Trapoeraba

Commelina erecta


Nome Científico: Commelina erecta
Nomes Populares: Trapoeraba, Andaca, Santa-luzia
Família: Commelinaceae
Categoria: Folhagens, Forrações à Meia Sombra, Forrações ao Sol Pleno, Plantas Daninhas
Origem: América Central, América do Norte, América do Sul
Altura: 0.3 a 0.4 metros
Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
A trapoeraba é uma herbácea florífera originária dos trópicos, mas que possui grande capacidade de adaptação e hoje em dia pode-se vê-la em climas subtropicais e temperados. Ela apresenta folhas lanceoladas ou lineares, glabras, verdes, macias e de margens arroxeadas, onduladas e com cílios brancos. As hastes são eretas a ascendentes, com cerca de 40 cm de altura e facilmente enraizam quando os nós tocam o solo. As flores são axilares e apresentam duas pétalas azuis, grandes e vistosas e uma terceira pequena, branca e discreta. A floração ocorre na primavera e no verão.
É uma planta muito rústica, mas que não tolera períodos muito secos. Adequada para a formação de maciços e renques junto a muros, sendo excelente para cobrir o solo em torno do tronco das árvores, como forração de meia-sombra. Pode ser plantada em vasos e jardineiras também1.


Trapoeraba. Se não pode com ela, coma-a
Aos poucos ela vai tomando seu jardim, sua horta, seus canteiros. Rasteja tateando paredes para se encostar ereta, se aloja numa sombra e pela manhã de sol tenta te cativar com lindas florezinhas azuis. Na lavoura a tática não funciona e a danada ou daninha é combatida ferozmente com herbicidas de guerra. Nem assim esmorece, afinal tem bainhas que lhe protege os brotos, tem sementes subterrâneas em flores modificadas e rizomas que se arrastam protegidos abaixo da superfície, mecanismos para garantir sobrevivências nas adversidades. Por isto é chamada de praga e das mais difíceis de se eliminar.
No jardim, se você descuida ela toma tudo. Mas quem tem boca não dorme no ponto, pois embora suas folhas não sejam tão apetecíveis como beldroegas e carurus, na panela é uma surpresa agradável. Ela amacia rapidamente com um leve refogar e libera um aroma bom que lembra o de ora-pro-nobis e outras folhas verdes boas de comer. A textura é bem macia, quase cremosa – no arroz, crua na salada, ou simplesmente assustada no azeite quente com cebola e alho. Depois de cozidas, as folhas podem virar bolinhos, fritadas, suflês ou ingrediente para pães e tortas.

A planta: originária da América Central, a Commelina erecta L. pode ser chamada também de capoeraba, andaca, santa-luzia ou erva-de-santa luzia. Outra variedade de trapoeraba, só que com flores brancas, a Tradescantia fluminensis também é comestível. Talos jovens, folhas, flores e até raízes são comestíveis. Na tese do biólogo Valdely Kinupp, Plantas alimentícias não convencionais da região metropolitana de Porto Alegre – RS, há um tópico falando da planta, histórico de uso na cozinha e de suas potencialidades como planta forrageira e alimento para suínos, aves, coelhos, porquinhos-da-índia, capivaras e outros animais de cativeiro ou domesticados como nós, seres bem humanos2.

Commelina erecta


EXEMPLAR PLANTADO NO CÓRREGO:
Foto em


Fontes:https://www.jardineiro.net/
2https://come-se.blogspot.com


Calêndula

Calendula officinalis


Nome popular: Calêndula
Nome científico: Calendula officinalis L
Exigência por fertilidade:
Ciclo de vida:
Estrato:
Boa produtora de biomassa:
Alimento humano:
Atração de fauna e polinizadores:
Forrageira:
Potencial madeireiro:
Potencial Medicinal:
Potencial de renda e mercado:
Ocorrência predominante/ bioma indicado:


