Aceroleira

Malpighia sp.

Nome popular: Acerola
Nome científico: Malpighia glabra L.
Exigência por fertilidade: média
Ciclo de vida: perene
Estrato: alto
Boa produtora de biomassa: não
Alimento humano: sim
Atração de fauna e polinizadores: sim
Forrageira: não
Potencial madeireiro: não
Potencial Medicinal: não
Potencial de renda e mercado: sim
Ocorrência predominante/ bioma indicado: Cerrado/Caatinga

Acerola é o delicioso fruto que nasce na árvore chamada aceroleira. A acerola, azerola, cerejeira-do-pará, cerejeira-de-barbados ou cerejeira-das-antilhas é um arbusto da família das malpighiáceas. Originária das Antilhas, das Américas Central, do Norte e do Sul, a acerola foi introduzida no Brasil pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, em 1955, em Pernambuco.

Etimologia: “Acerola” e “azerola” provêm do árabe az-zu’rur, através do espanhol acerola.

Descrição: O fruto nasce na aceroleira, que é um arbusto de até três metros de altura, cujo tronco se ramifica desde a base e cuja copa é bastante densa com pequenas folhas verde-escuras e brilhantes. Suas flores, de cor rósea-esbranquiçada, são dispostas em cachos e têm floração durante todo o ano. Após três ou quatro semanas, se dá sua frutificação. Por ser uma planta muito rústica e resistente, ela se espalhou facilmente por várias áreas tropicais, subtropicais e até semiáridas. A acerola, quando madura, tem uma variação de cor que vai do alaranjado ao vinho, passando pelo vermelho. Esta coloração é resultado da presença de antocianinas, especialmente pelargonidina e malvidina.

Sua superfície é lisa ou dividida em três gomos. Possui três sementes no seu interior. O sabor do fruto é levemente ácido e o perfume é semelhante ao da uva. Possui vitaminas A, B1 (tiamina), B2 (riboflavina), B3 (niacina), cálcio, fósforo, ferro e, principalmente, vitamina C, que, em algumas variedades, chega a estar presente em até 5 gramas por 100 gramas de polpa. Este valor chega a ser oitenta vezes superior ao da laranja e ao do limão.

A acerola está dividida em duas seleções: a acerola vermelha e a acerola laranja.

Cultivo: Nos países de clima tropical, a acerola vem ganhando cada vez mais destaque em seu cultivo como bonsai de interior.

Prato com frutos de acerola: No Brasil, foi, inicialmente, introduzida no estado de Pernambuco pela Universidade Federal Rural de Pernambuco em 1955, por meio de sementes oriundas de Porto Rico, espalhando-se, a partir de então, para o Nordeste e outras regiões do país.

O cultivo de acerola teve um forte crescimento a partir do final do século XX, sendo hoje uma importante cultura da Região Nordeste do Brasil, principalmente na agroindústria de polpa de fruta congelada.

Propriedades nutricionais do fruto: O teor de ácido ascórbico em 100 gramas de polpa de acerola excede mil miligramas, valor equivalente aos comprimidos efervescentes contendo um grama de vitamina C.

Mesquita e Vigoa, no livro “La Acerola”, de 2000, demonstraram que o alto teor de ácido ascórbico e a presença de antocianinas no fruto de acerola promovem ação antioxidante. Bsoul e Terezhalmy, em seu livro “Vitamin C in health and disease”, de 2004 descrevem que, além da ação antioxidante sobre os radicais livres, os frutos da acerola possuem ação imunoestimulante, estimulam a formação do colágeno, importante para a mucosa oral, pois diminui a permeabilidade a endotoxinas.

