Baruzeiro

Dipteryx alata


Nome popular: Barú
Nome científico: Dipteryx alata
Exigência por fertilidade: média
Ciclo de vida: perene
Estrato: alto
Boa produtora de biomassa: não
Alimento humano: sim
Atração de fauna e polinizadores: sim
Forrageira: não
Potencial madeireiro: sim
Potencial Medicinal: não
Potencial de renda e mercado: sim
Ocorrência predominante/ bioma indicado: Cerrado


O baru ou cumaru (Dipteryx alata), é uma árvore da família das leguminosas, subfamília papilionoídea.
Nomes populares: coco-pereba, coco-barata, baru, barujo, bugueiro, cambaru, castanha-de-bugre, castanha-de-burro, coco-feijão, cumari, cumaru, cumarurana, cumbaru, feijão-baru, feijão-coco, imburana-brava e pau-cumaru.
Características: A árvore, de até 25 metros de altura com tronco podendo atingir 70 cm de diâmetro, possui copa densa e arredondada. Sua madeira é resistente
Folhas: compostas por 6 a 12 folíolos, glabras, de coloração verde intensa.
Flores: pequenas, de coloração esverdeada que surgem de outubro a janeiro. Floresce de outubro a janeiro.
Fruto: (baru) é um legume lenhoso, castanho com uma única amêndoa comestível, que amadurece de setembro a outubro.

As sementes são uma iguaria cada vez mais apreciada e muito nutritiva, embora a dureza do fruto dificulte sua obtenção. Animais silvestres e o gado consomem a polpa aromática do fruto, assim como seres humanos, in natura ou como geléia. O primeiro equipamento para facilitar a abertura do fruto foi construído por Gilmar Moreira, técnico da Emater GO em Fazenda Nova, por volta do ano de 1993. Era constituído por uma foice adaptada em um pedaço de vigota, conforme publicação no Suplemento do Campo do Jornal ” O Popular ” à época.

Ecologia: O baruzeiro é nativo da vegetação do cerrado brasileiro e das faixas de transição da Mata Atlântica para o cerrado (na floresta latifoliada semidecidual). Ocorre nos estados de Minas Gerais (Norte, Noroeste, Triângulo Mineiro), São Paulo (norte do estado), Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. Ocorre também na Bolívia, Paraguai e Peru.

A árvore é perenifólia, heliófita, de terrenos secos. Sua dispersão é irregular.

Está ameaçada de extinção devido a destruição de seu bioma nativo, ocupado pela expansão agrícola; corte devido a sua excelente madeira; consumo de suas sementes na alimentação e como medicinal.

Fenologia: Muda de baru de crescimento rápido, cultiva-se por sementes. Um quilograma de frutos contém cerca de 30 sementes.
A semente germina em cerca de 20 a quarenta dias, e a taxa de germinação é baixa.
Usos: A madeira é de qualidade superior.

O gosto da amêndoa do baru, parecido com o do amendoim, leva a população da região a atribuir-lhe propriedades afrodisíacas: diz-se que, na época do baru, aumenta o número de mulheres que engravidam. O que já se sabe é que o baru tem um alto valor nutricional. A castanha tem em torno de 23% de proteína, valor maior do que a castanha-de-caju e a castanha-do-pará.

A semente pode ser armazenada em um saco de aniagem, em ambiente fechado, por um período de um ano, sem nenhum dano para a qualidade da amêndoa. Fora do coco, as amêndoas também podem ser conservadas pelo mesmo período, desde que sejam guardadas em sacos plásticos dentro do freezer.

O preparo das amêndoas para consumo é simples. Depois de tiradas da polpa, podem ser consumidas “in natura” ou torradas, retirando-se a pele, como o amendoim torrado. Podem ser consumidas sozinhas ou usadas no preparo de pé-de-moleque, rapadura, paçoca, brevidades, bolos, pudim…

O óleo extraído da amêndoa é de excelente qualidade, e costuma ser utilizado pela população local como aromatizante para o fumo e como anti-reumático. Apesar de todas as suas qualidades, o baru ainda não é muito comercializado, sendo raro encontrá-lo nas feiras de cidades do Sudeste. É comum, contudo, em feiras-livres e lojas de produtos naturais de Goiás, do Noroeste e Norte de Minas Gerais e do Distrito Federal.

