Carvoeiro


Tachigali vulgaris


Nome popular: Carvoeiro
Nome científico: Tachigali vulgaris (ex-Sclerolobium paniculatum)
Exigência por fertilidade: baixa
Ciclo de vida: perene
Estrato: alto
Boa produtora de biomassa: sim
Alimento humano: não
Atração de fauna e polinizadores: sim
Forrageira: não
Potencial madeireiro: sim
Potencial Medicinal: não
Potencial de renda e mercado: sim
Ocorrência predominante/ bioma indicado: Cerrado


Tachigali vulgaris


O carvoeiro (Sclerolobium paniculatum) é uma árvore da família das Fabaceae, conhecida por diversos nomes comuns (taxi branco, ajusta contas, angá, arapaçu, cachamorra, cangalheiro, carvão de ferreiro, carvoeira, carvoeiro do cerrado, jacarandá canzil, mandinga, paáariúva, passuaré, pau pombo, taxi branco de terra firme, taxi branco do flanco, taxi pitomba, taxirana, taxirana do cerrado, taxizeiro branco, tinguizão velame, tinguizão veludo). Encontra-se distribuída em diversos estados do Brasil, em floresta semidecídua, amazônica (terra-firme) e cerrado.

A floração ocorre entre Dezembro e Abril e a frutificação entre Abril e Maio (no Pará, em Dezembro). As flores são lanceoladas, de cor amarelo-esverdeada, aromáticas, possuindo cinco pétalas e uma estrutura em cacho, reunindo-se em panículas terminais que podem chegar aos quarenta centímetros de comprimento. A frutificação resulta em sâmaras, com sementes de forma carnúncula, oblonga e alongada, superfície lisa e cor amarela-esverdeada.

A folha é composta, de estrutura imparipinada, com quatro a sete pares de folíolos.

A madeira de carvoeiro, de densidade 0,65, tem aplicação na construção e no fabrico de carvão vegetal. A árvore é usada em paisagismo e na arborização de espaços urbanos.1h


Familia: Caesalpinaceae
Nome Científico: Sclerolobium paniculatum Vogel
Nomes Comuns: Taxi branco, ajusta contas, angá, arapaçu, cachamorra, cangalheiro, carvão de ferreiro, carvoeira, carvoeiro, carvoeiro do cerrado, jacarandá canzil, mandinga, paáariúva, passuaré, pau pombo, taxi branco de terra firme, taxi branco do flanco, taxi pitomba, taxirana, taxirana do cerrado, taxizeiro branco, tinguizão velame, tinguizão veludo. PERU: ucsha cuiro; VENEZUELA: guanillo rojo
Crescimento: árvore
Grupo Ecológico: pioneira
Ocorrência: floresta estacional semidecídua , floresta amazônica (terra-firme) , cerrado.
Distribuição Geográfica: AC AM AP BA CE GO MA MG MS MT PA PI RJ RO RR SP TO
Dispersão: autocoria
Floração: DEZ JAN FEV MAR ABR
Frutificação: ABR MAI (DEZ no Pará)
Utilizada para: Construção, Carvão, Arborização Urbana e Paisagismo
Tipo de Copa: estreita
Densidade da Madeira: 0,65
Observações: Casca apresenta cicatrizes. Tronco reto, cilíndrico, fuste até 15m, com dominância apical bem definida. Casca espessura 10mm, a externa branca-acinzentada; a interna arroxeada com seiva da mesma cor. Alburno bege-amarelo-claro, pouco diferenciado do cerne (amarelo-claro-olivssceo) irregular. Madeira com baixa resistência natural ao apodrecimento.
Dados da Flor
Número de Pétalas: 5
Cor: amarelo-esverdeadas
Estrutura: cacho
Tipo: Inflorescencia
Sexual: cacho
Observações: Numerosas, aromáticas, reunidas em panículas terminais até 40cm de comprimento.
Dados da Folha
Estrutura: imparipinada
Tipo: Composta
Forma da Folha: lanceolada
Inserção: alterna
Consistência: coriácea
Observações: Folhas compostas de 4-7 pares de folíolos, com 7-13 x 6 cm, acuminados, com pecíolos curtos sem formigas (não é mirmecófaga). Árvore perenifólia, 8-20 m X 30-60 cm, podendo chegar a 30 m X 100 cm.
Dados do Fruto
Tipo do Fruto: sâmara
Estrutura: Seco
Deiscencia: não
Observações: Cripto sâmara, XXX-pedunculada, comprimida,
Dados das Sementes
Forma da Semente: carnúncula
Cor da Semente: marela-esverdeada
Tamanho: 1
Observações: Oblonga, alongada , superfície lisa brilhante2


