthus barbatus mostraram ter actividade biológica in vitro, tendo acção antioxidante e inibidora da acetilcolinesterase1.


Plectranthus barbatus


Originária da África, a Plectranthus barbatus, também é conhecida por outros nomes, como boldo-de-jardim ou falso-boldo. Aliás, ela é uma planta perene tropical que também é muito utilizada na medicina tradicional Hindu, das regiões tropicais da África!
Características: Arbusto; 1 a 2 metros de altura; Folhas verde-claro, aveludadas, grandes e com margem serrilhada
Flores azuladas.
Benefícios do Boldo-da-Terra: Estimula a digestão; Combate azias; Pode ser utilizado como analgésico; Ajuda a controlar a gastrite; Ajuda a combater doenças do fígado
Observações: Em excesso pode causar desconforto gástrico2.


Características botânicas: herbácea ou subarbustiva, aromática e perene. Atinge em torno de 1,5 m de altura, sendo pouco ramificada.
Cultivo-Solo/Clima: pode ser plantado em todas as regiões do Brasil, sendo somente sensível à geada. É bem resistente a pragas e doenças. Seis meses após o plantio a colheita já pode ser iniciada. Para se ter uma planta volumosa é aconselhável à poda das inflorescências um pouco antes da colheita. A propagação é feita por estaquia.
Usos medicinais, culinários e/ou ornamentais: a maceração das folhas é um tônico amargo que facilita o trabalho da vesícula biliar estimulando a secreção da bílis, favorecendo a digestão de gorduras, porém se tomado em exagero ou se o uso for prolongado, pode causar irritação gástrica. Se tomado em exagero ou usado prolongadamente, pode ser tóxico e causar irritação no tubo digestivo.
Partes usadas: folhas.
*O nome popular “boldo” é utilizado para denominar diversas plantas. O verdadeiro boldo (Peumus boldus) é uma pequena árvore do Chile, qual possui aroma de mastruço (Chenopodium ambrosioides), suas folhas são encontradas no comércio, porém não são cultivadas no Brasil. Existe ainda o falso boldo ou boldo-grande (Plectranthus grandis), muito parecido com o P. barbatus do qual difere por ter os talos e as folhas igualmente amargas e, o boldo-miúdo ou boldo-gambá (Plectranthus neochilus). Outra planta denominada boldo usada é a Vernonia condensata da família Asteraceae, conhecida também por alumã ou macelão (Lorenzi & Matos 2002)3.


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Fontes:
1https://pt.wikipedia.org
2https://bemdesaude.com
3http://www.sabordefazenda.com.br