Nome científico: Calendula officinalis L.
Família: Compositae
Nomes populares: Malmequer, maravilha-dos-jardins, maravilha, bonina.
Sinonímia: Calendula aurantiaca Kotschy ex Boiss.
Partes usadas: Flor, folha, caule.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.)
: Calendulina, ácidos (málico, salicílico), mucilagem, resinas, óleo essencial, carotenoides, flavonoides, taninos, saponinas, cumarinas, colesterina, silício, alantoína, pró-vitamina B.
Propriedade terapêutica: Emenagoga, anti-inflamatória, antiemética, antisséptica local, cicatrizante, antifúngica, antialérgica, analgésica, vasodilatadora e tonificante da pele.
Indicação terapêutica: Tratamento da acne, queimaduras, alergias, picada de abelhas, vespas e mosquitos. É muito usada em produtos cosméticos e no combate ao tabagismo.
Nome em outros idiomas: Inglês: flower-heads of Marigold; Espanhol: calêndula, flamenquilla; Italiano: capolini di calendula.
Descrição: Planta herbácea anual, de 30 a 50 cm de altura, caule ereto, ramoso e pubescente. Apresenta folhas simples, grossas, inteiras, pilosas quando jovens e lisas quando adultas. As folhas apresentam bordos lisos ou levemente dentados, as inferiores são oblongas e as superiores, espatuladas, de cor verde-clara ou verde-oliva quando novas; são alternas e sésseis quando jovens e pecioladas quando adultas.
As flores estão reunidas em capítulos: as centrais são hermafroditas e masculinas e as periféricas, femininas, que produzem os frutos (sementes).
As inflorescências podem alcançar até 5 cm de diâmetro, podendo ser simples ou duplas, de coloração que varia do amarelo ao alaranjado; possuem odor forte e característico.
Os frutos (sementes) são do tipo aquênio indeiscente, curvados em arco (os exteriores) ou arredondados (os interiores). A raiz é fasciculada, amarelo-clara.
É planta rústica, pouco exigente em solo, mas desenvolve-se bem em solos profundos, drenados e com bom teor de matéria orgânica. Prefere clima temperado frio, não tolerando temperaturas elevadas. É exigente quanto a insolação.
A colheita pode ser feita 3 a 4 meses após o plantio, depois da plena abertura dos capítulos. Quando as flores se destinam à armazenagem, devem ser bem secas à sombra ou em estufas à temperatura de até 35º C durante um período de aproximadamente 48 h.
Uso popular e medicinal:
Em uso interno, possui ação emenagoga (facilita a menstruação), anti-inflamatória e antiemética. Em uso externo é antisséptica local, cicatrizante, antifúngica, antialérgica, analgésica, vasodilatadora e tonificante da pele.
Considerada eficaz no tratamento da acne, queimaduras, alergias, picada de abelhas, vespas e mosquitos. É muito usada em produtos cosméticos e no combate ao tabagismo.
Preparo e dosagem:
Chá por infusão (uso interno). Usam-se 5 colheres (sopa) de flores frescas picadas ou 2 colheres (sopa) de flores secas para 1 litro de água. Toma-se uma xícara de chá morno 3 vezes ao dia.
Chá por infusão (uso externo). Usam-se 10 colheres (sopa) de flores frescas ou 4 a 6 colheres (sopa) de flores secas para 1 litro de água. Aplica-se sobre o local afetado na forma de compressas e/ou banhos 3 vezes ao dia.
Combate ao tabagismo. Para deixar de fumar, usa-se essa infusão sob a forma de bochechos 3 vezes ao dia. Em poucos dias o tabaco adquire gosto desagradável.
Cataplasma. Amassam-se flores e folhas frescas, bem limpas, aplicando-as sobre as partes afetadas 3 vezes ao dia até a obtenção da cura.
Pomada. Aplica-se a pomada sobre o local afetado em camada fina 3 vezes ao dia. Ingredientes: 10 colheres (sopa) de vaselina sólida; 5 colheres (sopa) de flores de calêndula; 2 colheres (sopa) de cera de abelha. Modo de preparar: após lavar, secar e picar, a planta deve ser socada. Juntar a vaselina e fritar em fogo baixo, mexendo com colher de pau até a planta mudar de cor. Tirar do fogo e colocar a cera de abelha. Coar, continuar mexendo até a mistura esfriar e adquirir consistência de pomada. Conservar em geladeira, em recipiente limpo, seco, bem fechado e devidamente identificado1.