Fontes::
1https://pt.wikipedia.org/wiki/Sclerolobium_paniculatum
2https://www.ipef.br/identificacao/nativas/detalhes.asp?codigo=65

Carnaúba


Copernicia prunifera


Nome popular: Carnaúba
Nome científico: Copernicia prunifera
Exigência por fertilidade: alta
Ciclo de vida: perene
Estrato: emergente
Boa produtora de biomassa: não
Alimento humano: sim
Atração de fauna e polinizadores: sim
Forrageira: sim
Potencial madeireiro: não
Potencial Medicinal: sim
Potencial de renda e mercado: sim
Ocorrência predominante/ bioma indicado: Caatinga


A carnaúba (nome científico Copernicia prunifera) é a palmeira sertaneja do Nordeste. A árvore de vida longa já teve sua beleza e exuberância divulgada em páginas da literatura brasileira. Escritores como Mário de Andrade, José de Alencar e Euclides da Cunha a destacaram em suas obras. Seu nome é derivado do tupi e significa árvore que arranha, por conta da camada de espinhos que cobre a parte inferior do caule.

A planta nasce em solos arenosos, alagadiços, várzeas ou margens dos rios. O tom das folhas é verde, levemente azulado, em virtude da cobertura de cera. Estudos indicam que a cera natural é uma proteção da carnaúba para evitar a perda de água e, assim, adaptar-se bem as regiões secas, como a Caatinga.

É a partir dessa cera natural que se produz papéis, batons, vernizes, sabonetes, discos de vinil e outros itens. A cera é retirada manualmente. As folhas são cortadas, passam por um processo de secagem ao sol e a película vira um pó, sendo depois batida para ser separada da palha. Depois de levada ao fogo junto com água vira uma calda da qual se obtém a cera líquida. Os estados do Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte são os principais produtores.

A carnaúba chega a alcançar até 15 metros de altura. Seu caule reto e cilíndrico tem um diâmetro que varia de 10 a 20 centímetros. A árvore dá frutos no período que vai de novembro a março. São esverdeados quando jovens e ficam roxos quando amadurecem. Seus frutos são bem aproveitados para alimentar animais de criação. Já a polpa serve para a produção de farinha e extração de um líquido leitoso. A sua amêndoa também é usada em substituição ao pó de café. Para isso, basta ser torrada e moída. As folhas servem para fazer telhados de casas e as fibras viram sacos, cestos, redes.1


A carnaúba (Copernicia prunifera), também chamada carnaubeira e carnaíba, é uma palmeira, da família Arecaceae, endêmica do semiárido da Região Nordeste do Brasil. É a árvore-símbolo do Estado do Ceará, conhecida como “árvore da vida”, pois oferece uma infinidade de usos ao homem. Como exemplos, as raízes têm uso medicinal como eficiente diurético e antivenéreo; os frutos são um rico nutriente para a ração animal; o tronco é madeira de qualidade para construções; as palhas servem para a produção artesanal, adubação do solo e extração de cera (cera de carnaúba), um insumo valioso que entra na composição de diversos produtos industriais, tais como cosméticos, cápsulas de remédios, componentes eletrônicos, produtos alimentícios, ceras polidoras, revestimentos e produtos como lubrificantes.

Etimologia: “Carnaúba” e “carnaíba” provêm do tupi karana’iwa, “árvore do caraná”.