1


EXEMPLAR PLANTADO NO CÓRREGO:
Foto em


Fontes:
1https://pt.wikipedia.org/wiki/Acerola


Abobreira

Curcubita pepo


Nome popular: Abóbora de rama
Nome científico: Curcubita pepo
Exigência por fertilidade: média
Ciclo de vida: semestral
Estrato: baixo
Boa produtora de biomassa: sim
Alimento humano: sim
Atração de fauna e polinizadores: sim
Forrageira: não
Potencial madeireiro: não
Potencial Medicinal: não
Potencial de renda e mercado: sim
Ocorrência predominante/ bioma indicado: Cerrado/Caatinga

Sinônimos botânicos: Cucurbita courgero Ser., Cucurbita elongata Bean ex Schrad., Cucurbita esculenta Gray, Cucurbita ovifera L.

Outros nomes populares: aboboreira, abobra, jerimum, jerimunzeiro, abobrinha italiana, abóbora-amarela, abóbora-da-guiné, abóbora-de-carne-branca, abóbora-de-carneiro, abóbora-grande, abóbora-moganga, abóbora-moranga, abóbora-de-porco, abóbora-porqueira, abóbora-quaresma, abobreira-grande, cabaceira, cucurbita-major-rotunda, cucurbita-potiro, girimum, jeremum, jurumum, zapalito-de-tronco, zapalo, erimum, jerui, pumpkin (inglês), abobra (espanhol), courge (francês), peperone (italiano), garten-kürbis (alemão).

Constituintes químicos: As sementes contêm: óleo essencial (até 50%), albuminas, glicosídeo (cucurbitina), resina, minerais (principalmente) zinco.
A polpa contém açúcares, albuminas, gorduras, ácido ascórbico, ácido hidrociânico, ácido salicílico, aminoácidos, carotenóides, cucurbitacina E, cucurbitina, flavonóides, saponinas, tanino, trigonelina, vitaminas, minerais.

Propriedades medicinais: anti-helmíntica, antiinflamatória, anti-febril, antitérmica, bactericida, diurética, emoliente, estomáquica, hepática, tenífuga, umectante, vermífuga.

Indicações: erisipela, febre, inflamação (rins, vias urinarias, fígado, baço, próstata, ouvido, pele, generalizada), queimadura, vermes, dores de ouvido, anemia, avitaminose, infecções dos rins, náusea, vômito da gravidez, ferida de origem sifilítica, peles oleosas, limpeza da pele, acne, suavizar e amaciar a pele, máscara capilar, alisar os cabelos (submetidos a tratamento químico).

Parte utilizada: folhas, flores, sementes, polpa.

Contra-indicações/cuidados: não foram encontrados na literatura consultada.

Efeitos colaterais: não foram encontrados na literatura consultada.

Modo de usar:
– Fruto cozido, em pedaços ou purê, com carne, carne seca ou camarão e sopas, na preparação de doces e compotas;
– Fabricação de loções para a limpeza da pele;
– polpa, retirada por decocção: diarréia e gases;
– sumo da polpa: prisão de ventre;
– suco das sementes trituradas: febre, inflamações das vias urinárias, afecções renais;
– As sementes, cruas e secas: tratamento de próstata, vermes intestinais;
– cataplasma das folhas: queimaduras, inflamações, dores de ouvido;
– folhas, cruas e frescas: anemia, avitaminose.1

Outras espécies do gênero:
Cucurbita acutangula
Cucurbita andreana
Cucurbita anguria Duchesne
Cucurbita argyrosperma
Cucurbita aspera
Cucurbita caffra Eckl.
Cucurbita californica
Cucurbita citrullus
Cucurbita colombiana
Cucurbita cordata
Cucurbita courgero
Cucurbita cyanoperizona
Cucurbita cylindrata
Cucurbita digitata
Cucurbita ecuadorensis
Cucurbita elongata
Cucurbita esculenta
Cucurbita euodicarpa
Cucurbita ficifolia
Cucurbita foetidissima
Cucurbita fraterna
Cucurbita galeotii
Cucurbita gracilior
Cucurbita hispida
Cucurbita idolatrica
Cucurbita indica
Cucurbita kellyana
Cucurbita lagenaria
Cucurbita leucantha
Cucurbita lundelliana
Cucurbita martinezii
Cucurbita maxima
Cucurbita melanosperma
Cucurbita melopepo
Cucurbita mexicana
Cucurbita mixta
Cucurbita moorei
Cucurbita moschata
Cucurbita odorifera
Cucurbita okeechobeensis
Cucurbita ovifera
Cucurbita palmata
Cucurbita palmeri
Cucurbita pedatifolia
Cucurbita perennis
Cucurbita perpusilla
Cucurbita radicans
Cucurbita scabridifolia
Cucurbita siceraria
Cucurbita sororia
Cucurbita stenosperma
Cucurbita texana
Cucurbita turbaniformis
Cucurbita urkupinana
Cucurbita zapallito