Alfavacão

Ocimum gratissimum


Nome científico: Ocimum gratissimum L.
Família: Lamiaceae
Nomes Populares: Erva-cravo, alfavaca-cravo
Sinonímia: Geniosporum discolor Baker
Partes usadas: A planta toda.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): Cimen-8-ol, eugenol, timol, trans-cariofileno.
Propriedade terapêutica: Carminativo, sudorífico, diurético, antisséptico, bacteriostática, bactericida, fungicida, laxante.
Indicação terapêutica: Leishmaniose, infecções do trato respiratório superior, diarreia, desordem gastrointestinal, febre tifoide, dor de cabeça, doenças de pele e olhos, feridas, insolação, gripe, gonorreia.
Esta espécie é considerada Planta Alimentícia Não Convencional.
Nome em outros idiomas: Inglês: shrubby basil, east Indian basil, Russian basil Francês: menthe gabonaise
Origem: Planta originária do Oriente, subespontânea em todo o Brasil.
Descrição: Erva aromática, perene, pode atingir 1 a 3 m de altura. Tem caule ereto muito ramificado, glabroso ou pubescente. Folhas opostas, ovaladas, bordos dentados, variando de 4 a 8 cm de comprimento. Pecíolo de 2 a 4,5 cm de comprimento, esbelto, púbere. Inflorescência com flores pequenas de coloração roxo-esbranquiçada. Propaga-se principalmente por estacas retiradas do caule. É cultivada devido ao óleo essencial presente em suas folhas e caules.
Uso popular e medicinal: A planta possui aroma forte e agradável, é utilizada contra leishmaniose, infecções do trato respiratório superior, diarreia/antidiurese, desordem gastrointestinal, febre tifoide, dor de cabeça, doenças de pele e olhos. Na medicina caseira o chá serve como carminativo, sudorífico e diurético. A planta apresenta inúmeros compostos, sendo majoritário o eugenol. Espécies de Ocimum são classicamente fornecedoras de óleos essenciais, os quais são largamente utilizados em temperos de pratos especiais e como aromatizantes de licores e de perfumes finos.
Ocimum gratissimum apresenta a propriedade de conservante natural devido às substâncias encontradas em seu óleo essencial: cimen-8-ol, eugenol e trans-cariofileno. Vários autores descrevem a atividade antibacteriana do óleo essencial desta espécie como antisséptica no tratamento de feridas ou lesões com solução de continuidade. Esse óleo essencial foi testado frente a 14 diferentes bactérias originárias da Costa do Marfim e demostrou relevantes atividades bacteriostática e bactericida.
O eugenol apresenta uma série de atributos farmacológicos tais como agente aromático para alimentos, anticonvulsivo, anestésico, analgésico dentário, antibactericida e fungicida. Eugenol e, em menor grau, timol extraídos do óleo são substitutos dos óleos de cravo e de tomilho.
Na Indonésia (Sumatra) fazem um chá das folhas, enquanto na Tailândia as folhas são usadas como condimento.
Na Indonésia, o eugenol é utilizado na lavagem cerimonial de cadáveres. Na Índia, onde é denominada “ram tulsi”, O. gratissimum é amplamente utilizada em cerimônias religiosas.
Na medicina tradicional da África e Índia, preparações de toda a planta são usadas ​​para melhorar a digestão gástrica e tratar insolação, dor de cabeça e gripe.
As sementes têm propriedades laxativas e são prescritas contra a gonorreia. O óleo essencial é aplicado contra a febre, inflamações da garganta, ouvidos ou olhos, dor de estômago, diarreia e doenças de pele.
Testado como antibiótico, o óleo é também ótimo repelente de insetos [2].
Um estudo científico comprovou o potencial do alfavacão como fonte de antioxidantes naturais. Segundo os autores, o extrato bruto e o óleo essencial obtido das folhas, avaliados pelo método do tiociananto férrico, mostraram ser capazes de retardar a oxidação do ácido linolêico. A substância ativa do extrato bruto, responsável pela atividade antioxidante, foi isolada, identificada e caracterizada como eugenol.

Referências:
Revista Brasileira de Plantas Medicinais (2009): Inibição e inativação in vitro de diferentes métodos de extração de O. gratissimum frente a bactérias de interesse em alimentos – Acesso em 14 de junho de 2015
Plant Resources of South-East Asia (PROSEA: Ocimum gratissimum – Acesso em 14 de junho de 2015
Food Science and Technology (Campinas, 2007): Estudo da atividade antioxidante do extrato e do óleo essencial obtidos das folhas de alfavaca Ocimum gratissimum – Acesso em 14 de junho de 2015
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA Pantanal, 2006): Enraizamento de estacas de alfavaca O. gratissimum
Imagem: Flora of Zimbabwe (Photografer: BT. Wursten) – Acesso em 14 de junho de 2015
The Plant List: Ocimum gratissimum – Acesso em 14 de junho de 20151.


Falar de manjericão é falar de uma das plantas mais fáceis de se cultivar numa horta. É fácil pegar muda “de galho”, desenvolve-se em qualquer solo e em qualquer clima, desde que não excessivamente úmido; e é um tempero coringa na cozinha.
Sexta é dia de pizza! Que tal fazer uma pizza de Marguerite? E se, ao invés de usar manjericão, usar sua prima, a Alfavaca!?
Também conhecida como alfavacão e alfavaca-cravo, essa erva super aromática originária da Ásia dá em forma de arbustos que se ramificam em ramos lenhosos apresentando inflorescências com muitas flores pequenas esbranquiçadas. Ela pode ser cultivada em hortas e jardins que pega bem fácil. Sua parte aproveitada é a folha, usada tanto fresca quanto desidratada, é conhecida por sabor e aromas intensos que cai muito bem em pratos que acompanham carnes, massas e sopas! Uma dica bacana é misturar algumas folhas ao extrato de tomate pra fazer aquele molho gostoso do macarrão 😉 Gostou? Além disso, pode ser feito chá para se tomar puro ou com leite, o qual tem propriedades terapêuticas. Contêm minerais (fósforo, ferro e cálcio) e ainda é rica em vitaminas A, C e do complexo B
Segue receitinha diferentona -> Tempurá de Alfavaca
Esquente o óleo (de soja ou outro de sua preferência) em uma panela funda. Enquanto ele aquece, misture bem em uma tigela: ½ copo de água gelada (para dar crocância), ½ copo de farinha de trigo e uma pitada de sal. Empane as folhas de alfavaca uma a uma na mistura e coloque as para fritar. Bom apetite!2.