Descrição: Seu desenvolvimento máximo ocorre por volta de 50 anos, podendo atingir entre 9 a 12 metros de altura[7], podendo excepcionalmente atingir 15 m.[8]

Por tratar-se de uma planta adaptada ao clima semiárido, a carnaúba oferece grandes possibilidades de uso em atividades econômicas mesmo durante o período de estiagem, tratando-se, portanto, de importante alternativa na composição da renda familiar das comunidades rurais.

Os carnaubais formam florestas que têm predominância nas planícies aluviais dos principais rios do Ceará, Piauí e Maranhão, cumprindo importantes funções para a manutenção do equilíbrio ecológico da região, como a conservação dos solos, fauna, cursos d’água e mananciais hídricos.

Nas últimas décadas, em virtude da desvalorização dos preços da cera vegetal, a carnaúba voltou a ser alvo de desmatamentos para a introdução de outras atividades produtivas, como a agricultura irrigada e a criação de camarão.

A cera da carnaúba
Cera de carnaúba em exposição no Museu da Indústria, em Fortaleza
A cera de carnaúba é um produto usado em um grande número de indústrias. Popularmente conhecida como “rainha das ceras”, a cera de carnaúba tem um ponto de derretimento muito maior que outras (78°C), além de ser extremamente dura. Isso faz com que seja ideal para criar coberturas extremamente fortes para pisos, automóveis, entre outras coisas. Adicionalmente, a cera de carnaúba aparece em doces, polimentos, vernizes, produtos cosméticos e em muitos outros lugares.

Ela também não é facilmente solúvel. A água não pode romper uma camada de cera de carnaúba, apenas outros solventes o podem fazer, geralmente em combinação com calor. Isso significa que o material possui alta durabilidade, tornando inclusive uma superfície um tanto ou quanto resistente à água. Muitos surfistas, por exemplo, usam cera para suas pranchas que contém carnaúba. Também é usada como cobertura de pratos de papel, fio dental e uma alternativa para gelatina vegetariana. Na indústria farmacêutica, aparece como cobertura de tabletes e em um grande número de embalagens de alimentos. Ao contrário de muitas outras ceras, o acabamento com cera de carnaúba não se desfaz com o tempo, apenas fica opaco. Apesar de a cera de carnaúba ter sido substituída em grande parte por sintéticos, ainda é um produto muito usado em muitas partes do mundo. Também é muito usada em cera de carros.

A cera de carnaúba é utilizada, ainda, na conservação de frutas. Ela é dissolvida com água e outros ingredientes e aplicada sobre as frutas, formando uma película protetora que impede a ação oxidante do oxigênio e evita a perda de líquido com a evaporação. Estudos demonstram que a aplicação dessa proteção em tomates, mangas, e tantas outras frutas pode prolongar o seu viço quase o dobro do tempo de uma fruta que não recebeu essa aplicação.

Bagana
Bagana é a palha resultante da extração da cera da folha da carnaúba.[9][10] A cera tem diversas aplicações industriais, e é também exportada. A palha pode ser aproveitada para fins agrícolas em compostagem ou como cobertura morta, para ajudar a conservar a umidade do solo.[11][12] Além disso, pode ser usada como componente de ração para ovinos.[13]

Arquitetura
É uma fonte de materiais para uso arquitetônico, seja ele rústico ou requintado. A palha de carnaúba serve para cobertura de casas residenciais e/ou para pavilhões expositivos; o caule serve para enripamento, encaibramento e enforquilhamento.[14]

Artesanato
A palha da carnaúba também é muito utilizada para produzir peças artesanais como cestas, trançados, bolsas, chapéus e caixas. É apreciada por turistas que visitam a região, tornando-a importante fonte de renda da população local.

Um dos principais produtos acabados com uma conexão a esta cadeia produtiva do artesanato da carnaúba é a cachaça Ypioca, que tradicionalmente tem suas garrafas recobertas por um trançado da palha. As artesãs envolvidas tem uma renda significativa como resultado deste processo.

Pecuária
A palha da carnaúba também é usada na alimentação dos animais. Estes, em tempo de escassez, comem as folhas (palhas) das carnaubeirinhas pequenas, chamadas pindoba.2


Fontes::
1http://www.cerratinga.org.br/carnauba/
2https://pt.wikipedia.org/wiki/Carna%C3%BAba