EXEMPLAR PLANTADO NO CÓRREGO:
Foto em


Fontes:
1http://www.plantamed.com.br/plantaservas/especies/Cucurbita_pepo.htm

Abacaxizeiro

Ananas comosus


Nome popular: Abacaxizeiro
Nome científico: Ananas spp.
Exigência por fertilidade: baixa-média
Ciclo de vida: anual
Estrato : baixo
Boa produtora de biomassa: não
Alimento humano: sim
Atração de fauna e polinizadores: sim
Forrageira: não
Potencial madeireiro: não
Potencial Medicinal: sim
Potencial de renda e mercado: sim
Ocorrência predominante/bioma indicado: Cerrado/Caatinga

Etimologia
O termo “abacaxi” é oriundo da junção dos termos tupis i’bá (fruto) e ká’ti (recendente, que exala cheiro agradável e intenso), documentado já no início do séc. XIX.

O termo “ananás” (em português e espanhol) é do guarani e tupi antigo naná, e documentado em português na primeira metade do séc. XVI e em espanhol na segunda (1578), sendo empréstimo do português do Brasil ou da sua língua geral.

O abacaxi é um fruto-símbolo de regiões tropicais e subtropicais, de grande aceitação em todo o mundo, quer ao natural, quer industrializado: agrada aos olhos, ao paladar e ao olfato. Por essas razões e por ter uma “coroa”, cabe-lhe, por vezes, o cognome de “rei dos frutos”, que lhe foi dado, logo após seu descobrimento, pelos portugueses.

Na linguagem corrente do Brasil, tal como em Angola, costuma-se designar por “ananás” os frutos de plantas não cultivadas, de variedades menos conhecidas ou de qualidade inferior. Por sua vez, a palavra “abacaxi” costuma ser empregada não apenas para designar o fruto de melhor qualidade, mas a própria planta que o produz.

Na gíria brasileira, “abacaxi” significa “algo que não dá bom resultado, coisa embrulhada ou que não presta”. Este fato provavelmente se deve a seu visual espinhoso e ressequido, bem como à dificuldade para descascá-lo sem se ferir com suas farpas, presentes tanto na “coroa” quanto na própria casca. “Descascar o abacaxi”, uma extensão da mesma gíria, significa “resolver um problema difícil”.

Histórico

Abacaxizeiro com fruto quase maduro.
O abacaxi já era cultivado pelos indígenas em extensas regiões do Novo Mundo antes da sua descoberta pelos europeus. Origina-se da América tropical e subtropical (da região centro-sul do Brasil, nordeste da Argentina e Paraguai).

Acredita-se que os nativos do sul do Brasil e Paraguai disseminaram o abacaxi na América do Sul e eventualmente, acabou por alcançar o Caribe, a América Central e o México. Sendo que em 4 de novembro de 1493, Colombo e seus marinheiros descobriram o abacaxizeiro em Guadalupe, nas Pequenas Antilhas, promovendo, a partir deste momento, sua disseminação pelo mundo e tornando-o uma das infrutescências mais apreciadas no globo.

Os espanhóis introduziram a planta nas Filipinas, Havaí, Zimbabwe e Guam. Os portugueses introduziram a fruta na India em 1550. A planta foi levada para Europa pelos Holandeses, sendo que o primeiro europeu a conseguir plantá-la no continente utilizando estufas foi Pieter de la Court em Meerburg em 1658. Dado as dificuldades de importação na época, e os proibitivos custos de equipamento e mão de obra necessários para plantar o abacaxi em climas temperados, a fruta virou um simbolo de ostentação. Eles chegaram a ser usados em jantares apenas como enfeites, e reutilizados continuamente, até apodrecer.

