Araruta

Maranta arundinacea


Nome popular: Araruta
Nome científico: Maranta arundinacea
Exigência por fertilidade: alta
Ciclo de vida: perene
Estrato: baixo
Boa produtora de biomassa: Não
Alimento humano: sim
Atração de fauna e polinizadores: não
Forrageira: sim
Potencial madeireiro: não
Potencial Medicinal: sim
Potencial de renda e mercado: sim
Ocorrência predominante/ bioma indicado: Cerrado


Maranta L. é um gênero botânico pertencente à família Marantaceae. Popularmente, os exemplares do gênero são conhecidos como urubá. É um gênero que apresenta aproximadamente 30 espécies herbáceas e perenes distribuídas por todos os habitat úmidos das regiões tropicais.

São plantas que podem alcançar até 50 cm de altura, de folhagem vistosa, com folhas grandes, oblongas, variegadas, manchadas segundo a espécie e variedade em tons verdes, vermelhos ou creme, de textura aterciopelada e brilhante, com nervuras muito evidenciadas. Possuem raízes tuberosas. Têm fases foliares de cor diferente, pecíolo longo, flores assimétricas aos pares (reflexo espelho), dísticas. O fruto apresenta sementes com arilo.

Etimologia: O nome científico deste gênero foi dado em homenagem ao botânico veneziano do século XVI Bartolomeo Maranti. O nome popular é provavelmente derivado da língua geral paulista.1.


Maranta arundinacea L.
OBS: Nome científico ACEITO por revisões: Phrynium variegatum
Nome(s) Popular(es): Araruta, agutingue-pé, araruta-caixulta, araruta comum, araruta-palmeira, embiri
Família: Marantaceae.

Introdução: A araruta ou maranta (Maranta arundinacea) é uma planta arbustiva originária da América tropical, cultivada há pelo menos 7000 anos. É uma erva cuja raiz tem fécula branca que é alimentícia. Considerada como um alimento de fácil digestão, a fécula da araruta é usada no preparo de mingaus, bolos e biscoitos. Por esta característica, é indicada para idosos, crianças pequenas e pessoas com debilidade física ou doentes em recuperação. Também pode se produzir papel com a araruta.

Segundo a sabedoria popular, a araruta tem vários usos medicinais sendo indicado para convalescença, febre, problemas pulmonares e urinários, dentre outros; mas é na culinária que o uso desta planta se destaca, recomendada para pessoas com restrições alimentares ao glúten (doença celíaca).

Encontra-se em processo de extinção devido ao fato de a indústria alimentícia ter substituído o polvilho de araruta pelo de mandioca ou pela farinha de trigo ou milho, prejudicando, assim, o cultivo daquela planta. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Agrobiologia tem feito um trabalho de resgate da araruta em sua Fazendinha Agroecológica Km 47, onde as variedades são cultivadas organicamente.

Sinonímia
Maranta indica Tussac;
Maranta protracta Miq.;
Maranta ramosissima Wall;
Maranta sylvatica Roscoe ex Sm.;
Phrynium variegatum N.E. Br.

Etimologia: “Araruta” é oriundo do termo aruaque aru-aru, “farinha de farinha”. “Embiri” provém do tupi embira?i, “embira pequena”

Outros idiomas
: arrow-root (inglês), maranta arruruz (espanhol), dictame (francês), maranta (italiano), arrowrootpflanze (alemão).

Características: A araruta é uma planta herbácea perene rizomatosa, ou seja, que forma rizomas, comuns nas florestas tropicais.
Os rizomas são caules prostrados que crescem horizontalmente sob o solo e que emite raízes, folhas e ramos a partir de seus nós.
No caso da araruta, os rizomas são fusiformes, muito fibrosos e acumulam amido que formam as reservas para o desenvolvimento de uma nova planta.

As duas variedades mais encontradas são a comum e a creoula. A primeira produz rizomas que podem atingir até 30 centímetros. São claros e cobertos por uma escama muito fina que solta com facilidade.
Na variedade creoula, os rizomas crescem mais superficialmente e apresentam uma coloração escura e se não forem muito bem lavados para retirar toda a película, produzem uma fécula escura de baixa qualidade.
São plantas rústicas, muito resistentes e altamente micorrizadas.

A associação da araruta com os fungos micorrízicos é uma das explicações para a rusticidade e resistência desta planta. Os estudos de COELHO (2003) mostram que cerca de 80% das raízes da araruta são micorrizadas.

Porte: Herbácea rizomatosa de até 1 metro.
Folhas: Folhas pecioladas e com longas bainhas foliáceas, ovais-lanceoladas, acuminadas com limbo de 10-20cm de comprimento e 5 a 8cm de largura, pubescentes na página inferior.
Flores: As flores são brancas e pequenas, insignificantes. Nascem solitárias ou em panículas terminais.
Frutos: Seu fruto plano-convexo, primeiramente baciforme e depois seco.
Sementes: Contém sementes rugosas, de cor vermelho-pálida, com arilo amarelo.2


EXEMPLAR PLANTADO NO CÓRREGO:
Foto em


Fontes
1https://pt.wikipedia.org/wiki/Maranta
2: https://www.tudosobreplantas.com.br/asp/plantas/


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2 pensou em “Araruta

  1. Bom final de semana
    Sou Airton Luiz Bortoluzzi, Eng. Agr. D.Sc. solos e nutrição de plantas pela UFV. Desde 2003 estudo e divulgo opções de cultivo para a agricultura familiar no IFC Campus Santa Rosa do Sul, onde leciono desde o ano de 1995.
    No ano de 2007 o ex diretor Adalberto Reinke trouxe três rizomas da Fazenda Experimental da UFRRJ.
    Passamos a cultivar e os resultados foram muito bons.
    Nesta safra 2020/2021 resgatamos uma variedade bem mais baixa e que tem ótimo perfilhamento, resistente ao acamamento e que era cultivada a mais de 50 a 60 anos aqui no sul catarinense.
    No site a seguir pode ser obtida uma das apresentações:
    https://eventoscientificos.ifsc.edu.br/index.php/sictsul/6-sict-sul/paper/view/2254
    Gostaria de ver se podem nos fornecer alguns materiais para trabalhos conjuntos
    Att
    Airton Luiz Bortoluzzi

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