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Fontes:
1https://www.ppmac.org
2https://www.facebook.com/PancsUFF/posts/1831155323804047/

Gervão-roxo

Stachytarpheta cayennensis


Nome científico: Stachytarpheta cayennensis (Rich.) Vahl.
Nomes Populares: Gervão, Gervão-Roxo, Rinchão, Gerbão, Gervão-Azul, Chá-do-Brasil, Verbena Bastarda, Verbena Silvestre, Verbena Azul, Ervão, Aguaraponga, Aguará-Ponda, Erva-Dos-Sumidouros, Erva-Gervão, Gerebão, Garvão-Verdadeiro, Gervão-Alagadiço, Gervão-Bastardo, Gervão-Das-Caatingas, Gervão-Cheiroso, Gervão-da-Folha-de-Verônica, Gervão-Falso, Gervão-Roxa, Jabão, Jarbão, Jarvão, Jurujubam, Ogerbão, Ogervão, Orgibão, Vassourinha-De-Botão, Rinchão, Uregão, Uregevão, Urgibão, Verbena, Verbena-Falsa, Verbão, Verônica, Cha’do, Gervão das Taperas, Gervão Flor de Veronica, Gervão Urticante, Rinchao (Português), Rattail, Blue Snakeweed, Bluetop, Cayenne Snakeweed, Rough-Leaf False Vervain, Snakeweed (Inglês), Blue Vervain, Camacolal, Cotacam, Verbena, Vervain, Wild Verbena, Xtyay-AchBak-Shel, Xtyay-Ach-Bak-Shul (Bélgica), Honagaso (Japonês), Ocullucuy Sacha, Verbena Negra (Espanhol/Peru), Vorvine (Creole)
Família: Verbenaceae
Sinonímias: Abena cayennensis (Rich.) Hitchc., Lippia cylindrica Scheele, Stachytarpheta australis fo. albiflora Moldenke, Stachytarpheta australis Moldenke, Stachytarpheta dichotoma (Ruiz & Pav.) Vahl, Stachytarpheta dichotoma fo. albiflora (Moldenke) Moldenke, Stachytarpheta guatemalensis fo. albiflora Moldenke, Stachytarpheta guatemalensis Moldenke, Stachytarpheta hirta Kunth, Stachytarpheta tabascana Moldenke, Stachytarpheta umbrosa Kunth, Stachytarpheta veronicaefolia Cham., Valerianoides cayennense (Rich.) Kuntze, Verbena cayennensis Rich., Verbena dichotoma Ruiz & Pav., Stachytarpheta jamaicensis (L.) Vahl., S. urticifolia Sims;.
Partes usadas: Toda a planta.
Sabor: Picante, amargo e amornante.
Composição química: Verbascosídeo, ácidos clorogênico, γ-aminobutírico, cafêico e ursólico, dopamina, N-dotriacontano, hentriacontano, ipolamida, N-nonacosano, N-pentriacontano, α-espinasterol, tafetalina, fridelina, hispidulina, escutelareína, estarquitafina, citral, geraniol, verbenalina, dextrina e ácido salicílico.
Propriedades medicinais gerais: Diurético, tônico, cicatrizante, estimulante, inseticida, sudorífico, analgésico, anti-inflamatório geral de uso interno e externo, modulador, colagogo, vasodilatador, anti-histamínico, antitussígeno, antiespasmódico, antiácido, vermífugo, larvicida, emenagogo, diaforético, galactagogo, vulnerário, hepatoprotetor, gastroprotetor, antiulcerativo, inibidor da secreção gástrica, antipirético, sedante, antilítico, anti-hipertensivo, antibacteriano, detersivo, anticatarral, antidiarreico, antiemético, anti-hemorroidário, depurativo, febrífugo, hipoglicêmico, laxativo, panaceia, purgativo, sudorífico, fungicida e béquico.
Indicações para uso interno: Sistema Gastrointestinal: nas afecções gástricas, hemorroidas, diarreia, vômito, elimina vermes intestinais e parasitoses externas e internas, refluxo gastresofágico, úlceras, constipação, digestão lenta, fraqueza estomacal, azia, acidez, desinteria, na dor de estômago, indutor da motilidade intestinal, queimação e para inchaço do baço.
Sistema Urinário e Genital: na disúria
Sistema Hepático: para afecções do fígado, hepatite (inclusive crônica), age no fígado, icterícia, colecistite, malária e na insuficiência hepática.
Sistema Respiratório: na tosse, rouquidão, bronquite, na presença de catarro, afecções respiratórias e na asma.
Sistema Cardíaco: Sanguíneo e Circulatório: nas cardiopatias,
Sistema Imunológico: Nervoso e Linfático: para gripe, febre, afecções alérgicas e em distúrbios nervosos.
Sistema Musculoesquelético e Conjuntivo: para artrite.
Sistema Renal: age no equilíbrio do rim, ajuda a eliminar cálculos e também na pielite.