As qualidades do baruzeiro vêm sendo pesquisadas desde o fim dos anos 1980 pela Embrapa e suas propriedades o tornam uma planta relevante. O baruzeiro, por ser uma árvore de crescimento rápido e pela qualidade e resistência de sua madeira, é uma planta de bastante interesse e indicada para as empresas de reflorestamento.1


Dipteryx alata


Árvore ornamental majestosa, nativa do cerrado, de folhagem exuberante, gera castanha de sabor parecido com amendoim.
Família: Fabaceae
Origem: América do Sul – Bolívia, Brasil, Paraguai, Peru
Ciclo de vida: perene
Folha: As folhas são compostas imparipinadas, alternas, com folíolos oblongos, glabros e de cor verde escura.
Crescimento da planta: É de crescimento relativamente rápido, embora um pouco irregular entre os indivíduos. O baru é uma árvore frutífera e ornamental, nativa do cerrado e zonas de transição deste com a mata atlântica e conhecida por suas deliciosas amendoas. Ela atinge até cerca de 25 metros de altura e ocorre no Brasil, Paraguai, Perú e Bolívia.
Frutos: Frutifica nos meses de setembro a novembro. Os frutos que se seguem são drupas carnosas, de casca pardacenta, polpa doce e endocarpo pétreo, muito difícil de ser rompido, que envolve uma única semente, oleaginosa, de cor castanha e formato elipsóide.
Flores: Meados da primavera até o início do verão. As inflorescências surgem em cachos terminais, com delicadas flores verde-amareladas, de centro cor-de-rosa, que parecem borboletas.
Rega: Irrigar a cada quinze dias nos primeiros 3 meses, depois somente se faltar água na época da florada.
Clima: Continental, Mediterrâneo, Tropical
Poda: Fazer apenas podas de formação da copa e eliminar os galhos que nascerem na base do tronco ou os que surgirem e estiverem virados para o centro da copa.
Local: Sol Pleno
Atração de fauna: Atrai pássaros2


EXEMPLAR PLANTADO NO CÓRREGO:
Foto em


Fontes:
1https://pt.wikipedia.org/wiki/Baru
2https://www.sitiodamata.com.br/baru-dipteryx-alata


Bacupari-da-mata

Cheiloclinium cognatum


Nome popular: Bacupari da mata
Nome científico: Cheiloclinium cognatum
Exigência por fertilidade: alta
Ciclo de vida: perene
Estrato: alto
Boa produtora de biomassa: não
Alimento humano: sim
Atração de fauna e polinizadores: sim
Forrageira: não
Potencial madeireiro: sim
Potencial Medicinal: não
Potencial de renda e mercado: não
Ocorrência predominante/ bioma indicado: Cerrado


Nomes populares: Bacupari-da-mata, Saputá


Sinônimos: Cheiloclinium lineolatum (A.C. Sm.) A.C. Sm., Cheiloclinium neglectum A.C. Sm., Elaeodendron macrophyllum Rusby e Salacia cognata (Miers) Peyr.

Caule: tipo ereto(s)/escandente; ramo(s) jovem(ns) com catafilo(s) escamiforme(s) ausente(s).
Folha: estípula(s) denticulada(s); margem(ns) inteira a(s) obscuro(s) crenulada(s).
Inflorescência: tipo tirsóide(s) paniculado(s); posição axilar(es) ou falsamente terminal(ais); indumento ausente(s); bractéola(s) presente(s); pedúnculo(s) conspícuo(s); bráctea(s) presente(s); divisão não congesto(s).
Flor: forma campanulada(s); cor avermelhada; pétala(s) glabra(s); androceu 3; lobo(s) do estigma(s) inteiro emarginado(s) ou truncado(s); gineceu 3; óvulo(s) por lóculo(s) 2; antera(s) oblonga(s).
Fruto: formato esferoide/elipsoide.