EXEMPLAR PLANTADO NO CÓRREGO:
Foto em


Fontes:
1https://www.ppmac.org


Guaco

Mikania glomerata


Nome científico: Mikania glomerata Spreng.
Família: Asteraceae.
Sinônimos botânicos: Willoughbya glomerata (Spreng.) Kuntze.
Sub-espécie: Mikania glomerata var. montana Hassl.
Nomes populares: cipó-caatinga, cipó-catinga, cipó-sucuriju, coração-de-jesus, erva-de-cobra, erva-cobre, guaco-liso, guaco-de-cheiro, guaco-trepador, guaco-verdadeiro, guape, micânia, uaco; guaco (espanhol), guaco (francês), guaco (inglês), guaco (italiano).
Constituintes químicos: óleo essencial rico em: resinas, taninos, saponinas, guacosídio, diterpenos e sesquiterpenos (cineol, borneol e eugenol), substância amarga (guacina, cumarinas, guacosídeo), ácido caurenóico, ácido isobutiriloxi caurenóico, heterósida, ácido cinamoilgrandiflórico, ácido entkaur-16-eno-19-óico, ácido namoilgrandiflórico, ácido estigmast-22-en-3-ol, estigmasterol, flavonóides, esteróis.
Propriedades medicinais: antiasmática, antiespasmódica, antigripal, antiinflamatória, antimicrobiana, antinevrálgica, antiofídica, anti-reumática, anti-séptica das vias respiratórias, antitussígena, aromática, béquica, broncodilatadora, calmante, cicatrizante, conservante, depurativa, emoliente, estimulante, estomáquica, expectorante, febrífuga, hepatoprotetora, hipotensora (folhas frescas), peitoral, sedativa, sudorífera, tônica.
Indicações: ácido úrico, afecções do trato respiratório, albuminúria, ansiedade, artrite, asma, bronquite, contusões, coqueluche, dermatites, eczema pruriginoso, febre, ferimentos, gota, hemiplegia (paralisia de um lado do corpo), inflamação de garganta, inflamações intestinais, insônia, malária, manchas de pele, micoses, nevralgia, picada de insetos e cobras, pruridos, resfriado febril, reumatismo, rouquidão, sífilis, tosses rebeldes, úlceras.
Parte utilizada: folhas (preferencialmente as mais jovens.), planta florida frescas ou secas.
Contra-indicações/cuidados: devido às cumarinas, é contra-indicado para pessoas com hepatopatias (antagonista da vitamina K), trombocitopenia e coagulopatias. Contra indicada para pessoas que usam anticoagulantes ou heparina (aumenta o risco de sangramento). Não indicada para menores de um ano de idade e mulheres na menstruação. O uso excessivo pode causar taquicardia, vômitos e diarreia. Pode causar vômitos e diarreia se usado em excesso. Podem ocorrer acidentes hemorrágicos, quando usado em tempo prolongado.1.


Seu aroma é encantador, suas folhas em formato coração, é uma das minhas plantas de poder. Típica da Mata Atlântica, mas no sudeste, o Guaco é uma planta medicinal, também conhecida por ervas de serpentes, cipó-catinga ou erva de cobra, muito utilizada em problemas respiratórios devido ao seu efeito broncodilatador e expectorante. Mas uso seu chá para preparo de sucos ou suas folhas (com parcimônia) para aromatizar receitas, com um bouquet que me remete ao achocolatado.
O seu nome científico é Mikania glomerata Spreng e pode ser encontrado em cercas vivas, pergolados e trepando em árvores como amoreiras.
Propriedades do guaco: As propriedades do guaco incluem sua ação broncodilatadora, anti-séptica, expectorante, febrífuga, antiasmática, sudorífica, anti-reumática e cicatrizante.
Modo de uso do guaco: Para fins terapêuticos são usadas as folhas da planta ou xarope do guaco.
Chá para reumatismos ou inflamações: Ver receita básica abaixo.
Tinturas para reumatismo: A tintura pode ser feita deixando-se em infusão 100 gramas das folhas trituradas em 300 ml de álcool a 70° para ser usada externamente. Depois de filtrada, pode ser utilizada em fricções ou compressas locais.
RECEITAS:
– Chá básico: Colocar 10 g de folhas em 500 ml de água fervente por 10 minutos. Beber 2 xícaras de chá/dia.
– Chá com mel: combina as propriedades broncodilatadoras e expectorantes desta planta medicinal, com as propriedades anti-sépticas e calmantes do mel.
Ingredientes: 8 folhas de guaco; 1 colher de sopa de mel; 500 ml de água fervente.
Preparo: adicionar as folhas de guaco à água quase fervente, desligar o fogo, tampar e deixar repousar durante aproximadamente 15 minutos. Passado esse tempo, deve coar o chá e adicionar a colher de mel. É recomendado beber 3 a 4 colheres deste chá/dia, até que sejam observadas melhoras.
– Chá com Eucalipto: combina as propriedades do guaco, com as propriedades expectorantes e anti-inflamatórias do eucalipto.
Ingredientes: 1 mão de folhas frescas de guaco; 1 mão de folhas secas de Eucalipto; 1 litro de água fervente.
Preparo: adicionar o guaco e as folhas secas à água quase fervente, desligar o fogo, tampar e deixar repousar durante aproximadamente 15 minutos, coando antes de beber. Se necessário, este chá pode ser adoçado com mel, sendo recomendado beber 2 a 3 xícaras de chá/dia, conforme a necessidade.
Efeitos colaterais do guaco: Os efeitos colaterais do guaco incluem hemorragias, aumento dos batimentos cardíacos, vômitos e diarreia. O guaco contém cumarina que pode apresentar um agravamento nos quadros de falta de ar e tosse em pacientes com alergia a cumarina.
Contraindicações do guaco: O guaco está contraindicado para indivíduos com doenças no fígado, indivíduos que utilizam anticoagulantes e para crianças menores de 1 ano de idade.2/sup>.



EXEMPLAR PLANTADO NO CÓRREGO:
Foto em


Fontes:
1https://www.tudosobreplantas.com.br/
2https://www.docelimao.com.br