Outros distúrbios: na amebíase, debilidade orgânica, tumores, náusea, diabete, vitiligo, pirexia, dores de cabeça, no tifo e na febre amarela.
Indicações para uso externo: Pele e unhas: para contusões, machucaduras, furúnculos, feridas, ulcerações e em eczemas.
Cabeça e face: nas oftalmias.
Outros distúrbios: na erisipela.
Quando não devemos usar esta erva (contraindicações): Evitar o uso desta erva na gestação, em casos de hipotensão arterial e em pessoas com histórico de alergia a aspirina. Por conter ácido salicílico, a erva pode potencializar o efeito da aspirina e assemelhados a base de ácido salicílico, além de outros medicamentos cardíacos e para pressão arterial.
Interações medicamentosas: Evitar interação desta erva com Aesculum hippocastanum (Castanha da Índia). O gervão pode apresentar salicilatos, que podem potencializar a ação da aspirina e outros medicamentos cardíacos ou para pressão arterial.
Toxicidade: Erva sem toxicidade, nas doses recomendadas.
Sistemas Florais: para agressividade nas atitudes, nervosismo, vontade de descontar a raiva nos outros, inflamações.
Medicina Chinesa (MTC): Esta erva tonifica o Yin do Estômago, elimina umidade-calor do Jiao Médio e Superior, tonifica o Yin do Fígado, elimina calor do Pulmão, tonifica o Qi do Baço e também tonifica o Yin do Pulmão. Atua nos canais do Fígado, Baço/Pâncreas, Pulmões e Estômago.
Ayurveda: Esta erva reduz Pitta e Vata e pode agravar Kapha. Sua rasa é doce e amarga. Sua virya é fria e sua vipaka é doce.
Informações em outros sistemas de saúde: Na República Dominicana, foi verificada a presença de ácido cianídrico nas folhas. Os dominicanos utilizam a erva para tratar catarro, problemas de congestão cardíaca, disúria, febre e para eliminar vermes. Usado contra vermes e parasitas intestinais, no Caribe e Jamaica. Os guatemaltecos utilizam a sua decocção para tratamento de malária e outras febres. Peruanos tomam uma xícara por dia da seiva da planta, durante 3 meses, para tratar diabetes.
Habitat: Espécie autóctone que ocorre em pastagens, matas de altitude, áreas ruderais e na vegetação de restinga do litoral. Planta da América do Sul e Europa. Ocorre em diversos estados brasileiros.
Descrição da planta: É uma planta subarbustiva, perene, dicótoma, de caule e ramos angulosos, quadrangulares e pubescentes. As folhas são opostas, ovado-agudas, crenadas, medindo cerca de 6 a 7 cm de comprimento e 3 cm de largura. Apresenta espigas terminais de 20 a 30 cm de comprimento. Suas flores são azuladas, sésseis, corola 5-simpétalas. Atinge até 1,20m de altura. O fruto artrocarpáceo é composto por dois carcerulídeos castanho-claros ou escuros, discretamente tomentosos, contendo uma semente com tegumento membranáceo, esbranquiçado.
Vamos plantar? Deve ser cultivada a pleno sol. A planta gosta de solo fértil, drenável, enriquecido com húmus. Não é exigente com relação à rega, que deve ser feita com intervalos. O gervão não tolera geadas e seu cultivo é mais indicado para regiões tropicais e subtropicais de inverno quente. Sua multiplicação se dá por sementes.
Fontes de pesquisas utilizadas: http://www.plantamed.com.br/ • https://nofigueiredo.com.br/atraia-fadas-para-o-jardim-cultivando-o-gervao/ • ITF – Índice Terapêutico Fitoterápico – EPUB • Plantas que curam – Enio Emmanuel Sanguinetti – Editora Rigel • CD Rom – Ervas Medicinais – Volume 1 • Florais das Gerais – Catálogo • Fitoterapia Amazônica- Fernando Castro da Cruz – Ed. Palpite • Projeto Sementinha – Nossos chás – 2000 – Organização e pesquisa – Vânia Coutinho • Apostila Fito Chinesa II – Prof. Antonio de Bortolli – Delta Educação • Dukes Handbook of Medicinal Plants of Latin America – James A. Duke with Mary Jo Bogenschutz-Godwin, Andrea R. Ottesen – CRC Press • Plantas medicinais na Amazônia e Mata Atlântica – Luiz Claudio Di Stasi e Clélia Akiko Hiruma-Lima – Editora Unesp1.