Cheiloclinium cognatum

Árvores, arbustos, ou mais raramente lianas, glabras ou eventualmente com resina; ramos novos cilindricos a tetrangulares, eventualmente subalados, achatados, velhos cilíndricos a tetrangulares. Folhas opostas a subopostas; estípulas triangulares, denticuladas; pecíolos 6-7 mm, lâminas 11-16 x 3-,54 cm, elípticas a obovais, base cuneada a arredondada, margens crenuladas a obscuramente crenuladas, ápice agudo a acuminado, cartáceas, quando secas comumente verde-acinzentadas, nervuras secundárias promínulas em ambas as faces, curvadas e ascendentes. Inflorescências tirsoides-paniculadas, axilares ou eventualmente terminais, multifloras, raramente paucifloras, pedúnculos 4-12 mm, brácteas denticuladas, erosas ou inteiras, pedicelos 0,4-0,5 mm, duas ou três bractéolas por flor. Flores campanuliformis, sépalas triangulares, escariosas ou inteiras, pétalas comumente elípticas, as vezes obovais, escariosas, estames 3, anteras oblongas, ovário 3-locular, estigma 3-lobado, lobos inteiros, agudos, óvulos 2 por lóculo. Bagas 3-3,7 x 1,9-2,1 cm, esferoides a elipsoides, secas com faixas longitudinais irregulares e calosidades esbranquiçadas; sementes 1,5-2,1 x 1-1,5 cm.

Distribuição Geográfica
Ocorrências confirmadas: Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins); Nordeste (Alagoas, Bahia, Maranhão, Pernambuco, Piauí); Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso); Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)
Possíveis ocorrências: Sul (Paraná)
Domínios Fitogeográficos: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal
Tipo de Vegetação: Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta de Terra Firme, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial)
1


EXEMPLAR PLANTADO NO CÓRREGO:
Foto em


Fontes
1http://reflora.jbrj.gov.br/


Bacaba


Nome popular: Bacaba
Nome científico: Oenocarpus bacaba
Exigência por fertilidade: alta
Ciclo de vida: perene
Estrato: alto
Boa produtora de biomassa: Sim
Alimento humano: sim
Atração de fauna e polinizadores: sim
Forrageira: sim
Potencial madeireiro: não
Potencial Medicinal: sim
Potencial de renda e mercado: sim
Ocorrência predominante/ bioma indicado: Cerrado


Palmeira Bacaba
Familia: Arecaceae
Nomes Populares: Bacaba, Bacaba-Açu, Bacabão, Bacaba-Verdadeira, Bacaba-do-Azeite e Bacaba-Vermelha.
Ocorrência: Amazonas e Pará, principalmente ao norte do rio Amazonas, na floresta tropical úmida de terra firme abaixo de 700 m de altitude. Também na Colômbia, Venezuela e Guianas.
Morfologia: Caule solitário, ereto e colunar, liso, de 7-20m de altura de 15-25 cm de diâmetro. Inflorescências infrafoliares, ramificadas ao nível de primeira ordem, com pedúnculo de 10-18 cm. Ranquias em número de 105-250, finas e pêndulas como um rabo de cavalo, de 80-150 cm de comprimento. Flores unissexuadas de ambos os sexos dispostos na mesma inflorescência em tríades, pares e solitárias. Frutos elipsóides, de 1,3-1,5 cm, roxo-escuros.
Fenologia: Frutifica abundantemente durante o verão.
Sinonímia Botânica: Oenocarpus bacaba var. bacaba Wess. Boer, Oenocarpus bacaba var. grandis Wess. Boer, Oenocarpus bacaba var. xanthocarpa Trail, Oenocarpus baccata Cuervo Marquez, Oenocarpus grandis Burret e Oenocarpus hoppii Burret.
Informações Complementares: Os frutos são muito empregados nas regiões de origem para o preparo de uma bebida muito apeciada. A planta possui atributos ornamentais que a recomendam para o paisagismo em regiões tropicais.