Características

Inflorescência de um Ananas comosus.
O abacaxizeiro é planta semiperene que alcança um metro de altura. Primeiramente, produz um único fruto, situado no ápice; depois, com a ramificação lateral do talo, aparecem outros frutos, de modo que a fase produtiva pode prolongar-se por vários anos. Quando adulto, é constituído de raízes, talo (caule), folhas, frutos e mudas. O sistema radicular, do tipo fasciculado, é superficial, pois a maior parte das raízes fica nos primeiros 15 cm de solo. O talo apresenta o formato de uma clava, relativamente curta e grossa. As folhas têm forma de calha, com espinhos e estão inseridas no talo, formando uma densa espiral dextrogira e levogira.

A inflorescência é uma espiga, formada de flores completas, cada uma localizada na axila de uma bráctea. O fruto é composto, do tipo sorose, e resulta da coalescência de um grande número de frutos simples (100 a 200), do tipo baga, denominados frutilhos, os quais estão inseridos num eixo central, coração ou miolo, em disposição espiralada e intimamente soldados uns aos outros. No ápice do fruto existe um tufo de folhas – a coroa – resultante do tecido meristemático apical que a planta possui desde a sua origem. A conexão do fruto com o talo da planta é feita através de um pedúnculo.

A casca do abacaxi é formada pela reunião das brácteas e sépalas das flores. Logo abaixo da casca, inseridos na periferia de depressões em forma de taça, podem ser encontrados restos de pétalas e de estames, enquanto de cada uma dessas depressões aparece um vestígio de estilete. Na superfície de um fruto descascado de um modo pouco profundo, os restos de estiletes dão ideia de espinhos. Por outro lado, quando o descascamento é feito de modo mais profundo, a superfície mostra-se toda perfurada, por ficarem expostas as lojas ou lóculos dos ovários dos frutilhos. Dentro de tais lojas, em se tratando de fruto de variedade cultivada, geralmente são encontrados apenas óvulos abortados, pois a formação de sementes é rara, por serem as flores autoincompatíveis. Todavia, por meio de polinização manual com pólen de outra variedade, não é rara a produção de duas mil a três mil sementes por fruto.[12]

A parte comestível do abacaxi é a polpa, suculenta, formada pelas paredes das lojas dos frutilhos e pelo tecido parenquimatoso que os une, bem como pela porção externa ou casca do coração. De acordo com a parte da planta em que são produzidas, as mudas do abacaxizeiro são classificadas em quatro tipos:
Coroa – muda do ápice do fruto;
Filhote – muda do pedúnculo;
Filhote-rebentão – muda da região de inserção do pedúnculo com o talo da planta;
Rebentão – muda do talo da planta.

O abacaxizeiro é uma planta muito sensível ao frio, mas resiste bem às secas. Embora seja planta tropical, nos dias de sol muito intenso, os frutos podem sofrer queimaduras, quando não são protegidos. Pode ser cultivado em qualquer tipo de solo, desde que seja permeável, isto é, não sujeito ao encharcamento; prefere, porém, solos leves, ricos em elementos nutritivos e com pH entre 4,5 e 5,5, ainda que tolere aqueles de pH mais baixo. É bastante exigente em nutrientes.

Geralmente, o florescimento natural do abacaxizeiro ocorre no inverno, por ser planta de dias curtos, ou seja, com a diminuição do fotoperíodo e ou redução da temperatura, a gema apical é induzida a produzir uma inflorescência ao invés de emitir folhas. O comprimento do ciclo natural pode variar de 10 a 36 meses, pois, além de condições climáticas, depende da época de plantio, do tipo e do peso das mudas utilizadas, e também das práticas culturais adotadas1


EXEMPLAR PLANTADO NO CÓRREGO:
Foto em


Fontes:
1https://pt.wikipedia.org/wiki/Anan%C3%A1s