Uma plantinha que abunda em todo o Brasil, da caatinga ao cerrado, nas restingas litorâneas e nos campos abertos, o gervão, é medicinal da raiz às flores. As qualidades medicinais desta planta são reconhecidas já a muito tempo aqui na nossa terra pois, a mesma sempre fez parte da farmacopeia indígena brasileira e do uso ritualístico das religiões afrobrasileiras, umbanda e candomblé. Portanto, a história do gervão já está “na boca do povo” há séculos. Para ser mais exata, desde a primeira metade do século XIX está documentado o seu uso para diversos problemas de saúde.

“Essa espécie, que cresce por toda a parte, foi necessariamente uma das primeiras que os brasileiros experimentaram nas suas enfermidades; mas, como tais experiências foram tentadas num monte de doenças que nada têm de comum entre si, e sempre se louva o remédio quando ele é acompanhado pela cura, é natural que se tenha acabado por atribuir ao Gervão propriedades muito diferentes nas diversas partes do Brasil. Essa planta é, pois, considerada, ora como estimulante, ora como febrífuga, ora vulnerária, etc, e recomenda-se àqueles que receberam fortes contusões beber o suco que se obtém de suas folhas ou beber uma infusão que se faz com elas.” (A. de Saint-Hilaire Plantas Usuais dos Brasileiros, 1824)

Para evitar confundir o gervão com outras ervas saiba que esta planta é uma Stachytarpheta cayennensis, da família botânica das Verbenaceae e no Brasil, por onde pode ser encontrada em todos os lados, tem uma infinidade de outros nomes populares: gervão-roxo, gervão-azul, chá-do-brasil rinchão, verbena, verbena bastarda, verbena silvestre, verbena azul, aguarapongá, aguará-ponda, erva-dos-sumidouros, vassourinha-de-botão, verônica, e muitos outros, variando de lugar para lugar.

No mundo científico esta plantinha tão linda, que cresce como mato na beira dos caminhos brasileiros, é estudada para controle da leishmaniose, pela Fiocruz, como antifúngica (aqui neste artigo) e qual o seu efeito na mucosa do aparelho gástrico.

Usos mais comuns do gervão: O gervão possui vários compostos químicos que são benéficos para o organismo e são esses compostos que dão a esta planta nativa as suas propriedades analgésicas, febrífugas, diuréticas, hepáticas, tônicas, antibacterianas, anti-inflamatórias e muitas outras qualidades.

Você pode fazer um chá de gervão para dores abdominais e de estômago, para febres e prisão de ventre. Também é um eficaz diurético e um tônico estimulante. Tradicionalmente o gervão é usado em casos de bronquite e catarro preso no peito.

Para ajudar a menstruação a descer, basta lavar a cabeça com a água de gervão – cozinhe a planta toda na água, deixe amornar, coe e enxágue seus cabelos.

E macerado com sal, o gervão pode ser aplicado sobre abcessos e furúnculos para os fazer reduzir.

O cozimento das raízes de gervão é um ótimo cicatrizante podendo ser usado como emplastro sobre as feridas abertas. Mas também pode ser usado o macerado de folhas e raízes frescas, que deverá ser aplicado na pele a cicatrizar.

O xarope de gervão é ótimo para o tratamento de tosses, resfriados, rouquidão e outros desconfortos do trato respiratório.

O chá de gervão é feito assim: em 500 ml de água fervida coloque duas colheres de sopa de folhas e flores de gervão fresco. Se usar o gervão seco, ponha a metade da quantidade de erva. Deixe em infusão, coberto, por 10 minutos depois do que, coe e tome uma a três xícaras por dia.

Mas, cuidado, toda planta tem suas contraindicações
O gervão pode ter efeito abortivo, portanto evite se estiver grávida. Também é um grande hipotensor pelo que, se você já tem a pressão arterial baixa, use com muito cuidado e observe a reação do seu organismo.

Como esta planta tem em sua composição traços de ácido acetilsalicílico pode causar alergia àqueles que são sensíveis demais à aspirina. Evite.2.


EXEMPLAR PLANTADO NO CÓRREGO:
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Fontes:
1https://ervanarium.com.br
2https://www.greenme.com.br