A bacaba, bacaba-açu ou bacaba-verdadeira (Oenocarpus bacaba) é uma palmeira nativa da Amazônia. Distribui-se por toda Bacia Amazônica, com maior freqüência no Amazonas, Pará, Acre, Tocantins e no sul do Maranhão. Possui como habitat a mata virgem alta de terra firme. Também se acha na floresta do Pacífico, no oeste da Colômbia. É uma palmeira monocaule de porte alto e estipe liso. Pode atingir até 20 metros de altura e 20 a 25 cm de diâmetro.

O fruto é uma drupa subalongado quando jovem, subglobosa quando adulto podendo atingir até 3,0 gramas. A propagação é feita por sementes que germinam entre 60 e 120 dias, apresentando crescimento lento. É arredondada, de casca roxa e polpa branco-amarelada, rica em um óleo, de cor amarelo-clara, usado na cozinha.

A polpa do fruto é utilizada no preparo do “vinho de bacaba”. A polpa é extraída do fruto desta palmeira, a qual dá frutos em cachos com dezenas de caroços. Os cachos pesam normalmente 6 a 8 quilos, podendo ocorrer, no entanto, exemplares com mais de 20 quilos. Para a obtenção da bebida, procede-se da mesma forma que no preparo do açaí. Obtém-se, assim, um líquido de cor parda, servido gelado com açúcar, farinha de tapioca ou farinha-d’água. Deliciosa e refrescante, a bacaba é, no entanto, menos popular que o açaí. É muito usada também para fazer sorvetes.

As amêndoas e os restos de macerado da polpa são utilizados na alimentação de suínos e aves. As folhas são usadas pela população do interior como cobertura de moradias, enquanto o tronco serve como esteio, viga e cabo de ferramentas.

Existe uma cidade no Maranhão chamada Bacabal que recebeu este nome devido à grande quantidade dessa fruta existente ali nos primórdios de seu povoamento. A capital amapaense, Macapá, também recebeu influência em seu nome, cuja toponímia é de origem tupi, como uma variação de “macapaba”, que quer dizer “lugar de muitas bacabas”. 1


A bacaba (Oenocarpus bacaba) é uma árvore da família Arecaceae.
Características: A bacaba, bacaba-açu ou bacaba-verdadeira (Oenocarpus bacaba) é uma palmeira nativa da Amazônia. Possui como habitat a mata virgem alta de terra firme. Também se acha na floresta do Pacífico, no oeste da Colômbia. É uma palmeira mono-caule de porte alto e estipe liso. Pode atingir até 20 metros de altura e 20 a 25 centímetros de diâmetro.
Suas folhas são usadas pela população do interior como cobertura de moradias, enquanto o tronco serve como esteio, viga e cabo de ferramentas.
Frutificação: Dois cachos coloridos, geralmente em tons vermelhos e amarelos, pendem um pouco abaixo das folhas. O fruto é uma drupa sub-alongado quando jovem, subglobosa quando adulto podendo atingir até 3,0 gramas. É arredondada, de casca roxa e polpa branco-amarelada, rica em um óleo, de cor amarelo-clara.
Cultivo: A propagação da bacaba é feita por sementes. Para formação das mudas, as sementes ou os frutos são colocados para germinar, após a colheita, em sementeiras contendo adubo orgânico e solo areno-argiloso, como substrato. Entre 60 e 120 dias ocorre a emergência da raiz.
Atração de fauna: Aves mais atraídas pela planta Araçaris, anambés, psittacideos, dentre outros…
Ocorrência natural: Distribui-se por toda Bacia Amazônica, é mais frequente em matas secundárias de terra firme e capoeiras, nos estados do Amazonas, Pará, Acre e Tocantins.2


EXEMPLAR PLANTADO NO CÓRREGO:
Foto em


Fontes
1https://pt.wikipedia.org/wiki/Bacaba
2https://www.wikiaves.com.br/wiki/flora:bacaba_-_oenocarpus_bacaba