Jalcione Almeida e
Lovois de Andrade Miguel
IN: REDES, Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), vol. 9, nº 2 (maio/ agosto de 2004) – Santa Cruz do Sul: Editora da UNISC, 2004. Pp. 133 – 155
A popularização da expressão “Desenvolvimento Sustentável”, nas últimas décadas, trouxe consigo um novo desafio: a avaliação da sustentabilidade. Propostas de indicadores de sustentabilidade entraram na agenda de governos e instituições não governamentais com o objetivo de medir a sustentabilidade em agroecossistemas. No entanto, metodologias de alta complexidade, tanto no que se refere a obtenção como a interpretação de indicadores de sustentabilidade, têm dificultado a aplicação e a operação destas propostas em escalas locais ou regionais. Neste artigo comparam-se quatro metodologias utilizadas recentemente em trabalhos científicos para a avaliação da sustentabilidade em sistemas de produção agropecuários. Para tanto, foi selecionado um conjunto de indicadores de avaliação de sustentabilidade. Estes indicadores foram testados utilizando três metodologias que utilizam cálculos estatísticos sofisticados e uma metodologia utiliza cálculos simplificados (média aritmética simples) para comparar a sustentabilidade em sistemas de produção agropecuários. Pode-se constatar que as quatro metodologias empregadas neste estudo produziram resultados semelhantes e permitiram avaliar e comparar os diferentes sistemas de produção agropecuários sob uma perspectiva de sustentabilidade. A análise comparativa simplificada configurou-se assim como uma alternativa viável e confiável para a avaliação da sustentabilidade de sistemas de produção agropecuários.